Admito que muitas vezes, não consigo expressar em palavras os sentimentos que correm aqui dentro. É bem isso que estou me sentindo agora, me despedindo de outubro e vislumbrando um novembro que está aí, batendo as portas.
Mas, bora tentar. Viver é isso: tentativa, erro, acerto, tentativa.
Escrevo este post numa segunda-feira pós eleições, com o coração cheio de esperança e espírito pronto para mais uma aventura. Escrevo após uma manhã que era para eu ir a um monte de lugares, mas por conta da chuva (e da dor de cabeça), limitou-se a eu ficar um tempão presa no banco e no mercado, para comprar ingredientes que eu farei nesta semana para o próximo sábado.
Pois é, sábado, dia 5 de novembro, será um dia especial.
Não só pra mim, mas pra literatura. Sim, mais um livro floresce e se fará presente.
“Alguns verbos para o jardim de J.”, segundo livro que escrevo, primeiro romance de ficção que invento de escrever e de tirar do mundo das telas para o universo físico, será lançado nesse sábado, a partir das 11h, na Biblioteca Pública Raimundo de Menezes.
O evento fará parte do Mês da Consciência Negra (Preta) promovida pela biblioteca. Aliás, a programação está incrível, deixo o link para conferir.
Bom, mesmo sem Instagram, vi o vídeo do livro físico na página da editora Hortelã que gentil e pacientemente está conduzindo essa publicação que, sinceramente, não foi fácil concebê-la.
Jéssica e Joia, as protagonistas desse romance, me deram trabalho. Mas me ensinaram que o tempo da vida não corre do mesmo jeito que o tempo que corre dentro de mim.
Tudo tem seu tempo e essa jornada pode ser mais leve quando se tem essa consciência.
Sim, admito também que estou com medo, ansiosa, quase chorando.
Mas, quero também que a semana transcorra com leveza e já agradecendo e pedindo perdão por qualquer coisa. Porque agradecer e perdoar mudam o mundo.
Então, eis o convite. Sábado, 5 de novembro, sob o Sol em Escorpião, “Alguns verbos para o jardim de J.”, florescerá e a gente se encontra!
A biblioteca está na Avenida Nordestina, número 780, em frente a uma padaria, farmácia e posto de entrega dos correios. O local é conhecido como a antiga Eletropaulo e, se for de transporte público, a estação mais próxima é linha 12 Safira da CPTM. Há vários ônibus que passam pela avenida, mas é possível seguir a pé até o local ou mesmo pedir um táxi.
Mesmo que não possa comparecer, já agradeço o carinho e divulgação.
Que venha sábado.
Que floresça mais um sonho!
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Sobre semeaduras e sonhos
Escrevo este texto em plena segunda-feira, dia 7, num dia nublado e frio, aqueles que só dá vontade de dormir. E admito: dormi muito.
Acordei atrasada, arrancando os tampões dos ouvidos e pulando da cama, “trupicando”.
Na mesa ao lado, uma sacola de papel, carimbada com o nome “editora Hortelã”. Dentro, alguns exemplares de “Alguns verbos para o jardim de J.”. Ao lado, alguns envelopes, já com livros dentro deles.
Ligo o celular e revejo as fotos. Mesmo sem Instagram, vi que nos perfis da editora e da Biblioteca Pública Raimundo de Menezes, nesta São Miguel Paulista que me viu crescer, posts com fotos e vídeo do lançamento do livro, que aconteceu no sábado, dia 5, numa manhã ensolarada e fria, mas quente de corações e carinhos.
Sim, o livro saiu.
Sim, a semente germinou e se fez fruto.
Sim, preciso que isso venda, minha gente!
Brincadeiras à parte, mano, que sábado! Melhor, mano, que semana!
Passei a sexta-feira inteira ajudando minha mãe na cozinha. Fiz um bolo vegano para o pessoal ter uma imersão em comer sem crueldade, como Joia, personagem desse livro que escrevi, também se alimenta. Já minha mãe, preparou um bolo de cenoura e uma torta de legumes, como aquelas que a gente levava nas excursões de escola (claro, agora com várias adaptações, já que me tornei flexitariana e por conta da saúde, não como mais farinha branca).
Ainda tive de responder a recenseadora do Censo 2022 (finalmente)!
Naquele sábado, coloquei tudo numa sacola e já me preparando para sair, minha mãe chegou, após uma consulta médica. Saímos com o coração na mão e sorriso nos lábios, a pé, já que a biblioteca é bem pertinho.
Meia hora depois, conforme combinado, o pessoal da editora chegou. Quando falo “pessoal”, parece um batalhão, mas era um casal, a Débora e Jorge, duas pessoas tão fofas que parecem terem saído de um musical dos anos 50, rodopiando com livros, sorrisos e palavras de carinho.
Fiquei feliz em rever a Jeane Silva (já falei dela aqui), psicóloga e amiga, que, durante o lançamento falou de como minha experiência no mundo da literatura a impactou tanto. Ainda, de quebra, veio a Cindy, amiga dela que também sonha em ser escritora.
Sonho.
Nunca lembro dos meus sonhos quando sonho. Deve ser porque eles vão se materializando na minha frente, germinando e crescendo, e quando acho que não se realizaram, cá estão, brilhando, dando passagem, desenvolvendo. Dando frutos, sorrindo.
Quem me conhece sabe que gosto de deixar lembranças físicas: dobrei 150 origamis e costurei um a um, numa filipeta de agradecimento. E sim, o bordado da árvore agora habita a casa da Débora e do Jorge, que, na ocasião, montaram uma lojinha da editora e colocaram o bordado ali. Veio também a orquídea da casa da Débora e do Jorge, dizer “oi, Keli! Tô famosa também”!
Fiquei feliz demais pela Jaqueline (jovem aprendiz), que ganhou no sorteio de um exemplar, pelo Ronaldo, funcionário da biblioteca, que escolheu subir ao espaço de eventos e assistir essa maluca aqui falando e gesticulando sem parar. Ele comprou um exemplar, me pediu um autógrafo, foto e, timidamente, me disse com um sorriso no olhar: “Gosto muito de literatura. E desejo a você ainda mais sucesso”.
Feliz também que, mais uma vez, terei um livro como parte da biblioteca. Na ocasião, foram doados três exemplares para compor os acervos de pesquisa, empréstimo e de memória de escritores e fatos de São Miguel Paulista. O primeiro livro que lancei, “São Miguel em (uns) 20 contos contados” também faz parte.
Não foi fácil, durante a conversa ler um trecho de “Alguns verbos...”: a voz embargou, os óculos e olhos idem, mas a alegria se demonstrou pelo silêncio que fiz ao final da conversa.
Tudo depende de tudo.
E tudo pode ser lindo, quando se está com coração aberto.
Era para eu escrever esse texto de forma formal (rs!), pois vou enviar para alguns veículos (preciso que essa editora fique famosa, gente!), mas não deu.
Saiu assim. E assim tá lindo!
Agradeço demais à Biblioteca Raimundo de Menezes, na figura da Cleide Mascarenhas, por, mais uma vez, disponibilizar o espaço, à editora Hortelã, pela oportunidade (e amizade) e a todo mundo, ao Universo, pela acolhida.
Bom, agora, passo o chapéu: se quiser adquirir o livro, é neste link.
E que venham novas colheitas.
E, claro, novas semeaduras.
Tudo certo!
(As imagens deste post foram feitas por Jeane Silva, Débora Ribeiro e equipe da biblioteca. E claro, selfie é selfie, rs!)
Mais fotos do evento aqui
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