Tumgik
#mas a piada tava pronta já
sol-i-loquio · 2 years
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nao consigo dormir.
então resolvi escrever. faz tanto tempo que não faço isso que não percebi o quanto eu tava sentindo falta e precisando. escrever me alivia tanto.
pois então, não consigo dormir, acho que porque não consigo parar de pensar: na minha vida, nas mudanças passadas e contemporâneas. e sobretudo nas mudanças ocasionadas por você e por sua chegada devastadora e determinada.
eu sou tão feliz com você. e é até triste lembrar de quando eu não me sentia assim. como foi que eu tolerei tanto tempo de infelicidade? como pude me amar tão pouco a ponto de aceitar menos do que eu mereço? observo as coisas que você faz, para além de tudo aquilo que me diz (ou escreve), presto atenção nos detalhes, como você mesmo diz. e é real quando digo que me apaixonei por você por três coisas muito básicas: você ter conversado comigo sem ter tentado me impressionar, e sendo desde sempre bem humorado e gentil; você ter tido tato e sensibilidade pra notar quando eu estava ansiosa ou “não pronta” e foi simplesmente voce, assim, observador, respeitador, querido, educado. e por último, é claro, aquela piada sobre deitar de roupa. que não tem nada de piada, aliás, é o terceiro motivo que fez eu me apaixonar por você. eu considero que já estava antes disso, mas ter visto e presenciado situações na vida real, ter conhecido sua família, seus amigos e tendo sido tão bem acolhida por todos… caramba! não existe no mundo algo mais intenso do que o que eu sinto por você. é visceral, sinto quase como se fosse algo físico dentro de mim, mas não consigo mensurar ou botar em palavras. me saio bem com as demonstrações físicas, eu suponho? espero que sim, pois tento ao máximo fazer você se sentir amado, desejado, respeitado e valorizado. eu realmente me sinto grata pela sua presença na minha vida. por quanto eu aprendo, mas também por tudo que você me permite ensinar e busca aprender e caminha comigo.
fico pensando em como essas três coisas se mantém mesmo um ano depois. se possível, talvez, eu te ame ainda mais do que lá no início, mas agora com mais segurança e raizes.
obrigada por ser você.
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abajuramarelo · 9 months
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Rosário: a seita
07/07/23
Ontem (06) eu tive um “date” com a menina madu, não foi bem um date, parecia uma companhia apenas, não sei, menina madu estava linda como sempre e cheirava maravilhosamente bem, ela desta vez não estava com suas roupas brancas, na minha cabeça, ela só usava branco, mas ontem ela estava de preto, fomos ser cult indo em uma sessão de filmes velhos, eram dois, o primeiro um chamado “Memória” (1990), um curta critico falando de Jânio Quadros e como a memória da população é fraca e as mesmas pessoas falando que votariam no Collor kkkkkkk piada pronta, já o outro filme era “Um Homem com a Câmera” (1929) do Dziga Vertov, esse cara realmente era um gênio, o filme dele é muito bom, mas eu já havia cansado de ver o filme em 15 min, cheguei no cineclube pontualmente 19h, porém menina madu estava atrasada, mas tudo bem. O dia foi produtivo, mas muito cansativo, fui no estágio de manhã, de tarde na academia, no shopping comprar um sapato, e na costureira para ajustar o vestido, tudo isso sozinha, me senti muito independente. Cheguei em casa era umas 17h30, menina madu e eu mandamos mensagem ao mesmo tempo perguntando do rolê, conectadas haha eu queria muito ter miado, mas era a menina madu, então tomei coragem e fui.
Assistimos o filme, falamos de construtivismo russo, Marx, a grande depressão estadunidense, o filme falando do próprio filme. O after era ir no aniversário do PC, porém LS não foi, então fiquei meio assim, será que vou e fico sozinha lá? A menina madu ia encontrar as amigas da seita dela, intitulada como Rosário. Todas da mesma cidade. Eu não sabia muito o que fazer, se eu ficava mais tempo com a menina madu, se eu ficava no niver do PC, ainda bem que os rolês eram na Edgar Vieira, mas eu queria comer bolo do PC, aí fiquei em um breve impasse, mas escolhi estar na companhia da menina madu. Fomos então pro bar que a seita estava, lá compramos um brownie batizado e eu experimentei pela primeira vez o que é estar chapada. Como é ruim criar expectativas, pois eu pensei que seria algo incrível estar chapada, mas não achei nada demais. Agora consigo diferenciar os efeitos da bebida e da droga, mas realmente misturar os dois segue sendo muito bom. Mas estar bêbada acho mais legal do que estar chapada. Tirando o fato de ter que ir no banheiro a todo instante, essa parte é chata. Mas na verdade também tem a ver com liberdade, me sentir solta, ontem eu tinha que voltar dirigindo, então, era algo que me prendia, não poderia ficar bêbada e nem chapada em excesso, tinha que maneirar e manerei. Ontem elenquei os efeitos da maconha em mim.
22:39 - sinto os primeiros efeitos, tudo parece em segundo plano, uma sensação estranha.
23:09 - agora entendi porque maconheiro é lerdo, me sentindo a pessoa mais lerda (olha que eu naturalmente sou lerda, imagina uma pessoa mais lerda)
23:49 - uma desesperada necessidade de ficar sóbria (tenho estágio amanhã).
23:55 - sinto o sono.
Depois que tava morrendo de sono resolvi ir embora e fui.
Estou esquecendo de um leve detalhe que pensei em não mencionar, mas como eu sempre faço isso, não posso deixar passar, a presença de MC na noite, agora agimos como quase estranhos, se não fosse a menina madu, sinto que ele nem me cumprimentaria, de novo essa palhaçada de fingir que eu não existo, meu Deus como que pode. Acho que é algo que eu mais odeio é isso, não reconhecer a minha existência, está certo, que ninguém é obrigado a cumprimentar ninguém, mas sei lá, eu não sou inimiga, eu não sou a pior pessoa do planeta, eu to longe de ser o bozo, eu só quero o mínimo de educação possível e respeito pelo o que vivemos no passado. Se bem que sei lá. Tem passados que mereciam ser esquecidos. Mas tudo bem, vida que segue, se escolhemos ser estranhos um para o outro, tudo bem. Eu nunca vou forçar nada mesmo. Mas fico com uma impressão que eu não gosto, ainda não sei o que tá rolando, e qual o motivo disso, mas algo me diz que no futuro vou descobrir. Então no tempo certo, as coisas vão acontecer.
Outro detalhe, menina madu falou que não anda lendo esse tumblr, por motivos de que eu só falo do LP e para ela está sem graça de ler, confesso que só penso nele, então só escrevo sobre ele, isso que dá estar apaixonada por alguém, já foram 53 textos falando sobre ele ou mencionando algo sobre ele, mesmo que o assunto central não seja ele, de alguma forma, ele é mencionado, inclusive agora, que era para falar da menina madu e estou falando dele e do MC, outro maldito que não sai dos meus textos.
Hoje LP foi viajar com a NT, uma ficante dele, ciúmes por ela, eu tenho um pouco, porque sigo querendo ver o LP a todo instante, agora menos desesperada em relação a isso, mas sempre querendo vê-lo. Hoje terminei de passar meu tumblr antigo pro wattpad, levou umas três semanas, não sei se fico atualizando tudo que escrevo aqui lá, mas acho que vou, por precaução, uma espécie de backup.
LP falou algo sobre não ter problemas em ter ciúmes dependendo da forma que lidamos com ele, percebo que meus ciúmes não me corrói como antes, não sei se é meu amor próprio, mas as outras ficantes do LP não me ameaçam mais, eu sempre vi elas como ameaça na questão de: elas vão roubar o pouco de tempo que tenho com ele. Uma certa disputa por atenção, burrice eu ter que disputar atenção. Ele que tem que correr atrás de mim (eu sempre falo isso, mas eu que corro atrás dele). Ódio de eu ser uma cadela por esse cara. Se bem que não é uma corrida, eu só o queria vê-lo mais frequente. Mas aí já passa do limite de atenção que ele pode me dar. Eu realmente estou apaixonada por ele. Percebi isso quando reli tudo que escrevi até agora. LP explicou novamente sobre a muleta do medo no doc que ele fez para conversarmos sobre essas questões. Ainda vou respondê-lo lá, mas já que eu havia mencionado aqui e falei que ia discutir esse assunto.
Muleta do medo é a forma que me apaixono por pessoas impossíveis, que eu nunca estaria em um relacionamento, o LP é um exemplo de muleta do medo, estou apaixonada por ele, mesmo ele já estando em um relacionamento, a Patricia do passado nunca me permitiria a isso é aqui estou, mas as minhas outras paixões anteriores só reforçam essa teoria, que só me envolvo/acho interessante pessoas que não são daqui. Quando eu paro para analisar a muleta do medo, ela não é uma teoria que eu consiga aplicar em tudo, por exemplo, MC e PA, eram duas pessoas que me apaixonei que nunca havia idealizado nada, eu nem queria ter me apaixonado por eles, mas aconteceu. Mas eu realmente idealizo tanto um relacionamento, a ponto de não me ver em nenhum. Além do medo, há uma pressão, paranoia da minha cabeça, que é o fato de eu me comparar com a minha irmã noiva que está há 12 anos em um relacionamento sério. Ela se tornou uma entidade com o noivo dela, não existe um sem o outro. Lembro do LP falando que isso era ruim. Realmente, é importante ter independência do outro. Mas eu acho fofo esse grude deles, eu provavelmente não seria assim, mas queria ter um grude. Queria ter um dengo, queria ter uma companhia para qualquer coisa que eu fizesse, tipo rolê de supermercado, rolê de ir na costureira, ir comprar um sapato, eu faço isso sozinha, mas com uma companhia parece menos solitário. Eu sempre tive a companhia da JA para isso, deve ser por causa dela que eu realmente nunca namorei na vida, não é à toa que ela é o meu amorzinho, mas agora que estamos longe, percebo uma necessidade de ter alguém para me fazer companhia, não 24h por dia igual a minha outra irmã, mas não estar sozinha o tempo todo seria bom. No momento tenho o LS para suprir essa minha solidão, ele é um grande amigo que nem existia há um ano atrás. Deve ser por isso que todo mundo pergunta se ele é meu namorado, mas tenho que falar toda hora que ele é GAY.
Preciso aceitar a solidão como algo não ruim, eu aprecio estar sozinha, alguém falou que todo mundo está só, e que não tem problema a solidão, isso não é um monstro, faz parte da vida, realmente, mas eu como uma pessoa sociável, quero estar cercada de pessoas boas perto de mim, não quero estar só o tempo todo, eu quero ver gente, ser feliz.
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avitori · 2 years
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[ LUX ZALE ]: Avitori! Gracinha, até hoje histórias são contadas sobre o desempenho de seu pai na Arena, como era imbatível e como as pessoas sempre souberam que ele ganharia. Você se orgulha dele?
[ LUX ZALE ]: Lembro de pessoas terem apostado sobre você ser voluntária, especialmente pelo histórico familiar, quando tinha 17 anos. Por que isso não aconteceu?
"lux! faz anos que eu fico te assistindo na tv, 'cê é bem mais bonita pessoalmente, nossa. gente, nem é brincadeira! blanche, agora eu te entendo melhor ainda..." comentou com uma expressão embasbacada no rosto, com um tom de voz meloso tão falso que quase não cabia em si. as palavras não eram mentira, mas toda a postura de avitori era, ainda mais por saber que teria que mentir em quase tudo que falasse nos momentos que encontrasse lux. "muito! infelizmente eu não lembro muita coisa da época que ele ganhou, mas é tradição lá em casa assistir os principais momentos dele dentro da arena todo ano! é sempre uma festa, todo mundo junto comentando as mesmas coisas, mas a gente se diverte em família, sabe como é." começou, deixando uma piscadinha ao fim. "ele é super orgulhoso de tudo que ele conquistou, e acho que eu e a minha mãe temos certa culpa nisso, a gente sempre deixou bem claro que ele era simplesmente incrível por ter ganhado a edição dele. afinal, ele treinou muito pra isso, né?"
precisou respirar muito fundo ao escutar a segunda pergunta de lux, não sabendo exatamente se ainda conseguia passar a imagem de relaxamento que estava tentando, lembrando de todas as ofensas e brigas com o próprio pai quanto aquilo.
"a gente sempre conversou sobre isso lá em casa, como seria quando eu pudesse me voluntariar. meu pai chegou até a brincar que eu deveria ter feito isso com doze anos, pra entrar na história da ganhadora mais nova, acredita?" começou, e mesmo sabendo que aquela brincadeira do pai nunca foi piada, conseguiu deixar uma risada sair de seus lábios para que agradasse ao público. "mas eu não 'tava pronta naquela época, infelizmente. e os gêmeos tinham acabado de nascer também, então não queria sair de perto deles nunca; bem irmã babona, sabe? eu ia me voluntariar quando eu fiz 18, igualzinho meu pai, mas minha mãe passou por um período bem ruim de saúde e eu fiquei morrendo de medo de alguma coisa acontecer e eu não estar perto. ela acabou ficando bem depois de um tempo, ainda bem! acho que esse foi o momento mais covarde que eu já tive, e eu assumo isso, mas finalmente terei minha chance de brilhar lá dentro da arena! quem diria... tive muito mais tempo de me preparar desse jeito." mentira. tudo absolutamente mentira. sua mãe nunca tinha passado por problemas de saúde em sua vida, desistir dos jogos não foi covardia, foi decisão consciente, e ser escolhida como um dos tributos para essa edição fazia com que avitori quisesse vomitar, e não se sentir "mais preparada". porém a percepção do público sobre si continuava sendo sua maior prioridade.
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gceul · 3 years
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FAMILY TREE + NAME ORIGIN 
Carlisle Gaeul. A combinação entre um nome da família e um da família coreana podia muito bem ser uma homenagem aos patriarcas de ambas. Podia ser a representação de suas figuras fortes e imponentes, porque eles eram esse tipo de homens. Eram conhecidos por isso. No entanto, não era. O único filho de Sebastian e Adeline foi nomeado em homenagem a outros homens e suas famílias. Figuras masculinas presentes na criação de ambos enquanto os seus respectivos pais estavam demasiadamente ocupados com seus status.
Carlisle era o nome do padrinho de Sebastian. Um homem de índole tão impecável quanto seu gosto por peças de artes, um amor que havia transformado em trabalho. Pelo menos para aqueles que consideram como "boa índole" qualquer um que fosse abertamente apoiador dos ideais que sustentavam o purismo. E, á época, muitos ainda eram. Casou cedo, mas não teve filhos porque sua esposa não podia concebê-los. O que deu ao homem muito tempo para apreciar seus sobrinhos e sobrinhas e, especialmente seu afilhado, o filho de seu melhor amigo. Sebastian nunca poupava elogios ao falar do homem, que seu filho nunca chegou a conhecer por conta de um feitiço que ricocheteou. Sempre comentava como Carlisle foi quem o ensinara a montar em vassouras, a caçar diversos tipos de animais mágicos e quem o ensinara a conjurar um patrono corpóreo. Apenas algumas dentre tantos momentos marcantes da relação entre padrinho e afilhado.
Gaeul era o tio de Adeline. Um homem conhecido por seu bom humor e grande habilidade com poções. Era dono de uma famosa boticaria no Japão nos anos 40, mas largou tudo e voltou para a Coreia no início dos anos 60, para ficar junto de seu irmão mais novo, quando ambos perderam os pais. Inseparáveis, mudaram juntos para a Inglaterra, um pouco depois. Ocupado demais com o trabalho como Medibruxo, Hyunjoo deixava a esposa e os filhos sozinhos por tempo demais e Gaeul tentava amenizar a tristeza que Jinah sentia. À época do nascimento de Adeline, os boatos eram de que ela fosse filha de Gaeul, não de Hyunjoo. Ninguém nunca tocava no assunto, mas era possível dizer que a ligação entre tio e sobrinha incomodava uns e outros. A relação já complicada com o pai tornou-se ainda pior quando Adeline decidiu homenagear o tio.
@tripontos​
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yellowme-carol7 · 2 years
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Sonhei acordada sobre anos atrás
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Hoje eu fui pra escola e dei de cara com uma antiga paixão da minha adolescência na época dos meus 13, ele estava embolado na mesa de cabeça baixa, igual quando tínhamos doze e ele veio me perguntar sobre crise de ansiedade. Olhei achando que logo passaria, fiquei de olho enquanto procurava no corredor e em outra sala a professora que eu prometi entregar o trabalho mas nada, tudo na minha cabeça agora era ele. Faz tempo que não conversávamos, depois de ser praticamente do mesmo grupo de amigos no fundamental, eu me afastei e foi uma jornada necessária na época. Mas com o tempo minha insegurança, é... essa é a palavra, insegurança tomou conta de mim, sobre quem eu era e como meu corpo era, eu criei uma aversão dele e do seu grupo de amigos, converso com alguns e tenho amizades em comum mas somente eu sozinha com meu amigo, nunca com o grupo reunido ou em rolezinho. Falar que é ridículo o que eles fazem em role foi a forma de me sentir bem, mesmo querendo ser próxima mas não se achando merecedora de ser amiga desses caras. E não, eu não largaria meus amigos atuais por esses, mas gostaria de aproveitar as festas. Onze da manhã, uma enxurrada de pensamentos me fizeram vagar e voltei a observar o garoto de pele um pouco bronzeada, de pseudo topete e moletom que estava na sala solitária. Fui ate ele e parei na porta -Você viu a Ana Flavia por um acaso? -Estávamos no segundo andar da escola, as salas ali eram do lado da sala dos professores. Ele levantou o olhar e nos olhamos por dez segundos. - Não vi nenhum professor passando -ele logo em seguida fungou o nariz - Você ta bem? Ele meio descontente e meio cansado fez uma careta -eu sei que não conversamos faz anos, mas se precisar conversar eu posso te ouvir, as vezes uma completa estranha pode ser melhor que um amigo extremamente preocupado - Você sabe que não somos estranhos né? Conversávamos direto no oitavo ano e vc me deu ate brigadeiro de aniversário. Ai ai, fatídica memoria essa, olhando para trás tenho vergonha dessa cena. Estava na cara que eu estava afim dele e ele não queria nada comigo. Quando eu me apaixonava por alguém meu mundo ficava ainda mais colorido, como se ele fosse de lantejoulas e purpurina, então não ia demorar muito pra todo mundo sacar o que tava rolando. -Somos estranhos com memorias então, faz sei lá.... Uns anos que não conversamos, não? - Respirei fundo soltando o ar no 9, lembrar daquilo acabou me deixando mais nervosa - Nós mudamos muito. Você seguiu sua vida e eu a minha. Temos memórias juntos e lembro que eu era feliz conversando contigo então pro que precisar eu to aqui.- pronta pra me virar e sair correndo, ele grunhiu e logo abaixou a cabeça de novo. Uns oito minutos depois, não aguentei e voltei lá, esse menino ainda mexe comigo, ele ser o garoto que é fora do meu "suposto tipo ideal" me deixa estranha do pq eu gosto tanto dele, guardo um carinho e não queria que ele ficasse ali. - Você quer me ajudar? Eu não acho a professora e posso talvez de pagar um café, vai que você se anima. Ele ficou em silêncio ate que eu cocei a cabeça - Não quero te encher o saco, mas também não quero te ver aqui sozinho, vamos comer alguma coisa, matar uma aula. -sete passos pra frente e sussurrei- nessa escola quase todos os dias são apropriados pra faltar.
Fomos até uma padaria perto da escola, padaria bem conhecida aqui no centro da cidade, a cantina já tinha fechado e estamos eu e ele aqui, depois de tirar as máscaras e fazer os pedidos, comendo pão na chapa com um toddy gelado e um nescau já que ele insiste que é o melhor. Sentamos pra conversar da vida e é bem estranho fazer isso quando você não tem intimidade alguma com alguém, mas falamos de umas 6 música, 5 artistas, 4 séries e o papo de sempre, o vestibular. Falei sobre a fase da minha vida, fiz umas piadas pra melhorar o animo do garoto o e conversamos a tarde toda. E depois de mais de 3 anos, nos aproximamos e em menos de dois segundos o sonho acabou. Foi ai que eu descobri que o cara que me ouviu na escada era o mesmo de agora, meu imaginário, meu amigo fantasma, minha própria ilusão. Afinal não tive a coragem de falar com qualquer um daquele grupo, principalmente aquele que viveu tanto tempo no meu coração. Será que eu tento?
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thedicklee · 4 years
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i'm all butterflies, i'm sky-high for you
onde: final de semana beneficente , AIE
quando: novembro de 2020, sábado à tarde
       𝐍𝐎𝐖 𝐏𝐋𝐀𝐘𝐈𝐍𝐆: 𝘧𝘦𝘦𝘭𝘴_𝘭𝘪𝘬𝘦_𝘵𝘩𝘪𝘴_-_𝘮𝘢𝘪𝘴𝘪𝘦_𝘱𝘦𝘵𝘦𝘳𝘴.𝘮𝘱3
RILEY says...
Riley havia passado algumas vezes próximo ao local reservado à lavagem de carros para conversar com alguns de seus amigos, mas seus olhos sempre acabavam procurando a figura de outra pessoa, preferindo acreditar que fazia aquilo por pura curiosidade. Mas curiosidade do que exatamente? Também não queria responder a tal pergunta. — Vejo que você é realmente um carrossexual, ein! — aproximou-se de dick assim que teve a chance e a coragem. — Não sei se devo me preocupar com isso…
DICK says...
como só trabalho e zero diversão nunca havia feito muito o estilo de dick, naquele momento ele se encontrava bem mais molhado do que o carro que lavava devido a uma guerra de água que havia se iniciado por ali algum tempo atrás, o que resultou em vários respingos de seus fios ensopados atingindo riley ao que ele se virou rapidamente em sua direção quando ouviu sua voz. – oh, shit. desculpa. – disse em meio a um breve riso, nem pensando duas vezes antes de levar o dorso de sua mão até o rosto dela para livrar sua bochecha de alguns dos respingos mais grosseiros. seu sorriso vacilou apenas por um instante depois que recolheu sua mão, mas logo agia como se nada tivesse acontecido outra vez, o que parecia estar se tornando sua habilidade. – oh, preocupada que eles vão tomar seu lugar na minha lista de afeições? – questionou em falsa surpresa, logo levando sua destra até o capô do carro com cuidado. – muito mais provável do que você pensa, eles pelo menos não me zoam 24/7.
RILEY says...
Não esperando que ele estivesse tão molhado, Riley fez uma careta assim que sentiu os respingos alcançando seu rosto e permaneceu dessa forma ao ter os dedos gelados do rapaz se livrando de alguma dessas gotas, uma atitude que foi mais rápida que seu próprio reflexo. Pelo tempo que conversavam e a quantidade de vezes que já trocara contatos com Dick, a morena já deveria ter se acostumado com aquilo, mas ainda assim seus batimentos vacilavam. — Credo, você está dando banho nos carros ou em si mesmo? — riu fraco levando a canhota ao rosto para enxugá-lo melhor, foi necessário um breve segundo para reagir. — Lá vem você com esse papo de afeição. — revirou os olhos numa clara desaprovação. Sempre que ele falava sobre isso, parecia exagerado e nenhum pouco condizente com o que se convencia a sentir. — Não ‘tô nem aí para essa sua listinha. — bufou baixo, cruzando os braços. — Eu ‘tava falando mais sobre ficar preocupada com você decidir trocar os humanos por essas latarias… E você deveria se sentir honrado por eu te zoar e não te ignorar 24/7, porque até panquecas eu fiz para você esses dias. Depois me fala quando um… — inclinou-se para o lado a fim de ver a marca do automóvel. — Uma BMW fizer isso para você.
DICK says...
eu estou me divertindo. você devia tentar às vezes. – brincou, dando brevemente de ombros enquanto sorria brincalhão, tomando o cuidado de passar as mãos por seus fios na tentativa de se livrar de ao menos um pouco da água para evitar futuros acidentes como aquele toda vez que se movimentava. mesmo a recusa da amiga sendo algo que ardesse um pouquinho, dick preferia esconder aquilo atrás de sua expressão exagerada de petulância, encolhendo os ombros como se dissesse que quem perdia era ela por não aceitar o afeto dele. – ah, então você não ‘tá curiosa nem pra saber qual lugar você ocupa? – indagou com um leve tom de provocação, imitando a postura dela depois de escorar na lateral do carro. – ok, usar as panquecas contra mim é sacanagem, mas não posso opinar até provar mais uma vez, só para ter certeza se eram tão boas ou era só o meu sono, sabe? e, por favor, ela não é só uma bmw, é uma bmw i8 e o nome dela é iris. – disse orgulhoso pois era seu próprio carro, se sentiria um péssimo dono se tivesse o deixado na mão dos outros alunos. fitando o chão em um raro momento onde não sabia o que dizer, dick chutou levinho a ponta do pé de riley antes de voltar o olhar para seu rosto, sorrindo amistosamente. – parabéns pela vitória. ia falar com você depois do jogo, mas eu tive que correr de volta pra cá antes que o professor fosse me buscar pela orelha. – seu sorriso se desfez em uma careta, era um cenário possível depois de todas as vezes que ele havia dado uma sumidinha naquele dia, mas a verdade mesmo era que tinha visto a garota comemorando com seus amigos e não quis atrapalhar. –torci pra caramba e também comecei a apreciar a delicadeza que você usa quando me chuta, porque puta que pariu, não quero te irritar a ponto de você me chutar igual chutava aquela bola.
RILEY says...
— Existem outras formas de se divertir por aqui que não envolve água… e você não está sentindo nenhum pouco de frio assim? — na verdade, era exatamente isso que surpreendia Riley ao ver o garoto molhado daquela forma, pois estava longe de fazer calor e isso a fazia acreditar que a ideia de participar daquela atividade era bastante idiota. Com os braços ainda cruzados, a morena o encarava com os lábios unidos numa fina linha, pois aquela questão a pegou de surpresa e mesmo possuindo uma resposta pronta na ponta de sua língua, hesitava em externá-la por Dick ter se tornado um grande responsável pela sua curiosidade. — Não… — por acreditar que ficar em silêncio por mais tempo seria o mesmo que admitir o que não queria admitir quando, na verdade, queria admitir, o tom de sua voz acabou por sair de maneira incerta. — Até porque acredito que eu nem esteja em seu top 20. Você conhece muitas pessoas e ainda tem muitos carros pelo que ouvi falar. — não era algo que desejava falar, pois podia deixar evidente sua curiosidade que insistia em não ter. — Saiba que o sono não atrapalha as papilas gustativas, então não ofenda minhas panquecas desse jeito. — lançou-o um olhar cerrado, simulando irritação, mas logo desviou seu olhar para o lado da forma mais casual possível. — Qualquer dia eu faço mais para você. — disse baixo dando de ombros. Ao ouvir que o automóvel tinha um nome, Navarro rapidamente voltou a encará-lo com um sorriso debochado. — Esse carro é seu? Por que você trouxe seu carro? — não fazia muito sentido quando o objetivo da lavagem de carros era arrecadar dinheiro e Dick podia muito bem lavar o próprio carro em casa. Descruzando os braços para agarrar o tecido da barra da própria camiseta a fim de entreter suas mãos e não se sentir esquisita diante do garoto, seus olhos foram ao chão quando sentiu o leve chute na ponta de seu pé, achando graça na atitude dele só para voltar a encará-lo e dar de cara com seu sorriso e suas palavras gentis. Isso não era justo. — Valeu. — sorriu amistosamente com sutileza. — Foi um jogo bem intenso, na real… jogar com equipes mistas e ainda contra uma galera que aparentemente te odeia me deixou na força do ódio. Muito provavelmente nenhum de vocês me escutou, mas nunca xinguei tanto em campo. — riu relembrando de umas trocas de chutes “acidentais” no jogo, além do clima extremamente passivo-agressivo. Aproveitando que ainda estava com o uniforme, mostrou-lhe alguns curativos espalhados por sua perna direita, além de mostrar os arranhões no antebraço esquerdo. — As garotas do Ocean tem unhas bem afiadas… Essas são minhas marcas de guerra, mas um amigo me ajudou a cuidar disso tudo, então 0 veneno. — e foi bem doloroso lidar com o antisséptico, seu cenho franzindo suavemente só de recordar. — Eu aviso quando estiver perto de dar meu chutão em você, pode ficar tranquilo. Mas e ai? Você está em outra atividade além da lavagem de seu próprio carro? — brincou.
DICK says...
tipo pegar sapinho na barraca do beijo? – questionou em um tom divertido e se parou no último instante antes de perguntar se ela o visitaria lá, se fosse a atividade escolhida por ele, justamente por acreditar ser um daqueles casos de cedo demais para transformar a sua angústia em piada. – frio? pfff. – negou com a cabeça, mas não podia esconder as leves estremecidas que dava toda vez que o vento soprava, estava tudo bem enquanto ele estava se movimentando, mas o fato de estar ali parado ajudava no fato dele estar perdendo calor corporal rapidamente, mas não era nada preocupante se ele insistia em ficar por ali conversando com riley. sustentando o olhar da garota, não pode conter o sorriso vitorioso de crescer cada vez mais em seus lábios com a negativa nada segura dela, suas próximas palavras prontamente ignoradas em favor de simplesmente encará-la com uma sobrancelha arqueada e ar totalmente convencido. – oh, riley. minha lista é bastante limitada, mas como não é do seu interesse, deixa pra lá… – deu de ombros em sua melhor encenação e falta de interesse, morrendo de vontade de simplesmente explanar quão alta a posição que a garota ocupava, mas dizer aquilo significava que ele teria que admitir mais algumas coisinhas para si mesmo que ele ainda não estava pronto para encarar. – eu não estou ofendendo, longe de mim! – se prontificou a assegurá-la, um pouquinho de pânico em suas palavras diante do olhar de navarro, uma ligeira carinha de cachorrinho chutado tomando conta de suas feições. odiaria perder o privilégio das panquecas, por isso as próximas palavras da garota o fez se inclinar em sua direção para que pudesse ouvir o tom mais baixo dela. – seria essa uma promessa de outro café da manhã juntos? – indagou, esperançoso. – porque eu vim de carro e eu ‘tô pagando pela lavagem, então não se preocupe com a caridade. eu só não tive coragem de deixar esse pessoal colocar as mãos no meu carro. – disse horrorizado só de imaginar as atrocidades que seriam cometidas ao seu veículo, ainda mais depois dele ter sido tão chato com algumas pessoas que não estavam tratando os carros dos outros direito. – você não vai acreditar em cada absurdo que eu já presenciei aqui hoje, chega a me dar calafrios só de imaginar. – os calafrios em questão não foram encenados, apenas mais um mimo do vento, mas isso ele nunca admitiria. e daí que estava passando frio se sua recompensa era o leve sorriso no rosto da amiga? ele que lutasse com o resfriado depois, porque só o que queria no momento era arranjar motivos para vê-la sorrindo outra vez. – oh, eu não ouvi, mas deu pra perceber pela sua cara, acredite. – soltou um breve riso, mas esse não demorou a ser substituído por uma breve careta de dor em simpatia aos machucados de riley que ele não havia percebido, porque claramente tentava não olhar para as pernas dela, mas se permitiu segurar o pulso da garota com delicadeza com a sua destra, os dígitos de sua mão livre pairando sobre os arranhões sem de fato tocá-los. – shit, doeu muito? – mirou os olhos dela rapidamente antes de mover o olhar para o braço da garota novamente, os dígitos que estavam apenas próximos dos machucados acariciando a pele saudável próxima a eles em uma pequena demonstração de conforto. – chutão, socão… você é bem into um rude love, hein? – brincou ao que soltava o braço da amiga para esconder que estava um pouquinho sem graça, a destra que segurava seu pulso escorregando pela palma de riley até que seus dedos tocassem os dela antes de finalmente cessar qualquer contato entre eles. foi preciso um breve pigarrear antes dele responder a pergunta dela, trazendo seus braços para o lado de seu corpo como forma de repreensão por seus impulsos. – meu esporte é chato o suficiente pra ficar fora dessas competições e como é a única coisa que eu sou bom… vou só ficar vagabundeando por aqui. e você, só futebol mesmo?
RILEY says...
A barraca do beijo nem passou por sua cabeça quando lançou o comentário, mas, como uma ótima ouvindo, Riley já havia se deparado com alguns comentários à respeito de Dick que a fizeram acreditar que a possibilidade de vê-lo naquela atividade existia. Não fazia ideia do que sentir sobre esse cenário, afinal, era alívio que a preenchia por não vê-lo distribuir beijos deliberadamente pelo evento ou frustração por não poderem concluir o que tentavam há um tempo? A morena não queria mesmo responder tais dúvidas. — Não, né. — fez uma careta. — Tem a barraca dos jogos, por exemplo. Passei por lá mais cedo e me pareceu bem divertido. — deu de ombros. Se pudesse voltar no tempo e escolher uma das atividades para fazer, provavelmente escolheria aquela ou a barraca de comida. A resposta dele não foi nenhum pouco convincente, arqueando apenas uma de suas sobrancelhas diante daquela encenação de que estava tudo bem. — Eu tenho toalha e um casaco seco no meu armário, se quiser. — por estarem no ambiente da Armstrong, Navarro decidiu que não ficaria carregando uma mochila para cima e pra baixo, decidindo deixar seus pertences dentro do prédio, mesmo que precisasse se identificar com os seguranças sempre que quisesse pegar algo. Bastante limitada. Se já estava curiosa sobre sua colocação na lista de Dick, seu interesse apenas aumentou com essa notícia, mas óbvio que a garota não admitiria por acreditar que se revelaria demais. — Tanto faz… — murmurou antes de morder a própria língua, um repreendimento por pensar em se arrepender por negar a informação. Por que queria saber? Não precisava saber. — Ah, bom. — disse séria em reflexo ao nervosismo presente na fala do rapaz, além de seu costumeiro olhar de cachorro abandonado, precisando desviar o olhar brevemente para não rir descaradamente da atitude alheia. Seu corpo se inclinou suavemente para trás à medida que Dick pendia em sua direção a fim de manter a distância de segurança que sua mente havia traçado. — É claro que não é. Você me fez perder a aula de física da última vez, não posso confiar meus café da manhã a você. — existia o background de que passaram a noite inteira conversando aleatoriedade e essa foi a principal razão para estarem tão cansados, mas depois de acordar no sofá praticamente agarrada nele, a morena decidiu não arriscar. — Mas posso levar algumas para escola, só vou precisar que você chegue mais cedo para comê-las ainda fresquinhas. — sugeriu oferecendo-o uma careta. — Se você está lavando sozinho, por que não deixou para fazer isso na sua casa e focar nos outros carros? Lembro de ter visto uma fila considerável de veículos. — não sabia de onde saíam tantos carros, mas o pessoal da lavagem parecia estar sempre ocupada. — Quem diria que você viveria um verdadeiro filme de terror automobilístico aqui dentro, ein. — riu um pouco mais alto com aquela reação exótica que o mais alto tinha graças aos cuidados não muito cuidadosos dos seus colegas de trabalho. Riley não fazia ideia de como aquele interesse masculino nasceu e desenvolveu e até pensou em questioná-lo se não fosse os visíveis calafrios dele devido ao vento. — Okay, foda-se. Vamos pegar alguma roupa seca para você quando terminar isso aí. — disse claramente incomodada em vê-lo daquela maneira. Sabia que ele retornaria ao grupo de lavagem e se molharia mais, mas deixaria algumas peças com ele, pelo menos. — Nossa, não fui nenhum pouco discreta, né? — riu fraco tentando imaginar como deveria ter sido assisti-la irritada diretamente da plateia. Com o toque curioso masculino, o olhar de Navarro foi diretamente ao próprio braço. — Doeu, mas já estou acostumada com esse tipo de coisa. — deu de ombros tentando não criar muito caso de seus ferimentos, porém sua respiração falhou com carinho depositado em sua pele, não sabendo se deveria reagir àquilo ou só ignorar. Com a brincadeira dele, Riley voltou a encará-lo com um sorriso mais sacana, tentando conter uma nova risada. — Minha especialidade. — percebera que a forma como respondeu soou ambígua, mas apenas deixou que aquilo se perdesse com o vento. No final de tudo, era apenas uma brincadeira e acreditava que Dick entendia isso. A forma a mão dele deslizou pelo seu braço, alcançando sua mão e a abandonando deixou a mais baixa mais sem jeito do que o imaginado, até porque não conseguiu se controlar ao enganchar seu indicador num dos dele a fim de impedir o afastamento imediato; decidiu fingir que nada havia acontecido ao levar ambas as mãos à cintura. — E eu pensando que teria a chance de te ver jogando peteca. — brincou suspirando decepcionada. — Sim, só futebol. E agora que o jogo acabou, vou ficar vagabundeando por aqui também. — respondeu balançando a cabeça suavemente. Deveria convidá-lo para andarem pelo evento juntos? — Falta muito para terminar de limpar a Íris?
DICK says...
sua ideia de diversão é ficar vendo os outros brincarem enquanto você tem que recolher a bagunça? – primeiro que dick não era muito fã daqueles jogos porque sempre saía deles frustrado por nunca conseguir o que queria e outra, era impaciente demais para lidar com tudo aquilo, provavelmente acabaria jogando no lugar dos outros e sendo expulso da barraca, era uma cenário bastante provável que o fez rir um pouquinho, ainda mais por imaginar riley tendo que lidar com os jogadores caso tivesse feito aquela escolha, ele definitivamente seria um dos primeiros da fila para irritá-la. – nah, tá tudo bem. tá o quê, uns vinte e cinco, seis graus? calor! – a forma como reagia exageradamente era um dos principais sinais de que estava mentindo na cara dura e esperava que riley não tivesse percebido aquilo sobre ele, porque a ideia de estar sozinho com ela pelos corredores do instituto trazia à tona lembranças ainda frescas demais em sua memória. sua expressão que ele julgava digna de pena apenas se agravou com as palavras de riley, fazendo-o cruzar os braços sobre o peito ao se afastar, um bico de descontentamento em seus lábios quando retrucou, – ei, se um não quer dois não dormem. a culpa não foi totalmente minha. – tinha que se defender, mesmo que a sua intenção era faltar na aula desde o começo, ele havia sido bastante obediente desde que riley havia o recebido de bom-grado em sua casa e não faltaria porque ela havia deixado bem claro que eles não podiam. agora se o sono acumulado de uma noite mal dormida, mas muito bem aproveitada, acabou os atingindo em cheio, ele achava meio injusto receber toda a culpa. – mas riley! – disse emburrado, batendo o pé no chão como uma criança prestes a fazer birra, o que não era uma atitude tão longe assim de sua personalidade. – não quero panquecas fresquinhas, quero panquecas quentinhas! com a manteiga derretendo. – concluiu, sabendo muito bem as chances de levar um famoso chutão na canela junto com riley retirando seus benefícios, mas resolveu arriscar mesmo assim. – eu acho que fui a pessoa mais produtiva aqui hoje, se tem fila é por causa da incompetência dos outros dessa vez. – um conceito bastante abstrato que dick ainda estava aprendendo a lidar, porque geralmente usaria os conceitos ao contrário quando falava de si mesmo, a ideia de ser competente era nova. – eu já disse que ‘tô legal… – ia continuar argumentando, mas um pingo gélido caiu de seus fios em sua nuca, fazendo-o estremecer de forma quase exagerada por não ter como ter previsto aquilo. – ok, talvez não tão legal assim. – riu baixo, negando com a cabeça enquanto se abraçava, correndo suas palmas por seus braços rapidamente para se livrar daquela sensação chata. – talvez, mas acho melhor perguntar para alguém que não estava prestando atenção só em você para ter uma opinião mais geral. – disse com uma naturalidade totalmente fingida, porque teve que desviar o olhar para falar e seu tom era mais baixo do que antes. – você é mesmo movida pela força da raiva, né? – brincou, seus olhos semicerrados em falsa repreensão, não era uma sensação legal ver ela toda machucada e sabia que riley era bem grandinha e forte o suficiente para lidar com seus lances, mas ainda assim era impossível para ele simplesmente não se preocupar. – acho que você é uma péssima influência para mim, então, porque acho que ‘tô começando a gostar. – disse com um sorriso de canto páreo ao sorriso sacana dela, deixando explícita sua brincadeira; se ela tinha um fundinho de verdade, riley não precisava saber, não agora. dick tentou ignorar a forma como ela havia tentado segurar o seu dedo, tanto que não falou nada, mas simplesmente não conseguiu tirar o olho de onde suas mãos estavam quase juntas há um instante, seu coração pulando algumas batidas com aquela ideia totalmente boba de dar as mãos. não se atentou tanto na brincadeira seguinte de riley, apenas assentindo com um breve riso, porque em sua mente o momento anterior, por menor que fosse, havia acendido uma minúscula chama de esperança em seu peito. – a gente pode ir lá pegar aquela toalha e depois dar uma volta por aí, ou só sentar e conversar mesmo, ‘tô um pouco cansado. – sua boca sugeria antes mesmo de sua mente processar aquela informação, mas não se martirizaria muito, porque no próximo instante já fazia um sinal para que riley aguardasse um pouquinho enquanto ele corria até o local seguro que tinha colocado as chaves de seu carro para poder livrar aquela vaga da lavagem e colocá-lo mais ao fundo do estacionamento. não tinha terminado a lavagem e provavelmente se odiaria quando notasse a bagunça que havia deixado no estofado depois de entrar ali molhado, mas aquele era um problema para depois, pois depois de trancar o carro já voltava correndo para onde tinha deixado riley, tendo conversado com o professor responsável também, o qual concordou com a pequena folga que ele propôs. – eu quero muito secar o meu cabelo, tá me dando agonia.
RILEY says...
— Bom ponto. — teve que concordar com a observação de Dick, pois a ideia de ficar se abaixando para recolher as bolas, pinos, discos ou qualquer coisa que fosse o objeto a se jogar ou cair não era muito atrativa. — Mas minha ideia de diversão é ver as pessoas frustradas gastando todo seu dinheiro para conseguir um ursinho que vale cinco dólares numa lojinha de pelúcias. — Riley não era alguém que curtia ver as pessoas se dando mal, mas não discordava que aquele cenário em específico era engraçado. — Sim, verdade, mas quem é que colocou aquele vídeo péssimo no YouTube? Ah, foi, você! — disse com diversão, mas fingindo uma postura séria enquanto cruzava os braços. Passar a noite em claro havia sido uma decisão extremamente burra, especialmente considerando como importante a grade de aulas daquele dia, mas parecia estar se tornando parte de si aderir ideias malucas sem pensar duas vezes graças ao Dick e o motivo para isso se tornava cada vez mais evidente, porém se fazer de sonsa parecia a melhor opção no momento visto que não gostaria de perder os bons momentos ao lado do rapaz. Entretanto, não era como se fosse incapaz de sentir e os pensamentos de reviver a cochilada de alguma forma a deixava nervosa, preferindo dar tempo do episódio se perder na memória de ambos (ou deixar de se tão recente). A garota arregalou um pouco o olhar com a atitude do rapaz em bater o pé no chão e assumir uma postura mais infantil, um breve sorriso lhe surgindo achando graça na cena, porque não imaginou que precisaria falar igual a sua mãe. — Se você quer panquecas quentinhas, só colocar no microondas da escola. É pegar a proposta ou largar. — disse categoricamente e curiosa sobre o que ele falaria ou escolheria. — Nossa, você leva isso realmente à sério. — Riley não o conhecia tanto quando gostaria, mas o processo estava sendo constante devido à quantidade de tempo que estavam começando a passar juntos, então era novidade para ela vê-lo empenhado numa atividade, principalmente quando estava acostumada a vê-lo pouco se importar com muitas coisas. Observando totalmente incrédula das palavras dele sobre estar bem, a morena levou um susto com o exagerado estremecer dele, rindo baixo em seguida em ouvi-lo admitir que estava mentindo desde o início. — Eu sabia. — maneou a cabeça em repreensão. A leveza de seu semblante se desfez minimamente com as palavras de Dick em ter apenas a observado durante toda partida, seu coração errando brevemente suas batidas; Riley nunca gostou da ideia de ter a atenção de tantas pessoas simultaneamente, ficando bem ansiosa antes das partidas por essa razão, mas ter pescado a dele por inteiro era diferente. — Idiota. — murmurou da mesma forma que ele, não conseguindo evitar um breve sorriso carinhoso de surgir em seus lábios ao mesmo tempo que seu rosto esquentava, mas tratando de desviar seu olhar ao chão a fim de esconder o que acontecida em sua cara. Foi necessários alguns segundos daquela forma para que conseguisse voltar a encará-lo. — A raiva é um dos sentimentos mais puros, tenho orgulho de dizer que faz parte do meu ser. — brincou dando de ombros. Sua personalidade era realmente explosiva e era necessário extravasar os sentimentos negativos de alguma forma, ou pela música ou pelo esporte, mas também tinha ciência de que para tudo existia uma consequência e a de sair machucada fisicamente era a que preferia. Se Riley dissesse que não ficou nervosa com a resposta de Dick à sua brincadeira, com certeza estaria mentindo, pois a ambiguidade da interpretação era presente e ela não sabia lidar muito bem com isso — seja por realmente não saber o que fazer, como por carregar significados demais. Dessa forma, deixou que o assunto morresse para não se arrepender por acabar revelando demais. — Já que está cansado, podemos encontrar um lugar para sentar e conversar, sim. — a sugestão do mais alto surgiu como se ele fosse capaz de ler sua mente, precisando controlar sua incomum animação de poder passar um tempo com ele, aliás, quando começara a se sentir tão empolgada com isso? Com os olhos presos no rapaz, observou-o se afastar para recolher o próprio carro e, naquele tempo em que distanciaram, Riley soltou o ar que nem se dera conta que prendia em seus pulmões e levou as mãos ao próprio rosto na tentativa de se certificar de que ainda não queimava como momentos atrás. Não fazia ideia de como se desenrolaria o tempo em que passariam juntos a partir dali, pois as vezes em que estiveram sozinhos foram bastante imprevisíveis e capazes de encher a mente feminina dos mais diversos pensamentos conflitantes. Enquanto aguardava Richard, a morena livrou seu cabelo do coque e penteou seus fios escuros com os próprios dedos na tentativa de fazê-los mais apresentáveis, mas, ao perceber a razão para isso, voltou a prendê-los se repreendendo silenciosamente. Não tinha porquê parecer mais bonita para ele. Assim que o mais alto surgiu no seu campo de visão, respirou fundo com o objetivo de voltar a imagem de amigável de antes. — Seu cabelo não fica tão ruim assim. — disse antes de seguirem até o portão de entrada do instituto. Havia entrado e saído tantas vezes de lá que os seguranças pareciam já reconhecê-la e não questionaram seus motivos para tal, mas o olhar desconfiado para Dick ainda assim existiu. — Vamos só pegar nossas coisas mesmo. — respondeu brevemente o funcionário e, numa ação impensada, buscou a mão de Richard para que entrassem juntos com mais velocidade, antes que algum dos seguranças surgisse com mais perguntas ou os bloqueasse de seguir. Apenas isso. Ou pelo menos foi o que tentou se convencer ao perceber isso momentos depois, embora não existisse razões além dos que tentava evitar para querer permanecer daquela forma. Navarro não se entendia mais, muito menos seus conflitos, mas ignorar continuava sendo a melhor opção, certo? Então não deveria existir problema em fazer nada e só deixar suas mãos unidas daquela maneira, né? Tentando se manter de forma casual, essa foi sua decisão, mas não impediria que o rapaz a soltasse caso desejasse. — É estranho ver esses corredores vazios. — comentou a fim de quebrar o silêncio. — Dá até uma vontade estranha de gritar. — riu.
DICK says...
dick não pode deixar de se sentir extremamente traído com a forma que ela havia trazido à tona o seu vídeo e por mais que já esperasse um ataque daqueles, incredulidade tomou conta de suas feições rapidamente, levando junto seu sorriso e expressão amistosa, ele não havia brincado quando disse que aquele era um de seus pontos fracos. – pois bem, quem colocou foi a minha mãe, mas quem foi que implorou pelo link, hein? – ele só perdeu um pouquinho da defensiva porque, bem, não ficaria bravo por uma coisa daquelas quando era só uma troca de farpas inocentes entre os dois e ele ainda tinha a munição para rebater, pois não esqueceria do áudio da garota tão cedo; ou da conversa que eles haviam tido em um geral, mesmo com todas as brincadeiras e provocações, foi algo que acabou colocando várias coisas em perspectivas diferentes na cabeça do garoto e ele não se importaria de perder mais noites de sono se fosse daquela forma. – mas, riley! -- repetiu seu protesto mesmo sabendo que não seria eficiente, não conseguia entender toda a relutância dela, tudo bem que perderam uma aula de física, mas havia sido uma ótima soneca, o sofá da garota era confortável o suficiente para fazer o garoto dormir até sonhar. um sonho bastante estranho, aliás, porque tinha plena noção de que não era algo que aconteceria entre os dois tão cedo, isso se acontecesse, mas desde então a ideia de dormir abraçado com ela era algo que ele pensava com mais frequência do que gostaria de admitir e se não fosse pelo tapão da garota em seu peito quando o acordou, ele poderia ter tido mais um gostinho, então um ponto a menos para riley e sua tendência de acabar com a felicidade de dick. – eu sei o seu endereço mesmo. – concluiu por fim, dando de ombros exageradamente como se tivesse o trunfo daquela vez, não era como se ele fosse aparecer por lá de surpresa ou algo do tipo, mas era uma ameaça válida. – eu gosto de carros. – encolheu os ombros diante da fraca justificativa, como se explicasse todo seu incomum trabalho duro, existiam lados bons e ruins daquela sua pequena paixão, várias broncas e até surras do progenitor quando dick, ainda criança, fazia o que crianças faziam e não tinha cuidado com alguma relíquia de sua coleção, mas ao mesmo tempo todas as suas melhores memórias com o pai sempre tinham um carro ou um projeto envolvidos. como aqueles pensamentos estavam longe de serem bem-vindos, o garoto logo tratou de repreendê-los sob alguma brincadeirinha, – ai, mas trabalhar tão duro assim é péssimo. não quero mais, riley. – disse manhoso, até apoiando uma mão no ombro da garota para demonstrar o quão perto de sucumbir ao cansaço da vida de proletariado, mas se recuperou rapidamente da brincadeira, trazendo seu baço para se juntar ao outro ao cruzá-los sobre o peito e virar o rosto com petulância pelo desaforo de ter sido pego em sua mentira. – you don’t know shit. – negou com a cabeça, tendo que morder o lábio inferior para conter o sorriso que insistia em aparecer em seu rosto, porque no momento ele estava preocupado em parecer zangado. mas logo ele se repreendia pelo seu ato que havia lhe custado a visão do aparecimento daquele sorriso no rosto da amiga, conseguindo pegar apenas um mínimo vislumbre quando se voltou para ela alguns breves instantes antes dela olhar para baixo, o privando do que estava rapidamente se tornando uma de suas visões favoritas. – okay, isso não parece nenhum pouco saudável, – comentou com o cenho franzido, o garoto sempre viu raiva como uma emoção negativa demais para si, porque associava diretamente as faces contorcidas em ira de seus pais nas incontáveis brigas que havia presenciado e já era motivo o suficiente para ele tentar evitar senti-la, mas estava ciente de que não era ninguém para julgar os mecanismos de enfrentamento dos outros, por isso não pensou duas vezes antes de complementar, – mas é bom que equilibra o nosso webnamoro. – brincou, se referindo à todas as vezes que a garota já havia dito que lhe faltava ódio.
é? mas espera até ele começar a secar e armar, você vai evidenciar um verdadeiro desastre. – ria baixinho enquanto negava com a cabeça, lembrando das várias fotos de quando era menor e tinha cachinhos emoldurando seu rosto, sua sorte era que seus fios não eram mais longos o suficiente para aquilo; tudo bem que só acrescentavam ao seu charme e fofura natural, mas também o faziam parecer que não tinha mais do que treze anos. dick pensou que deveria agradecê-la depois por ter agido antes dele poder abrir a boca e falar alguma coisa estúpida diante do nervosismo de estar sob o olhar atento do segurança e ele ia fazer isso baixinho assim que passaram por eles, mas se viu rapidamente sem palavras ao ter a garota assumindo o papel que geralmente era dele, richard era o faminto por toque que não perdia uma chance de importunar os outros com o seu grude e ele simplesmente não sabia o que fazer com os papeis invertidos daquela forma, ainda mais quando se tratava de riley que não media esforços para se mostrar adversa a qualquer tipo de contato que ele tentava iniciar. ele não fazia ideia de como ainda não tinha começado a sair fumaça de suas orelhas de tanto que seu cérebro trabalhava com aquele singelo segurar de mãos, tinham todas as sensações que acompanhavam o toque e todas as besteiras que se passavam por sua mente, se questionando o significado de tudo, quando no fundo ele sabia que era só a forma da garota de arrastá-lo pelos corredores. mas ainda assim, em meio ao seu debate interno ele acabou afrouxando seu aperto na mão dela e quase cessando o contato involuntariamente depois de ter ficado alguns passos para trás em meio a suas paranoias. foi com as palavras de riley que ele despertou e apressou seus passos para ficar novamente ao seu lado, aproveitando para que, antes que suas mãos se desunissem, pudesse entrelaçar seus dedos em um aperto mais seguro, tendo que desviar o olhar rapidamente para poder liberar o sorriso que ele tentou inutilmente encobrir ao fitar as suas mãos juntas. era estranho para ele se sentir tão eufórico com uma coisa tão pequena e inocente quanto aquela, sem contar que ele preferia não analisar muito fundo pelo fato de estar conectado a todas as coisas novas que ele vinha sentindo ao lado de riley e sabia muito bem que abrir aquela caixa de pandora que eram essas novas sensações e emoções seria um caminho sem volta. – oh, eu vejo esse corredor vazio com bastante frequência, o legal mesmo e não ter nenhum monitor pra encher o saco. – brincou, rindo baixinho pois ainda se recuperava daquela surpresa e tudo que acabou pensando naqueles… trinta segundos, um minuto no máximo? por deus, ele tinha que parar de pensar. – eu sempre tenho a vontade de correr quando vejo um corredor assim. – comentou, acompanhando-a no riso, ele vinha balançando suas mãos unidas há um tempinho já, mas deu um leve puxão na mão dela para chamar a atenção para a expressão travessa que havia tomado conta de suas feições. – o que te impede de gritar? – não aguardou uma resposta, usando a sua mão livre para redirecionar o som quando gritou um ‘go sharks’ para testar seu alcance, bastante satisfeito com o eco para gritar novamente, dessa vez o nome da garota, só parando com a gracinha quando ouviu a voz do segurança de antes os advertindo da entrada, o que só o fez soltar uma alta gargalhada, seus olhos em meia lua devido ao tamanho de seu sorriso, o fato de ter a mão dela na sua talvez contribuindo para o seu humor.
RILEY says...
— Não só implorei pelo link como baixei o vídeo. — admitiu soltando uma divertida risada, não se importando muito com a imagem de irritação que Dick tentava passar. Não estava brincando quando disse que utilizaria aquilo como uma arma, mas ele também não precisava saber que isso era apenas uma desculpa para conseguir ouvir o cover dele em qualquer lugar. Buscando o celular no bolso que havia costurado nos shorts do uniforme, Riley acessou a própria galeria só para comprovar o que estava falando. — De qualquer forma, a culpa foi sua por me fazer perder uma noite de sono… Mas, pensando bem, até que valeu a pena. — e então virou a tela na direção masculina. O jeito como agia podia ser interpretado como se o vídeo fosse o que tornou a sua noite preciosa, mas, na realidade, o motivo estava longe de ser apenas aquele — o problema era que Riley não admitiria, pois gostava da zona de conforto e mentiria para si mesma a fim de se manter nela. — “Mas Riley” nada. — cortou-o cruzando os braços e brincando de lhe lançar o seu conhecido olhar assustador, mesmo que não carregasse a mesma intensidade de quando estava irritada, pois seus sentimentos no momento estavam longe de serem negativos. Ao rejeitar o convite de repetirem o café da manhã, a morena buscava evitar reviver todas as sensações e tentações que teve durante aquela manhã, pois descobriu com os próprios olhos que o sono conseguia ser seu pior inimigo ao prejudicar seu filtro do que deveria ou não falar; diria “não” quantas vezes fossem necessário até o episódio deixar de estar fresco em sua memória. Entretanto, ter esse objetivo em mente não excluía os efeitos que sentia ao ver Dick tão interessado em repetir a dose, além de relembrar das mensagens dele sobre ter se mantido acordado porque queria; era um pouco difícil se manter no controle de seus próprios pensamentos dessa forma. — E o que você planeja fazer? Invadir minha casa às seis da manhã para comer panquecas? — mordeu o lábio inferior a fim de conter a risada que ameaçava escapar diante do cenário sugerido pelo mais alto. — Saiba que eu também sei onde você mora. — não podia fazer absolutamente nada e retribuir a ameaça nem sequer fazia sentido, porém a retribuição só saiu de sua boca sem muita reflexão. A mão de Dick em seu ombro e sua expressão exageradamente cansada divertiram Riley durante alguns segundos; ele definitivamente merecia receber um oscar com suas dramatizações. — Queria dizer que isso acabou, mas o futuro vai te trazer muita dor de cabeça ainda. — disse levando sua canhota até o topo da cabeça do rapaz, depositando ali algumas tapinhas suaves. Richard não era a pessoa mais imprevisível que conhecia, mas, de vez em quando, conseguia deixá-la sem reação graças às suas falas e atitudes — talvez fosse apenas o fato de ainda não o conhecer tanto, porém a imagem dele a desafiando no fliperama surgia em sua mente sempre que estava entediada em busca de alguma diversão. — Isso é o que você acha. — com um tom petulante, reproduziu a postura masculina ao cruzar os braços mais uma vez, embora achasse graça na tentativa alheia de segurar o próprio riso. A reação de Dick para suas palavras não soou muito positiva e, apesar de ter dito aquilo brincando, era algo que também acreditava. — Assim como não é saudável não extravasar. — deu de ombros. Para Riley, a raiva era um sentimento tão importante quanto a tristeza e a felicidade, o problema era quando a pessoa se resumia a apenas isso. E, felizmente, não era seu caso. Por não ter previsto o complemento masculino, a morena não conseguiu ser rápida o suficiente para repreender ou esconder o novo sorriso, desviando seu rosto para o lado tarde demais. Não fazia ideia até onde a brincadeira de webnamoro chegaria, mas não podia negar que pensar nisso fazia seu coração palpitar. Sentia-se boba ao querer interpretar a piada de outra maneira. — Veremos, thedicklee… — murmurou, seus olhos recaindo ao chão para dar um novo chutinho na ponta do sapato dele.
Existiam determinadas iniciativas que Riley não costumava tomar e contato físico era, sem dúvidas, uma delas. Não sabia explicar a razão disso, mas sempre lhe soara estranho a ideia de abraçar alguém do nada, encostar a cabeça no ombro alheio, dar as mãos ou qualquer tipo de contato carinhoso, mas, ao mesmo tempo, não reclamava quando era alvo desses gestos (quando realizadas por pessoas que lhe eram íntimas, claro). Só parecia ser algo não-natural quando vinha de si. Dessa forma, era novidade para a garota se encontrar tão interessada nos mais simples toques de Dick e seu corpo agir de maneira impulsiva quanto a isso. Acostumada a fugir como se os contatos lhe oferecessem uma descarga elétrica, Riley não sabia como reagir ao operar em favor do choque — e quando percebia o quão agradável era essa eletricidade. Mesmo que sua mente desejasse atribuir uma interpretação mais profunda com a união de suas mãos, Navarro havia aprendido em seu dia-a-dia (até mesmo com o próprio garoto) que atitudes como essa também eram ligados à amizade, então concluía que não existiria problemas em se manter daquela forma. Todavia, a sensação de decepção começou a crescer em seu peito ao sentir suas mãos tão frouxas e estava prestes a ver aquilo como um sinal para largá-lo quando o mais alto entrelaçou seus dedos e a agarrou com mais força ao acelerar os próprios passos. Com os batimentos caóticos, foi necessária força para não se deixar vencer à tentação de passar os olhos pelas suas mãos juntas, pois precisava manter sua casualidade, além de evitar que sua imaginação aflorasse e traísse os sua própria meta de tratá-lo como um amigo. Eram amigos e nada mais. Tentando ignorar todos os arrepios e pitadas de felicidade que ameaçavam lhe escapar, Riley atentava-se a conversa. — Com bastante frequência? Costuma ficar por aqui até muito tarde? — perguntou franzindo o cenho. Esquecer o que faziam enquanto caminhavam pelos corredores era mais difícil do que o imaginado, especialmente quando Dick balançava suas mão com uma alegria que não se orgulhava de considerar adorável. Prestes a abrir a boca para responder a pergunta dele, a morena foi surpreendida com o grito, cerrando os olhos automaticamente enquanto um divertido sorriso surgia no canto de sua boca, mas quando ele repetiu a ação falando seu nome, foi a vez de Riley puxar a mão dele para repreendê-lo silenciosamente. A advertência dos seguranças foi responsável pela careta que formou em seu semblante, mas essa não durou tanto tempo graças à risada de Richard, pois seus olhos instintivamente buscaram o rosto dele a fim de apreciá-lo enquanto seu coração servia de percussão da canção que tentava ao máximo deixar para trás. — Para de fazer isso! — soltou sem nem pensar. Estava detestando a forma como sua mente inexperiente tentava a proteger. — Digo… melhor a gente correr, não? — sugeriu e, sem esperar por uma resposta, acelerou seus passos até que corressem em direção ao armário. Apesar de ter praticamente arrastado o garoto no primeiro instante, a necessidade de estarem atentos no percurso foi o momento perfeito para se permitir sorrir todos seus sorrisos contidos até então sem que os olhos masculinos a notassem, além da falta de fôlego dar um novo significado às suas batidas aceleradas. Um bem menos assustador. — ‘Tá bom, não era para eu ter feito isso. — riu ofegante aproveitando que chegaram próximos de seu armário para apoiar as costas na parede metálica enquanto tentava recuperar o fôlego. — Me lembra de nunca mais fazer isso depois de ter passado mais de uma hora correndo em campo. — disse balançando suas mãos ainda unidas e aproveitando o cansaço para finalmente observá-las daquela forma, sua boca se unindo numa fina linha para não evidenciar demais o que achava. Finalmente o soltando, Riley colocou a senha de seu armário e pôde abrir sua mochila, retirando sua toalha e jogando na direção masculina. — Aqui está! — disse divertidamente, voltando a se encostar na parede o observando se enxugar. — Uma pena que não verei como seu cabelo fica quando arma. — brincou. — A roupa que posso te emprestar são apenas duas camisas: uma para vestir normal e outra para fazer de casaco. Eu tenho um moletom aqui também, então me viro com ele… agora sobre a calça: infelizmente vai ter que aguentar essa que está usando. Ou se curtir bermudas de futebol suadas… — disse puxando o elástico da peça que vestia ao limite. Gostava de peças folgadas por serem bastante confortáveis, mas até que vinham a calhar em momento como aquele.
DICK says...
não havia nada a não ser incredulidade em sua feição com a revelação da garota, tudo bem que dick havia lhe dado aquele poder no momento em que ela pediu e ele foi, idiotamente, atrás de buscar o maldito link e entregá-lo de bandeja em suas mãos, mas ainda assim, ele não esperava que ela fosse mesmo cumprir com a sua palavra de usar aquilo para envergonhá-lo. – você não fez isso! – estava literalmente de boca aberta com a prova de que, sim, ela havia feito aquilo. aquele maldito suéter azul que ele passou a odiar desde o dia do casamento lhe encarando como se fosse a própria prova de um crime contra a audição de todos os convidados que presenciaram aquilo, sem pensar muito por ainda estar estupefato que ela tinha todo aquele poder em mãos, segurou o pulso da garota para impedir que ela afastasse sua mão antes dele pegar o celular, levantando o seu braço para que assim ela não pudesse alcançar o aparelho enquanto ele tentava deletar o vídeo. o seu deslize foi, literalmente, quando no lugar de apertar no ícone da lixeira, acabou passando para o próximo vídeo, nada mais nada menos do que um dos melhores momentos daquele dia que havia passado a manhã na casa dela, o vídeo de luka lhe pedindo carinho que o fez soltar um alto ‘awww�� e se esquecendo completamente de sua missão anterior. – ela me amou, né? – disse com os olhos brilhando ao repetir o vídeo mais uma vez. se fingir estar irritado não surtiu o efeito que ele esperava, seu próximo objetivo foi se fazer de triste, seu olhar indo automaticamente para o chão em resposta do olhar repreensivo de riley, apenas para voltar a encará-la com a sua melhor interpretação de desolação, lábios crispados em uma fina linha e seus olhos expressivos fazendo o que faziam de melhor, eles praticamente brilhavam e dessa vez não era com a mesma alegria de ver o vídeo com a luka. – mas, eu não gosto de tomar café sozinho e é o que vem acontecendo ultimamente. – por mais que fosse apenas mais uma carta no que havia se tornado um jogo para convencê-la a fazer sua vontade, a quase imperceptível nota de angústia em suas palavras era verdadeira e lá estava ele se repreendendo mais uma vez por acabar deixando novamente uma brincadeira boba como aquela tocar alguma de suas feridas. agradecia a sua capacidade de dar um total 360° em seu humor quando necessário, pois logo enterrava o que havia dito sob algumas brincadeirinhas. – 6:55. – corrigiu, sorrindo de canto. – porque mais cedo que isso sua mãe ‘tá em casa e aparentemente alguém não quer que eu a conheça. – disse a última parte com os olhos cerrados na direção da menor, ainda encucado com a ideia de fazer a mulher gostar dele, ainda mais com o convite de riley de passar o natal com elas, ele odiaria descobrir apenas no dia que a mulher não ia com a cara dele e acabar estragando o feriado para todo mundo; o que na real ainda era muito estranho para ele pensar que tinha planos para o natal, de todas as datas, a mais familiar, com riley e sua família. se aquela ideia alimentava alguns devaneios seus, ninguém precisava saber. – você sabe onde eu moro e nunca me fez uma visitinha, ‘tá certo. – disse enquanto negava com a cabeça fingindo estar desapontado, se aquela era a tentativa dela de fazê-lo desistir, havia passado longe, porque adoraria a visita dela qualquer dia desses, até porque riley tinha que conhecer harry e aquele era um encontro que ele pagaria para ver. – shhh, a gente combinou de não falar sobre o futuro, lembra. – ele não precisava de mais uma coisa em sua cabeça quando estava com riley porque, sinceramente, será que a garota não percebia o quanto ele parecia pensar em sua presença?! o que em si já era um fator contraditório, pois dick não pensava. – um dia a gente encontra um meio-termo, @rileynavarrro. – era impossível ver a garota sorrindo e não ter aquele contentamento espelhado em sua própria face, fora que achava graça no fato de considerar aquilo que eles tinham como algo duradouro o suficiente para começar a afetar a forma como os dois agiam, era um devaneio inútil, mas não deixava de ser legal pensar que um dia eles conseguiriam balancear suas personalidades em prol um do outro.
dick nem sequer tentava esconder a satisfação de suas feições depois de ter superado seus surtos, era uma sensação legal se ele conseguisse parar de pensar com a parte irracional de sua mente, a qual tentava simular todos os sintomas de paixonites descritas em livros infanto-juvenil, se seu coração batia fora dos compassos e ele se sentia leve, não tinha nada a ver com a sua mão na da amiga, pois estava crente que era apenas mais uma reação diante do contato amigável, ele segurava as mãos de seus amigos o tempo todo e não existiam motivos para aquilo ser diferente. – ah, quando não tem treino eu fico para a tutoria, às vezes saio depois de muitos dos professores. fala aí se isso não faz parecer que eu sou mega dedicado aos estudos. – não pode deixar de rir, seus atrasos para sair do instituto geralmente estavam ligados a sua capacidade de irritar seus tutores a ponto de fazê-los tentarem lhe ensinar alguma coisa à força, o que nem sempre era uma experiência legal, porque tinha gente que ficava assustadora quando sem paciência, e ele, mestre em encher o saco dos outros além do limite e, consequentemente, tinha que lidar com as consequências. ele não teve nem a decência de fingir que sentia muito pelo que tinha feito quando foi repreendido por riley, porque simplesmente não conseguia esconder seu sorriso divertido quando se voltou para ela e a pegou olhando para si, seu sorriso se tornando cada vez mais travesso diante da repreensão, porque ele já se preparava para gritar de novo, mas foi interrompido pela sugestão que logo foi posta em prática, sua mão apertando a dela com mais força ao que ele lutava para não escorregar com seus tênis molhados. – porra, riley, calma. – disse em meio a risos, porque por mais que correr com o medo de cair no chão escorregadio estava se mostrando muito mais difícil do que o normal, não podia negar que estava achando divertido, sem contar que duvidava muito que os seguranças sairiam da entrada para ver o que dois idiotas estavam fazendo pelo corredor. como vinha tão preocupado em controlar seus passos para que nenhum acidente acontecesse, quase continuou a se mover quando a garota parou, o que o fez perder a oportunidade de parar com as costas no armário ao lado dela e assim ocupasse um lugar em sua frente, sua mão livre indo instintivamente até os armários em busca de apoio enquanto arfava e ria ao mesmo tempo, sua cabeça inclinada para baixo enquanto se recuperava, apenas para se tocar da situação que se encontrava quando a levantou e deu de cara com o rosto da garota naquela posição que lembrava muito de como eles acabaram se encontrando na noite do halloween, pensamento que o fez engolir em seco, pois podia jurar que já havia superado aqueles sete minutos. ele não conseguia entrar em um consenso se estava feliz que ela havia soltado a sua mão, pois assim ele tinha mais um motivo para dar um passo para trás, ou triste pelo simples fato de já sentir falta do singelo toque. – obrigado. – disse ligeiramente abafado graças a toalha que tinha lhe atingido em cheio no rosto, não podendo deixar de rir enquanto a manejava para cobrir apenas metade de sua cabeça e deixasse seu rosto livre, esfregando assim seus fios de forma desajeitada. – eu sempre tenho roupa extra no meu armário, mas como é o final de semana eu levei tudo para casa para levar. – comentou com um breve rolar de olhos diante de sua estupidez, mal havia passado por sua cabeça que aquelas peças poderiam ser úteis fora dos dias de treino, o que em si falava muito mais de sua idiotice geral de não trazer mais roupas por achar que não seria necessário. – se você quer que eu tire sua roupa é só avisar, riley. – não conseguiu conter a brincadeira e o sorriso de canto que tomava conta de seu rosto ao que fingiu se inclinar para frente para espiar dentro do short da garota quando ela puxou o elástico, um gesto quase infantil quando corrigiu sua postura e cobriu a boca com as mãos como se tivesse de fato visto alguma coisa chocante. – só a camiseta já é mais que o suficiente. – assentiu enquanto sorria, agora a sua vez de encostar na parede de armários, só que ele escolheu deslizar por ali até se encontrar sentado no chão, pois não tinha mesmo brincado quando disse que estava cansado, principalmente seus braços depois de todo aquele esfrega esfrega. – riley… – disse com um leve bico tomando conta de suas feição ao inclinar seu rosto para cima para assim poder fitar a amiga. – me ajuda. – segurou a mão dela, brincando com seus dedos por um breve instante ao que um breve sorriso aparecia em seus lábios, logo direcionando a palma da amiga até a toalha que cobria seus fios, sua melhor carinha de pidão posta para jogo. – será que vão notar se a gente ficar por aqui? – questionou com um sorriso travesso, deixando sua proposta no ar. com os corredores e salas vazias, o catálogo de coisas que poderiam fazer era bastante grande, inclusive podiam fazer nada caso escolhessem apenas aproveitar a companhia do outro, o que soava como uma ideia brilhante para dick.
RILEY says...
— Claro qu- — sua fala foi interrompida no momento em que seu celular foi tomado de suas mãos num movimento ligeiro do garoto. Riley admitia que havia sido bastante inocente, pois deveria ter previsto tanto isso quanto a audácia dele em utilizar da própria altura ao seu favor naquele duelo de quem ficaria com a posse do aparelho. Sem pensar muito e tomada pelo nervosismo, deu os passos que os distanciavam para tentar recuperar o que era seu: uma de suas mãos pousava no ombro masculino com o objetivo de se impulsionar enquanto pulava sem parar. Pouco se importava com o vídeo que ele tentava apagar, pois tinha o link dele salvo e poderia facilmente baixar novamente como se nada tivesse acontecido; sua preocupação era sobre os outros arquivos que tinha em sua galeria, principalmente algumas fotos que havia tirado quando recebeu a visita dele em sua casa pela manhã. Havia publicado em seus stories um curto vídeo dele comendo enquanto sonolento, mas aquele não foi o único momento registrado pela garota, que também se aproveitou a desatenção dele enquanto a ajudava com as panquecas e brincava com Luka. Sabia que era hipócrita da sua parte não o querer em sua casa para manter no passado o momento que a deixou tão nervosa quando também o guardava em seu celular secretamente, mas nem Navarro entendia suas próprias atitudes e preferia ficar sem entender. A morena ficou tensa quando ele deslizou para o lado e o vídeo dele brincando com Luka começou a ser reproduzido, um arrepio tomando conta de seu corpo temendo que a curiosidade dele gritasse e, consequentemente, o fizesse checar as próximas fotos. Entretanto, para sua sorte, Dick ficou entretido demais revendo seu cachorro e conseguiu recuperar o aparelho no instante em que ele vacilou. Naquele momento, a morena nem se importava mais se seu rosto evidenciava que algo estava errado, muito menos as possíveis teorias de que seu aparelho continha nudes ou algo parecido, na realidade, aquela ideia era bem menos constrangedora e reveladora que a verdade. Decidindo deixar aquele tópico para lá o mais rápido possível, guardou o celular no bolso novamente. — Luka te amou, sim. — respondeu fingindo que nada havia acontecido. — Vocês são praticamente irmãos como disse, então já esperava. — quando o olhar de Dick mudou para algo mais entristecido, Navarro imaginou que acharia graça na expressão tão batida dele, mas as palavras seguintes do rapaz impediram que isso acontecesse. Se o objetivo dele era fazer algum tipo de manipulação emocional, bem, então ele estava conseguindo. — Caralho, desse jeito você faz eu me sentir uma sem coração. — riu sem muito humor. Costumava transparecer uma imagem fria e apática no colégio ou perto das pessoas que mal conhecia, mas Riley tinha um coração extremamente mole e facilmente comprava as brigas dos outros… aquela tática dele era jogo baixo. Será que seria tão prejudicial assim barrá-lo de surgir em sua casa de manhã quando sua mãe estava fora? Merda, por que tinha que estar tão confusa em relação a ele? — ‘Tá bom, podemos marcar alguns dias para você comer panquecas quentinhas lá em casa. — suspirou, pois sabia que poderia se arrepender futuramente. — MAS não vai se acostumando, porque não é sempre que vou ter paciência de ter alguém em casa de manhã cedo. — alertou encarando-o com seu olhar semicerrado. — E para com esse drama, eu vou te apresentar para minha mãe! Inclusive, ela já está sabendo do convite pro Natal e quer te conhecer antes também. — não podia esquecer do olhar surpreso da progenitora ao ouvir que tinha o interesse de convidar um amigo para o feriado, mas a morena não teve a coragem de citar seu nome, apenas contando brevemente o motivo do convite, que sensibilizou Jade. Por que não dissera que se tratava do Dick? Bem, porque Riley sabia que ele havia sido aluno de sua mãe e não fazia ideia da opinião que ela tinha sobre ele. Talvez fosse melhor omitir a informação… não tinha certeza. — Eu só soube seu endereço recentemente, então não é como se eu tivesse tido o maior tempo do mundo para te visitar. Estou só esperando seu convite, na verdade. — deu de ombros. Riley falara aquilo só como uma brincadeira, então ouvi-lo pedir para não conversarem sobre o futuro tinha o efeito totalmente contrário e isso a deixava nervosa. Aquela possibilidade realmente existia? A menina ficou em silêncio encarando o chão enquanto tentava se controlar e evitar fantasiar sobre algo que seu lado racional nem concordava. Ou se esforçava em não concordar.
— Então o lance da tutoria é real mesmo? Uou, agora estou surpresa. — zombou, embora fosse uma notícia boa saber que Dick até que tentava ter resultados no colégio quando se mostrava tão negligente com as aulas durante as manhãs. — E saiba que não esqueci da minha missão de te ajudar com humanas. — lembrou-o com seriedade, porque desejava ajudá-lo caso isso fosse do interesse dele. No momento em que pararam de correr e se encostou na parede para recuperar o fôlego perdido, Riley foi surpreendida com a proximidade de Dick quando ele apoiou a mão nos armários, sua mente fazendo questão de relembrá-la do halloween. Por que caralhos esse episódio não conseguia ficar no passado de uma vez por todas? Era um sentimento frustante reviver a tsunami daquela noite, especialmente quando algo acontecia sempre que os sete minutos voltava à sua mente. Todavia, outra parte sua parecia gostar de vê-lo próximo daquela forma, comemorando a oportunidade de guardar na memória novas visões dele. E essa parte precisava ser silenciada urgentemente. Observando-o enxugar os próprios fios com a toalha emprestava, Navarro vez ou outra desviava seu olhar para o lado a fim de não parecer que notava até demais nos detalhes do garoto: a forma como seus cabelos se bagunçavam à medida os esfregava, sua respiração ainda descompassa, seu semblante suave e o peitoral exposto graças a ideia idiota de passar frio. — Normal. Eu nunca tenho roupa extra, só trouxe essa por causa do jogo de hoje e não estava nos meus planos ficar o dia inteiro com o uniforme fedido de futebol… só o moletom que costumo deixar no armário mesmo para emergências. Sou uma pessoa muito friorenta. — admitiu com uma fraca risada. Riley era uma pessoa muito pálida para morar na Califórnia, mas também não tinha a resistência suficiente para o frio, mesmo que preferisse congelar a derreter em suor… não saber lidar muito bem com nenhum dos dois climas era decepcionante, se não considerasse humilhante. — Mas confesso que imaginei que você teria algo já que passaria o dia lavando carros e mexendo com água… de qualquer forma, pelo menos está atento para amanhã. — deu de ombros, afinal, a vida era literalmente uma coleção de erros e acertos. Seu cenho se arqueou com a brincadeira do garoto, não sabendo muito bem como reagir, mas a atitude dele de se inclinar em sua direção e fingir que havia visto algo surpreendente dentro de suas calças a guiaram, dando um leve soco no peito dele em defesa própria enquanto ria baixo. Se não vestisse um shorts justo por dentro da bermuda, até que reagiria de maneira mais imediata com o objetivo de impedir que ele visse realmente alguma coisa mesmo que sem querer, mas não tinha o que esconder. — Só uma camiseta ou só as camisetas? — questionou-o. — Porque você vai usar as duas. Eu não trouxe um saquinho para separar meu uniforme sujo das roupas limpas e eu já vou estar de moletom pelo conforto, então não te resta opção. — justificou-se enquanto observava deslizar até o chão. Quando seu nome saiu da boca de Dick de maneira manhosa e os dedos dele procuravam por sua mão, a garota tentou levar aquilo da maneira mais amigável possível, mesmo que um sorriso com significado duvidosos ameaçasse lhe escapar. Ao ter sua mão guiada até a toalha, entendeu o pedido dele e só conseguiu manear a cabeça. — Você é muito mimado, meu deus. — disse antes de se agachar e obedecer o pedido dele só para esfregar a cabeça dele com um pouco de violência num cascudo velado, mas não demorou para que fizesse o gesto com mais delicadeza. — Não sei, mas acho que não. Os seguranças não pareciam estar muito preocupados em fazer uma vistoria por aqui… pelo menos não lembro de ter visto algum andando pelos corredores nas vezes que vim. — disse entendendo perfeita a sugestão presente nas entrelinhas. — O que você quer fazer aqui dentro? Dar uma explorada? Porque tudo bem por mim… não ‘tava muito a fim de ficar rodeada por mil pessoas, sei lá. — sem falar que nunca havia passeado pelo prédio vazio. — Mas é melhor a gente se trocar antes.
DICK says...
por mais curioso que fosse e, sim, a ideia de explorar a galeria de riley havia passado por sua cabeça, ele também sabia onde estavam seus limites e ver a garota agindo daquela forma mostrava que ele estava prestes a ultrapassar estes, mas isso não significava que ele não acharia graça da cena e levantaria ainda mais o celular só para vê-la por mais um tempinho tentando inutilmente alcançá-lo. usar sua altura a seu favor era um dos truques mais velhos e manjados do rapaz e ele sempre se divertia com isso, o problema estava no momento em que ele pensava na diferença de altura entre ele e riley e no lugar de imaginar as coisas engraçadas que ele podia fazer, sua mente lhe fornecia imagens nada favoráveis a sua situação, pois começou a ponderar o quão perfeita era a altura dela para que ela pudesse simplesmente encaixar o rosto na curva de seu pescoço ou como ele poderia sem esforço algum deixar beijos carinhosos no topo de sua cabeça… e foi aí que ele se viu distraído o suficiente para perder a posse do aparelho e, ridiculamente, teve que tirar alguns segundos para livrar sua mente das imagens fornecidas, era a segunda vez que ele se via frustrado o suficiente para não protestar diante de alguma atitude de riley, o que o recordou das fotos do dia do fliperama e de como precisava questioná-la sobre elas, porque era bem injusto a garota ter surrupiado algo que o garoto queria ter como lembrança. faria questão de importuná-la sobre isso depois, porque no momento ele só lutava mesmo contra a vontade de jogar fora seu ato de tristeza em favor de mostrar todo o triunfo de alguma forma ter conseguido convencê-la. – você não é sem coração, – a garantiu rapidamente, sua expressão ainda bastante neutra ao que tentava estender ao máximo sua atuação, mas logo dando de ombros ao desviar o olhar rapidamente para tentar esconder o sorriso vitorioso que tomava cada vez mais conta de suas feições, – o problema é que eu sou bom demais nisso. – já tinha partido da fase da manipulação emocional mesmo, então nem tentou conter a sua animação com a proposta que ele aceitou imediatamente assentindo veemente diante das palavras de riley. como de praxe, para selar o combinado entre eles, buscou a mão da garota para que pudesse tomar a iniciativa de enganchar seu mindinho no dela, o gesto infantil que de alguma forma havia se tornado símbolo de todas as promessas que eles vinham fazendo, depositando todas suas expectativas na fé imatura que tinha naquele gesto. – não pode voltar atrás agora! – exclamou sorridente, evidenciando suas mãos unidas que ele ainda não teve coragem de soltar e quando o fez, foi gradualmente, como se aproveitasse cada instante possível de contato. – que tal nas sextas? a gente pode pensar como um sistema de recompensas, se eu não faltar nenhum dia, eu ganho panquecas. – era bom enquanto ele podia usar as panquecas como desculpa, mas era mais todo o conjunto da situação que acabaria servindo como um grande incentivo para ele. – mas poxa, riley. eu nem torro tanto assim sua paciência. – zombou, tentando manter seu semblante inocente. – ai meu deus, agora eu ‘tô nervoso. – para alguém que até então estava praticamente implorando pelo encontro e o fim de toda aquela expectativa de se a mulher iria gostar dele ou não, ele adoraria dizer que seu iminente nervosismo era apenas mais uma de suas gracinhas, mas a realidade de ter riley falando dele para sua mãe e a mulher querendo o conhecer de fato era algo tão surreal que no fim ele nem sabia como interpretar, sua mente conjurando pensamentos ambíguos demais para ele sequer tentar começar a decifrá-los; o que era uma boa, porque a última coisa que ele queria era complicar ainda mais a sua situação, ele nunca teve que ser apresentado aos pais de seus amigos antes e ele estava tentando com todas as suas forças não borrar as linhas entre a amizade que tinha com a garota e o que ele se pegava pensando que eles poderiam ser em um futuro próximo de preferência. mesmo que tivesse passado seu endereço para a garota no meio de uma brincadeira, ele imaginou ter deixado bem claro o fato de querer uma visita dela (ou de qualquer outra pessoa, teve que se lembrar antes que entrasse em outra crise). – você quer ir lá para casa qualquer dia desses? – se era um convite formal que ela esperava, dick o fez com um sorriso no rosto e expectativa nos olhos. – aposto que o harry ‘tá doido pra conhecer mais alguém que não gosta muito de mim e se recusa a aceitar minha afeições.
ué, ‘tava duvidando de mim, riley? pois saiba que eu tento. às vezes. – complementou rapidamente com a última parte com um breve riso, havia aprendido há muito tempo que não devia colocar a culpa de seu aprendizado lento no fato de que ele simplesmente não conseguia focar nas coisas, porque foi colocado na sua cabeça que aquela dificuldade não era real e só mais uma manifestação de sua necessidade de chamar atenção. – você vai mesmo topar esse desafio? – disse brincalhão, não era como se ele desse trabalho aos seus tutores de propósito, mas ele tinha um pressentimento que nas sessões de estudo com riley, outra coisa teria a força maior de prender a atenção do garoto, coisa que definitivamente não seria os livros didáticos ou seu caderno. e também quem era ele para negar passar um tempo olhando para a garota com a perfeita desculpa de estar confuso com a matéria. – a gente já tem uma lista bem grande do que fazer juntos, já percebeu? – riu um pouco aproveitando-se da toalha para esconder seu rosto por um instante em mais um de seus raros momentos desconcertado, porque recapitulando todas as conversas deles, era dick quem sempre parecia arranjar motivos e desculpas para encontros futuros, ele nem pensava muito nas coisas e já fazia a sugestão e mesmo que riley não tivesse explicitamente o negado muitas vezes, começava a questionar aos poucos se fazia a coisa certa em querer estar cada vez mais perto da garota mesmo quando tinha todas essas emoções conflitantes começando a aflorar dentro de si. – eu sempre tento deixar um moletom no meu armário também, não por eu sentir muito frio, mas por algum motivo minhas mãos estão sempre frias – comentou em resposta a confissão da garota, levando a sua mão até a bochecha dela para provar do que estava falando. estar em um lugar mais fechado significava que seus calafrios já não eram mais presentes e depois da corrida deles até ali (também o seu coração que parecia trabalhar mais do que o normal) sentia que sua temperatura já estava mais regulada, mas sabia que suas mãos continuavam gélidas. – e nem é mais por causa da água, elas ‘tão sempre assim. – riu baixinho ao recolher sua mão, sua cabeça logo tentando tornar seu toque uma coisa que não era e ele se recusando a seguir aquele caminho de ouvir seus pensamentos porque sabia que não era nada produtivo. – eu sou um pouco estúpido, imagino que já discutimos esse tópico. mas a verdade mesmo é que eu acordei com zero vontade de estar aqui num sábado de manhã. – era bastante injusto privá-lo de um dos únicos dias que podia dormir até mais tarde e talvez seu estado catatônico de sono tivesse influenciado em suas péssimas escolhas naquela manhã. – você não me deu muito espaço para escolher, né? – sabia que teria que voltar para a lavagem de carros mais cedo ou mais tarde e por mais que não quisesse arruinar as roupas emprestadas, não queria entrar em outra discussão porque o tom da amiga havia soado bastante definitivo quando fez a escolha por ele. – só um pouquinho… – brincou, indicando a quantidade com um mínimo espaço entre seu polegar e indicador. era mimado sim, mas infelizmente não por quem importava. seu sorriso de satisfação quando a garota começou a secar seu cabelo não se abalou nem com a agressividade dela, achando graça na forma que ela acabou suavizando seu tratamento eventualmente; tratamento o qual dick aproveitou com os olhos fechados, não podendo evitar puxar uma das mãos da garota para sua bochecha por fim para que ele pudesse inclinar seu rosto em busca de carinho. ele sempre ficava mais maleável quando mexiam em seu cabelo e se recusava a se sentir mal ou analisar demais a situação, ele gostava de carinho e pronto, ele não precisava levar em conta que ele vinha de riley e que seu coração estava entrando em frenesi em seu peito. – se você sabia que eles dificilmente sairiam do posto deles, por que me fez correr igual um doido agora a pouco? – questionou com os olhos semicerrados. – eu ia sugerir da gente fazer alguma coisa idiota, – riu baixinho, negando com a cabeça, o que resultou em seu rosto se movendo contra a mão da amiga, mas se fosse questionado, negaria com todas as forças o beijo casto que havia deixado em sua palma antes de afastar seu rosto para que pudesse se levantar do chão, – mas acho que toparia só a gente achar um lugar para conversar, sei lá? me bateu um cansaço agora. – o próprio esperava de si mesmo uma sugestão de algo melhor para fazerem, por isso logo tratou-se de se justificar, tentando até se espreguiçar para ver se dava uma despertada, mas aquilo apenas lhe rendeu um bocejo extra. – é estranho demais eu usar roupas suas? – questionou divertido ao se escorar no armário vizinho do de riley, usando a toalha úmida para secar seu torso da forma que conseguia, mesmo que não estivesse se mostrando muito efetivo. ele imaginava que todo cara devia ter uma fantasia da garota que eles gostam usando suas roupas, então era engraçado pensar no oposto daquilo… e dick percebeu o erro, deslize, pegadinha de mal gosto de sua mente só depois, quando sentiu seu rosto e as pontas de suas orelhas esquentando com aquela revelação que ele vinha evitando há algum tempo. ele aguardou pelas peças estranhamente calado e as vestiu da mesma forma, um pouco perdido em sua cabeça enquanto tentava refazer a linha de pensamento que havia inconscientemente o levado àquela conclusão que ele julgava precoce demais. mas era claro que ele gostava dela, afinal ele gostava de todos seus amigos! foi o que o acalmou e lhe trouxe de volta ao momento, finalmente capaz de direcionar um pequeno sorriso na direção da amiga depois da conclusão que havia chego. – como eu fiquei? – questionou, fazendo algumas gracinhas para mostrar o seu look.
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cooking.
oi gente, olha eu aqui de novo. então, mais uma coisinha que acaba de sair do forno (olha a esperteza&rapidez desse trocadilho). novamente com harry styles, não sei como classificar ele entre hot, cute ou engraçado, mas é de coração e espero que vocês gostem.
february 3rd - jorja smith (coloca o álbum (link) pra tocar e curta.)
enjoy it!
♡.
um dia de sol e ter dormido agarrada com meu namorado era tudo que precisava pra acordar de bom humor depois de uma semana infernal. o havia tido. e ainda o estava tendo.
depois de ter saído da cama sorrindo ao olhá-lo dormindo todo espalhado na cama e ter visto um solzinho que entrava pela frestinha da cortina malmente fechada, fui tomar banho animada. fiz todo o ritual de cuidados com a pele que fazia pela manhã e quase corri direto pra cozinha.
uma musiquinha da playlist bagunçada que tinha feito estava tocando enquanto comecei a fazer o que conseguia na cozinha sem destruir tudo, ou seja: água fervida (as vezes esquecia de apagar o fogo e a água acabava secando e dando uma queimada na panela, mas isso não conta). logo em seguida peguei uma xícara e um sachê de chá de hortelã, um pãozinho com geleia e mamão. sem nada que corresse o risco de queimar, sem riscos.
— tá animadinha hoje, ein? — ele me abraçou por trás, cheirando meu cabelo molhado e beijando meu pescoço. nem sei como fui capaz de não derreter.
— tô! — sorri e virei de costas na pia só pra olhar ele. o sorriso enorme comprovando que não somente eu estava animada.
— por que? — por mais que tentasse não conseguia esconder o sorriso. ri e fui tirar a chaleira do fogo. a única coisa que eu podia fazer sem esquecer e acabar fazendo a casa pegar fogo.
— porque você tá aqui. porque tá sol. e porque você tá aqui. — ele riu, mas não se aproximou muito vendo que eu tava com uma chaleira na mão. temia pela própria vida. e eu também.
— eu também tava morrendo de saudade, meu amor. — coloquei a água em duas canecas, a chaleira na pia e ele se aproximou. me sentando em cima de si em uma das cadeiras dispostas ao redor da mesa.
— ainda bem, meu lindo. porque hoje a gente vai passar o dia todinho agarradinho pra matar a saudade, ne? — perguntei enrolando meus braços ao redor de seu pescoço. ele sorriu, negando com a cabeça, meus lábios formaram um biquinho automaticamente.
— não faz essa cara amor, a gente vai ficar juntinho sim... — um sorriso começou a crescer em meu rosto, acreditando que ele havia desistido de qualquer plano que pudesse ter feito para acatar o meu pedido — só não desse jeitinho que você disse, ok? quer dizer, também desse jeitinho mas de outro antes.
— o que? — perguntei confusa, sem entender o que ele tava falando. ainda era manhã, afinal.
— nós vamos cozinhar o almoço, talvez uma sobremesa e... — ele parou de falar no instante em que eu comecei a rir histérica. puro desespero. e verdadeiramente acreditando que era uma piada, só podia ser. Pela cara dele, pude ver que não era.
— voce sabe mesmo a quem você tá propondo isso? — passei a mão em seu rosto, puxando seus cabelos pra trás. lindo do inferno. um sorriso cresceu em seu rosto, que se inclinou em direção ao meu toque, como se fosse um gatinho manhoso. não que ele não fosse.
— claro que sei, amor e é por isso mesmo. — fiz uma careta puxando minha cabeça pro lado, tentando entender a linha de raciocínio dele. não fazia o menor sentido, ele sorriu de novo começando um carinho gostoso na minha bochecha. — você vai me auxiliar e provar pra si mesma que é capaz de permanecer em uma cozinha e não explodir nada. olha que romântico.
— lindo, isso me parece desesperador, não romântico. — ele fez aquele inferno de expressão quase triste que me deixa querendo fazer tudo que ele quer. e ele sabia disso, o desgraçado.
— não, amor. eu to com saudade de passar um tempo com você. e a gente vai poder conversar, namorar um tiquinho. — ele parecia não saber, mas eu já sabia que ia aceitar qualquer coisa que ele me pedisse desde que ele o havia proposto.
— mas Harry... — já havia aceitado, só queria ver a cara dele fofa de quem quer muito uma coisa.
— por favor, amor. - arrastou seu toque de minha bochecha até meus lábios. sabia que me ganhava mais rápido com toques do que com palavras. — por favorzinho...
— ta. — ele sorriu de rosto inteiro, com covinha e tudo. Aproximou o rosto do meu, roçando nossos narizes, me fez sorrir ao encostar os lábios nos meus num beijo lento, nos afastei pra sussurrar: — por sua conta e risco.
e que Deus nos ajude.
{...}
— amor, isso não vai... — fui interrompida por um harry styles me olhando com olhos cerrados e uma colher de pau apontada em minha direção. estava apoiada na pia enquanto ele procurava na geladeira ingredientes pra fazer a tal da receita.
— não quero ouvir mais nenhum tipo de pensamento negativo, senhorita. — eu acabei rindo, porque era tudo que eu podia fazer no momento. — não ria! hoje vamos fazer um almoço delicioso e ainda por cima protagonizar uma lembrança romântica pra contarmos aos nossos gatos.
— eu podia jurar que você tá bêbado, mas ainda são 8 da manhã e você dormiu aqui então acho meio difícil. — comentei segurando o sorriso com
um dos lábios, harry suspirou e fez a cara de tristeza parando de frente pra mim, apoiando a colher e uns tomates na pia.
— para de rir de mim! se esforça, amor. por favor? — eu continuava do mesmíssimo jeito quando ele enfiou uma mão nos meus cabelos e me puxou um pouco, se aproximando e falando baixinho: — por mim? melhor, por nós!!
— ai harry, ta bom. mas se é pra arriscar nossas vidas pelo menos que seja por algo muitíssimo gostoso. — ele riu, concordando e me dando um selinho forte. talvez eu tivesse fazendo um pouquinho de drama. tudo uma tática pra ganhar (mais) carinho depois. se afastou, voltando a procurar coisas na geladeira.
— como você é pouco experiente, por assim dizer, vamos fazer uma coisa mais simples, certo? — agora era eu quem o olhava com os olhos cerrados. ele tinha o sorrisinho sínico no canto do lábio.
— só não vou me fazer ofendida porque você tem toda a razão. — ele gargalhou e eu acabei rindo também. - ridículo.
— tá, vamos fazer um macarrão com molho e só. — concordei. ele sabe que eu amo macarrão —quase impossível dar errado. — o olhei com uma careta horrível, ele riu e espremeu minhas bochechas me dando um beijinho e suspirei.
— nunca diga impossível quando se trata de mim em uma cozinha. — ele basicamente me ignorou, pegando tudo que iríamos precisar pra fazer um molho de tomate gostoso e um pacote de macarrão. me olhou.
— ajudante, a partir de agora preciso da sua máxima atenção. — eu ri, depois sorri batendo continência e ele também sorriu. — a senhorita será responsável pelo macarrão e pelo brigadeiro, sim?
— claro, chef. com licença. — fiz uma mesura absurdamente exagerada que o fez gargalhar e fui pegar uma panela pra encher de água e colocar no fogo.
harry logo começou a preparar o que precisaria pra fazer o molho e fui fazer minha especialidade na cozinha (a segunda): brigadeiro. Quando acabei o abracei pelas costas e fiquei encostada nele, quase jogando todo o peso do meu corpo no seu, mas ele não reclamou e começou a cantarolar musicas aleatórias.
— a água. — ele murmurou mexendo alguma coisa que eu não sabia o que era pois estava muito ocupada sentindo seu cheiro, e me assustei. ele riu.
— muito bem, estou orgulhoso!! — falou assim que coloquei o macarrão na água fervendo. sem derramar água ou macarrão no fogão, sorri também. devia admitir que estava sendo uma tarde agradável.
depois do que me pareceu uma eternidade tudo estava basicamente pronto e ele tinha um sorriso bonitinho, eu fingi que não, mas também tava com o mesmo sorrisinho.
— só vou colocar no forno um tiquinho, por causa do queijo tá? — concordei sorrindo, pronta e esperando o carinho que receberia a partir de agora.
— uhum. — sentei em uma das cadeiras enquanto ele colocava o pirex no forno, estiquei os braços quando ele virou em minha direção com um sorriso digno do puta que pariu que meu cérebro gritou comigo mesma.
— viu que foi uma experiência boa? — perguntou me puxando pra cima de si, assim que se sentou na cadeira ao meu lado.
— foi mesmo, e ainda tem sorvete e brigadeiro. — sorri enfiando meu rosto em seu pescoço, encaixando meu corpo no seu. — vou admitir bem baixinho que to feliz que deu tudo certo.
— claro que deu tudo certo, sou quase um chefe de cozinha, querida — levantei a cabeça o encarando com os olhos cerrados e ele riu me beijando.
— mas seria muito mais fácil ter pedido comida. e rápido. e prático. — ele fez uma careta bonitinha e eu acabei rindo.
— mas foi muito bom termos passado o tempo juntos e aproveitando, não foi?
— foi. — ele sorriu, se sentindo vitorioso — mas eu posso imaginar no mínimo três formas de a gente passar o tempo juntinhos aproveitando.
— é?
— é! e sabe o que seria melhor ainda?
— o que?
— em todas elas nós estaríamos sem roupa. — ele riu e me sentou na mesa, levantando em seguida. o olhei confusa.
— é melhor eu desligar isso aqui — apontou o forno, o fazendo em seguida, vindo em minha direção — então, amor?
— hm?
— eu preciso que você me mostre exatamente todos os seus planos, jamais ignoraria suas vontades. — gargalhei quando ele me puxou pro seu colo, me levando pro sofá da sala.
— jamais? — sorri quando senti ele levantando minha blusa.
— jamais. — a voz rouca e as palavras sussurradas me trouxeram arrepios, o que o fez sorrir antes de encostar nossos narizes.
— isso pode ser interessante.
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milepinheiro12-blog · 4 years
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Minha história…
Bom, antes de contar sobre mim, vou falar um pouquinho sobre meus pais. João Marcio e Catarina se conheceram no colégio em 1990, começaram um relacionamento e em 1993 minha mãe deu à luz a minha irmã mais velha, Patricia. Nos primeiros 2 anos não foram nada fáceis, até que meu pai recebeu uma proposta de emprego em Salvador. Minha irmã desde muito novinha pedia a Deus uma irmã para brincar com ela, até que em 2000 minha mãe descobriu que estava grávida, ela e meu pai falavam que era menino e minha irmã rebatia dizendo que era menina. No dia da ultrassom minha irmã fez questão de ir, a doutora olhou para a minha mãe deu risada e falou “A sua filha está certa, é menina“ minha irmã logo gritou “EU SABIA, eu pedi uma menina para papai do céu, e ele me deu ela de presente”. 19H do dia 06 de janeiro de 2001, minha mãe foi internada no Hospital Jorge Valente em Salvador, entrou em trabalho de parto as 23h. 00:56 do dia 07 de janeiro de 2001, eu, Milena Silva Pinheiro nasci!(Na minha carteirinha de recém-nascido tá registrado como Maiana, logo depois meu pai se apaixonou pelo nome Milena). 3.95kg, 40cm, pálida, mega cabeluda, cabelos pretos, olhos castanhos escuros. Segundo meus pais, fui muito mimada por todas, sempre tive tudo do bom e do melhor nas condições que meu pai podia proporcionar. Entrei no colégio Ponto Alto com 3 anos, comecei a fazer ballet, tudo normal… Em 2005 minha mãe deu à luz, dessa vez foi um menino, Samuel (o sonho do meu pai foi realizado). Até que no início de 2007 meu pai recebeu uma proposta de voltar para Feira de Santana e ser gerente da filial daqui (em Salvador meu pai era vendendor, na verdade era O Vendedor, sempre deu o melhor de si SEMPRE). Lembro como se fosse ontem, meu pai ficou 6 meses indo e volta para Salvador, foi um ano traumatizante, porque assim que terminou o ano letivo nos mudamos e eu perdi um momento muito especial, a formatura do ABC. Ao chegar em Feira, moramos em 2 casas de aluguel, a primeira foi por 3 meses, o motivo? Kkk éramos acordados durante a madrugada por causa de ratazana, sim! Ratazanas! A segunda foi perfeito, enorme, varios quartos, um quintal perfeito para 2 crianças e uma adolescente. Meu pai tentou comprar essa casa inúmeras vezes, mas o dono negou todas. O sonho da casa própria, em Salvador ela estava quase pronta, porém… foram meses de procura, até que chegamos a que eu moro até hoje. Adaptação, colégio novo, pessoas novas, cidade nova. Da 1º até a 5º série estudei na Ativa Montessoriana, foram meio complicados esses anos, sofri muito bullying, e sempre me fingia de forte, e falava que não ligava, pura mentira, sofria tanto, mas n tinha noção o quanto aquilo tava me machucando. 6º ano Acesso, misericórdia, foi horrível! Meu pai sempre cobrou bastante e sempre foi muito rígido com os estudos, e eu nesse ano fui ladeira a baixo, nunca fui tão mal no colégio, fora isso o bullying continuava. Meu decidiu me colocar numa escola menor pra ver se eu n perdia o ano, passei! Do 7º ao 8º ano estudei na João Paulo, obs:. Perdi o 7º ano, o bullying diminuiu, mas foram os anos que pensei muito em suicidio, mutilação, fugir, pensamentos pesados. 9º ao 2º ano estudei no Anísio Teixeira, foram anos tranquilos no colégio, mas tudo que aconteceu comigo no passado vinha me atormentando, e os pensamentos continuaram e tentei pela primeira fez me ferir, fiz isso na região que era o “motivo” das pessoas soltarem piada para mim e até chegar a minha machucar físicamente, na barriga. Tem cido minha luta diária até hoje, tenho feridas abertas ainda, pq sempre pensei q nenhum homem ia me amar por causa do meu corpo. Sobre relacionamentos… 0 comentários. Nesse meio tempo fiz teatro, ballet, jazz e ginástica rítmica, sou apaixonada pela arte, já sabia que ia fazer alguma coisa direcionada a arte (dps que eu descobrir que pediatria tinha que fazer medicina antes kkkkk). No início foi dança, depois me apaixonei por cinema e artes cênicas, e tinha decidido que iria fazer esses dois cursos e no futuro faria dança porque também é uma paixao. Eu sou uma mulher mega extrovertida, animada, palhaça, sincera, um pouquinho sem paciência e nisso acabo sendo grossa, tenho um pouco de dificuldade nos estudos da faculdade, na verdade é a falta de disciplina, além de ter uma memória fotográfica muito boa, e que quando presto atenção aprendo rápidinho. Tenho medo desse meu jeito alegre e feliz ser uma máscara, muitas vezes me pego angustiada e triste, mas é eu entrar com alguém já começo a brincar, fazer piadas. Tive ansiedade quando era mais nova, e no final do ano passado as crises voltaram. Amo me comunicar, amo ter pessoas ao meu lado, se deixar falo por um mês seguido, tenho medo de ser sozinha ou ficar sozinha. Porque Publicidade e Propaganda? Então, como eu disse, perdi no 7º ano, quando chegou no 2º ano do ensino médio eu estava esgotada do colégio, não suportava mais, implorei para meu pai para eu fazer um supletivo, depois de muita luta meu pai aceitou, porém a minha nota do enem só ia sair em março pq eu tinha colocado que eu era treineira. Então pensei, “preciso fazer um vestibular, agora que curso?”, SEMPRE me falavam que eu deveria fazer jornalismo ou publicidade, pesquisei um pouco sobre ambos, e procurei aonde esse curso era bom, foi aí que fiz o vestibular da UNEF, passei, levei para a advogada a aprovação para fez o supletivo às pressas, aí aqui estou, 3º semestre de publicidade, amando o curso, confesso que estou um pouquinho perdida sobre em que área vou atuar, mas acredito que me encontro!
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cigana13 · 4 years
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Era uma sexta feira fria. A previsão era de chuva à noite toda. Recebi um convite de um amigo pra ir num bar que tem uma pista de skate ia tocar uma banda de reggae jamaicana. A gente adora essa mistura e ia ser bem divertido. Topei. Sabia que lá ia ter vários caras gatinhos, mas quando estou com esse meu amigo, ninguém olha pra mim. Todos acham que estamos juntos. Nunca liguei muito pra isso mas as vezes penso que sair com esse amigo me empaca um pouco pra conhecer gente nova, mas enfim. Fui.
Chegando lá a chuva desabou em sp. Compramos uma cerveja e fomos dar um giro pelo local. Como eu já esperava, tinha muito cara bonito por lá. Mas eu tava de boas, afinal meu amigo já foi meu namorado há muitos anos atrás e até já me disse que gosta de mim ainda. Não dou nem um sinal de que poderia rolar algo entre nós , gosto dele demais mas como amigo mesmo . Mas procuro respeitá-lo e nunca fico com ninguém na frente dele. Qnd estou com ele fico de boas.
Tinha no local um cara fazendo tatuagem, uma exposição de fotos e umas roupas pra vender. Fomos dar uma olhada e logo que chegamos nas fotos o meu amigo conhecia o fotógrafo . Começaram a conversar e eu fiquei ali de estátua mas percebi que o cara era da nossa vila. Era do bairro do meu amigo que é do lado do meu. Tudo ali no mesmo bolo. Fiquei encantada com as fotos pois amo fotografia e as fotos dele é um estilo que curto muito, tem uma pegada mais urbana, com prédios e coisas do cotidiano. Na hora ali não me lembro bem, troquei algumas palavras com o cara e saímos daquele ambiente rumo ao palco onde a banda ia tocar. Não sei se foi na mesma hora mas sei que comecei a seguir o Instagram desse cara da fotografia e ele começou me seguir Tbm.
Ele é um moreno barbudo, nem forte nem magrelo. Na medida certa. Tem os olhos meio cor de mel, lábios carnudos. Anda de skate e é meio largado, aquele estilão que as meninas piram. Tem umas tattoos espalhadas pelo corpo e um sorriso branco de matar qualquer um.
Naquela noite não nos vimos mais. Sai desse role e fui pra outro bar perto de casa (sem o meu amigo, deixei o neném em casa kkkkk) e fui curtir a noite com minhas amigas. Bebemos, dançamos,beijamos ... foi top.
Nunca mais vi aquele moreno e só via ele pelo insta mesmo.
Um belo dia, depois de muitos meses, ele postou um story dele . Ele não costuma postar foto dele, tipo selfies e tal. Posta uns vídeos de skate e a grande maioria são fotos da cidade mesmo. Na hora em que vi o story dele eu quase pirei. Vi aquela boca, aquele olhar.... aquela pele morena e naquele momento me deu até um vazio no estômago ! Que cara gato! Que moreno lindo, sensual , rústico .... meu Deus eu quero esse homem. Fiquei em choque. Até mandei o story pra minha amiga que é super patricinha e só gosta de playboy de camisa polo.
Ela me zuou, óbvio. “Mentira né ?!? “ escreveu achando que eu tava de brincadeira. “ não miga! É sério! Isso sim é um cara rústico , bonito, olha esse olhar !” A resposta dela eu nem me lembro pois só conseguia olhar aquele story repetitivamente. Que homem!
Depois que ele despertou minha curiosidade eu pirei. Como fazer aquele cara me notar? Incrível coincidência ou não, eu postei algumas fotos no meu feed e não é que ele curtiu? Ele já tinha curtido algumas fotos minhas mas bem aleatoriamente, já viu uns storys mas não é figurinha carimbada na minha lista. Aquela situação da gente não ter contato foi me instigando de uma forma que eu precisava fazer alguma coisa a respeito.
Comecei a ver todos os storys e curtir umas fotos antigas. Até que um dia ele postou outro story dele. Fiz um comentário : “oi! Não sou de comentar nos storys alheios muito menos comentar isso mas você é lindo pra caralho!” Na hora ele respondeu: “kkkkk obrigada, mas tenho que falar : você é linda pra caralho tambem!”
A partir daí começamos uma conversa ali no insta mesmo. Algumas perguntas bobas, algumas piadas idiotas... descobrimos afinidades... tudo fluía perfeitamente bem. Eu não acreditava na minha cara de pau de ter feito tudo aquilo pra ter contato com esse cara. A que ponto chegamos! Kkkkk !
Conversa vai conversa vem, já passaram alguns dias resolvi pedir o whats dele. Ele passou e começamos a conversar. A conversa fluía, tínhamos afinidades mas também tínhamos diferenças. Varias! Ficamos um bom tempo conversando pelo whats... uns bons dias. Longos dias. Eu ficava perguntando a mim mesma se ele era lerdo ou tava com receio de chamar pra fazer algo. Já estava me preparando psicologicamente pra fazer a proposta. Fiquei enrolando, enrolando e pá! Não precisei! Ele chamou !! “Tá a fim de sair pra tomar uma?” Caralho! Me deu ataque de riso, tremedeira, minha perna amoleceu. Kkkkkk parecia criança! Aceitei, lógico!
Combinamos de se encontrar em um bar perto de casa. Nada demais. Coloquei um vestido preto meio curto, colado no corpo. Meu tênis no pé e passei um batom vermelho. Fui toda confiante. Cheguei primeiro, peguei uma mesa e sentei . Estava inquieta, balançando a perna sem parar quando avistei ele entrando no bar.
Uma camisa florida e um boné na cabeça , foram suficientes para eu pirar. Levantei pra ele me ver. Quando me viu, sorriu. Veio na minha direção e me deu um puta abraço. Um perfume masculino intorpecente entra pelo meu nariz e parece que dá um tiro na minha mente! Aff que delicia! Sentamos um do lado do outro e começamos a conversar. Era muita sintonia, muito assunto. Bebemos e comemos. E depois ficamos ali , varando a madrugada . Estávamos sentados no mesmo banco e quando ele voltou do banheiro sentou muito perto de mim. Ficamos colados. A conversa continuou e ele pegou na minha mão. Olhei pra ele com um sorriso meio frouxo meio malicioso. Ele aproximou seu rosto do meu e colocou as mãos na minha nuca por entre os meus cabelos me puxando pra perto dele e me beijando. O beijo encaixou feito luva. Aqueles lábios carnudos,aquele beijo lento e molhado, com aquela puxada nos cabelos de leve..., aff que delicia. Não queria parar, não queria que aquela noite acabasse. Foi um beijo que me tirou da órbita. Ficamos ali por mais algum tempo, rolou outros tantos beijos envolventes.
Fomos embora. Cada um pra sua casa.
E eu pensando naquele moreno, naquele beijo. Só queria mais , só queria beijar mais aquela boca ! Deitei na cama e não conseguia dormir. So repassava aquele encontro na minha cabeça repetidas vezes.
Continuamos a nos ver com mais frequência. Cada dia que a gente se trombava, o beijo ficava mais gostoso.
A pegada ficava mais forte. Falávamos o tempo todo no whats. Era muito assunto! Um dia rolou uma conversa um pouco mais quente. A forma como ele escrevia era intensa,cativante, quente. Ali mesmo eu já ficava excitada, subindo pelas paredes de tesao.
Já havia passado um tempo desde que ficamos a primeira vez e eu já não aguentava mais me fazer de difícil. Queria muito subir o nível dessa relação. Já tinha percebido que aquele moreno era puro fogo. Mas acho que tinha algum receio de avançar, sei lá . A gente se pegava mas ele nunca sugeria algo pra gente terminar o que a gente começava. Eu não queria mais ficar na pegacao.
Mandei mensagem chamando ele pra vir em casa um sábado à noite. Foi meio de última hora, no meio de uma chuva forte. Mas eu já tinha pensado em tudo. Naquela semana já tinha comprado umas bebidas e algo pra comer. Já tinha pensado na roupa, na calcinha, no perfume. Só faltava ele aceitar. A princípio ele titubeou um pouco. Tava chovendo forte. Sugeri buscá-lo mas ele disse que viria. Corri pro banho, coloquei aquela roupa bem provocante nem muito certinha. Um shorts jeans e uma blusinha básica. Perfume, Cabelo solto e ansiedade. Pronto! Tava pronta pra fazer daquela noite a noite mais incrível que eu pudesse ter na vida.
Eu estava muito envolvida.
Quando ele chegou, eu tinha acabado de encher a taça de vinho. Ele quis uma breja. Brindamos. Sentamos no sofá e eu coloquei uns beliscos pra gente ir comendo enquanto conversávamos. Papo vai, papo vem, as bebidas começam a fazer efeito. Falamos um monte de groselha e riamos muito. Ele colocou a mão na minha perna e eu me arrepiei por inteiro. Dava pra ver a perna toda arrepiada. Ele chega mais pra perto e me dá um beijo daqueles que você fica até sem ar. Nos beijamos por um tempo até que eu já tava num grau que eu nao sabia mais se era o vinho ou se era tesao. Pulei no colo dele. Olhei bem nos seus olhos e ele entrelaçou as mãos na minha cintura. Ficava me medindo e olhando pra mim com cara de safado . Eu olhava pra ele e mordia os meus lábios, olhava pra boca dele é aquele jogo de sedução e malícia só me deixava mais excitada.
Comecei a me esfregar nele até ele não aguentar mais . Arrancou minha blusa começou a acariciar meus peitos com aquelas mãos grandes. Adoro mão de homens ainda mais olhar pra elas pegando em mim. Affff! Delicia!!! Tirei sua blusa. Arranhei suas costas e beijei seu pescoço. Descia de vagar passando minha língua pelo seu peito, barriga e cheguei na sua bermuda. Me afastei e abri o zíper olhando pra ele fixamente. O pau já estava tão duro que só precisei colocar ele todo na minha boca pra ver que ele não ia demorar pra gozar. Mas ele aguentou firme a chupada nervosa que eu sei. Colocava ele todo dentro da minha boca e quando voltava olha pra ele . Ele dava uma risadinha de canto e empurrava minha cabeça pra baixo de novo. Depois de um bom tempo chupando aquele pau delicioso eu já não aguentava mais de tanto tesao e queira sentir ele dentro de mim. Levantei. Tirei o shorts e a calcinha e ele me puxou para o sofá me deitando e abrindo minhas pernas. Começou a me chupar delicadamente . Ele sabia muito bem onde tinha que ir, como tinha que fazer e a hora certa de me dedar. Gozei duas vezes seguidas. O tesao me consumia, mas eu queria sentir o pau entrando na minha buceta. Pedi para ele deitar e fui por cima. Sentei bem de vagar, só colocando a cabecinha pra dentro. Num movimento lento e suave. Era uma sensação indescritível. Ficamos brincando com a cabeça até chegar uma hora que os dois precisavam transar mesmo. Sentei. Sentei gostoso. Ele puxava meu cabelo e me dava uns tapas tão fortes que fique toda marcada. Cavalguei nele sem dó, com vontade e gozei mais uma vez. Escutava ele gemer de tesao e derrepente a melhor frase já dita de todos os tempos: vou gozar!
Sentia o pau dele pulsar dentro de mim. Ficamos parados respirando com certa dificuldade. Estávamos ofegantes e suados, mas a gente tava com um sorriso no rosto . Ficamos abraçados mais um tempo. Deitamos no sofá e ficamos um tempo contemplando a chuva lá fora. O som entrava nos nossos ouvidos e nos fazia flutuar. Luz apagada. Rolando um som baixinho. Adormecemos ali abraçados. Foi o melhor sexo que já fiz na vida.
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moniekawaii-blog · 5 years
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Era uma garota sem importância tratada com ignorância foi assim que mataram toda sua esperança de poder voltar sorrir dentro da sociedade e se ela morrer hoje será se deixa saudades?vocês não fazem ela sorrir então parem de criticar não intendem que assim só vão fazer ela chorar não julgue uma pessoa você não sabe o que ela sente sua vida pode ser boa e a dela bem diferente de dia ela sorria de noite ela chorava mas não era por uma hora era em toda madrugada seus olhos já estão chorando sangue seus pulsos derramam Diz pra ela se amar, Mas vocês mesmo não a amam . Ela sofre calada e disso vocês não tem ideia pois a dor que ela carrega não precisa de Platéia. E não parou de doer,ela ainda tá suportando e ela mesmo se pergunta.......Isso até quando?Ela sempre guardou seus sentimentos por dentro pra que lá fora não se fosse com o vento dos pulsos gotas de sangue escorria até o chão enquanto ela chorava com a lâmina na mão As cicatrizes que ela tem nos pulsos não se compara com as marcas que ela levava na sua alma se sentindo sempre só A navalha que tá lá Ela que se faz amiga pra sua dor aliviar ela machucou seus pulsos pra ver se ela esquecia todo o sofrimento que com ela vocês faziam pra ela o mundo era um lugar cruel que desejava todo dia poder ir morar no céu até dentro da sua casa parecia não ter paz . Carregava um sorriso que nela nem cabe mais .Diziam a vida e simples,e complicada era ela de querer resolver tudo cortando os pulsos dela Na escola ela sofria era motivo de piada sempre foi boa com todos mais recebeu nada até pelas amigas ela era rejeitada até que um certo dia por elas foi espancada foi assim que desejou todo dia sua morte pois não tava suportando ser sempre forte de repente sua vida toma outra direção.O coração se alivia quando se entrega a paixão. ela conhece um cara que vem como solução e se entrega a esse amor sem saber que era tudo ilusão afinal nunca sabemos quem quer só nos enganar vem dizendo que e amor pra no fim nos machucar como nada ela sabia vivia um amor perfeito ao lado de quem amava ela e todo o jeito a cada dia mais e mais tava se apaixonando e sem medo nenhum a esse amor foi se entregando de repente de novo seu mundo desmoronou quando ela ficou sabendo que vivia um falso amor .E o coração naquele instante logo ele foi partido desistiu da própria vida,desejou não ter nascido foi para casa,tava arrasada e olha o que ela fez tava pronta para tirar a sua vida dessa vez A SUICIDA ela virou a sua própria refém Ela sempre teve uma vida mas agora ela não tem ela amava viver mais foi difícil sua vida já cansada de viver se tornou uma SUICÍDA ela já tentou parar mais foi o coração ela amava viver mais foi difícil sua vida .
FIM. 😢
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naotenho-apelidos · 3 years
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20 de abril 2021
aviso: se você me conhece na vida real, eu peço com toda honestidade que não divulgue isso pra ninguém. isso é um segredo entre nós e que fique desse jeito. se quiser conversar sobre, me chama pra conversar por mensagem, mas por favor não compartilha esse post ou essa história com mais ninguém da sua vida. é algo muito pessoal, doloroso e que ainda estou tentando acertar na minha cabeça e por isso as coisas ditas serão opiniões e descrições da minha realidade, mas não podem ser provadas ou estabelecidas como fatos só por causa das minhas palavras, então por favor, não mostre ou conte pra ninguém. passei um tempo com a outra url mas voltei pra essa porque acho mais agradável, mas isso ainda tá em construção, possivelmente vou alterar de novo.
meus humores mudam numa velocidade inexplicável.
eu me distancio por medo do futuro, e me aproximo por medo da perda. as vezes minha visão desfoca e eu sinto que minha consciência tá fora do meu corpo e que eu não pertenço aos lugares. constantemente eu fico convencida que meus amigos estão cansados de mim e prefeririam que eu não fosse as saídas com eles. sinto que as pessoas tendem a me incluir nas coisas por pena, medo ou por consideração com o eu do passado.
acho que esses tempos tão sendo de mudança e eu tô pronta pra começar a verbalizar um pouco sobre isso --- principalmente sobre algo que me deixou muito vulnerável emocionalmente.
de 2017 até esse ano eu vivi um relacionamento com um cara que --- foi, de fato, o meu "primeiro amor" verdadeiro, sem ser só dependência emocional --- mas também não foi saudável e eu tenho muita muita dificuldade de realmente dizer que não foi saudável porque isso me põe numa posição tão burra e idiota. e é difícil porque eu não tava obrigada a estar naquela situação, mas eu me submetia mesmo assim.
eu parei de pesquisar sobre política, movimentos sociais e história de mundo em geral porque eu constantemente me sentia invalidada por ele. se entrávamos numa discussão, ele me interrompia, me intimidava no meio das meus argumentos e usava as suas fontes e frases mais "pesquisadas" pra mostrar que ele era o mestre do assunto --- e isso foi chegando num ponto de que eu simplesmente parei de tentar e só fingi concordar com tudo (ou pelo menos omitir). ele era o meu companheiro de rotina, mas eu literalmente não me sentia confortável com a ideia de conversar com ele sobre a situação do país. eu menti sobre quem em votava pra garantir que ele não puxaria uma briga ou ficaria bravo comigo. muitas vezes eu naturalizei omitir a minha opinião pra garantir a paz no ambiente. e eu tava "ok" com isso. fingia não ligar. e as vezes faz parte omitir uma opinião pra evitar brigas ou desconfortos, mas o problema é quando isso vira algo recorrente, fixo, regra.
essa pessoa também já foi bastante violenta sexualmente comigo no começo da relação. a gente transava numa frequência enorme, mas em certo ponto cansava e ficava desconfortável, mas eu não dizia nada por medo de isso causar rejeição emocional. ele tinha fetiche por violência e nunca me consultava antes de fazer algo novo, então as primeiras vezes que ele me bateu na cara, sufocou, puxou o cabelo (não do jeito "sexy"), enfiou minha cara no colchão ao ponto de que machucou meu nariz, entre outros; -- eu só tinha vontade de chorar, mas eu gostava tanto dele e da nossa relação e piadas internas que me condicionava a sofrer no sexo pra agradar. não respeitava meu valor próprio.
ele também era muito mulherengo, num nível que me incomodava. eu sempre disse pros meus amigos que nós dois tínhamos mutualmente concordado em ter uma relação aberta, mas a realidade é que ele sempre foi muito duro comigo em relação a isso. eu não discutia pra ter algo fechado ou sei lá, mas no começo eu comentava quando ele perguntava que eu não ficava muito confortável com esse lance aberto, e ele meio que só respondia "ah eu gosto muito de você mas eu tô numa fase da vida que não posso ficar só com uma pessoa" e honestamente, eu entendo, não acho que essa parte em si era problemática. o problema era quando ele flertava com outras meninas na minha frente, ou quando eu fazia um b*quete nele e ele meio que passava o tempo inteiro mexendo no celular conversando com outras meninas ou vendo coisas mais excitantes, sei lá. o problema é que a gente tinha um acordo de que se algo realmente me incomodasse, eu poderia falar e ele pararia. e ele nunca parou. nenhuma das vezes. e ele colocava a culpa em mim.
me lembro de uma vez que ele teve um surto e jogou toda culpa de uma discussão que a gente teve no fato de eu ser "ciumenta" porque eu tive uma crise de ansiedade depois de saber que ele continuamente transava com uma garota especifica há mais de um ano paralelamente enquanto ficava comigo e me senti muito mal. e o jeito que ele falou foi tão duro e me culpou de forma tão rápida que eu realmente achei que eu tava errada na situação e acho que esse virou o problema recorrente:
eu sempre acreditei que estivesse errada.
meu nível de confiança foi ao chão porque eu sempre me achava menos interessante, menos legal, menos inteligente. ele nunca tinha curiosidade de perguntar sobre o meu dia, de conhecer os meus amigos, de conhecer a minha família. ele discutiu muito comigo na época que eu estava na escola porque de acordo com ele era só eu "calar a boca e passar de ano" ao invés de fazer o que fosse que eu estivesse fazendo --- mas isso depois do gatilho já ter sido disparado. eu sempre convidava ele pros meus eventos de família. são eventos grandes e a família é muito muito muito unida. mas ele nem sequer respondia direito. ele falava "vou ver" e aí quando chegava o dia ele não respondia até o momento que não dava mais tempo, e aí ele só respondia como se nada tivesse acontecido.
ele nunca ia nos eventos que eram importantes pra mim. sarau, formatura, apresentações, comemoração de aniversário com os amigos.
eu perdi a noção de consenso, respeito próprio e o que é ou não aceitável me submeter a em uma relação. e isso é o que fode. eu desabafei sobre ele e não tenho nenhum interesse sequer em ter qualquer tipo de relação amorosa ou sexual com ele, nem uma amizade muito próxima, mas é muito difícil medir as coisas no preto e branco e dizer que eu não seria uma amiga regular. só que eu não sei até que ponto perdoar é um ato honroso, e até que ponto vira total humilhação pessoal.
acho que eu só busco paz. mas é muito difícil buscar paz na neblina.
e isso me atrapalha com todas as minhas relações atuais. de amizade ou quando eu me sinto atraída romanticamente por uma pessoa. porque eu não consigo me respeitar ao ponto de saber que eu não vou me submeter a algo que eu não gostaria. e é difícil manter relação com as pessoas numa ansiedade infinita de se perguntar "qual seria o limite? talvez eu aceitaria se a pessoa me agredisse, mas até que ponto de agressão seria o limite? até que ponto de abuso verbal eu estaria ok com? até que ponto de negligência eu conseguiria me contentar com?" e esse pensamento em si já tá completamente errado. e é difícil porque eu amo muito fácil e muito rápido. e quando eu amo eu deixo de ser uma prioridade.
a última semana eu tive muitos pensamentos relacionados a automutilação e dificulta muito ter um estilete em casa necessário pro trabalho da faculdade. geralmente eu jogo os estiletes fora, mas esse eu não posso por causa dos trabalhos que vou ter que desenvolver. e é tão fácil com um estilete. mas eu não vou fazer. de verdade, não vou fazer. porque eu quero aprender a me respeitar.
e eu quero estar com alguém quando eu souber que eu vou me respeitar e quando eu ter certeza que não vou ficar com medo disso. eu não vou esperar negligência, abuso de autoridade, manipulação, enganação. eu sei que vou estar pronta quando não sentir que necessito transar com alguém muitas vezes só pra continuar mantendo o interesse da pessoa em mim pra receber em troca algum tipo de carinho. porque não é assim que relações devem funcionar, principalmente não no início delas.
meu relacionamento com o homem descrito nos últimos parágrafos não foi um desastre completo. tiveram muitos momentos bons e que me enriqueceram e me ajudaram a amadurecer e ser uma pessoa melhor, mas o problema é como eu misturei as coisas ruins com as coisas boas, e agora eu não sei diferenciá-las 100%. eu não sei quando deixa de ser bom e começa a ser ruim. eu não sei medir esse tipo de coisa. e a minha autoconfiança tá destruída demais também.
eu só queria poder ter sido melhor pros meus amigos. e pra pessoa que eu me envolvi com recentemente. mas eu não consigo me sentir suficiente em nenhum aspecto. eu não consigo contribuir as conversas, não consigo ser muito presente ou ativa por um grande período, mas tenho minhas técnicas de disfarce. eu queria poder ser melhor pra eles e fazer cada um se sentir extremamente feliz e amado. porque todos merecem isso. mais que tudo. são pessoas maravilhosas e atualmente eu tô com muito medo de ser excluída desse círculo social por não ser tão maneira. eu sei que eles me amam, mas sei lá. eu não sei até que ponto eles me amariam. eu tenho medo de falar besteira ou fazer besteira e perder todo mundo. e por isso as vezes eu vou embora antes de ver o caminho. as vezes é por isso que eu arrego experiências de último segundo.
eu preciso aprender a estar bem comigo mesma antes de tudo. eu preciso aprender a me respeitar e impor respeito se um dia necessário. eu preciso entender que eu tenho valor e então só me vender para quem queira comprar. não sei.
desculpa, viagem da madrugada.
de novo, se você me conhece, eu peço com todo o coração que isso tudo dito fique Entre Nós. por favor. comentar isso com outra pessoa pode fazer a fofoca se espalhar e eu não posso nem consigo lidar com um outro drama de zona sul. eu não consigo ser questionada pela minha vulnerabilidade e desabafo e eu não vou conseguir lidar. por favor, que fique em segredo entre nós. por favor.
boa noite
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adptarei · 3 years
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8/11/18
É, acontece. Sou recomeço, sou melancolia, sou tudo ao dobro, e eu era parte de você, e você era parte de mim. Éramos uma ligação que como você disse, temos nosso jeito de lidar com as coisas e persistir acima delas. Vc era tudo de mais bonito, a alegria das minhas manhãs e aquela pessoa que parece que o assunto nunca acaba assim como as piadas e os sorrisos. Já fizemos muito mal uma a outra mas a gente sabia ser acima de tudo, união. Tá vendo como as coisas eram harmônicas? Como damos certo juntas por mais que já fomos tantas vezes as dores das outras, e eu não me importo de ouvir de todos que não somos amigas mesmo, e que eu devia me valorizar; eu não me importo de ter o mundo contra a gente se vc estiver comigo. Mas até onde vai isso? Até a onde seremos uma para a outra?
Eu esperava isso de qualquer outra pessoa, mas de você eu não esperava porque talvez eu acreditasse que éramos recíproca até no tão pouco, e se eu abrisse mão de algo por ti, você tb abriria por mim. Me enganei? Me fala que eu não estive errada esse tempo todo, por favor.
Ontem meu chão caiu, ontem eu quebrei a cara, rasguei o peito, me senti totalmente substituível de todas as formas. Um momento eu era eu, e em outro eu era qualquer coisa jogável fora, insignificante. E aos poucos (com ajuda de muito whisky e musica) eu juntei todas as peças, o porque você se afastou, o que tanto de afligia, o porque vcs mudaram tanto, e por final; o porque ele acabou com tudo. E doeu, doeu muito entrar em outra competição e confusão dele não saber o que quer. Eu deixei claro - pra você, pra mim, pra qualquer pessoa.- eu não estava pronta para recomeçar aquilo do ano passado, e eu realmente não tava, e entrei nessa sem nem querer e recebi uma bomba toda encima de mim. E acha que “acabamos quando vimos que era errado”, “ele fez comigo o que queria fazer com você” irá me fazer melhorar? só piorou. Eu só não sei mais o que aconteceu ou como entender a situação, há 24h atrás eu estava rindo dos ciúmes dele e por ele ficar tão estranho comigo quando o assunto é aquele, acreditava q ele tinha algo para me falar e assumir algo que ele não queria. Não sei se acredito agora se foi estranho pq ele pensava em você ou se ele acabou tudo por te preferir. E eu fui o que nessa história toda? O objeto capaz de comprovar as coisas, o empecilho ou a que não faz diferença? O que eu fui pra ti?
Afinal, o que eu sou pra vocês?
Escutei tanto que eu tinha um papel importante de ambas partes e em milésimos de segundos eu vi aqueles que eu amava me traindo. E nada dói e queima tanto quanto.
É desmesurável sentimentos capazes de ser explicado em algumas centenas de palavras. É inexplicável a dor que sinto por simplesmente não ser algo tão estrondoso nem pequeno.
São necessário infernos às vezes para termos a paz. E eu acredito nisso, mas não sei se quero.
Eu não consigo te desculpar ainda, eu preciso de tempo, e eu não sei se quero desculpar ele. não quero vocês ao meu lado, porque não sei se vocês valem meu desequilibro e a minha vulnerabilidade.
Não me vejo sem vocês, mas também não quero me ver machucada, sejamos de presente porque o futuro não depende só de mim e ainda não me pertence.
Então, me dê tempo. Me deixe ir se preciso, ou me dê motivos pra ficar. Mas que seja a última chance e que eu possa confiar em tudo que você me disser, e não me faça arrepender de confiar em ti ao invés das pessoas como a última vez.
Eu sou de recomeços, mas doa o que doer, eu também sou de fim.
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saintoldjoint · 3 years
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São fodas os dias que a única coisa que eu penso que eu mostro, na verdade não é nem metade. a verdade é que não confiar em ninguém é um saco. mas PIOR é não confiar nem em ninguém E NEM em mim. piada pronta. eu rio sozinha de verdade, e graças a Deus porque é basicamente a única coisa que me resta. 
Eu nem noto que falo essas coisas, sabia? Eu só me toco quando eu escrevo, e olha que eu já escrevi inúmeras vezes. Se eu me matasse isso aqui ia ser um prato cheio, pelo menos fica bem explícito pra quem for tentar entender. Eu tenho muitas questões internas mal resolvidas. Eu tô passando por um momento de consciência total, e a verdade é que às vezes eu me perco nos meus próprios pensamentos, nas minhas próprias viagens. E aí me chateio porque percebo que na verdade eu queria ter me prendido à Terra. Ter me prendido à mim. Ou talvez... não me prendido, mas me perdido. Me deixado ir, apesar das minhas paredes, do que eu não consigo esquecer. 
Acho que eu sempre tive que ficar muito atenta a mim e aos meus erros, que eu tinha que suprir as necessidades de alguém. E por melhor que fosse a intenção desse alguém, eu acabei saindo ferida também. Saímos todos feridos. (Um detalhe importante: Eu tô usando as letras maiúsculas corretamente, que é uma coisa que eu não costumo fazer. Significa.) O que eu tava dizendo, era que eu não preciso mais me preocupar tanto com essas paredes. E ok... Vou aprender aos poucos, mas de antemão posso afirmar que tô aberta pra isso.
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