• José Gomes Ferreira - Sala de Concertos.
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Tuas pálpebras negras, outonais.
Teu rosto. Sim. Teu rosto. E nada mais.
Desejo, Pedro Homem de Mello
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Sophia de Mello Breyner
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— Fernando Pessoa em Poesia Completa de Álvaro de Campos.
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Meu reflexo nunca brilhou. Gosto de pensar que as pessoas são tão belas que a beleza delas irradia como a luz de uma estrela, e no entanto, toda vez que eu me olho no espelho, meu reflexo parece sucumbir a toda escuridão
— S.M.S
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Há muito tempo que não existo. /
Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o curso da minha existência própria. Não sei se, com isso, serei mais feliz ou menos. Não sei nada. /
Há muito tempo que não sou eu.
Fernando Pessoa - Livro do Desassossego
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Falas-me nos animais,
a que nós brutos chamamos,
que guardam leis naturais;
nós outros não nas guardamos,
a isso obrigados mais.
Estes homens com quem tratam,
não homens, mas leões bravos,
por força tudo rematam;
os leões não te resgatam,
não te vendem por escravos.
Écloga Basto, de Francisco de Sá de Miranda [n. 1481-m. 1558]
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Como eu desejaria ser parte da noite,
parte sem contornos da noite, um lugar qualquer no espaço
não propriamente um lugar, por não ter posição nem contornos,
mas noite na noite, uma parte dela, pertencendo-lhe por todos os lados
e unido e afastado companheiro da minha ausência de existir
Fernando Pessoa
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Sophia de Mello Breyner Andresen
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Maria Judite Carvalho (1921-1998)
“Quem, a não ser eu, perderia tempo a ouvir-me? Quem, se a minha vida ficou vazia de todos?��
Tanta Gente, Mariana (1959)
Maria Judite de Carvalho foi uma escritora portuguesa, unanimemente considerada uma das vozes femininas mais importantes da literatura nacional do século XX. É autora de contos, novelas, crónicas, assim como de uma peça de teatro e de um livro de poesia. Trabalhou nos periódicos Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias e O Jornal.
Escreve sobre a solidão, o isolamento a perversão e a ironia sempre de uma forma discreta. Entre as suas obras: Tanta Gente, Mariana (1959), As Palavras Poupadas (1961), Paisagem sem Barcos (1964), Os Armários Vazios (1966), Flores ao Telefone (1968), Os Idólatras (1969), Tempo de Mercês (1973) e ainda Além do Quadro (1983), Seta Despedida (1995) e Este Tempo (1991; crónicas, livro distinguido com o Prémio da Crónica da Associação Portuguesa de Escritores).
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tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Eugénio de Andrade
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Há dias inalcançáveis e sós como as estrelas,
vivendo unicamente
de alguns versos mortais.
Alberto de Lacerda
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(…) a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas, por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado.
Matilde Campilho (Fevereiro)
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Ama-se quem se ama e não quem se quer amar.
Florbela Espanca - Correspondência (1920)
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O que somos para além do que vamos sendo? O meu além eras tu — ímã da minha íntima, impessoal temporalidade. Redenção dos males que me amputaram. Tu. Agora puro vapor do universo. Serves-me de Deus — quem diria? Serves-me no que não sei ser, e é a verdade. Olho para o mar do Guincho, para essas ondas frias e violentas em que tanto gostavas de mergulhar, e sinto-me também meio morto, meio frio. Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que essa sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim.
“Fazes-me falta” - Inês Pedrosa
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