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#investigação
lobamariane · 1 month
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do caminho até aqui
A viagem ao sertão da raiz de minha família, o reencontro com meus avós e a visita ao território Payayá em dezembro do ano passado foi culminância de um primeiro momento da pesquisa na qual veio me envolvendo ao longo dos últimos tempos e que hoje entendo ser um estudo de ancestralidade como memória e raiz de uma existência poética em diálogo com os tempos do agora.
Nasci e cresci em contexto urbano, no centro antigo de Salvador, no entanto meus pais são do interior. Minha mãe é de Ibiaporã, distrito de Mundo Novo e meu pai, do Rio Sêco, povoado de Itatim. São apenas 3 horas de viagem entre um lugar e outro, no entanto só estou aqui hoje porque ambos, cada um por suas razões, resolveram migrar para construir a vida na “cidade da Bahia”. 
Sou de 95, portanto faço parte daquela geração atingida pela ascensão da esquerda no Brasil, muito marcada pela enorme abertura de possibilidades, a exemplo da entrada nas universidades, acesso à internet e aos cartões de crédito. Não foi difícil ser levada pela cultura pop, ser escravizada pelo padrão das garotas brancas e viciar no açúcar capitalista não só porque tive a possibilidade de enfiar revistas, fanfics e literatura europeia goela abaixo por anos, mas também porque, no fim das contas eu não sabia responder o que levou meu pai e minha mãe a deixarem seus territórios para viver na capital.
Demorou muito, mas muito mesmo para que eu visse os traços e raízes indígenas nesses lugares desde o nome. Sei que não sou a única e que isso não é uma coincidência. Crescendo em Salvador eu estava muito mais próxima das filhas e filhos da diáspora africana e morei toda vida na beira do Dique do Tororó que embora também tenha rastro indígena no nome é muito conhecido como lar dos orixás e terra sagrada para as diversas casas de candomblé nos arredores daquele corpo d'água. E quando me aproximei da literatura fiz visitas constantes a Castro Alves e tanto aprendi fazendo e desfazendo o caminho do Pelourinho até a Barra. No entanto, não havia nenhum espelho visível em beco algum da Avenida Sete, nada que eu lia ou ouvia parecia comigo, não reconhecia semelhantes na escola. Apenas na cara do meu pai e da minha mãe havia identificação e mesmo eles pareciam estranhos dentro da "cidade mais negra fora da África", e eu sempre pensei assim, somos pessoas estranhas. Isso porque havia um dado na mistura deles que nunca foi realmente identificado, compreendido, sequer visto. Por muitas vezes fui chamada de japinha por conta dos olhos pequenos e do cabelo muito preto. Eu mesma dizia que tinha a pele amarela, sabia que não era nem branca, nem preta. Ser filha dessa terra por herança era um pensamento inexistente porque eu "sabia" que todos foram mortos ou resistiam em povos isolados. Fora da aldeia, indígenas eram aparições alienígenas.
O primeiro abalo nessa construção de pensamento aconteceu em 2015, eu contava 20 anos e fazia parte do Núcleo Viansatã de Teatro Ritual, grupo que naquele ano viajava em turnê por diversas cidades da Bahia com espetáculo que se propunha a reler o clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Na época estávamos estudando sobre o Sagrado então durante as viagens além de apresentar o espetáculo, saíamos em busca de diferentes manifestações e egrégoras em cada lugar que passávamos. Visitamos prédios históricos, igrejas, terreiros, conversamos com suas lideranças. E no Extremo Sul da Bahia visitamos Cumuruxatiba, no Prado. Nesse dia meu rosto foi pintado com urucum por uma criança do povoado Pataxó da Aldeia Gurita. Eu tirei uma foto e publiquei no instagram. Na legenda eu dizia "virei índia". Nesse mesmo dia olhei para o cacique e pensei "nossa, ele é a cara do meu avô".
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A vida continuou, a foto se perdeu no tempo assim como esse lampejo de memória. No entanto, o incômodo de ser uma estranha nunca cessou. E se na infância não havia história alguma sobre as origens da minha família, tratei logo de preencher os vazios com os produtos ofertados pela colonização que nunca terminou.
E poderia ser assim pra sempre não fosse aquela pesquisa sobre sagrado que foi expandindo, expandindo até Amanda encontrar-se na encruza de povos e a partir disso, artista que é, dar conta de criar a própria realidade, a Bruxaria Mariposa. Vivi a sorte de caminhar ao seu lado ao longo de todo esse itinerário, continuo até hoje e é desse tempo vivido que veio o chamado de ir atrás do que fazia sentido pra mim. Minha ficha foi caindo aos poucos, até perceber que não me reconhecia como coisa alguma, até olhar no espelho e me ver coberta das marcas do apagamento da memória e ver também o desejo de estudar, investigar, limpar e cuidar das raízes que hoje me põem de pé.
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raquelpimentel · 1 month
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A 21 de março, próxima quinta-feira, é apresentado na Sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, o livro «Branqueamento de Capitais e Investigação Criminal» de Daniel Domingues Soares. Este livro surge na sequência da dissertação de mestrado apresentada pelo autor, em 2021. O livro (e dissertação) aborda os temas do crime de branqueamento de capitais, cujo objetivo é tornar lícito o produto financeiro fruto de uma atividade criminosa e a sua investigação numa perspetiva judiciária.
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okeutocalma · 9 months
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The killer [Capítulo Um]
No cenário sombrio, uma cena inquietante se desenrolava. O rosto do belo policial, agora assustado, era banhado por uma combinação de luzes vermelhas e azuis, criando um efeito dramático sobre suas feições atraentes. 
A luz vermelha, incisiva e intensa, criava uma atmosfera de urgência e perigo, delineando suas características marcantes e ressaltando a tensão evidente em seu olhar. Por sua vez, a luz azul, penetrante e fria, contrastava com a coragem subjacente em seu semblante, conferindo um toque de autoridade e determinação.
A luz vermelha e azul intercalava-se, criando uma dança visual que refletia a dualidade do momento vivido por esse policial. O vermelho pulsante era um símbolo inconfundível de alerta, evocando o perigo iminente que ele enfrentava. Já o azul, com sua calma aparente, iluminava as sombras, trazendo uma promessa de segurança e proteção mesmo diante das circunstâncias adversas.
A combinação dessas duas cores, enquanto iluminava o belo rosto do policial, revelava a complexidade de suas emoções.
Enquanto as luzes vermelhas e azuis piscavam freneticamente no ambiente, projetando suas cores intensas sobre o rosto do belo policial, era evidente o reflexo do medo e do susto em seus olhos. Seus traços bonitos e másculos contrastavam com a expressão de apreensão que tomava conta do seu rosto.
Em sua mão trêmula, ele segurava um caderninho de anotações desgastado, com a capa cinza e surrada, revelando as muitas histórias e investigações pelas quais aquele policial já passara. Suas mãos, normalmente firmes e seguras, tremiam levemente, demonstrando a tensão do momento.
A combinação das cores vibrantes das luzes e a palidez em seu rosto transmitiam a sensação de urgência e perigo, enquanto sua mente trabalhava freneticamente para compreender a situação que enfrentava. A cada pisca-pisca das luzes, o reflexo trêmulo em seus olhos parecia aumentar, mostrando o seu estado de alarme diante daquela cena.
Apesar do medo e da surpresa, a determinação do policial permanecia evidente. Sua postura firme e sua resistência em perder o controle transmitiam confiança, mesmo que por dentro estivesse sentindo uma mistura de emoções intensas. Era como se o próprio policial fosse um símbolo de coragem e bravura, enfrentando o desconhecido com determinação e coragem, utilizando seu caderninho como uma ferramenta de apoio constante.
Com passos lentos ele se aproximou da entrada do beco escuro e nojento. O policial soltou um suspiro horrorizado, seus lábios entreabertos expressando incredulidade diante da terrível visão que tinha à sua frente. Seus olhos percorriam o beco, onde a cena do crime se desenrolava em meio ao caos e à bagunça. O corpo inerte estendido no chão, os membros em posições desarticuladas, mostrava a violência dos eventos que ali ocorreram.
Apenas uma tênue luz de um poste distante iluminava a cena, criando sombras longas e desconcertantes. A sujeira acumulada nas paredes e no chão sujo e úmido parecia intensificar o ambiente sombrio do beco, reforçando a sensação de angústia.
O policial olhou para o cadáver com uma mistura de repulsa e tristeza estampada em seu rosto, enquanto sua mente tentava compreender o que havia acontecido ali. Sua respiração estava acelerada, e uma gota de suor escorreu pela sua têmpora, refletindo sua tensão e perplexidade diante da cena macabra.
Ele percebeu que vestígios do crime estavam espalhados ao redor: objetos jogados ao chão, marcas de luta nas paredes, manchas de sangue que destoavam do resto do cenário. A bagunça parecia ecoar a brutalidade do evento, criando um clima perturbador.
Enquanto se movia pelo beco, o policial tomava notas rápidas em seu caderninho, tentando registrar cada detalhe, mesmo com suas mãos levemente trêmulas. Ameaçadoramente, as luzes da viatura de polícia continuavam piscando no fim do beco, lançando uma luz inquietante e imprevisível.
Mesmo diante de toda a agitação e do horror da cena à sua frente, ele permanecia determinado a desvendar os segredos sombrios que aquele beco escondia. A resiliência e coragem do policial eram evidentes em sua postura, apesar do suspiro horrorizado e do sobressalto que o crime ali cometido lhe causou.
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Em um lugar distante dali as luzes vermelhas iluminavam a fraca atração espalhada pelo espaço, destacando o belo homem de cabelos negros como a mais escura noite caíam em seus ombros como cascatas, a mínima luz que refletiam em seus fios o dava um brilho único. 
Seus cabelos o dançavam conforme ao leve vento, se movendo para cima e para baixo conforme ele se mexia, pele tão pálida que se compara a um papel, seus belos olhos, não são azuis como o céu e nem verde como a floresta , são um marrom  que dá estabilidade e conforto, sem deixar a sua elegância de lado.
E havia uma sombra em seu olhar, não aparentava ser nada maligno ou malicioso, apenas suas olheiras e a combinação de seus olhos levemente puxados e caídos , destacando seus belos e exuberantes cílios.
Uma tênue luz avermelhada adentrava pela pequena janela da sala, espalhando uma aura suave sobre o ambiente. O belo prisioneiro, com longos cabelos que corriam pelo seu rosto, percebeu que era o sinal do nascer do sol. Os raios dourados começavam a ganhar intensidade, banhando seu corpo e trazendo um brilho suave à sua pele. 
O preso, contemplando a cena, sentiu uma mistura de melancolia e esperança. A luz do amanhecer trazia consigo a promessa de um novo dia, mesmo que ali, na escuridão claustrofóbica da cela que chamavam de quarto, o belo prisioneiro se encontrasse privado de sua liberdade.
O belo prisioneiro, exausto e cansado, finalmente se senta na cama que fora deixada no quarto da cela. 
Ele abaixa a cabeça, deixando seus longos cabelos caírem sobre seu rosto, e solta um suspiro alto e audível, como se quisesse liberar todo o peso que carregava consigo. O cansaço refletia-se em seus olhos, que estavam pesados e marcados pelo período de confinamento. 
Ele se levantava esticando seus músculos escutando eles estralarem e depois voltava a sentar na cama enquanto escutava o barulho dos policiais caminhando pelo chão que ecoavam pelas celas.
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carvalhomorgana · 1 year
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Bad and Crazy combatem a corrupção dentro da polícia (episódios 1 e 2)
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doron-lorkai-9 · 7 months
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Comunicado Geral: Reunião Inicial.
Há 9 anos atrás, algo ocorreu e mudou a vida de 27 jovens. Em 18 de setembro de 2019, no bairro mais afastado de Santa Mônica, região metropolitana do Rio de Janeiro, um misterioso massacre ocorreu, destruindo a vida de cada uma das famílias próximas aos mortos, deixando apenas a lembrança daquele incidente que permaneceu sem explicação, pois a imagem de cada um dos corpos ressecados, presos pelos pés no teto do Grande Salão, com seu sangue completamente drenado, olhos removidos e, mesmo para a mídia e a polícia, permaneceu sem explicação ou pistas sobre os responsáveis.
Hoje, nove anos depois, o mesmo massacre ocorreu as 02h10 da manhã, mas dessa vez em um Shopping, 36 corpos foram encontrados de cabeça para baixo, sem auxilio de fios ou correntes segurando os seus pés, flutuando 6 metros acima do chão. Me chamo Leona Dolcarv, estarei comandando as investigações sobre este caso sem que o governo do nacional interfira no caminho da instituição. Cada um de vocês relatou sensações estranhas de queimaduras em suas mãos, fazendo com que perdessem suas digitais. Os suspeitos deixaram marcas de mãos no local, mas nenhuma digital foi coletada. A partir desta data, vocês estão convidados a ser supervisionados dia e noite em prol da vossa segurança e dos demais civís que os cercam. Vocês estão marcados como possíveis indivíduos perigosos, portanto não possuem o direito de recusa. Estarei acompanhando-os e cuidando pessoalmente de vocês, cobrindo custos de suas moradias e alimentação para que mantenham-se focados em sua rotina colegial, evitando suspeitas alheias. Seus pais adotivos estão de acordo com esta decisão e colaborarão como o progresso da investigação. Nenhuma informação deverá ser levada aos responsáveis legais das forças nacionais.
Conto com a vossa colaboração. Agradeço suas presenças. Estão dispensados.
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elcitigre2021 · 10 months
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youtube
"im EXPOSING the whole thing before they can stop it" with Steven Greer
"Estou EXPONDO a coisa toda antes que eles possam pará-la" com Steven Greer...
Steven Greer investiga os segredos mais profundos do mundo dos classificados. Neste vídeo revelador do YouTube, Greer expõe o extremo sigilo em torno de tecnologias avançadas e espaçonaves, revelando que até mesmo o presidente dos Estados Unidos e o diretor da CIA têm acesso negado. Prepare-se para desafiar sua percepção da realidade enquanto Greer descobre a verdade oculta por trás do fenômeno OVNI e as capacidades surpreendentes desses objetos não identificados. Ao contrário da crença popular, não se trata apenas de extraterrestres; é sobre o futuro da humanidade e como podemos superar os desafios que enfrentamos como civilização. 
Greer revela as tecnologias inovadoras que podem revolucionar nosso mundo, tornando obsoletos os combustíveis fósseis e a energia nuclear. Prepare-se para explorar o reino alucinante da consciência e seu papel na comunicação interestelar, onde as limitações de tempo e espaço deixam de existir. Descubra a ciência há muito oculta da energia do ponto zero e como ela é a chave para desvendar possibilidades inimagináveis ​​para o nosso futuro. 
Greer lança luz sobre invenções e avanços suprimidos que poderiam ter nos impulsionado para um futuro semelhante aos Jetsons décadas atrás. Mas por que ainda dependemos de tecnologias ultrapassadas? Junte-se a Greer enquanto ele investiga o contexto histórico e as forças em jogo que impediram o lançamento desses avanços inovadores. Prepare-se enquanto Greer solta uma bomba: o controle da gravidade teria sido dominado já em outubro de 1954. Saiba como os sistemas de alta tensão e a manipulação da gravidade podem estar por trás dos movimentos hipnotizantes testemunhados em vídeos do Pentágono lançados recentemente. Esta é a jornada definitiva para as profundezas do segredo e a busca por um futuro melhor.
Trecho da Descrição do vídeo:
...O presidente dos Estados Unidos e diretor da CIA estava tendo o acesso negado na verdade estamos vivendo em uma situação onde o extremo sigilo Eisenhower nos alertou sobre o pior disso  dar frutos e, francamente, ninguém está relatando que certamente não o grande mídia que existem sociopatas que estão em super projetos secretos que não querem que nós Tê-lo. Estou trabalhando agora para tentar trazer essas informações e mais igualmente importante as tecnologias que estão por trás dessas naves espaciais e coisas que estão sendo relatado na CNN agora porque o que o público não está sendo informado é que temos de fato descobri como esses objetos operar e isso nos daria uma civilização inteiramente nova e avançada onde não precisaríamos de combustíveis fósseis petróleo ou gás ou carvão ou energia nuclear, então é uma história muito grande, a maioria das pessoas pensa que segredo em torno disso é porque o o governo é apenas incompetente...isso não é verdade, que essa narrativa é um
falsa narrativa a verdadeira narrativa é que uh vou citar de um segredo memorando divulgado nos últimos décadas, mas foi datado de 1951 e afirmou que o assunto era o mais assunto classificado no governo dos EUA superando a classificação do desenvolvimento da bomba de hidrogênio que estou citando então muitas pessoas pensam que isso é sobre alienígenas eu disse não, não é sobre ETS é sobre humanos e como são os humanos vamos sair do enigma que estamos em que é um problema muito sério e avançar como uma civilização, em vez de deslizar para trás, as coisas públicas que você sabe que Deus está no céu e tudo está em órbita, e tudo está na verdade estamos vivendo em uma situação em que o sigilo extremo Eisenhower nos alertou sobre o pior de que deu frutos e, francamente, não um está relatando que certamente não o grande mídia de notícias isso não é apenas os Estados Unidos, a propósito, o mesmo situação existe na Grã-Bretanha, Austrália, encontrei-me com ministros da Defesa na maioria dos cinco olhos países que são claro que você conhece Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Grande Grã-Bretanha, EUA.  Eu acho que esta é a parte de a história de que as pessoas têm dificuldade em certo sentido, colocando suas mentes ao redor porque todos nós crescemos com a nossa história lições e nossas lições cívicas e o presidente é o comandante-em-chefe e blá blá blá.... E na realidade o imperador não tem roupa e lá são classificados projetos que acontecem infelizmente que não são supervisionados pelo presidente ou o Congresso e realmente ver EI esposa do diretor que na época era Diretor Operacional Nacional Academia de Ciências me disse durante nosso encontro de duas ou três horas como diretor CI ela se virou para mim ela disse como são essas civilizações,  comunicando-se através da vastidão do espaço interestelar porque a velocidade de a luz é muito lenta e para as pessoas não cientistas em sua audiência, deixe-me explicar:  na velocidade da luz para ir um por cento do caminho através da nossa própria galáxia. A Via Láctea aceitaria, o que é um mil anos-luz que é a distância a luz vai a 186 000 milhas cada segundo durante um ano é uma luz ano mil anos luz é um por cento do caminho através da nossa galáxia que é uma galáxia entre trilhões, mas na velocidade da luz para você até mesmo se comunicar e dizer oi como você está fazendo e para responder de volta que seria o tempo desde o nascimento de Cristo dois mil anos para que a transmissão para acontecer com o que você e eu estamos usando agora em sinais eletromagnéticos, então nós sabíamos como cientistas tinha que haver algo mais que essas civilizações estavam usando e o que descobrimos foi que eles têm muito eletrônica muito sofisticada quente e isso é claro que Elon Musk em neuro link, ele tem uma empresa chamada neurolink, e está trabalhando nessa interface com pensamento direcionado agora isso é provavelmente onde perdi meio ano audiência e eles estão indo o que descobrimos é que, na verdade, essas civilizações que são de vários sistemas estelares têm tecnologias, que Elon Musk poderia apenas sonhar.   Em outras palavras, eles transmitir e enviar com muita precisão e receber quanta direcionado de pensamento em vez de um sinal eletromagnético por se através do que é chamado de Campo Consciência e consciente do campo de consciência quer dizer, soa muito budista ou Védico, mas o campo da Consciência é realmente não limitado pelo espaço-tempo espaço ou tempo e por isso não há limite para a velocidade dele é instantânea por causa do que é chamado não-localidade na física.                                                                        É isso que obtuso e técnico para entrar provavelmente aqui, mas o que não localidade significa é que não é com base na velocidade a velocidade linear de luz ou a velocidade linear do som ou que você tem é instantâneo porque da natureza do campo consciente o campo da Consciência este é o para mim as coisas mais interessantes porque isso toda a ciência da Consciência é na verdade, a grande ciência para o próximo 1000 anos, mas temos que alcançar os últimos 70 a 100 anos de energia para e tecnologias de propulsão que foi escondido para que não destruíssemos a biosfera por que ainda estamos usando jet motores dos anos 30 40 50 ou Rockets dos anos 40 estou dizendo porque o alternativa terminaria completamente o sistema petrodólar um petróleo e gás e carvão e energia nuclear e Utilitários, tudo isso é redundante, completamente desnecessário, na verdade Nikola Tesla tinha um protótipo de carro que estava puxando energia fora do ambiente uh e ele não entendi direito o que era fazemos agora é chamado de Zero Point Energy ou energia de vácuo quântica...mas basicamente apenas para pessoas que são não científico se você visualizar um café copo a quantidade de espaço dentro desse copo tem energia suficiente para evaporar todo o oceanos do planeta potencial e é chamado de ponto zero. O Campo de energia foi quantificado foi em trabalhos acadêmicos na década de 50, os chamados Efeito Casimir pelo Professor Casimir, mas A barba por fazer de Tesla tropeçou nestas costas lá atrás, no início dos anos 20, eu acredito que talvez antes, mas JP Morgan disse olhe se nós não pode colocar um metro nele nós não queremos isso. Então Tesla morreu um homem muito amargo, eu sempre ouço piada de que Elon Musk não tem um Tesla que ele está fabricando, ele tem uma obrigação e a razão de eu dizer isso a ela brincando é que um verdadeiro Tesla seria nunca precisa ser conectado à rede estaria tirando energia disso energia este estado de energia que é ao nosso redor através de tensão muito alta sistemas eles são chamados de vhe muito alto sistemas de tensão que criam uma abertura nesse campo de energia e Tesla fez experimentação suficiente com esse tipo de sistemas de tensão muito alta em determinados frequências ressonantes ciclos por segundo dói que ele quebrou que ele invadiu essa área da ciência, mas ninguém e queria que saísse agora você sabe rápido 100 anos depois, ainda estamos queima de gasolina em motores e foguetes, Combustível e jatos e isso é uma tragédia para a raça humana que é uma tragédia para o planeta e é uma tragédia para o nossos  filhos e meus uh nove netos então minha preocupação é que você conhece o futuro uh o passado é passado, mas temos que descobrir descobrir como recuperar o atraso em Back to the Futuro nós você sabe que é assim desenho animado. Os Jetsons quando eles mostrou pessoas voando nesses carros quando aquele desenho animado foi feito aquelas tecnologias já foram desenvolvidas, eles não vão dizer ei nós sabemos o que são estes B sabemos de onde vêm de C descobrimos como eles funcionam, deixe-me dar-lhe uma data que vai provavelmente enrolar os dedos dos pés Outubro de 1954. essa foi a data em que controle de gravidade masterizado.
Agora o que quero dizer com controle de gravidade o que quero dizer com controle de gravidade são altos sistemas de tensão que fazem com que um objeto o que parece levitar ou mover o caminho aquele veículo que você viu naquele vídeo lançado pelo Pentágono esta semana e eles confirmaram que sim, esta é uma filmagem real e eles lançam três vídeos diferentes o que eles não disseram porque as pessoas liberá-lo não sei disso por causa de a compartimentalização é que há um não reconhecido programa compartimentado que começou estudando isso nas décadas de 40 e 50 e por 1954 tinha descoberto como essas coisas opere, deixe-nos saber se há alienígenas porque esta é a única coisa que eu realmente quero saber quero saber o que está acontecendo você abriria Roswell e deixe-nos saber o que realmente está acontecendo com você conhecer o presidente dos Estados Unidos uma vez que Eisenhower não foi lido que é o termo militar para informado sobre o que é chamado de especial não reconhecido projetos de acesso existem milhões e milhões de pessoas que querem ir para lá que quer ver eu não vou falar com você sobre o que eu sei sobre isso, mas é muito interessante eu não acredito que ele tenha particularmente mais informações do que alguns dos outros como Ronald Reagan tinha bastante informação sobre Sujeito extraterrestre e OVNI, mas as informações foram escolhidas a dedo com muita de pessoas que gostariam de saber o que é acontecendo, então você está dizendo que pode desclassificar você vai aceitar bem. Eu vou ter que pensar sobre isso, então eu sei o que está acontecendo com o atual presidente é que o povo ao seu redor estão aqueles que são selecionados para fornecer um determinado tipo de informação e geralmente é escolhido a dedo inteligência para que o presidente responda o assunto da maneira que eles querem esses agentes secretos para que as pessoas tem que entender a natureza de um Projeto de acesso especial não reconhecido e a maioria das pessoas presumiria que seria justo dizer isso porque você é o presidente Estados Unidos você tem um passe de acesso total a todos esses operações compartimentadas que são muito classificados, mas eles não o fazem e isso é um dos mitos urbanos é que o presidente sabe tudo ou pode encontrar sobre tudo o que eu encontrei é que dependendo da presidência e Eu informei e montei um briefing para cada presidente desde Bill Clinton e informar pessoalmente seu diretor da CIA e o que eu encontrei é, por exemplo, quando Bill Clinton perguntou sobre este assunto ele foi negado qualquer informação  seu diretor da CIA foi encarregado de procurar nisso ele foi negado informações, então eu foi convidado a vir a Washington mesmo que eu seja um médico de emergência, mas Eu tinha reunido um grande arquivo sobre isso questão e informou o diretor do CIA e foi quando descobri que a natureza do segredo é tão compartimentado que você conhece algumas pessoas dizer que era o segredo do bubt bem não há classificação Above Top Segredo o que é é o compartimento, você está dentro e os que são especiais os projetos de acesso são muito restritos e os que são especiais não reconhecidos projetos de acesso estão fora dos livros e apenas as pessoas naquele selado compartimento sabe sobre o que eles são fazendo e é assim que está estruturado e essa estrutura arquitetônica evoluiu dos anos 50 em diante e então não precedência desde que Eisenhower teve total acesso a esses projetos que é de curso ilegal e inconstitucional. Continue: Ouça e traduza legenda do vídeo à partir do 11:44 min/seg.
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slightly-brazilian · 11 months
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Hey! Estou publicando mais uma longfic de Sherlock! Ela segue a linha do tempo de Memórias Anônimas, apesar de não ser exatamente uma continuação, e além das investigações conduzidas por Sherlock Holmes, na companhia de seu melhor amigo John Watson, mostra também o cotidiano emocionante e intenso no 221B da Rua Baker.
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Dr. Watson disse certa vez que normal e bem são termos relativos quando se trata dos Holmes, e o mesmo parece valer para quem frequenta o 221B da Rua Baker. Rosie iniciou a vida escolar, ainda contando com sua babá, Audrey, que conseguiu um lugar permanente para viver além de amizades incondicionais e Molly está se divertindo com o comportamento atípico de seu amigo, estranhamente obcecado em estudá-la. Apesar das aparências, o cotidiano de quem convive com um detetive consultor, o único do mundo, está longe de ser trivial, pois o perigo está sempre à espreita. Se estiver procurando mistério, drama e algumas doses de romance, acabou de encontrar. De caça ao tesouro a um encontro de casais numa casa noturna com direito àquela primeira vez inesquecível, essa história traz o melhor e o mais intenso que se pode experimentar na companhia de Sherlock Holmes e John Watson.
Venham ler! Acessem:
YOLO - Só se vive uma vez
Capítulos publicados diariamente!
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miyuki14 · 1 year
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Pessoas amadas não são matemática, para serem calculadas, subtraídas ou separadas por um ponto decimal.
_Holly Jackson
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sbtbrasilnews · 11 years
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Bingo de ex-PM milionário tinha policiais na segurança em SP
O ex-sargento da Polícia Militar, Winston Tristão, preso por comandar jogos ilegais, levava uma vida de luxo e ostentação. Conhecido como "Sargento", o contraventor é dono de 14 empresas de fachada, que usava para lavar o dinheiro das casas de jogos. O faturamento do bingo chegava a R$ 800 mil. O patrimônio do ex-PM é estimado em R$ 20 milhões. Ele foi preso na quarta-feira (3), acusado de mandar matar um casal que era sócio dele no negócio. A investigação já sabe que PMs em horário de folga faziam a segurança da casa de jogos.
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poem4 · 2 years
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O ato de matar se tornou impune. E por ser impune, ninguém o percebe mais. E já que ninguém percebe, não existe. Quando passam pelas vitrines dos açougues onde grandes pedaços vermelhos de corpos esquartejados estão pendurados em exposição, acham que aquilo é o quê? Não refletem sobre isso, não é? Ou quando pedem um espetinho ou um bife, o que recebem, então? Nada disso assusta mais. O assassinato passou a ser considerado algo normal, virou uma atividade banal. Todos o cometem. Assim seria o mundo se os campos de concentração se tornassem algo normal. Ninguém veria nada de errado neles.
— Sobre os Ossos dos Mortos, Olga Tokarczuk (2009)
[via poem4]
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lobamariane · 6 days
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a assimilação da sua cultura pelo sistema patricapitalista neoliberal não é liberdade!
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brasil-e-com-s · 1 year
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Não é o Estado que fiscaliza a imprensa, é a imprensa que fiscaliza o Estado”.
Ministro Carlos Ayres Britto
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xluisfernando · 2 years
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Para quem se interessa por Investigação policial, Crônicas de um Investigador é uma boa pedida.
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filipemduarte · 2 years
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O Desaparecimento de Edgar Nascimento.
    Talvez, a melhor maneira de começar este arquivo seja explicando o contexto por trás dele, e não tem como resumir melhor do que o fato de este ser um único texto compilando uma série de arquivos, declarações e anotações sobre o desaparecimento de um Edgar Nascimento, um policial investigador responsável pelo caso do homicídio de Oscar Lacerda Castro. E sobre como uma possível lenda urbana faça parte desta narrativa.
    Antes de começarmos, devo dar algumas explicações sobre como me encontrei nesta situação. Meu nome não chega a ser importante para esta investigação, exceto, é claro, caso eu venha a desaparecer de maneira semelhante à Edgar, o que eu penso ser uma grande possibilidade, e o motivo você entenderá com o passar dos parágrafos. Recentemente eu me tornei o arquivista responsável por catalogar casos resolvidos e arquivados da Polícia Civil de Fortaleza, onde acabei me deparando com um trabalho interminavelmente bagunçado e igualmente interminavelmente entediante. Eram horas que se passavam remexendo documentos e rearranjando casos negligenciados que o antigo arquivista tinha deliberadamente esquecido de arrumar. Como eu era mais esperançoso e cheio de responsabilidade civil na época que comecei, coloquei em mim a responsabilidade de deixar todos aqueles papeis e documentos em ordem. E quando eu digo papéis, de fato quero dizer papéis. Talvez a única vez que um computador tenha entrado naquela sala empoeirada seja quando eu trouxe para lá, de onde eu escrevo esta compilação neste exato momento.
    Passaram-se meses antes de eu encontrar um caso que me deixou ligeiramente intrigado, pois eu, ainda almejo – ou melhor, almejava, tendo em vista que agora não sei muito bem o que fazer ou sequer se estarei vivo no dia seguinte – ser um investigador eu mesmo, por isso procurei um emprego dentro da delegacia onde poderia aprender direto da vontade, acreditava eu. Tal caso que eu falo é o caso do desaparecimento misterioso de Edgar Nascimento, um policial investigador que trabalhava neste mesmo prédio onde hoje eu escrevo o posfácio da minha curta vida.
    Existem milhares de casos de desaparecimentos, mas este me intrigou por uma única maneira, por conta do único suspeito ser uma suposta lenda urbana. Claramente, minha mente curiosa mergulhou nesta história que pretendo contar hoje em detalhes e passei muito tempo atrás destes rastros, aproximadamente um ano se passou desde o começo da minha pesquisa, me encontro agora em dezembro de 2022 e o natal já passou, todos estão de férias e eu decidi que seria mais do que justo passar os últimos momentos da minha vida na sala de arquivos onde tudo começou.
    Agora, explicarei como irá funcionar esta compilação, e explicarei rápido, pois tempo não é algo que esbanjo. As anotações poderão parecer confusas, mas todas consistem em relatos, transcritos, diários e pesquisas acerca do caso. Algumas serão anotações que eu mesmo fiz, mas quando não forem, eu irei deixar claro. Além disso, eu coloquei as mãos também no diário de Edgar, no qual a maioria das informações foram retiradas. Espero que apreciem este último esforço, seja lá quem estiver lendo esta minha carta exagerada de despedidas, pois vamos começar.
    Escrevo esta declaração no dia 31 de dezembro do ano de 2022, da delegacia da Polícia Civil de Fortaleza, no Brasil. Edgar Alves Nascimento, um homem de 42 anos, desapareceu por volta do final de dezembro do ano de 2012, eu estimo que provavelmente foi no dia 31, o último do ano, assim como agora, os motivos ficarão claros ao longo do relato. Edgar escreve no começo do seu diário, isso em agosto de 2012:
    “Alguns meses atrás eu recebi um novo caso. Um tal Oscar Lacerda tinha desaparecido próximo ao Centro, perto da Imperador, a situação inicial era estranha, por que os últimos relatos que tínhamos recebido era do seu desaparecimento, passamos dois dias inteiros procurando pelo homem, aparentemente era algum tipo de deputado do interior de Sobral que visitava a capital à trabalho, quer dizer, era o que seus amigos... Outros deputados... Falavam, mas era óbvio que não queriam dizer que o homem escapou de seus afazeres no interior para satisfazer suas vontades carnais na capital. O fato é que encontramos o seu corpo em um bairro distante dali e o caso passou a ser um caso de homicídio, mas a verdade é que nenhum legista conseguiu avaliar muito bem como o homem tinha morrido. Não tinha nenhum osso quebrado, nenhuma perfuração externa ou interna, nenhum hematoma ou marcas de agulha (isto é, recentes). Também não tinha nenhuma droga exagerada no corpo, somente as que ele utilizava diariamente, em nenhuma dose grande demais para ser um problema letal. Fora seu problema com drogas, não tinha nenhum rastro de doenças ou problemas de saúde, parecia que o homem tinha simplesmente caído ao chão e deixado de viver. Classificamos como homicídio pois não haviam cartas ou intenções suicidas, mas também não haviam testemunhas, armas do crime ou suspeitos. Era o caso mais bizarro que eu já tinha presenciado em toda a minha vida. Acontecem muitas coisas aqui nessa cidade diariamente, de longe é uma cidade segura, mas nada como isso. Sem rastros, sem testemunhas, sem nada. Bem, era o que eu pensei na primeira semana.
    Depois de longas horas de esforço e estresse, meu parceiro acabou achando uma pista, uma única pista. Por volta da meia noite de um dia antes do que Oscar tinha sido declarado desaparecido, um carro estranho foi registrado passado em alta velocidade em uma avenida próxima do local onde encontramos o corpo. O carro era estranho por que não tinha placa. Ou melhor, tinha uma placa, mas estava completamente vazia. O carro era de um modelo antigo completamente negro com vidros negros também. Era impossível ver alguém pela câmera de trânsito, e acabamos descobrindo também que era impossível rastrear o veículo. Não tinha nenhum boletim de ocorrência para este modelo, e o carro era tão antigo que não deixava muitos rastros de compra. Descobrimos que o carro era um Volkswagen Santana Quantum que deixou de ser produzido em 2003, talvez só colecionadores de carros tinham esses carros registrados. Até fomos atrás deles, mas não deu em nada.
    Lembro de ter passado noites em claro procurando algo sobre aqueles carros, revendo as listas e os depoimentos. Era muito provável que esse carro tenha sido vendido ilegalmente, mas há quanto tempo? E para um carro naquele estado, que estava novo e sem nenhum arranhão, e com aquela idade, precisava ser renovado. Mas não encontramos nenhum registro de nenhum carro com essa descrição que tenha sido renovado de formas legais e nem ilegais, mesmo com alguns contatos, isso não deu em nada. Eu comecei com uma teoria que talvez o nosso suspeito fosse um mecânico, e ele pudesse fazer os reparos sozinho, foi aí que o meu parceiro começou a me olhar estranho. Eu gosto muito do Johnatan, e eu sei que ele só pensava o melhor pra mim, ao me ver obcecado pelo caso ele foi ate o nosso capitão que me pediu pra deixar o caso de lado. Mas eu simplesmente não podia, eu tinha investido tanto tempo nesse caso e eu tinha acabado de ter uma ideia nova, eu não podia largar assim. Eu conversei com o capitão e ele me deu mais uma chance no caso, mas era para ir com calma, palavras dele. Ir com calma! Aquele homem poderia estar se distanciando agora, em um carro que não podíamos rastrear. Acionei os outros para ficarem de olho neste modelo andando pelas ruas, fui atrás de amigos meus que viviam em outras cidades próximas para me avisarem se souberem de alguém assim no interior também. Dias se passaram e nada, eu já estava ficando louco quando eu recebi uma ligação de um informante meu. Não sei o que pode acontecer com o meu diário, então não vou escrever o nome dele, e digo de antemão, ele nunca foi um dos informantes mais confiáveis, mas aquele tom na voz dele, no meio da noite que me acordou do meu sono agitado, aquele tom não poderia mentir, e por que ele mentiria? Não tinha nada a ganhar com isso e nem pediu nada, o que não era do seu feitio. Ele tinha me dito que tinha avistado um carro negro sem placas sair de uma favela na calada da noite, ele me disse várias coisas, mas entre elas (em seu tom aterrorizado que eu tentei acalmar), ele tinha me dito que o carro não fazia nenhum barulho mesmo em alta velocidade, dizia que o carro não parecia ter sombras, como se as luzes do poste atravessassem ele, dizia também que não dava para ver nada dentro do carro e que ele desaparecera na mesma velocidade que aparecera. Naquele momento eu desacreditei daquele homem, mentiroso como era e cansado como eu estava, mal absorvi as informações, eu simplesmente gritei com ele por querer me incomodar no meio da noite e desliguei. No dia seguinte, o meu informante desapareceu, até emiti um alerta, mas ninguém estava interessado o suficiente para encontrar ele. Disseram que ele tinha simplesmente se metido com as pessoas erradas e quando eu falei para o Johnatan o que aconteceu noite passado, ele me disse que talvez o cara só queria a minha ajuda e estava desesperado pra fugir da merda que ele fez, e como todos sabiam que eu estava atrás do infeliz carro negro, ele pensou em me enganar com isso. Devo dizer, a teoria do Johnatan não era tão absurda naquele momento e o cara é um bom investigador então eu comprei, mas aquilo não saía da minha cabeça.
    Eu passei mais algum tempo investigando sobre aquilo, mas estava começando a deixar o caso esfriar quando recebi a notícia. O corpo do meu informante tinha sido encontrado, morto exatamente da mesma forma que Oscar. Para evitar histeria, o capitão abafou o caso para a mídia e encarregou outros policiais, claramente mais inferiores (e com menos reputação) para o caso, apesar das minhas reclamações. A esse ponto, o capitão tinha começado a se estressar comigo, mas eu não podia deixar isso acontecer, mesmo sem o apoio do Johnatan eu comecei uma investigação própria, fui atrás de câmeras de trânsito, mas o nosso querido carro negro parecia ter aprendido com a lição passada e não tinha nada. Eu comecei a me questionar se talvez o carro não tinha sido apenas uma coincidência no caso do Oscar e se, talvez, eu estivesse seguindo uma pista falsa esse tempo todo – apesar da estranheza. Mas a minha ideia mudou quando eu encontrei uma testemunha. Um senhor mais velho, seu José Silveira, dono de um bar que fica até tarde da noite veio até mim na delegacia uma semana atrás, naquele momento ele me explicou que foi me procurar por que soube que eu estava atrás de um carro negro, quando eu me mostrei interessado e o convidei para conversar em uma lanchonete na esquina da avenida, ele me disse que, quando fechava o seu bar – que ficava apenas alguns quarteirões de distância do local onde o meu informante tinha sido encontrado – ele tinha visto um vulto negro e rápido passar pela rua, de inicio culpou à visão que não era das melhores, por que pensara ser um carro mas não fazia nenhum som ao se mover, quando o seu José foi até a rua, ele viu um carro negro, com a placa vazia e as janelas negras virando a esquina rapidamente, sem fazer som. Ele também adicionou que tinha algo estranho sobre aquele carro, mas não soube me explicar. Eu cheguei a perguntar se o carro parecia com a foto tirada pela câmera de trânsito, até cheguei a mostrar a foto para ele, mas o seu José disse que não era nada assim, pois saberia, ele vira muitos carros assim há mais de dez anos atrás e o carro que vira parecia ser mais atual.
    Quando o seu José foi embora, eu fiquei com uma pulga atrás da orelha. Por que aquele relato coincidia tanto com a última ligação que o meu informante tinha me dado, por que alguém usaria um carro exatamente igual ao carro tirado pela câmera? De inicio eu achava que o carro antigo era para evitar rastreio, mas agora não fazia sentido. Por que ele trocou de carro? Será que sabia que estávamos atrás dele? Era possível por que eu não fiz muita questão de esconder meus objetivos ao procurar por aquele carro, porém eu tinha tomado o máximo de cuidado para perguntar para as pessoas mais suspeitas sobre aquele carro no final da minha investigação, então a informação de que eu estava atrás daquele carro deveria ser nova para o suspeito, mesmo assim, eu não consegui encontrar nada desde o primeiro dia em que comecei a procurar.
    Claro, existia milhões de possibilidades, talvez ele tivesse percebido que tinha passado pela câmera no dia ou qualquer coisa dessas, mas assumo que naquele momento eu estava transtornado. Primeiro, pelo fato de que aquele caso só ficava mais e mais bizarro e complicado. E segundo, pelo fato de eu ter ignorado e desligado na cara do meu informante, provavelmente, minutos antes dele ser morto, isso era culpa minha.
    Fiquei transtornado naqueles dias e fiz tudo para ganhar novas evidências, cheguei à inclusive sair procurando sobre um carro que não fazia sons ao se mover. Era uma tecnologia impensável para os dias de hoje, talvez existisse algo no exterior, mas até chegar aqui, era complicado demais.
    Foram nesses últimos dias, no auge da minha paranoia investigativa que eu ouvi um rumor de rua, uma lenda urbana. Era sobre um homem que chamavam de Entregador Fantasma. Diziam que existia esse homem misterioso, que subia em um carro fantasma que não fazia sons ao se movimentar, que era completamente negro como as sombras, e que ele realizava qualquer tipo de entrega em qualquer lugar. Mas diziam que apenas poucos conseguiam o contato desse homem e disseram que não era sempre que ele aparecia, mas que ele sempre fazia o seu trabalho, sem atrasar ou reclamar.
    Fiquei paranoico, de início eu realmente pensei que tivessem inventado essa história para me atormentar, mas fui atrás de várias outras fontes, que não conheciam umas as outras, e todas contavam a mesma história. Claro, com detalhes diferentes e tons diferentes. Alguns falavam apenas de um motorista fantasma, outros diziam que era um espírito que vingava aqueles que sofreram acidentes, e outros diziam que era assassino de aluguel morto vivo. Mas a maioria se mantinha na palavra entregador, por algum motivo que eu não entendo até agora.
    Claramente, quando o capitão notou que eu faltava muito o trabalho e que estava negligenciando meus deveres ele veio falar comigo. Quando expliquei o que tinha encontrado e se revoltou e me afastou temporariamente, para o meu bem, ele disse.
    De qualquer forma, aqui estou eu, afastado do trabalho, mas não consigo descansar um segundo sem pensar nessa maldita história. De vez enquanto, eu fico andando de carro à noite, na esperança de encontrar esse tal motorista fantasma ou entregador fantasma, seja lá o que for. Mas nunca encontro nada.
    Talvez seja só uma história mesmo, e talvez a minha paranoia e obsessão tenham me tomado e eu transformei aqueles relatos em realidades na minha cabeça. De qualquer forma, planejo me acalmar por um tempo e voltar ao trabalho assim que a minha licença terminar. Talvez seja melhor deixar essa besteira de lado e me concentrar em coisas que realmente existem.”
    Esse foi o fim do primeiro e maior registro escrito por Edgar em seu diário. Após aquele dia, as primeiras passagens são mais calmas e ele relata uma diminuição nas suas patrulhas noturnas por volta de setembro, até que para totalmente em outubro, no mesmo mês, ele fala que voltou ao trabalho e os registros são mais espaçados quando antes eram diários, parece que voltou a trabalhar no final de outubro e mal tem registros em novembro. Mas isso muda em dezembro. Porém, antes de seguir para alguns dos últimos registros de Edgar, devo fornecer algumas informações de minha própria pesquisa, pois mostrar o registro agora pode ser um choque.
    Segundo relatos de Johnatan Pereira, o policial que era parceiro de Edgar na época e que se aposentou depois do desaparecimento do seu parceiro, ele tinha voltado totalmente a si quando voltou a trabalhar em outubro, parecia normal como sempre e até pegou alguns casos que o faziam ficar horas até tarde na delegacia, fazendo papelada, que era algo que antes detestava. E também, que para compensar, Edgar tinha decidido não tirar férias naquele ano e passar dezembro trabalhando também, mas Johnatan não o fez, ele tirou férias e viajou para Belo Horizonte quando tudo aconteceu.
    Eu consegui a informação, segundo a secretária da delegacia, que trabalha aqui até hoje, a senhora Bruna Guimarães, que o último dia que ela viu Edgar foi no dia 26 de dezembro, era após o natal e ela lembra bem que tinha ficado para trabalhar pois não queria ficar em casa com a família após as festas. Ela disse que tinha conversado com o Sr. Edgar por um tempo, e que tinha interesse nele, por isso o prendeu até depois da meia noite para conversarem sozinhos. Ela também disse que aconteceram outras coisas após a conversa e que não quis entrar em detalhes, que também parecem ser irrelevantes ao caso. Todavia, ela dissera que Edgar estava perfeitamente normal, apesar de cansado, quando saiu, ela tinha ficado até mais alguns minutos e voltou para casa tarde da noite em seu próprio carro, motivo pelo qual negou um convite de carona vindo de Edgar. No outro dia ela tentou ligar, mas Edgar não atendeu, caia sempre em caixa postal e ela ficou tão irritada que arremessou o celular pela janela.
    De acordo com as câmeras do estacionamento da delegacia, existem registros de Edgar entrando em seu carro por volta do momento relatado pela Sra. Guimarães, o que dá veracidade ao seu relato. Edgar cumprimentou um dos policiais que fazia guarda do lado de fora, infelizmente, não fui capaz de conseguir um registro dele, mas duvido que fizesse alguma diferença. Logo em seguida, foi embora na direção da sua casa. Nem uma hora mais tarde, uma câmera de trânsito registrou o carro de Edgar em alta velocidade em uma avenida próxima, saindo do caminho que levava para a sua casa e indo para os limites da cidade. A mesma câmera, segundos antes, registrou um outro carro seguindo em alta velocidade para a mesma direção, um Chevrolet Ônix 2012 negro com as janelas escuras e com a placa em branco. E que fique registrado, o carro de Edgar era um Volkswagen Jetta. Não há mais registros de Edgar naquela noite, então prossigamos para o seu último registro no seu diário, que não tem data, mas que provavelmente foi escrito no dia 26 de dezembro:
    “Eu vi. Eu não sei o que eu vi, mas eu vi... Ele tá vindo atrás de mim, eu sei disso. Se você estiver lendo isso, por favor, acredita em mim! Eu encontrei aquele carro, aquele maldito carro. Aquele carro desgraçado. Era verdade, era tudo verdade. Ele não faz nenhum som, ele parece ser feito de sombras e metal que range, e é rápido como o vento. Eu fui atrás dele, por que eu não conseguia acreditar nos meus olhos. Por que eu fiz isso, por que? Eu o persegui por... Não sei quanto tempo, parecem que foram horas. Nós saímos da cidade, era tudo mato ao redor... Eu consegui alcançar ele e consegui virar o carro. Bati nele com tudo e ele tombou no encostamento da rodovia, mas o carro não queimou ou fez nenhum tipo de barulho apesar de amassar como um carro comum. Quando eu saí do carro para ver quem estava dentro, eu... Eu notei que o carro era estranho... A luz do meu farol parecia atravessar o carro, mesmo tombado. Ele não projetava nenhum tipo de sombra, NENHUMA! Eu dei um passo para trás, mas algo começou a se mover, saindo de dentro do carro tombado, primeiro eu fraquejei, mas por instinto eu corri até o meu carro e peguei a minha arma, quando eu voltei para o local aquela... Coisa... Já tinha se levantado. Eu não sei se estava confusa ou esperando eu fazer algo... Mas eu apontei a minha arma e ameacei de atirar, ela não pareceu ligar, começou à andar na minha direção enquanto eu tremia, mesmo antes dela aparecer na luz do farol eu conseguia perceber que aquilo não poderia ser humano... Ele andava esquisito, como se não estivesse acostumado a andar e... Eu não ouso repetir o que eu vi... Era terrível, a pior visão que eu já vi na minha vida inteira... Eu gritei para ele parar, mas ele não parava... Então eu atirei e atirei. Depois, eu corri para o meu carro sem saber o que tinha acontecido... Eu não quero saber... Eu voltei para casa... Eu não devia ter feito isso. Eu não devia ter feito isso. Eu preciso me esconder, ele nunca vai me achar. Não tente me procurar, não tente. Essa carta é um aviso. FICA LONGE DAQUELA COISA, ENTENDEU? LONGE...”
    O registro por escrito continua, mas é impossível transcrever rabiscos e palavras sem sentido aparente. Quando elas têm sentido parecem mais xingamentos e repetições das mesmas palavras do que algo coerente. Esse foi a última coisa do diário de Edgar. Segundo os policiais que investigaram Edgar na época, ele ficou sem entrar em contato por um bom tempo e ninguém conseguiu alcança-lo. O seu celular desapareceu, ninguém encontrou. Em sua casa, encontraram registros de que ele saiu às pressas. Um detalhe importante, Edgar tinha mania de marcar todo o dia que se passava com um “X” em seu calendário, o último dia marcado é o dia 25, deixando mais claro que após o incidente, ele deixou de se incomodar com o hábito.
    Há relatos de Edgar em outros lugares através desses últimos dias até o dia 30. O homem não desapareceu por completo, câmeras registram a sua passagem por estabelecimentos, aparentemente para comprar comida e outras coisas. Em todos os registros ele parece um homem insano. Um ocorrido no dia 29 de dezembro mostra que Edgar entrou em uma briga com um homem no meio da noite em um mercado, a vítima da raiva de Edgar era um transeunte que vestia roupas pretas, ele diz que foi ameaçado e agredido pelo homem que saiu correndo logo em seguida, os policiais acabaram encontrando o seu carro no dia 30, mas perderam-no de vista quando Edgar largou o carro e desapareceu na noite. Segundo os policiais que tentaram o perseguir, ele parecia gritar “Fiquem longe” e “Você não vai me pegar também”.
    Ainda há um último registro, porém, não confiável, de testemunhas oculares que dizem ter visto um homem de aparência similar na rodovia fora da cidade. Depois do dia 31, não há mais nenhum registro no mundo que comprove a existência de Edgar Nascimento no ano de 2013 para frente. Ele não deixou rastros e nem foi encontrado em mais nenhuma outra cidade do país. Nem em câmeras ou com testemunhas. Por volta de fevereiro de 2013, o caso foi arquivado e ele foi declarado como desaparecido, segundo o policial responsável pelo caso, fugiu por conta própria e deve ter morrido sozinho no interior, onde ninguém pôde encontra-lo. Eu acredito que a verdade seja um pouco mais sinistra que isso.
    Fazendo minha própria pesquisa sobre o caso, dez anos depois do ocorrido e agora com um acesso mais sólido à internet, e é claro, com o conhecimento para fazê-lo, eu encontrei várias pessoas por aí que relatam o caso deste “Entregador Fantasma”. Mas esses relatos aumentam e diminuem conforme o tempo, não por acaso, neste ano, eles têm ficado extremamente comuns. Exatamente dez anos depois do ocorrido com Edgar. E que fique claro, nada e eu digo, absolutamente nada, existe sobre casos similares depois daquilo, pelo menos, até o ano de 2022, dez anos depois, onde há mais casos de testemunhas que falam ter visto um carro que não fazia som e que era completamente negro, por mais que não haja vítimas como antes.
    Indo atrás desta pista, e tendo em vista que o carro registrado por Edgar que o tal motorista tinha usado no começo das investigações do policial, logo antes (ou durante) a morte de Oscar, era um carro ativo por volta de 2002 (dez anos antes do ocorrido com Edgar), eu resolvi ir atrás desses incidentes levando em conta um espaço de tempo de 10 anos. Em 2002 há os relatos mais antigos dessas lendas urbanas, elas envolvem principalmente sombras estranhas e existe um vídeo de uma qualidade muito questionável gravando um carro, o vídeo tem um áudio terrível que mistura vozes das pessoas que estão gravando com um vento forte. O vídeo mostra uma rua de Fortaleza à noite e um carro negro virando uma esquina distante. Apesar dos meus melhores esforços, não há nenhum som de carro no vídeo.
    Eu também encontrei registros esporádicos similares em 1992 e 1982. Para trás, as coisas ficam mais complicadas, não encontrei nada em 1972 ou 1962. Checando dados muito antigos de jornais do interior de 1952, houve um caso em que a polícia rodoviária tentou multar um carro que passara pela rodovia em alta velocidade durante a noite, mas nenhum morador, nem mesmo os que moravam próximos à rodovia e estavam acordados no exato momento registrado pelo policial que estava de vigia, ouviram o som de qualquer carro passar.
    Outro detalhe sobre os casos que eu encontrei em 1992 e 1982. Aqueles relatos que pareciam ter testemunhas oculares no começo do ano, classificaram o carro como de um “modelo antigo”, mais especificamente, datado de dez anos atrás. Já os últimos casos do mesmo ano não têm nenhuma descrição do modelo do carro, levando a crer que o modelo do carro não se destacou o suficiente para causar uma impressão na testemunha.
    Consegui datar casos mais antigos não por conta do carro, mas sim por homicídios misteriosos que aconteceram da mesma forma que Oscar ou que o informante de Edgar viera a falecer. Esses vão mais para trás e começam a sair do Brasil, parece que eles datam Inglaterra de 1882 e vão até a Escócia onde o rastro mais antigo que tenho é de um assassinato bizarro com a mesma descrição em 1842. O caso aconteceu com uma corte rural e um suposto assassino foi executado pelo povo de um pequeno vilarejo, mas cartas de pessoas que estavam na época relatam que até o fim o assassino negou ser o responsável.
    Agora vem um dos dados mais alarmantes, ao menos para mim. E o motivo pelo qual eu creio que este seja o meu último dia nesta terra. Os casos mais recentes, ou seja, de 1982, 1992 e 2002 sempre parecem ter uma constante em comum com o caso de 2012. Esta constante é um desaparecimento no fim do ano, um desaparecimento de alguém que estava atrás da tal lenda urbana. Em 1982 foi um escritor de contos de terror estrangeiro que tinha vindo para cá afim de escrever sobre exatamente essa lenda urbana. Segundo a sua família, ele parou de contata-los por volta de dezembro e foi dado como desaparecido pelos seus vizinhos de hotel após o dia 31 de dezembro. Em 1992 foi um policial rodoviário que tinha dado alguns dos registros que me fizeram acreditar que o motorista estava ativo naquele mesmo ano, nada sei de sua história, mas é fato que ele teve mais de um encontro com tal motorista. Já em 2002, foi um jovem rapaz, responsável pelo vídeo que eu citei anteriormente. Segundo seus amigos, ele passou semanas falando do que ele tinha encontrado para os seus colegas de sala e foi severamente caçoado por outros. Um de seus amigos mais próximos falou que o rapaz ficou obcecado em gravar de novo o motorista durante as férias de dezembro, por isso, tinha pedido emprestado o carro desse seu amigo por um tempo – o carro nunca foi encontrado. E era para ele aparecer na festa de ano novo da sua família, mas nunca chegou a aparecer, seu desaparecimento foi dado no dia 31 de dezembro de 2002. Um detalhe interessante sobre o caso, o carro do amigo do garoto desaparecido era um Volkswagen Santana Quantum.
    E é claro, como já deve ter ficado claro, Edgar Nascimento se aproximou demais do caso em 2012, ocasionando o seu desaparecimento exatamente no dia 31 de dezembro do mesmo ano. Quando eu percebi essa coincidência, notei que talvez fosse tarde demais para mim, pois provavelmente sou aquele mais próximo do mistério atualmente.
    Termino este registro e falta apenas uma hora para a meia noite, hoje é dia 31 de dezembro de 2022. Quem sabe os outros tenham desaparecido por terem ido atrás do mistério, isso foi um pensamento de horas atrás, mas Edgar estava justamente fugindo dele quando desapareceu, então eu acho improvável. Mesmo assim, eu fui um dos únicos dessas vítimas que não teve nenhum contato direto com o carro ou o motorista, mesmo assim, sigo apreensivo. Pensei em fugir, mas Edgar me mostrou que isso é fútil. Pensei em registrar algo além deste texto, talvez um vídeo, mas aquele garoto também me mostrou que isso pode ser uma tentativa frustrada. Não sei mais o que fazer se não encarar o céu noturno do ano novo, quem sabe os fogos sejam a última coisa que verei antes do meu destino final. Quem sabe, fecharei os olhos, os abrirei e será 2023, essa é a minha última esperança. Se isso acontecer, volto a escrever aqui para dizer como venci tal destino terrível, mas não quero deixar muitas falsas esperanças para trás então me despeço, apreciarei a vista da janela, apesar de conseguir ver pouco o céu e apenas o estacionamento daqui. Os carros estacionados na rua me dão calafrios só de vislumbrar.
    Se, e eu digo apenas se, eu sobreviver à essa situação, cogitarei em excluir este arquivo maldito, pois acabei de realizar que, a existência dessa investigação ser o motivo por eu estar atualmente afligido, é capaz de ser uma maldição para aqueles que o lerem. Pois, se aqui eu compilo todo o conhecimento sobre o tal motorista fantasma e o mesmo persegue os que sabem demais sobre ele, então estou criando uma terrível arma em formato de palavras. E digo mais, se, e somente se, eu acabar sobrevivendo após tudo isso, nunca mais dirigirei muito tarde da noite e evitarei quaisquer carros negros nas avenidas noturnas.
    Parece que o meu destino está enfim selado. Faltam dez minutos para a meia noite e enquanto eu observava o céu noturno à espera de fogos, eu vi. Parado ali, na frente da delegacia, um Volkswagen Jetta negro.
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radioshiga · 2 days
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geekpopnews · 29 days
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