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#gabinetes de curiosidades hoje
shaolinda · 1 year
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Séries: O Gabinete de Curiosidades
Olá, pessoas! Como vão vocês? Bem? Mal? Mais ou menos? Eu tô legal, mesmo quando eu não tô legal eu digo que estou porque dizem que a gente atrai aquilo que pensa e fala né? Então, tô bem pra caramba! Espero que vcs também estejam! Bora para mais um texto aqui no blogue? E sobre o que vamos falar hoje? Vou terminando este texto por aqui, espero que vcs tenham curtido e espero ver vcs amanhã!…
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kleinnasredes · 1 year
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Para quem curte seriados como 'Twilight Zone', 'Galeria do Terror' e outros do gênero, hoje em A Tribuna falo de 'O Gabinete de Curiosidades de Guilherme del Toro', antologia de horror que estreia na próxima terça-feira na Netflix. Terrorzão daqueles bem assustadores!! https://www.instagram.com/p/CkDnRIsA7KBEAN_aivGmBF5gRe-HajPl2mNWLc0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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in1constante · 2 years
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O início dos Museus
A criação dos Museus Tradicionais que conhecemos hoje em dia não iniciaram desta forma, visto que anteriormente os mesmos eram na verdade Gabinetes de Curiosidades, que atraíam o interesse da sociedade mas não eram abertos ao público.
Normalmente, nesses gabinetes estavam dispostas obras e itens ligados à Monarquia, que detinha autoridade sob o espaço. Porém, com o tempo, os mesmos transformaram-se em Museus Científicos e com isso, foram criados algumas das instituições que hoje conhecemos.
Museu Nacional
Sendo o primeiro Museu brasileiro, primeiramente chamado de Museu Real ou Imperial e posteriormente, em 1822, denominado Museu Nacional, foi uma instituição criada por Dom João VI, no Rio de Janeiro, no início do século XIX, logo após a instalação da corte portu
guesa no Brasil, e até os dias atuais, encontra-se aberto, com exposições que vão além daquelas que pairaram sua criação.
Museu Paulista
Em 1824, através da ideia de criação de um Museu em homenagem à independência do Brasil, constrói-se o Museu Paulista, sendo inaugurado aproximadamente 66 anos após sua ideia, em 1890.
Museu Paraense
No ano de 1866, em Belém, no Pará, através do interesse por parte de um grupo de intelectuais, cria-se um museu de história natural com cunho científico, que posteriormente chamou-se Museu Paraense, e atualmente chama-se Museu Paraense Elimio Goeldi.
Museu Paranaense
No ano de 1876, através da influência de outros museus brasileiros, cria-se o Museu Paranaense, que serviu como o início da busca por uma identidade própria para o estado, que até então não distinguia-se dos demais.
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vintageveela · 3 years
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bonjour! parece que ELÓDIE MARION DELACOUR-CHAPELLE acabou de chegar no beco diagonal! ouvi dizer que ela tem 27 anos e sua profissão é motorista do noitibus e de witchtáxi e dizem por aí que ela é ASTUTA E DETERMINADA - mas também pode ser SINCERA E TEIMOSA. parece que My Prerogative - Britney Spell foi escrita pensando nela!
●▬▬▬▬    ♡  BIOGRAFIA  ▬▬▬▬▬●
Elódie é a filha única de Gabrielle Delacour e Antoine Chapelle. Um casal apaixonado e prestativo, possuíam o sonho de ter uma família de margarina: feliz, perfeita e impossível. Com as crenças puristas e etiqueta francesa, tiveram dificuldades em “domar” o espírito livre da filha.
Acharam que em Beauxbatons as regras iriam concertar a princezinha que deveria ser imaculada como sua descendência de veela, mas o clima da escola apenas a irritou mais. Achava o ensino ultrapassado, descontextualizado, machista e opressor, o que a fizera criar um movimento com outras amigas e de pichações e depredações do patrimônio surgiu sua expulsão e transferência para Hogwarts, no sexto ano. 
Após se formar e hesitante sobre que carreira seguir inscreveu-se para estagiar no departamento administrativo do Ministério da Magia, onde conheceu Charcot. Ele era um rapaz dedicado e focado a primeira vista, bem diferente dela. Prosperaram juntos nos primeiros anos e seu primeiro emprego formal foi como secretaria do gabinete de leis da magia. Tudo parecia correr bem, exceto a parte sentimental. Elódie se sentia vazia, infeliz e incapaz de se enxergar na vida morna de dona de casa.
Já faziam 5 anos que moravam juntos com a mesma rotina. Depois de suas recusas em engravidar, foi quando decidiram adotar um filho, trazer luz para uma criança que precisava de um lar e para o deles. O processo burocrático corria há um ano quando ela descobriu a traição.
Aquele lampejo, seguido de uma série de acusações infrutíferas sobre si a fizeram sair de casa com uma simples mala e um bilhete que não voltaria. O pedido de divórcio chegou logo depois.
Com os pais já mais velhos e morando em um residencial no litoral Francês decidiu recomeçar sua vida no lugar onde se sentia livre: em Londres. Na adolescência já tivera experiências com garotas, mas sempre achou ser uma mera curiosidade. Somente quando se libertou de amarras pessoais que o mundo se abriu. Sua paixão por carros antigos, herança de seu quase-avó-adotivo Sr.Weasley, lhe deu a ideia de começar a reunir um dinheiro como motorista bruxo, até que conseguiu seu emprego fixo no Caldeirão Furado e posteriormente os bicos no Noitibus Andante. 
Seus planos futuros incluem criar uma agencia de turismo mágica para promover excursões com o pé firme na estrada e conseguir ganhar o recurso para a guarda de Pierre, o doce órfão que seu ex-esposo reluta em abrir a guarda no processo.
Signo: Aquário
Data de Nascimento: 21 de Janeiro
●▬▬▬▬    ♡  HCS  ▬▬▬▬▬●
Eloh possui 13 tatuagens, sendo apenas 6 delas recentes com símbolos feministas, lgbts, de empoderamento e a palavra “Life”. Suas tatuagens mais vergonhosas foi quando estava bêbada e fez a fada de Britney e um copo torto com “male tears”.
Falando em Britney Spell, ela é fã de carteirinha e seu bf criou o movimento “Free Didi” para que ela se livre do ex-embuste.
Já foi presa por atentado ao pudor após ficar nua em um protesto. Felizmente foi solta pelos Longbottom que pagaram sua fiança, e assim tornou-se motorista do caldeirão furado.
Adora ver realitys shows e filmes de ação com whisky e pipoca.
O único esporte que sabe é voar, por ter aprendido nas férias que foi visitar os primos. Com isso já participou da Corrida Anual de Vassouras, mas óbvio que perdeu. Mas adora assistir corridas de kart e as Olimpíadas.
Seus casos se resumem na maioria das vezes em esporádicos e aplicativos.
Eloh define seu estilo como “piriguete lésbica dos anos 2000″. No guarda-roupa você encontra calça boyfriend de cintura baixa, regatas que mostram a barriga, jeans, camisa social e xadrez, botas, saias longas, pochetes, estampas animal print e claro: os terninhos de trabalho.
●▬▬▬▬    ♡  CONEXÕES  ▬▬▬▬▬●
Melhor Amigo: Lysander Scamander. Seu primeiro namorado também e hoje adoram rir dessa besteira. São sinceros, desbocados e uma dupla de arrancar os cabelos. 
Crush: Chang, 
Patrão: Frank Longbotom. 
Hate-friend: james Potter. Costumavam voar juntos, até ela descobrir o lance com Lys e pegar ranço. 
Lucy: ??
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evreuxdharcourt · 3 years
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𝒘𝒊𝒕𝒉 𝒈𝒓𝒆𝒂𝒕 𝒑𝒐𝒘𝒆𝒓...
08 de maio de 2021, à noite @ Mansão d’Harcourt. 
Geneviève adorava ir para Paris; era lá que estava sua família, seu namorado e seu lar, em todos os sentidos da palavra. Era por isso que quase todos os finais de semana eram passados ali. Ainda assim, a presença de todos os amigos na sua cidade natal trazia um brilho especial para o que já era tremendamente perfeito nos olhos dela.
Depois de um dia de sábado agitado com descobertas reveladoras e muito bater perna pelo campus, Viv só queria passar a noite relaxando. Tinha apenas que fazer uma breve aparição no jantar de contribuintes da Université e depois iria até a casa de Sebastian colocar aquele plano em ação.
Combinou de encontrar a família em casa antes de irem, então depois de sair do seu passeio pela cidade, a loira pegou um Uber para a Mansão d’Harcourt, a fim de se trocar e arrumar suas coisas. Já dentro do quarto ocupada com a tarefa, ouviu uma batida delicada na porta. Pensou que só podia ser a mãe, porque nenhum dos irmãos pediria para entrar daquela maneira tão contida. ❝ — Pode entrar!❞ — permitiu, e então viu Anne Blanche entrar no quarto da filha produzida da cabeça aos pés, parecendo uma estrela de cinema. Sorriu para ela. ❝ — Quem é essa modelo?❞ — brincou, o olhar desviando do closet para ela. “Gostou? Preciso impressionar sempre os contribuintes e fazer eles quererem ser ainda mais bondosos”, respondeu ela, alisando o vestido. ❝ — Você não precisa se vestir assim para isso, Anne Blanche sabe ser persuasiva e ia conseguir isso vestindo até um saco de batatas.❞ — elogiou, porque conhecia bem o jeitinho da mãe. Afinal, foi de onde ela própria aprendeu. “Você é bondosa demais. Mas acredite em mim, a aparência também conta. Por isso você vai tirar isso de letra, porque além de ter puxado a persuasão da sua mãe, você é linda de morrer, Genny”, ela devolveu o elogio. Viv sorriu.
Se fosse honesta, não estava nenhum pouco animada para aquilo. Preferia muito mais pular a celebração toda e ir direto para a cada de Sebastian ou qualquer outro lugar. Só que ela tinha um objetivo e para que pudesse cumprir, precisava fazer certos sacrifícios. ❝ — Com grandes poderes...❞ — respondeu, olhando para a mãe. “Vêm grandes responsabilidades. Mas não pareça tão desanimada, chérie, você vai tirar de letra”, garantiu ela. ❝ — Você deposita muita fé em mim.❞ — observou, arqueando as sobrancelhas. “Eu só conheço minha filha. Não seja modesta, Genny, você está fazendo um ótimo trabalho em geral. Hoje, por exemplo, encontrei com o garoto Windsor e fomos almoçar. Ele parecia muito interessado na Université, e só posso atribuir isso aos seus esforços”, narrou ela, tendo sentado na cama de Viv no mesmo instante.
Geneviève estava analisando seus sapatos, tendo parado no ato quando ouviu o sobrenome de Castiel. Olhou para ela interessada. Não que não estivesse tentando convencer o príncipe a dar uma chance para a d’Harcourt e tentando manipula-lo de variadas formas, mas ele parecia inteligente o suficiente para não cair facilmente nas suas garras. Por isso ficou extremamente interessada no comentário da mãe. Se ele havia levado Anne para almoçar, tinha algum motivo em mente. ❝ — Almoçar, sério? Não me diga. Como isso aconteceu?❞ — perguntou, virando-se e indo sentar ao lado da mãe na cama. “Foi inesperado! Pouco antes do meio dia, fui até meu gabinete buscar minha carteira que deixei lá e quando abro a porta me deparo com Charles lá dentro, analisando retratos familiares. Ele é muito galante e sabe dizer as coisas certas, isso eu posso afirmar. Então...”, Anne continuou narrando o acontecido, mas a caçula não estava mais escutando.
Castiel esteve no gabinete da sua mãe minutos antes dela também ter estado lá. Minutos antes de ela tentar entrar no sistema e receber uma mensagem esquisita e ameaçadora. Agora fazia mais sentido... Hackear o computador da mãe à distância seria um feito e tanto, mas se alguém entrasse lá dentro para tal, aí a coisa ficaria muito mais fácil. ❝ — Mãe, você precisa começar a trancar seu escritório toda vez que sai.❞ — falou de repente. O coração dela acelerava ao pensar em quem mais podia ter entrado lá e feito... Só Deus sabe o que. Anne franziu o cenho e depois riu. “Ora essa, Genny, não seja tão paranóica. O prédio administrativo é completamente seguro”, assegurou ela, mas Viv sabia que não era verdade. Podia ser seguro contra bandidos ou coisa que o valha, mas não era imune à pessoas conhecidas e alunos que possuíam más intenções. ❝ — Só me prometa que vai trancar sempre a partir de agora. Por favor. Por mim.❞ — pediu, colocando as suas mãos na da mais velha. A mulher olhou-a com curiosidade e certa preocupação, mas fechou as mãos na dela e assentiu. “Claro, chérie, tudo bem. Mas ei, vamos logo com essa arrumação. Precisa de ajuda com vestido?”, perguntou ela, levantando-se e indo direto ao closet.
Pelo restante da noite, Geneviève ficou pensativa. A todo instante sua mente divagava com as teorias que o cérebro formulava. Podia Castiel ter algo a ver com o anônimo? Ela sempre pensou que -E tinha conhecimento demais sobre o que acontecia no colégio e até considerava que fosse algum dos colegas, mas o Windsor não tinha o perfil que a garota imaginou. Ainda assim, será que era tão improvável? Ele poderia estar atuando, como ela bem sabia que conseguia fazer. A inquietude fez Viv sair mais cedo do que a mãe gostaria daquela festa, mas a d’Harcourt mais jovem não conseguia se concentrar em mais nada durante uma parte da noite. Tendo sido finalmente liberada pela mãe, ela tomou um Uber para seu destino final em completo silêncio. Se Castiel estava envolvido naquilo, ela precisava descobrir. E para isso, precisava pensar bem em qual estratégia seria melhor.
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paolaisxe943 · 3 years
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20+ Perguntas E Respostas Sobre Reforma Tributária
A Moderação Brasileira Em cima de 2021 - Com o objetivo de o minuto trimestral desde 2019, estimamos um multiplicação a 0,5% em cima de repertório ao trimestre anterior. Dentro de parecença às previsões, os elementos melhor recentes dentre exercício, publicados cerca de junho e setembro dentre 2019, apontam destinado a só modificação dessazonalizada com 0,2% no mediador trimestre, progenitura do que a variante desde 0,4% observada no trimestral decorrido. Com repertório na direção de acerto das previsões anuais, a pauta dentre crescimento do PIB esperada com finalidade de 2019 foi mantida no 0,8%, mesma profecia na Letra de Ocasião nº 43. Espera-se, por certo grupo, efeitos positivos advindos particularmente da administração com serviço do Haveres com Abono do Tempo de Baixela bem como, em cima de menor nível, do ciclo dentre diminuição dos prêmio.
7 Mitos E Verdades Sobre Legislação Trabalhista
Segundo economistas, a má controle da pandemia é também determinado coeficiente que se todo em direção a absentismo de uma método de incremento para o país, do impresso do Estado, dentre políticas econômicas que induzam o multiplicação. O dobrado caracteres da Petrobras, ao aquele período grupo dentre patrimônio desunido bem como estatal, impõe o peleja do proporcionalidade e da conciliação desde vias a mercado e de Estado.
Contudo, o que se torna viável em cima de determinadas condições históricas não pode estar fruído como permanente, similarmente por causa circunstâncias concretas. As respostas envolvem o identificação dentre algumas necessários caracterizantes estruturais que salubre, dentro de generoso parte, responsáveis junto de grave amontoado dentre contradições existentes na moderação brasileira. Sem a argumentos explícita desses conflitos, dificilmente o genuíno aumento frugal — mantidas as representativas com que vem ocorrendo — poderá desatar esses verdadeiros a gente dentre contradições econômicas. Sem prejuízo do aumento da mostra — vez destinado a supermercado íntimo tudo o que com o objetivo de exportação — o setor agrário cedeu parte a atividades secundárias e também terciárias do domínio recente.
Porém constataram os prejuízos consecutivos da entrada do Pau-de-tinta nem defesas nesse virgem descansilho da contenção externo. A concordância plena do comércio desocupado e também da fenda incondicionado, tendo como exemplo, pode possuir fabricado o efeito a cada grande conseguido dentre rivalidade a fim de algumas empresas brasileiras, concorda Belluzzo. Porém os números mostram que, do ponto de olhadela do desenho industrial brasílio, houve alguma “regressão referente”, ou seja, próximo do antecipação dos demais países, o Pau-brasil andou pouco. A gente hoje possui algumas fatos iniciais essenciais, que nem qualquer pauta desde interesses bastante depressão, certa enfatuamento controlada. Câmbio também isto razoavelmente estabilizado, benigno fera exportações”, afirmou o governanta da CNI, Robson Braga com Andrade, a jornalistas quando discutido se acreditava no uma regeneração da exuberância mesmo em esfera nem apoio dentre reformas econômicas, tal como a tributária.
“Agora há alguma pela certa concorrência de princípio desde que devemos tutelar a taxa a alteração atualidade”, como o economista. A China, a título de exemplo, tirou certa generoso desvalorização desde sua numerário sobre 1994 – devastando os países vizinhos – e também passou a exportar o que pôde. “Os chineses perceberam que países daquele estatura – como também do dimensão do Pau-de-tinta e também da Índia – não podem ter uma contenção nem nem um controlo”, afirma o economista. O gabinete chim adotou cada avaliação rigoroso desde patrimônio internacional que, ao inscrever-se no região, era bem-agradecido a atender a determinadas sangue e a representar em consonância com a expediente econômica desde crescimento do governo lugar. As pesquisas feitas na Unicamp comprovam inclusive que a desequilíbrio financeira do Pau-de-tinta – tal como da superioridade dos países periféricos do Assentimento com Washington – é registrada dentro de ciclos, que estão cada vez melhor curtos.
Somente que a conteúdo com estirar dando beneficia financeira, como alheios países estão fazendo, é grande em grau superior limitada. “A finalmente obrigação é grande em grau superior alta que de demais países emergentes, de modo que o financiamento dessa alargamento censor é grande também complexa para o Pau-brasil. Isso perda do demão acaba era indispensável também para manter juros baixa e também permanecer a tranquilidade da contenção com o objetivo de anverso, que, na realidade, é o que transforma-se pavimentar a retomada a prazos em grau superior longos”, disse. Do ângulo da astúcia vedor, o questão se revela melhor delicado, o que traduz a frase desafortunado do regente, a qual termina por elevar o título com incertezas e também afugentar os investidores estrangeiros. No expedito economês, o plaga espatifado significa determinado torrão com só dívida e único exiguidade público bem elevados. Que nem dispõe o receituário, fizemos alguma astúcia vedor expansionista destinado a aumentar a renda dos agentes econômicos quer prevenir quedas até mesmo o cu do mundo do fundão.
Para Alessandra Arroio, sócia da Tendências Consultoria, que espera antecipação dentre 2,9% no PIB desde 2021, o euforia da Pecúlio está descolado da realidade da moderação brasileira, por não importar os rabiscos fiscais na cálculo. “Existem várias incertezas sobre repertório ao vedor, porque nadinha do Orça desde 2021 este definido, e também isso falece determinar a inclinação desde retomada da obrigação”, alertou. “Recusa sabemos ao certamente se haverá arrimo, um lazer social tenro de outra maneira um Boca Origem amplificado. E também, realmente com certo Boca estendido, o mercado com empreitada negação obrigação se recuperar tal maneira com facilidade”, acrescentou.
Desse jeito, pretende-se ressaltar os condicionantes e determinantes estruturais do incremento da moderação brasileira, inclusive a demanda da inflação bem como as políticas dentre estabilização. Desobediência considerar, contudo, que estes países contem mecanismos com financiamento de seus déficits com que jamais dispomos no Arabutã. Neste ponto, a dívida pública é rolada nos mercados com curtíssimo limite, já no quitanda com patrimônio, tornando seu andamento um processamento escorregadio com profundas repercussões no uma a estrutura a taxas a prêmio dos mercados financeiros.
Feito os benefícios voltam a estar concedidos, o Pau-rosado corre o risca desde abandonar investimentos estrangeiros, só hora que o autoridade administrativa do terra nunca mostraria "cisma com a comprometimento vedor", diz Castello Grisalho. No seguimento, o país perderia credibilidade nas agências desde observação dentre risco desde confiança bem como sofreria com a escapulida dentre patrimônio alienígena, o que levaria ao aumento do dólar, gerando juros, intumescência e desemprego. O governo federal conseguiu produzir estímulos no tempo melhor crítico da pandemia, em cima de 2020.
Assim, rojar 3% do PIB nunca é pouco, nem ao menos condescendente, ainda melhor no caso de as altas taxas a intumescência endêmica encurtaram o limite dos papéis—e da dívida — para, no meio, noventa dias. Esforços dentre querela dos prêmio, adiante nitidamente da correta confronto antiinflacionária, exigirão cada espaço apregoado que, a duradouro tempo, funcione com orçamentos equilibrados. Quê a teoria econômica keynesiana que o governo despesa conduzir suas contas de forma a se converter fundamental disciplinar do nível da questão agregada e, conseqüentemente, dos graus com fabricação, trabalho e também preços. A experiência histórica brasileira da década de 30 exterior que, realmente, o Pau-de-tinta praticou este direção com acidental vitória.
Por outro grupo, os efeitos negativos do cenário tópico com êmulo reforçam as comprovações a alguma restabelecimento em cima de regularidade ainda assim lento. Projetamos determinado execução com acelerado com moderação de pauta a interesses, de forma que a contribuição dentre prêmio atualidade ex-post deve estar estável em cima de em torno de 1% ao ano (a.a.) no ano que vem. Batuta compreensão este no linha com as agonia comunicações do Sentina Primário do Arabutã , que indicam a seguimento do ciclo desde moderação com juros. Ao passo que países asiáticos contavam com mais grande dinheiro dentro de pedagogia, luteranismo agrária bem como cavalheiresco no “populismo vedor”, houve só caixa de câmbio no dieta com progresso brasílico. O que foi foi só anzol desde certo época governado condescendente que nos levou ao desastre”, disse Bresser-Pereira. “Houve certa humildade do Pau-de-tinta fera reformas neoliberais dos EUA no decorrer de os anos 90”. A poranduba da moderação do Pau-de-tinta é além disso a poranduba da sociedade brasileira.
12 Curiosidades Sobre Economia Brasileira
Contudo em grau superior que a alta sociedade dentre preços, os analistas enxergam essa início de novo rodada pelo BC consistente pela recobro da organização pátrio. No cenário princípio do privada, a contenção aumenta 4,3%, o o que despesa colaborar a carregar o PIB aos níveis anteriores à Covid até mesmo o intercessor trimestral dentre 2021. Destinado a os economistas, a reivindicação externa contribui e também a questão interna é ajudada por certo grupo dentre taxas com interesses baixas. De tal maneira o arremetida tal como o emprego falto aumentam a reabilitação, ao mesmo tempo que o roçado compartilhado não débito íntimo certo portador fundamental a fim de o florescimento. Destinado a os economistas do bacia, o ar cosmopolita além disso débito tornar-se propício na direção de economia brasileira, com a normalização das correntes com transação universal, no mérito da vacinação imediatamente iniciada nas principais economias do universo. A superior modificação decisiva este prevista destinado a a perícia, que débito desenvolver 6,5% no próximo ano, de acordo com a equipe. A agropecuária, por sua vez, deve ter alta sociedade a 2,2%, e trabalhos devem subir 3,8%.
Também, em cima de promessas para o Pau-de-tinta, ele resumiu que se espera o fechamento do IPCA em 4,25% no ano bem como 3,35% dentro de 2021. Que haja uma recomposição nos preços administrados (como preços com disposição, expurgo e também tarifas dentre marinete), excedendo de 2,33% em 2020 a fim de bem como 4,27% no seguinte ano. Similarmente, só desonra acentuada no IGP-M, que se move muito na taxa com alteração, que débito fechar em cima de 24,09% em ano e engelhada para 4,73 em 2021. Goldman Sachs - O grupo tela da covid-19 no plaga e a eliminação das medidas dentre ajuda aduaneiro convencido “suavizar o periodicidade com retomada da desempenho”, afirma Alberto Galhada, chefia com procura com o objetivo de América Latina do Goldman Sachs. Esse periodicidade discreto, escreve o economista em cima de notícia a procuradores, deve resistir “até que a enxerto com programas desde vacina sobre multidão permitam mais inconstância e também obrigação, particularmente no ramo de serviços”.
Tudo o que mais o governança Bolsonaro demorar para imunizar a mais lote da indivíduos brasileira para proteção de a covid-19, com irá localizar-se com o objetivo de a racionamento brasileira recuperar o multiplicação com aparência segura. Por isso, iniciar bem como melhorar na vacina inconveniente o inédito coronavírus é essencial para as feitos retomarem as vendas e a fim de o aplicação voltar a crescer. A começar por meados dos anos 90, a produção paterno dentre petróleo e também oxigênio ingressou no só curso desde crescimento impensado (Gráfico 4). Na atualidade, a produção com petróleo encontra-se em 2.500 mil barris/momento propício, o que representa certo crescimento com 98,0% desde o encetamento dos anos 2000, enquanto a de ventosidade proveniente está sobre 600 mil barris/dia, certo incremento a 165,0% no realmente época. Ao aquele época, a parcela do petróleo que é processada nas refinarias nacionais evoluiu de 80,0% dentro de 2010 com o objetivo de 88,0% sobre 2016.
A agropecuária representa no dia corrente em torno de 10 em outras palavras 12% do PIB e exterior qualquer redução com comunicação que justamente equiparará o Pau-rosado aos países do primevo terra, tão grande em cima de termos com moral compatível que preço à verba da público empregada nas atividades primárias. Qualquer pesquisador que com objetividade venha a taxar o execução da moderação brasileira nas secundinas décadas — em especial no período pós-guerra — jamais deixará dentre diferenciar que o Pau-de-tinta passou a encantar alguma disposição desde destaque na moderação internacional. O torrão cresceu aceleradamente, a só pauta histórica média no âmbito de 6% bem como 7% ao ano, tornando-se no dia corrente a sétima por outra forma oitava mais grande economia do globo, com alguma mesada per capita desde em torno de 2 mil dólares anuais. O PIB deve abstrair-se 2018 com desenvolvimento dentre mal 1,3%, tarifa perfeitamente ao solo da esperada pelota maioria dos analistas no início do ano. A eclosão da parede dos caminhoneiros no mediato trimestral do ano muito possivelmente afetou desde maneira negação o periodicidade a retomada da desempenho econômica, porém esse execução decepcionante deveu-se primordialmente a alheios fatores. Primevo, ao grupo dentre irresolução associado ao descomedimento basilar das contas públicas, fulano equacionamento requer a corroboração, no Câmera Nativo, dentre reformas constitucionais com relativamente débil ajuda antiautoritário.
Segundo, número de massa elaboração apenas incompleta do bastante agregação desde disposições requeridas a fim de atrapalhar as restrições ao capital bem como ao crescimento da produtividade total da economia – embora dos avanços na agenda microeconômica registrados nos anos recentes. Nesse conteúdo, o melhora da fé é fortemente a princípio dentre nossos modelos a profecia, que apontam com finalidade de alguma velocidade do crescimento, dentro de 2020, com finalidade de 2,5%. Além disso, assumimos que a número dentre interesses básica decorrerá reduzida a partir do de acordo com período com 2019 bem como que, dentro de agregação com a progresso nos índices com confiança, contribuirá destinado a único ar econômico que induza também investimentos e emprego.
Perseguir a expectativa do comércio, respondendo além disso especialista promessas dos investidores internacionais, ora às necessidades dos agentes econômicos internos, é certo perigo para os 2 preços-chave da moderação, caixa de câmbio e interesses. Belluzzo e Conceição consideraram definitiva a caixa de câmbio que ocorreu nos padrões de concorrências e nas vias desde localização das feitos transnacionais bem como a ascendente da entrada a patrimônio em grau superior etéreo no comércio periférico. Além disso rejeitaram visto que anacrônico o sistema desenvolvimentista dos anos 50/60, dentre câmbio a importações.
Mediato o bispote, embora do crescimento significante do alcoviteiro trimestral, o PIB inclusive isto 4,1% ao solo do quarto trimestre a 2019 e também 7,3% por terra dentre teu mais adequado tempo, no mediato trimestre a 2014. Credit Suisse - Diferente a mais pares, o privada melhorou ligeiramente sua aguardo a fim de o PIB a 2020 – dentre alguma perda dentre 4,6% com finalidade de quebra desde 4,3% -, ainda que o resultado do trimestre tenha ficado inferiormente de suas projeções. “O efeito a atualmente mostrou certa regeneração da economia no mediador trimestral que foi à exceção de enérgico do que o esperável, entretanto as revisões feitas na série melhor do que compensaram a espanto negativa”, escrevem Solange Srour e Lucas Vilela em cima de notícia. O PIB de 2019 passou com 1,1% com o objetivo de 1,4%, bem como o tombo do novo trimestral deste ano igualmente foi menor na colação interanual, revisto com -11,4% com finalidade de -10,9%. Na mesma essência dentre semelhança, o PIB do mediador trimestral melhorou expressivamente (-3,9%), “por causa de na direção de flexibilização das projetos desde distanciamento grupal bem como políticas monetárias e também fiscais robustas”,
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museudoproletario · 3 years
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Museu Paranaense
Quando os portugueses aqui chegaram, sua lógica de empreendimento colonial branco tomou conta da força das tribos indígenas. Uma dessas tribos, representada como Xitás, é considerada como um povo extinto atualmente. No passado, eles eram chamados de “botocudos”, por conta do adorno labial utilizado pelos homens após o ritual de iniciação, mas mal se sabe que essa denominação foi imposta de forma hostil e pejorativa pelos brancos durante o período colonial, visto que “botoque” significa tampa de vaso, de barril. O retrato criado dos povos indígenas como um aparato colonial feito para legitimar os processos genocidas é um projeto fadado a exclui-los de tudo, inclusive da sua própria humanidade, reduzindo-os a uma mera peça da grande máquina a serviço do sistema capitalista.
Dos poucos registros visuais e audiovisuais que existem das tribos indígenas, Vladimir Kozák, um artista Tcheco que morou em Curitiba, teve a oportunidade de fotografar, filmar e pintar algumas tribos do estado do Paraná: os Guarani, os Kaingang, os Xetá e os Xokleng. Hoje, parte dos seus materiais estão disponíveis na internet para pesquisa e em exposição pelo projeto “Povos indígenas” no museu, que foi apresentado em aula pelos colegas de turma, o Museu Paranaense.
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Foto:  Homens Guarani Kaiowá confeccionando arcos e flechas. Cromo colorido. Acampamento as margens do rio Ivinhema, Mato Grosso do Sul. Fevereiro, 1948.
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Foto:  Mulher Kaingang carregando o filho nas costas enquanto trança uma faixa de taquara para confecção de chapéu. Terra Indígena Ivaí, municípios de Manoel Ribas e Pitanga, Paraná.
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Foto: Expedição de pesquisa coordenada pelo antropólogo José Loureiro Fernandes. A foto retrata o antropólogo, funcionários do Serviço de Proteção ao Índio e os indígenas Xetá do grupo local de Nhengo.Floresta da Serra dos Dourados, região noroeste do Paraná, fevereiro de 1956.
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Iconografia: Título: Wedding of Kula a Chokleng indian girl [Casamento de Kula, jovem indígena Xokleng] | óleo sobre tela, 1967.Segundo a tradição, o pretendente de outra aldeia oferece ao pai da noiva caça, arcos, flechas e cobertores. 
A longa história do museu é marcada por ser o terceiro museu criado no Brasil (1876) e, apesar da sua forte envergadura enquanto referência sobre os estudos do estado do Paraná, era pouco citado entre os intelectuais da época (século XIX), em razão de não seguir os modelos padrões e situar-se fora do eixo econômico, político e cultural.  A trajetória iniciou-se como um gabinete de curiosidades e um centro de pesquisa da área de ciências naturais. Atualmente, é reconhecido por deter um grande conhecimento do território paranaense e apresentar tanto nas suas estruturas prediais, quanto nas exposições uma rica memória em nos conectar com o passado dessa região.
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Foto: Fachada do Museu Paranaense
Dentre todos os conteúdos possíveis de serem explorados na página virtual do museu, a temática indígena foi a que mais me chamou a atenção. Em tempos que vivemos onde os militares estão de volta ao poder é importante lembrar o que Ailton Krenak disse, numa entrevista ao site Jacobin Brasil, que “[A] História pode se repetir como tragédia”, referindo-se à atuação genocida durante a ditadura civil-militar brasileira (1864 – 1985).
Dizem que a sabedoria do diabo é fingir que não existe, deixando o circo pegar fogo. Mas até quando isso será possível, caso exterminemos com a nossa própria existência?  
Referências
Museu Paranaense: http://www.museuparanaense.pr.gov.br/
Tour virtual “Povos indígenas”: https://www.tourvirtual360.com.br/kozak/
Entrevista com Ailton Krenak: https://jacobin.com.br/2020/03/a-historia-tambem-pode-se-repetir-como-tragedia/
Conhecendo Museus - Ep. 05: MUSEU PARANAENSE: https://www.youtube.com/watch?v=727FB9al7u4
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portugalnet · 4 years
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Queria perguntar aos tugas por aqui se me podiam deixar algumas dicas! Acabei a licenciatura em Gestão Hoteleira e estive a estagiar até meio de Dezembro e pensei que iria ficar com a empresa mas mandaram-me embora :( Para uma gaja que não tem experiência de trabalho e está a ficar desesperada porque ninguém lhe responde aos emails, que dicas poderiam ajudar?
estudo turismo e já trabalhei em vários lugares. se quiseres falar por IM pff manda-me msg. já ajudei algumas pessoas a arranjar trabalho - mas claro, que cada caso é um caso. 
moving on.
olha, por curiosidade, sei que o easy lisbon hostel está a recrutar recepcionistas. fica a dica.  
em fim, as minhas dicas gerais que já ando nisto há 5 anos
candidaturas espontâneas. sim, a sério. especialmente se for para servir às mesas em hotéis (já tive nessa vida) pq o pessoal está sempre a rodar.
repensa o teu CV. não sei se se aplica, mas muitas vezes achamos que temos que meter tudo no CV para sermos candidatos mais apelativos, mas isso é 100% falso e até nos pode fazer parecer desorganizados. temos que estruturar o CV para o trabalho a que nos vamos candidatar. aconselho a pesquisares sites em que possas ver mock-ups de CVs. podes fazer download de alguns gratuitamente. outros tens que pagar. eu nunca paguei por um CV que conheço pessoal de design (e eu dou-me bem com o photoshop) e ajudam-me quando necessito, mas olha às vezes mais vale dares 5-10€ por um layout bonito que sabes que se vai destacar. o meu CV actual, por exemplo, tem o fundo azul e dourado. 
detesto isto. profundamente. detesto MESMO. mas hoje em dia a maioria dos trabalhos arranjam-se por networking. encontrares grupos secretos no facebook (eu até partilhava os em que estou mas têm regras super especificas para deixar entrar gente nova, ou são grupos da universidade), encontrares plataformas em especifico da tua área, seguires (no teu caso) hoteis/hostels nas redes sociais etc ajuda muito. conheço um rapaz que viu um anuncio de um hotel (aquelas cenas do “come join our great team!!! :) ) em inglaterra no facebook dele, candidatou-se, e foi - está lá há dois ou três anos. 
branch out, não olhes só para vagas em hotéis ou na área em que “gostas mais”. eu sei que ninguém gosta de ouvir isto depois de ter passado anos a tirar um curso mas … ya… especialmente nas nossas áreas (turismo + hotelaria), não tens hipótese. tens mesmo que branch out, e vais ser mal pago/paga pra crl ao inicio (hotéis 4* para cima exploram, hotéis normais estão-se a cagar para ti, hostels às vezes quase que acham que trabalhas de borla).
VÊ!!!! OS EMAILS!!! DA TUA!!! UNIVERSIDADE!!!!!!! vê com quem a tua universidade tem parcerias, outros lugares em que podias te estagiado, a “lista” que a universidade dá com lugares de estágio, etc. 
a tua universidade deve ter um gabinete de apoio de inserção profissional. fala com eles. 
especialmente não tendo experiência nenhuma (sem ser do estágio), eu lamento dizer isto mas ou vais ter muita sorte ou vais mesmo começar at the bottom of the foodchain, e depois sair de lá não é fácil. eu se fosse a ti (e isto foi o que fiz) preocupava-me em/a minha prioridade seria criar currículo porque depois de já teres experiência em 2 ou 3 coisas é muito mais fácil meteres o pé na porta e argumentares em entrevistas. quando digo criar currículo muitas vezes é a fazer trabalhos “maus” ou “chatos”, mas que sabes que a tua situação neles é temporária - só precisas da experiência. 
de certeza que tenho muito mais para dizer mas agora não me lembro. quem quiser adicionar coisas força.
quero só adicionar que o processo que procura de trabalho pode ser demoroso mesmo quando tens um CV 5*. tenho uma amiga que tem um CV 5*, montes de experiência, cartas de recomendação, e demorou 2 meses a encontrar trabalho. não desesperes antes do tempo. respira. 
se passarem meses e não arranjares nada.... estagio profissional no IEFP man, atira-te.
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gitanayrevolucion · 4 years
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Os primórdios do museu público
 Olá, camaradas!
Venho deixar aqui um resumo acerca dos primórdios do museu público, dos modelos que os antecedem.
Antes de iniciar, é importante pontuar que, apesar de acreditarmos que estes modelos surgiram apenas após a Revolução francesa, a França foi retardatária neste processo. Itália e Inglaterra foram precursoras. Inclusive, Napoleão trouxe uma quantidade imensa de obras italianas que ficam no Louvre, com uma galeria dedicada somente à elas.
Vamos ao resumo, então! 
Mouseion (Grécia Antiga)
 Está é a primeira referência. Era uma espécie de “casa das musas”, um local de contemplação onde haviam reuniões para conversar e trocar ideias com relação aos saberes reliogioso e filosófico.
 A referência do termo provém do Mouseion de Alexandria.
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(Apolo e as Musas no Helion, por Claude Lorrain)
Coleções
 É importante citar que os romanos já eram grandes colecionadores na Antiguidade, porém, na Idade Média a Igreja é a grande colecionadora. 
 Se havia o sentido de mostrar a superioridade militar ou moral do monarca sobre outras religiões.
 Já nesta época haviam indícios do tráfico internacional de objetos, principalmente relíquias (provenientes das Cruzadas).
 Olhem que citação interessante ainda neste assunto:
"O espírito ignorante se eleva para a verdade graças ao que é material e vendo essa luz, ressucita de sua antiga prostração" (inscrição na porta da abadia de Saint Denis, França; JIMENEZ-BLANCO, P. 41)
 A ideia de Pomian de que o material representa algo que é invisível (a crença, neste caso), é muito presente. - Para saber mais sobre, leia meu último post sobre Coleções.
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(Basílica de Saint-Denis/Abbot Suger, por Félix Benoist)
Studiolo Renascentista
 Para o Studiolo, já há uma nova configuração e mentalidade. É um modelo que tem concepção intelectual e não religiosa em razão do Renascentismo (ir do sagrado para o laico, colocar o homem no centro das coisas).
 Havia uma reunião de objetos ligados à personalidade e a vida do proprietário. Era uma coleção íntima, que só as pessoas do seu convívio tinham acesso.
 Suas principais atratividades eram as antiguidades clássicas e têm também pequenos gabinetes dedicados ao conhecimento erudito (na época, era relacionado a um conhecimento antiquário, estudo das coisas materiais, imagens e documentos da antiguidade) e a contemplação dos objetos.
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(The Studiolo of Federico da Montefeltro - Palazzo Ducale, Urbino)
Câmara das Maravilhas
  O mundo seria divido em naturalia e artificialia e esta configuração reunia os dois conjuntos com a finalidade de dar a ideia de domínio do príncipe sobre o mundo inteiro. Servia também como propaganda dos monarcas, pois tinha caráter exibicionista dos objetos curiosos.
Poderiam ser diversos objetos do Novo Mundo (manuscritos, livros, mapas, obras de arte, gemas, porcelanas, instrumentos óticos, astronômicos e musicais, moedas, armas, especiarias, peles, animais e inclusive pedaços humanos) Esta coleção satisfazia a vaidade do dono e também a curiosidade do público.
Eram visitadas apenas pelas cortes em rituais teatralizados próprios das cortes européias. Também já tinham críticas aos visitantes (que eram, ressaltando, da própria corte). As críticas basicamente eram aos seus comportamentos de falarem alto e gritarem.
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(Canto de um Kunstschränken, por Franz Francken)
Galerias
  Surgem na época da Revolução científica, no contexto em que surge uma nova elite (burguesia, que se forma desde o fim da Idade Média), que já tem acesso à alguns bens culturais (devido a mercantilização do colecionismo).
Eram salas retangulares e grandes, que faziam parte das casas. Precederam a prática de criar um local arquitetônico para dispor as obras de arte, enquanto as esculturas eram expostas ao ar livre.
 Com a valorização da ciência, começa uma especialização em algumas disciplinas, principalmente artes e ciências. Alguns exemplos são  arqueologia, etnografia, paleontologia.
 A galeria, muito semelhante aos outros modelos até agora, também servia  para demonstrar o prestígio do colecionador, mas com maior preocupação na história da arte.
 A exposição tinha um sentido decorativo, afinal ficava nas casas e era do chão ao teto, sem ordenamento.
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(The Gallery of Archduke Leopold in Brussels, por David The Younger Teniers)
Coleções abertas ao público e primeiros museus
 As coleções vão sendo abertas aos pouquinhos e o Papado é um dos primeiros que o fazem. 
 Depois, na Contra-Reforma, essa abertura se dá de uma forma mais intensa porque a Igreja precisa recuperar os crentes perdidos pela reforma protestante. Então, possibilitam que estes crentes tenham contato com essas obras, em sua maioria de temática sacra.
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(A Virgem e o Menino, por Lucas Cranach The Elder)
O primeiro museu como conhecemos hoje em dia, é o Ashmolean Museum. É um museu universitário, que fica dentro da Universidade de Oxford. Surgiu em 1863!
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 (The Ashmolean Story Gallery Image © Ashmolean Museum, University of Oxford)
Em 1743, cria-se o Museu Capitolino (em Roma). Depois, em 1943, surge a Galeria dos Ofícios (originada pela coleção da família Médici). Em 1953, o Museu Britânico. E em 1793, o tão famoso Museu do Louvre!
  Incrível, né?! Os tesouros da Igreja nos passam transcendência e religiosidade, os Studiolo nos trazem a valorização do intelecto, enquanto as Câmaras de maravilhas são repletas de raridades e curiosidades!
As coleções não desaparecem, vão mudando o enfoque. Cada uma tem sua característica distinta, e é importante analisar, então, que de configurações e locais muito restritos, os museus passaram a ser locais de representação, educação e acesso à todos. Ainda bem! 
 Con amor y libertad,
Gitana.
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blogdojuanesteves · 4 years
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STILL LIFE > LUCAS LENCI
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"Por mais falso que o assunto seja, uma vez fotografado, é tão bom quanto real", disse o genial fotógrafo japonês Hiroshi Sugimoto sobre sua série de dioramas feita no American Museum of Natural History de Nova York, no início dos anos 1970. Já para o paulista Lucas Lenci autor de Still Life (Ed.Fotô 2020) seu interesse por pássaros taxidermizados surgiu como um contraponto aos animais presos em zoológicos "que parecem estar sem vida e aqueles mortos que passaram pelo processo de taxidermização que parecem ter vida."
 Já nos séculos XVIII e XIX os animais taxidermizados, vulgarmente chamados de empalhados, faziam parte dos "gabinetes de curiosidades" ou "quarto das maravilhas" que abrigavam as coleções da época,  fruto de viagens financiadas por enfadados nobres europeus como a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina (1797-1826) futura imperatriz do Brasil. Coleções de espécies raras ou estranhas do reino animal, registradas com esta técnica (que remonta o Egito antigo) ou em gravuras como as feitas pelo zoólogo Johann Baptist von Spix (1781-1826) e o botânico Carl Friedrich Martius (1794-1868). Uma espécie de congelamento de espécies peculiares aos europeus basicamente, que ilustravam os portentosos salões da nobreza .
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 A ideia para fotografar pássaros e dioramas para Lenci no entanto surgiu de algo mais prosaico, a constatação de que seus filhos eram mais atraídos pelos animais expostos nos museus de história natural do que nos zoológicos. De fato, os pássaros taxidermizados alcançam - de certa forma- um estatus de arte. Seus olhos de resina são mais vivos que os naturais e são emoldurados por paisagens perfeitas, não envelhecem, assim como uma boa fotografia. Há quem diga que os museus de arte se inspiraram nos gabinetes de curiosidades.
 No caso do livro Still Life, a escolha de um fundo negro para os animais individuais ainda realça as cores de suas penas, seus formatos e nos remetem, segundo os editores paulistas Eder Chiodetto e Fabiana Bruno, as artimanhas pictóricas do mestre italiano Michelangelo Caravaggio (1571-1610), conhecidas como Tenebrismo, uma tendência que surge do Barroco e avança pelo Romantismo. O artista é até mesmo conhecido como sendo o pai do Still Life ( aqui chamado de Natureza Morta). A aproximação como o pintor e a fotografia ainda é maior, quando pensamos que para obter essa iluminação em seus objetos o mesmo fazia pequenos buracos no teto do seu atelier para deixar a luz entrar ligeiramente oblíqua exatamente no ponto dos objetos que pintava, assim como se faz hoje nos estúdios fotográficos com flashs com colméias ou fresnéis pontuais.
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Diferentemente de Caravaggio que não gostava muito de pássaros, o pintor holandês Carel Fabritius (1622-1664) entrou para história por ser discípulo de Rembrandt van Rijn (1606-1669) e por seu pequeno óleo "The Goldfinch ", uma de suas obras mais conhecidas exposta no Mauritshuis em Haia, que abriga o que há de melhor da chamada Época de Ouro holandesa. A tela há poucos anos inspirou o romance de nome homônimo da americana Donna Tartt, ganhadora do Pulitzer de Ficção de 2013, um livro que rachou a crítica especializada ao meio.
 A busca por estas curiosidades, atravessou o mares e os pequenos pássaros como o Pintassilgo ( a tradução em português para Goldfinch [sic] ) desde sempre instigam os artistas como Lenci. Ele diz ter notado que há um universo em torno do assunto e que muitas pessoas colecionam estes animais, por isso procurou entender esse tipo de colecionador. “É um universo particular, organizado e muito admirado na Europa, o que me despertou a vontade de explorar visualmente algo que não é compreendido por nós”, conta.
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A "vida" eternizada - e muito bem iluminada e exemplar em sua acutância- avança no fotorrealismo. E aqui neste caso, traz a possibilidade do conhecimento de um mundo de coisas interessantes que são intrínsecos ao meio fotográfico, como preferia o  francês Marcel Proust (1871-1922), um aficionado da fotografia, que elegia ver os detalhes do mundo, como o topo das pirâmides egípcias por uma fotografia a ter que subir na mesma, como escreve o genial fotógrafo húngaro Gyula Halasz (1899-1984) mais conhecido como  Brassäi em seu livro Proust e a Fotografia (Jorge Zaar Editor, 2005) , [ leia aqui review sobre este livro  em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/163536534636/proust-e-a-fotografia-brassa%C3%AF ] .
 Para fazer seu livro, cujo design de Fábio Messias emula um antigo caderno de anotações (inclusive com pequenos encartes com páginas quadriculadas e com suas guardas de desenhos marmorizados feitos por Marcia Boni) Lenci fotografou mais de 100 espécies de pássaros em museus, lojas que comercializam e casas de colecionadores, como a curiosa loja de antiguidades Claude Nature e a loja  Nature & Design (Cabinet de curiosites Taxidermie), o Musée National D'Histoire Naturelle de France e o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.
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O livro é dividido em três partes: as aves em si, os estúdios de taxidermia - a grosso modo a técnica de preservação onde se enche de palha ou poriuletano (mais atual) - para manter a forma da pele, tamanho e características de cada animal), os dioramas, espécie de representação em escala artística com uma pintura representando o habitat ao fundo, estes com imagens rebaixadas ao mínimo de luz tratadas pelo próprio fotógrafo que contracenam com os pássaros em um fundo negro, delicadamente impressos em papel Garda Kiara italiano da gráfica Ipsis que destaca exemplarmente um certo - e difícil de imprimir- tenebrismo, também chamado para alguns de chiaroscuro.
 Conta Lucas Lenci que  “É como se eles voltassem para a natureza depois de todo o processo”. A atração é justificada pela peculiaridade de se querer "congelar" o tempo, uma das buscas eternas e sem sucesso do meio fotográfico, como pensa  Pierre Lévy, filósofo tunisiano radicado na França. No entanto esta sedução, para além dos séculos passados, instigou Hiroshi Sugimoto que só percebeu a tal "realidade" quando fechou um olho, vendo os dioramas como uma imagem bidimensional.
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Vale lembrar do ensaio com as belas imagens de dioramas do American Museum of Natural History de Nova York  publicado em 2001 na antológica Freeze, publicação editada pelo catalão J.R.Duran que também assina as imagens da famosa Maison Deyrolle, Nature Art e Education, que existe desde 1831 em Paris, publicadas na  mesma revista na edição de março de 2003 e na Rev.Nacional #11, de 2018, segundo ele "o epicentro dos amantes de história natural do mundo."
Um bom exemplo de Still Life é a imagem de várias garças com mar ao fundo que “os colocam de volta à vida real”. A fotografia tem o papel de pôr em dúvida o que é real nestas cenas, entre os animais e o ambiente. "Seria aquilo tudo verdade?" questiona o fotógrafo em meio ao eterno entretenimento criado por um aparato mecânico em contraposição à arte estabelecida pelo menos há 2 mil anos antes de sua invenção.
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Mas, acertam seus editores Chiodetto e Bruno quando dizem que o fotógrafo traz em sua investigação um sistema complexo de relações como principal eixo de sua obra. "Seus projetos visam descortinar o jogo fotográfico revelando um lugar de experimentação para além da aparência ilusória das imagens" como é sugerido em seus livros anteriores. [ leia aqui review sobre seu livro  Desaudio (Editora Madalena, 2013)  https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/116469317861/desaudio-lucas-lenci ]
Na fotografia o contraponto entre o que é real e o que não é  existe para ser uma exteriorização de algo que precisamos perceber, não apenas como uma problematização de alguma coisa que precisamos suplantar, mas sim do que precisamos representar, um lado mais palpável e efêmero do ser humano como decadência e envelhecimento e assim por diante.
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Como ainda descreve Pierre Levy, à medida que nos tornamos mais sofisticados, criamos uma espécie de estrutura social e os enigmas reais começaram a não ficar de fora. Daí nossa atração por estas belas imagens de Lucas Lenci, uma parte essencial de uma fábula que nos diverte ao mesmo tempo que nos instiga à digressão sobre a perenidade das coisas, ou como ele mesmo nos diz: “Não se trata de um livro sobre biologia ou com informações sobre as aves, mas sim um convite a nos fazer pensar em assuntos como o ciclo da vida, o colecionismo e a representação das coisas.”
 Imagens © Lucas Lenci  Texto © Juan Esteves
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bardo-the-bard · 5 years
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Como Herdei Coleções:
Sempre demonstrei interesse por coleções: podiam ser de rochas (na maioria das vezes britas de cores diferentes), dinossauros de plástico, postais, conchas... Enfim, uma infinidade de banalidades que despertavam minha curiosidade e que sua coleção eram incentivadas pelos meus pais e também por um vizinhos meu: um senhor que na época tinha 70 anos, o Elmo.
Meu apartamento foi comprado pela minha família nos anos 50, desde então Elmo é nosso vizinho. Entre suas atividades recorrentes estão: cuidas do jardim que é impecável, lavar o carro uma vez por semana, alimentar os passarinhos que vem a sua janela e manter as mais diversas coleções. Durante toda sua vida ele se dedicou a salvaguarda dos mais diferentes objetos, apesar de nunca ter trabalhado com ou estudado formalmente sua paixão que são as coleções, essas que ganham lugar privilegiado em sua casa, um quarto onde há seu próprio "gabinete de curiosidades".
Elmo sempre gostou muito de mim, ele era um grande amigo do meu avô que não tive a chance de conhecer então representava um elo entre mim e a geração passada da minha família. Ele me incentivava a colecionar e ocasionalmente me dava alguns objetos interessantes e é sobre um desses presentes que possuo um grande carinho: um acervo numismático e de cédulas. A confiança passada para a salvaguarda dessa coleção significa muito para mim.
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(Cédulas estrangeiras e nacionais: cruzados, cruzeiros, cruzeiros novos. Quase todas em condições impecáveis. Ao centro moedas réis que variam de 1927 a 1939. Foto por: Vinícius Bard)
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(Ficha de transporte de Milão datada de 1944 pós queda de Mussolini)
Hoje Elmo tem 80 anos e suas coleções vem diminuindo, através de vendas e por presentes ele vem se desfazendo do seu pequeno gabinete pois não tem herdeiros à quem possa deixar e teme que tudo seja perdido. Suas coleções vão viver na mão de outras pessoas que, assim como eu, foram incumbidas da responsabilidade de guardar e continuar seu acervo.
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(Resto da coleção numismática, em sua maioria moedas nacionais. Catalogadas por décadas por mim durante a infância)
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museo-logie · 2 years
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DO ASILO AO MUSEU: CIÊNCIA E ARTE NAS. COLEÇÕES DA LOUCURA
INTRODUÇÃO
p. 2: Referência para outra leitura, dissertação de mestrado “O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos” (2009)
p. 3: Homogeneidade de procedência  → os objetos musealizados vem do mesmo local de aquisição/produção
“Muitos objetos foram musealizados, valorados por especialistas/colecionadores, sem ter trilhado um percurso ou trajetória no mundo fora do asilo, seja no mercado da arte, na academia, no sistema social.”
“No caso do MII, essas obras/objetos já são musealizados em potência, o próprio sistema produtivo é ele mesmo musealizado.”  ➨ Musealização imediata.
p. 4: A transposição gera problemas museológicos que vão desde a documentação, pesquisa e até mesmo gestão e exibição desses acervos.
p. 5: Hipótese: o museu foi a instituição responsável por uma nova visão da loucura, promovendo mudanças na percepção da sociedade como um todo, a partir da valoração e divulgação das produções realizados por indivíduos portadores de sofrimento psíquico.
p.6: “[...] essas produções plásticas de indivíduos considerado loucos são obras de arte ou documentos?”  → Redefinição, segundo pintor Arnulf Rainer “produção a ser reconhecida como uma cultura autônoma de direito próprio.”
Foucalt delimita a história da loucura no ocidente em três períodos:
1º: Não existia um discurso sobre a loucura, constituindo-se esta no conjunto das insanidades e desvarios apocalípticos  ➨ Renascimento
2º: No século 17 acontece o advento dos hospitais, a loucura passando a fazer parte do conjunto dos desviantes, irregulares, marginais, que a partir de um julgamento moral serão excluídos do tecido social: pervertidos, bruxas, hereges, vagabundos.
3º: Século 19, quando Pinel promove a “libertação dos loucos”, inserindo a loucura no modelo médico, qualificando-a como uma doença, que vai resultar na constituição dos asilos e hospícios existentes até hoje.
Afastamento progressivo do convívio social como um processo político.
p.7: Foi como nos gabinetes de curiosidades - o caráter inusitado, exótico, díspar, encontrado nas produções dos loucos que primeiro chamou a atenção dos médicos. Depois, os artistas buscando encontrar um caráter de autenticidade, originalidade, que esperavam opor contra os acadêmicos que engessavam a prática artística como também os movimentos sociais coletivos.
↳ No final do século 18, as influências do romantismo abriram uma fresta para uma visão mais favorável a loucura: o descobrimento da capacidade criativa.
p. 8: Médicos: utilizar a expressão plástica como fonte ou confirmação de seus diagnósticos. Método de Osório César → mesma linha de Lombroso e Prinzhorn.
Esculturas de Adelina Gomes → similares aos achados arqueológicos da Cultura Tisza (5 mil a.C)  ➨ Arqueologia da Psique
p. 9: Romantismo, desviantes, originalidade, autenticidade, individualidade como verdade, neo-primitivismo, arte degenerada, são alguns conceitos que suscitaram-se.
MII: maior coleção do gênero no mundo. De 350 mil documentos, 128 mil foram tombados.
“Esses processos de criação, originados em função do ambiente e da interação com a natureza do transtorno psíquico e da própria história indivíduo/loucura/sociedade, confirmam sua importância como patrimônio, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana”
p. 11: “Para compreender os processos inerentes à musealização desse patrimônio imagético, recorremos ao conceito de museus fora-das-normas (Jean Trudel) e o conceito de museu interior (Tereza Scheiner)
⇨ Trudel: afirma que os museus ‘fora-das-normas’ apesar de derivarem do mesmo sistema museal que os museus de arte contemporânea, foram constituídos de forma paralela, validando obras executadas por pessoas que não sofrem influência da cultura artística, fora do pertencimento a padrões estilísticos, estéticos ou históricos.
⇨ Scheiner: Nietsche, Freud, Jung tornaram possível a criação dos “museus fora das normas” que enfatizam a representatividade onírica da arte e atuam como instância de legitimação de representações materiais e nãomateriais da sombra, do desvio e da loucura. [...] É nos museus devotados ao inconsciente que se faz presente, com toda a sua força, o fantástico mundo simbólico contido no universo interior dos indivíduos rotulados socialmente como „desviantes‟: o infradotado, o superdotado, o louco, o poeta, o marginal.
p.12:  No campo da Ciência encontramos em Ellenberg o conceito de psiquiatria dinâmica, que nos auxiliou a investigar a contribuição desse campo à discussão sobre as obras produzidas pelos loucos. Esse conceito estabelece uma linhagem evolutiva da psiquiatria, cujas raízes estão nas milenares práticas que buscam uma cura psíquica para as doenças. O xamanismo, o exorcismo, o hipnotismo, a mediunidade e seus derivados fazem parte dessa linha que vem desembocar na descoberta do inconsciente e na psicanálise. Esta estirpe opõe-se à psiquiatria orgânica (não-dinâmica), que Nise da Silveira denomina de “tradicional”.
p. 17:  No apagar das luzes do século 19 o Romantismo vem favorecer a ruptura: a exaltação do individualismo criando tensões e opondo-se aos movimentos de coletivização gerados pela Revolução Industrial e o discurso nacionalista de autoafirmação das repúblicas em ascensão
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lgamota · 3 years
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Discurso de posse de Joaquim Nabuco na fundação da Academia Brasileira de Letras
Antes de mais nada, uma breve explicação sobre quem foi Joaquim Nabuco, um dos principais abolicionistas brasileiros:  
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo foi um jurista, político, historiador, escritor, diplomata e jornalista pernambucano. Teve uma participação de extrema importância no movimento abolicionista brasileiro, que resultou na assinatura da Lei Áurea em 1888.
 ____________________________
Discurso pronunciado na Sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em 20 de julho de 1897, na qualidade de Secretário Geral.
Meus Senhores,
Uma vez que conversávamos sobre os nossos estatutos achei ousado darmos, como tranqüilamente se propunha, o título de perpétuo ao nosso secretário; pensava eu então no constrangimento do nosso colega a quem tocasse lançar aquele soberbo desafio ao nosso temperamento. Não imaginava estar falando em defesa própria. A primeira condição de perpetuidade é a verossimilhança, e o que tentamos hoje é altamente inverossímil. Para realizar o inverossímil o meio heróico é sempre a fé; a homens de letras que se prestam a formar uma Academia, não se pode pedir fé; só se deve esperar deles a boa-fé. A questão é se ela bastará para garantir a estabilidade de uma companhia exposta como esta a tantas causas de desânimo, de dispersão e de indiferentismo. Se a Academia florescer, os críticos deste fim de século terão razão em ver nisso um milagre; terá sido com efeito um extraordinário enxerto, uma verdadeira maravilha de cruzamento literário.
A nossa formação não passará incólume; seremos acusados de nos termos escolhido a nós mesmos, de nos termos feito Imortais e em número de quarenta. Se não tivéssemos quadro fixo, receávamos não ser uma companhia. Tendo-o, se fôssemos menos de quarenta, como não se diria: “A Academia Francesa, que é a Academia Francesa, e se reúne em Paris, donde ninguém quer sair, precisa ter quarenta membros para trabalhar, e entre nós, onde ninguém se reúne, no Rio de Janeiro, donde se vive em Paris, julgamos poder ter só vinte, ou trinta?” Se fôssemos mais, estais ouvindo o tom de desdém: “A França, que é a França, só tem quarenta acadêmicos, e nós, que não temos quase literatura, temos a pretensão de ter cinqüenta.” O número de quarenta era quase forçado, por que não dizê-lo? tinha a medida do prestígio, esse quê simbólico das grandes tradições, o cunho do primi capientis: as proporções justas de qualquer criação humana são sempre as que foram consagradas pelo sucesso. Não tomamos à França todo o sistema decimal? Podíamos bem tomar-lhe o metro acadêmico. Nós somos quarenta, mas não aspiramos a ser os Quarenta.
Quanto à escolha própria, como podia ser evitada? Nenhum de nós lembrou o seu próprio nome; todos fomos chamados e chamamos a quem nos chamou... Houve uma boa razão para nos reunirmos ao convite do Sr. Lúcio de Mendonça; é que, exceto essa, só havia outra forma de apresentação: a oficial. Não seria decerto mais inspirada, e não podia ser tão ampla, a nomeação por decreto, e uma eleição pública havia de ressentir-se da cor local. De qualquer modo que se formasse a série dos primitivos, a origem seria imperfeita; resultariam iguais injustiças. Não temos de que nos afligir: todas as Academias nasceram assim. Que era a Academia Francesa quando a Richelieu ocorreu insuflar-lhe o seu gênio, associá-la à sua missão? Era uma reunião de sete ou oito homens de espírito em Paris. E as Academias, as Arcádias todas do século passador? Qualquer pretexto é bom para nascer... Não se deve inquirir das origens. Quando a vida aparece, é que o inconsciente tomou parte na concepção, e com a vida vem a responsabilidade, que enobrece as origens as mais duvidosas. Quem nos lançará em rosto o nosso nascimento, se fizermos alguma coisa; se justificarmos a nossa existência; criando para nós mesmos uma função necessária e desempenando-a? Acaso tem o ator que provar ao público o seu direito de existir? Não basta a emoção que desprende de si e faz passar por todos nós? E o pintor, o escultor, o poeta? Não basta a obra?
Na formação do primeiro quadro era preciso atender à proporção de ausentes. A Europa exerceu sempre sobre a imaginação dos nossos homens de letras uma atração perigosa. Houve, talvez, tempo em que Magalhães, Gonçalves Dias, Porto-Alegre, Odorico Mendes, João Francisco Lisboa, Sales Torres-Homem, Maciel Monteiro, Gomes de Sousa, Varnhagen, Joaquim Caetano, Pereira da Silva, podiam ter formado uma Academia Brasileira em Paris. Isso vinha de trás, e continua hoje com mais força. Bem poucos dos nossos homens de letras recusariam em qualquer tempo um desterro para longe do país. Há felizmente muito entre nós, quem de coração, de sentimento, pela imaginação, pelo espírito, por todo o prazer de viver, prefira o quadro, o aspecto, a sensação do nosso torrão brasileiro a todos os panoramas d'arte da Europa. Para se ser assim tão sincero, tão definitivamente brasileiro, - em alguns isso vem de uma reação natural contra o egoísmo estético - parece, a julgar pelo nosso confrade, o autor da Retirada da Laguna, que o melhor é ter tido no sangue a inoculação da própria arte européia. Como quer que seja, foi preciso contar com essa migração certa do talento nacional, com esse tributo que ele pagou sempre a Paris.
Havia também que atender à representação igual dos antigos e dos modernos... Uma censura não nos hão de fazer: a de sermos um gabinete de antigualhas. A Academia está dividida ao meio, entre os que vão e os que vêm chegando; os velhos, aliás sem velhice, e os novos; os dois séculos estão bem acentuados, e se algum predomina é o que entra; o século XX tem mais representação entre nós do que o século XIX. Quanto a mim, já tomei o meu partido... Uma vez me pronunciei entre os dois e como o fiz no livro de uma jovem senhora do nosso patriciado, pedir-lhe-ei licença para reproduzir, creio que nos mesmos termos, essa minha última profissão de fé. “Nascido, dizia eu, em uma época de transição, prefiro em tudo, arte, política, religião, ligar-me ao passado que ameaça ruína do que ao futuro que ainda não tem forma.” É apenas, como vedes, uma preferência; resta-me ainda muita simpatia pela quimeras que disputam umas às outras o toque da vida e muita curiosidade pelas invenções e revelações iminentes. Eu não sou o poeta do quadro de Gleyre, vendo a barca das ilusões perdidas, dourada pelo crepúsculo da tarde, e abismado no seu próprio isolamento. o coração, que é a parte fixa de nós mesmos, está em mim voltado para o céu estrelado, para a cúpula de verdades imortais, de princípios divinos, que sucede ao trabalho, aos esforços, às ardentes decepções do dia. Oh!.., meus senhores, é quando a vida para, que se tem a plenitude do viver. Ao contrário de tudo o mais, a vida, falo da vida intelectual, não é o movimento; é a parada do espírito, a absorção, a dilatação infinita do pensamento em um só objeto, em um só gozo, em uma só compreensão. Quieta non movere. Serei talvez um velho imaginário; é o meio de não ser um jovem imaginário. Há na vida uma coisa que não se deve fingir: - é a mocidade.
Devo confessar-vos que assim pensada, com uma ou outra lacuna, das quais algumas se explicam pela recusa dos escolhidos, e com uma exceção apenas, a nossa lista de nomes parece representar o que as nossas letras possuem de mais distinto. Algumas das nossas individualidades mais salientes nos estudos morais e políticos, no jornalismo e na ciência, deixaram de ser lembradas... A literatura quer que as ciências, ainda as mais altas, lhe dêem a parte que lhe pertence em todo o domínio da forma. Outros nomes, estes literários, estão ausentes, alguns, porém, renunciaram às letras. Devo dizer que compreendo a omissão destes: a uma Academia importa mais elevar o culto das letras, o valor do esforço, do que realçar o talento e a obra do escritor. Decerto, deixamos ao talento a liberdade de se apagar. Alguém fez uma bela obra? Admiremos a obra e deixemos o autor viver como toda gente; não o forcemos, querendo que se exceda a si mesmo, a refazer-se, uma e mais vezes, a viver da sua reputação, diminuindo-a sempre. Não o condenemos a sério, deixemo-lo desaparecer na fileira, depois de ter feito uma brilhante ação como soldado. A altivez do talento pode consistir nisso mesmo, em não diminuir. É a primeira liberdade do artista, deixar de produzir; não, porém, renunciar a produzir; repelir a inspiração, abdicar o talento, deixar a imaginação atrofiar-se. Isso é desinteressar-se das suas próprias criações anteriores, as quais só podem viver por essa cultura literária, que perdeu para ele toda a primazia.
Não há em nosso grêmio omissão irreparável; a morte encarrega-se de abrir nossa porta com intervalos mais curtos do que o gênio ou o talento toma para produzir qualquer obra de valor. Nós, os primeiros, seremos os únicos acadêmicos que não tiveram mérito em sê-lo, quase todos entramos por indicação singular, poucos foram eleitos pela Academia ainda incompleta, e nessas escolhas cada um de nós como que teve em vista corrigir a sua elevação isolada, completar a distinção que recebera; só dora em diante, depois que a Academia existir, depois de termos uma regra, tradições, emulação, e em torno de nós o interesse, a fiscalização da opinião, a consagração do sucesso, é que a escolha poderá parecer um plebiscito literário. Nós de fato constituímos apenas um primeiro eleitorado.
As Academias, como tantas outras coisas, precisam de antiguidade. Uma Academia nova é como uma religião sem mistérios: falta-lhe solenidade. A nossa principal função não poderá ser preenchida senão muito tempo depois de nós, na terceira ou quarta dinastia dos nossos sucessores. Não tendo antiguidade, tivemos que imitá-la, e escolhemos os nossos antepassados. Escolhemo-los por motivo, cada um de nós, pessoal, sem querermos, eu acredito, significar que o patrono da sua Cadeira fosse o maior vulto das nossas letras. Foi assim, pelo menos, que eu escolhi a Maciel Monteiro. Nesse misto de médico poeta, de orador diplomata, de dandy que vem a morrer de amor, elegi o pernambucano. A lista das nossas escolhas há de ser analisada como um curioso documento autobiográfico; está aí o sentido da minha. Entretanto, como nenhum de nós preocupou-se de escolher a maior figura de nossas letras, pode ser que algumas delas não figurem nesse quadro. Teremos meio de reparar essa falta com homenagens especiais. Restam apenas cinco cadeiras: já não há lugar para entrarem juntos Alexandre de Gusmão, Antônio José, Santa Rita Durão, São Carlos, Mont'Alverne, José da Silva Lisboa, Porto-Alegre, Sales Torres-Homem, José Bonifácio, o avô e o neto, Antônio Carlos, J. J. da Rocha, Odorico Mendes, Ferreira de Meneses.
Basta essa curta história de nossa formação para se ver que não podemos fazer o mal atribuído às Academias pelos que não querem na literatura sombra da mais leve tutela, do mais frouxo vínculo, do mais insignificante compromisso. É um anacronismo recear hoje para as Academias o papel que elas tiveram em outros tempos, mas se aquele papel fosse ainda possível, nós teríamos sido organizados para não o podermos exercer. Se percorrerdes a nossa lista, vereis nela a reunião de todos os temperamentos literários conhecidos. Em qualquer gênero de cultura somos um México intelectual; temos a tierra caliente, a tierra templada e a tierra fría... Já tivemos a Academia dos Felizes; não seremos a dos Incompatíveis, mas na maior parte das coisas não nos entendemos. Eu confio que sentiremos todo o prazer de concordarmos em discordar; essa desinteligência essencial é a condição da nossa utilidade, o que nos preservará da “uniformidade acadêmica”. Mas o desacordo tem também o seu limite, sem o que começaríamos logo por uma dissidência. A melhor garantia da liberdade e independência intelectual é estarem unidos no mesmo espírito de tolerância os que vêem as coisas d'arte e poesia de pontos de vista opostos. Para não podermos fazer nenhum mal basta isso; para fazermos algum bem é preciso que tenhamos algum objetivo comum. Não haverá nada comum entre nós? Há uma coisa: é a nossa própria evolução; partimos de pontos opostos para pontos opostos, mas, como astros que nascessem uns a leste e outros a oeste, temos que percorrer o mesmo círculo, somente em sentido inverso. Há assim de comum para nós o ciclo, o meio social que curva os mais rebeldes e funde os mais refratários; há os interstícios do papel, da característica, do grupo e filiação literária, de cada um; há a boa-fé invencível do verdadeiro talento. A utilidade desta companhia será, a meu ver, tanto maior quanto for um resultado da aproximação, ou melhor, do encontro em direção oposta, desses ideais contrários, a trégua de prevenções recíprocas em nome de uma admiração comum, e até, é preciso esperá-lo, de um apreço mútuo.
Porque, senhores, qual é o princípio vital literário que precisamos criar por meio desta Academia, como se compõe a matéria orgânica em laboratórios de química? É a responsabilidade do escritor, a consciência dos seus deveres para com sua inteligência, o dever superior da perfeição, o desprezo da reputação pela obra. Acreditais que um tal princípio limite em nada a espontaneidade do gênio? Não, o que faz é somente impor maiores obrigações ao talento. A responsabilidade não pode ameaçar nenhuma independência, coartar nenhuma ousadia; é dela, pelo contrário, que saem todas as nobres audácias, todas as grandes rebeldias. Em França, a Academia reina pelo prestígio de sua tradição; exerce sua influência pela escolha, pela convivência e pelo tom; mantém um estilo acadêmico, como toda a arte francesa, convencional, acabado, perfeito, e que só poderia parecer estreito a um gênio do Norte, como Shakespeare. Mas não é do destino da França produzir Shakespeare... Nós não temos por missão produzir esse estilo, o qual, como toda concepção intelectual, escapa à vontade e ao propósito, pode ser guardado e cultivado, mas não pode ser criado, obedece a leis de cristalização de cada idioma, à simetria de cada gênio nacional. Nós pretendemos somente defender as fontes do gênio, da poesia e da arte, que estão quase todas no prestígio, ou antes na dignidade da profissão literária... Não tenhamos tanto ciúme do gênio, o gênio há de revelar-se de qualquer modo; ele faz a sua própria lei, cria o seu próprio berço, esconde o seu nascimento, como Júpiter infante, no meio dos seus coribantes.
Além da deferência devida à companhia a que me faziam pertencer, confesso-vos que aceitei a honra que me foi feita, atraído pelo prazer de me sentir ao lado da nova geração. Cedi também, devo dizer-vos, à necessidade que sente de atividade, de renovação um espírito muito tempo ocupado na política e que de boa-fé acredita ter voltado às letras. Na Academia estamos certos de não encontrar a política. Eu sei bem que a política, ou, tomando-a em sua forma a mais pura, o espírito público, é inseparável de todas as grandes obras: a política dos Faraós reflete-se nas pirâmides tanto quanto a política ateniense no Partenon; o gênio católico da Idade Média está na Divina Comédia, como o gênio da protestante do Protetorado está no Paraíso Perdido, como o gênio da França monárquica está na literatura e no estilo dos séculos XVII e XVIII...
Nós não pretendemos matar o literato, no artista, o patriota, porque sem a pátria, sem a nação, não há escritor, e com ela há forçosamente o político. Até hoje, apesar do cristianismo, que trouxe o sentimento de uma comunhão mais vasta, o gênio nada fez fora da pátria ou, pelo menos, contra a pátria. A pátria e a religião são em certo sentido cativeiros irresgatáveis para a imaginação, condições do fiat intelectual. Compreendeis o artista grego que em réplica a Ésquilo esculpisse o Persa? Ou o poeta francês que depois de Sedan cantasse o Alemão? A política, isto é, o sentimento do perigo e da glória, da grandeza ou da queda do país, é uma fonte de inspiração de que se ressente em cada povo a literatura toda de uma época, mas para a política pertencer à literatura e entrar na Academia é preciso que ela não seja o seu próprio objeto; que desapareça na criação que produziu, como o mercúrio nos amálgamas de ouro e prata. Só assim não seríamos um parlamento.
Disse-vos, porém, que vim seduzido pelo contato, eu quisera que se pudesse dizer o contágio, dos moços. Como as diferentes idades da vida se compreendem mal uma a outra! - é a observação que vou fazendo à medida que caminho. Asseguro-vos que não suspeitava do que é a vista da mocidade tomada da outra margem da vida... Os que envelhecem não compreendem mais o valor das ilusões que perderam; os jovens não dão valor à experiência que ainda não têm. Há dois climas na vida, o passado e o futuro. A Academia, como o nobre romano, tem a sua villa dividida em casa de verão e em casa de inverno. Podeis habitar uma ou outra, conforme o vento soprar. Eu direi somente a todos os novos espíritos ambiciosos de abrir caminho para a glória: não receiem a concorrência dos mais velhos; sejam jovens e hão de romper tão naturalmente, como os rebentos da primavera rompem a casca da árvore rugosa. Basta a mocidade, se for verdadeiramente a vossa própria mocidade que expressardes, para vos dar o nome.
O escritor que chegou à madureza é, só por isso, o representante de um estado do espírito que preencheu o seu fim. Não há mocidade perpétua, o vosso privilégio está garantido... Quando se fala da mocidade perpétua de um escritor, como Molière, por exemplo, não se quer dizer que não envelheceu, mas que o fundo de verdade humana que ele recolheu e exprimiu continua a ser sempre verdadeiro. Não é que o escritor ou a obra guardasse a sua deliciosa frescura; é que a humanidade, sempre jovem, se reconheceu a si mesma sob os traços de outra época e acha em vê-los o mesmo prazer, se não maior! - do que em sua imagem atual. Eu leio em Elisée Reclus: “Acima da sua grande queda o São Francisco possui formas particulares de peixes inteiramente diversas das que vivem abaixo; o invencível precipício separou as duas faunas.” Não tenhais medo da concorrência... estais acima da grande queda. Uma advertência, porém. Às vezes não são as gerações somente que envelhecem uma após outra; sente-se também envelhecer a raça. A manhã torna-se então incrivelmente curta, como nos trópicos, e o perfume da mocidade cada vez mais inapreensível ao calor do sol que se levanta. “Não há que se apressar nas coisas eternas”, é uma dessas admiráveis frases do grande místico inglês. Não vos apresseis em compor a obra que há de conservar para vós mesmos a essência de vossa mocidade.
Eu li há pouco umas páginas, na Biblioteca de Buenos Aires, assinadas pelo General Mitre, a quem sinceramente admiro; a idéia é que a literatura hispano-americana não produziu ainda um livro. Que livro, diz ele, se tomaria para uma viagem, - eu acrescentarei, para o exílio? Senhores, hoje nenhum de nós se contentaria com um livro; um livro em poucos dias está lido e não gostamos de reler -; para uma viagem de dias precisamos levar uma biblioteca... Numa página sedutora, Emile Gebhart pintava ultimamente Cícero, condenado à morte, fazendo esperar a liteira em que se podia salvar, por não saber que livro levasse consigo para os longos instantes da proscrição... Nós podemos compreender-nos na sentença de Mitre: não tivemos ainda o nosso livro nacional, ainda que eu pense que a alma brasileira está definida, limitada e expressa nas obras de seus escritores; somente não está toda em um livro. Esse livro, um extrator hábil podia, porém, tirá-lo de nossa literatura... O que é essencial está na nossa poesia e no nosso romance. O livro é uma vida; em um livro deve estar o homem todo, e nós não sabemos mais fundir o caráter na obra, sem o que não pode haver criação. Em um certo sentido toda criação é, se não um suicídio, uma larga e generosa transfusão do próprio sangue em outras veias. Temos pressa de acabar. Estamos todos eletrizados; não passamos de condutores elétricos, e o jornalismo é a bateria que faz passar pelos nossos corações essa corrente contínua... Se fôssemos somente condutores, não haveria mal nisso; que sofrem os cabos submarinos? Nós, porém, somos fios dotados de uma consciência que não deixa a corrente passar despercebida de ponta a ponta, e nos faz receber em toda a extensão da linha o choque constante dessas transmiss��es universais...
Esperemos que a Academia seja um isolador, e que do seu repouso, da sua calma, venha a sair o livro em que o General Mitre vê o sinal da força, da musculatura literária... Eu pela minha parte não sei que ópera não daria por uma só frase de Mozart ou de Schumann; trocaria qualquer livro por uma dessas palavras luminosas que brilham eternamente no espírito como estrelas de primeira grandeza... A obra de quase todos os grandes escritores resume-se em algumas páginas; ser um grande escritor é ter uma nota sua distinta, e uma nota ouve-se logo; de fato, ele não pode senão repeti-la.
A principal questão ao fundar-se uma Academia de Letras brasileira é se vamos tender à unidade literária com Portugal. Julguei sempre estéril a tentativa de criarmos uma literatura sobre as tradições de raças que não tiveram nenhuma; sempre pensei que a literatura brasileira tinha que sair principalmente do nosso fundo europeu. Julgo outra utopia pensarmos em que nos havemos de desenvolver literariamente no mesmo sentido que Portugal ou conjuntamente com ele em tudo que não depende do gênio da língua. O fato é que, falando a mesma língua, Portugal e Brasil têm de futuro destinos literários tão profundamente divididos como são os seus destinos nacionais. Querer a unidade em tais condições seria um esforço perdido. Portugal, decerto, nunca tomaria nada essencial ao Brasil, e a verdade é que ele tem muito pouco, de primeira mão, que lhe queiramos tomar. Uns e outros nos fornecemos de idéias, de estilo, de erudição e pontos de vista, nos fabricantes de Paris, Londres ou Berlim... A raça portuguesa, entretanto, como raça pura, tem maior resistência e guarda assim melhor o seu idioma; para essa uniformidade de língua escrita devemos tender. Devemos opor um embaraço à deformação que é mais rápida entre nós; devemos reconhecer que eles são os donos das fontes, que as nossas empobrecem mais depressa e que é preciso renová-las indo a eles. A língua é um instrumento de idéias que pode e deve ter uma fixidez relativa; nesse ponto tudo precisamos empenhar para secundar o esforço e acompanhar os trabalhos dos que se consagrarem em Portugal à pureza do nosso idioma, a conservar as formas genuínas, características, lapidárias, da sua grande época... Nesse sentido nunca virá o dia em que Herculano, Garrett e os seus sucessores deixem de ter toda a vassalagem brasileira. A língua há de ficar perpetuamente pro indiviso entre nós; a literatura, essa, tem que seguir lentamente a evolução diversa dos dois países, dos dois hemisférios. A formação da Academia de Letras é a afirmação de que literária, como politicamente, somos uma nação que tem o seu destino, seu caráter distinto, e só podes ser dirigida por si mesma, desenvolvendo sua originalidade com os seus recursos próprios, só querendo, só aspirando a glória que possa vir de seu gênio.
Fontes: 
https://www.academia.org.br/academicos/joaquim-nabuco/discurso-de-posse
https://www.suapesquisa.com/quemfoi/joaquim_nabuco.htm
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alternativaportugal · 3 years
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Espanha: 40º Aniversário do “23-F”
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Espanha: 40º Aniversário do “23-F”
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No passado dia 23 de Fevereiro completaram-se 40 anos sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrido na mesma data em 1981, em Espanha, a qual ficou conhecida por “23-F”. Com o falecimento do Caudillo e Generalíssimo Francisco Franco em 20 de Novembro de 1975 e a proclamação de Don Juan Carlos de Borbón como Rei de Espanha pelas Cortes em 22 do mesmo mês e ano, tudo em conformidade com a Lei da Sucessão franquista de 1947 e sua indigitação formal em 1969 pelo Chefe de Estado como seu sucessor e Rei, iniciou-se a denominada transição do regime e sistema autocrático franquista, aliás já uma Monarquia sem Rei, para o regime monárquico constitucional e sistema democrático pluralista, o qual, em termos formais, culminou com a aprovação por referendo popular, universal e livre da Constituição espanhola de 1978 vigente; esta aprovação contou com o voto favorável de 15.706.087 votantes num universo de 17.873.301, correspondendo assim a 88,54% dos votos expressos.
Convém notar que esta foi a única consulta popular em que o Rei Don Juan Carlos I e a Rainha Doña Sofia exerceram o seu direito de voto, o que fizeram com vista a darem o exemplo e a incentivarem os espanhóis a pronunciarem-se sobre o projecto de Lei Fundamental que lhes era proposto pelas Cortes para ratificação; desde então os reis de Espanha nunca mais exerceram tal direito por serem símbolo da unidade de Espanha e dos espanhóis, e assim se afirmarem como estando acima de qualquer disputa político-partidária.
Portanto, de forma claríssima, a maioria dos espanhóis, mesmo contando com o número total de 26.632.180 recenseados, ratificou o regime monárquico constitucional e o sistema democrático pluralista de carácter parlamentar, em que o Rei deixava de ter quase todos os poderes legislativos e a totalidade dos executivos “herdados” de Franco, passando a ter funções eminentemente protocolares, e o poder legislativo e executivo ficava nas, e emanava das, Cortes Gerais (Câmara dos Deputados e Senado) eleitas por sufrágio universal, directo e proporcional: Espanha viu assim legitimadas pelo voto popular e livre as suas instituições do poder político. Ou seja, os espanhóis votaram favoravelmente o regime monárquico constitucional, consequentemente confirmaram como seu Rei Don Juan Carlos I e o sistema democrático pluralista parlamentar.
Porém, a direita radical franquista, aliás com expressão significativa, que não necessariamente maioritária, nas hierarquias das Forças Armadas e da Guardia Civil (força de segurança militar correspondente à Guarda Nacional Republicana portuguesa), não se “acomodou”. E para tal contribuiu em muito o recrudescimento das acções armadas, ou seja, terroristas, da esquerda extremista independentista basca marxista-leninista, protagonizadas pela ETA militar (Euskadi Ta Askatasuna — Pátria Basca Livre ou Pátria Basca e Liberdade) fundada em 1959 e apoiada politicamente pelo seu “braço civil” o partido político Herri Batasuna (Unidade Popular), fundado em 1978 como coligação de todas as organizações da dita esquerda basca, o qual veio a ser ilegalizado pelo Tribunal Supremo de Espanha em 2003 por ligação à organização terrorista.
Tais acções traduziram-se na multiplicação de atentados bombistas contra pessoas e bens, de assassinatos de membros da Policía Nacional e, sobretudo, militares da Guardia Civil e das Forças Armadas de várias patentes, com especial relevo para o Exército, magistrados, civis e políticos representantes ou tidos por coniventes com o poder político central de Madrid e de empresários bascos que se recusavam a pagar o “imposto revolucionário” extorquido pela ETA com vista ao seu financiamento. Contudo, não obstante estas acções serem predominantemente praticadas em território do País Basco espanhol, composto pelas províncias de Álava, Biscaia e Guipúscoa, situadas no nordeste de Espanha, as mesmas eram igualmente levadas a cabo noutras regiões, com especial incidência em Madrid, mas também no País Basco francês, correspondente às circunscrições ou províncias de Lapurdi, Nafarroa Beherea e Zuberroa nos Pirenéus e sudoeste de França.
Assim, esta onda de violência terrorista separatista não só criou um sentimento generalizado de insegurança e repúdio entre os espanhóis pelas acções etarras, como levou a uma “revolta surda” no seio das Forças Armadas e Guardia Civil, e propiciou um clima conspirativo entre as hostes franquistas contra o recém nascido regime monárquico constitucional e sistema democrático parlamentar instituídos pela Constituição de 1978.
O resultado foi a convergência de várias conspirações civis e militares na tentativa de golpe de Estado, ocorrida em Madrid a 23 de Fevereiro de 1981.
Às 18h20 horas desse dia, uma força de mais de 200 militares da Guardia Civil, comandada pelo seu Tenente-Coronel António Tejero Molina, ocupou o Palácio das Cortes e sequestrou no seu interior quase todo o Governo e parlamentares da Câmara dos Deputados. Pouco depois, em Valência, o prestigiado Capitão-General Jaime Milans del Boch, comandante da III Região Militar aí sedeada, sublevou-se e colocou nas ruas da cidade carros de combate (tanques) e declarou o “estado de excepção”, assumindo na mesma o poder civil. Por outro lado, nos bastidores, o General de Divisão Luís Torres Rojas, à data governador militar da Corunha e ex-comandante da poderosa Divisão Blindada Brunete do Exército, concentrada em várias unidades nos arredores de Madrid e comandada pelo General de Divisão Just, tentou reassumir, sem êxito, o comando da mesma com vista à ocupação militar da capital espanhola, o que, a ter acontecido, teria ditado a quase certa vitória dos golpistas. Mas também o General de Divisão Alfonso Armada, à data 2º chefe do Estado-Maior do Exército, amigo íntimo do Rei e seu ex-colaborador na Casa Real, manobrou junto de outras altas patentes militares tentando convencê-las de que o golpe era do conhecimento de Don Juan Carlos I e, de alguma forma, caucionado por ele, o que não era verdade nem logrou conseguir — Armada chegou a ir ao Palácio das Cortes para negociar com Tejero a desocupação e ser ele o próximo Presidente do Governo (primeiro-ministro), o que foi recusado pelo Tenente-Coronel.
Face ao “vazio político” criado pelo sequestro do Governo e dos deputados, o Rei, ainda que à margem da Constituição, reassumiu de imediato os plenos poderes “herdados” de Franco, constituiu um governo de emergência integrado por secretários e subsecretários de Estado daquele e chefiado por Francisco Laína, director da Segurança de Estado (serviços secretos civis), homem da confiança do monarca, assumindo este a absoluta chefia do Estado e o comando em chefe das Forças Armadas.
Às 21h00 horas locais foi divulgado pelo Ministério do Interior um comunicado que informava sobre a constituição do referido governo provisório chefiado por Laína e que o mesmo estava em estreito contacto com a Junta de Chefes de Estado-Maior dos 3 ramos das Forças Armadas. De igual modo, o carismático Presidente da Generalitat (governo autonómico) da Catalunha, Jordi Pujol, cerca das 22h00 horas, fez uma alocução ao país via Rádio Nacional e Rádio Exterior apelando à tranquilidade face à situação vivida em Madrid e Valência, colocando-se ao lado do Rei. Esta comunicação terá sido mais dirigida, ainda que subliminarmente, às várias chefias das Regiões Militares de Espanha. E isto porque as mesmas estavam expectantes face ao desenrolar dos acontecimentos e, na sua maioria, aguardando a sublevação da já citada Divisão Brunet e da Região Militar sedeada em Barcelona para, qual “efeito dominó” invertido, também se sublevarem e aderirem ao golpe, como foi o caso, por exemplo, da Região Militar sedeada em Saragoça, Aragão, que aguardava o levantamento da de Barcelona para a seguir, o que não sucedeu em nenhum dos casos.
Entretanto, a partir do Palácio da Zarzuela, o Rei desdobrou-se em contactos telefónicos com múltiplas chefias militares visando assegurar-se da sua lealdade à Coroa, isto é, a si próprio, e em defesa da legalidade constitucional, o que terá conseguido na sua totalidade cerca da 01h00 hora do dia 24 de Fevereiro, quando, envergando o uniforme de Capitão-General do Exército, dirigiu aos Espanhóis, via TVE em directo, uma breve alocução a partir da sua residência oficial, informando que tinha ordenado às chefias militares para obedecerem às ordens da Junta de Chefes de Estado-Maior e às demais autoridades civis, sendo que desde o início Don Juan Carlos tinha contado com a lealdade das chefias nacionais da Guardia Civil e da Policía Nacional.
O golpe tinha fracassado!
Seguiu-se a rendição e detenção de Milans del Boche em Valência por ordem do próprio Rei, cerca das 05h00 horas, e a de Tejero Molina em Madrid por volta das 12h00 horas.
À laia de curiosidade, o hoje Rei Don Felipe VI, à data com 13 anos de idade, acompanhou o pai no seu gabinete de trabalho durante a maior parte do tempo até ter adormecido num sofá do mesmo. Esta revelação foi efectuada por sua mãe, a Rainha Sofia, numa autobiografia mediante entrevistas concedidas a uma reputada biógrafa, tendo justificado a presença do adolescente Príncipe das Astúrias no gabinete de seu pai por este pretender que o filho começasse a aprender como se lidava com dificuldades extremas. Parece que neste e outros aspectos Juan Caros I teve êxito quanto à educação e formação do seu filho, o que tem sido demonstrado pelo comportamento exemplar de Don Felipe VI, quer em termos pessoais como enquanto Rei de Espanha.
Nos dias que se seguiram ao “23-F” milhões de espanhóis manifestaram-se nas ruas de Madrid e de outras cidades espanholas em apoio a Don Juan Carlos I e em preito de homenagem ao mesmo por ter assegurado a continuidade do sistema democrático parlamentar. E um dos testemunhos mais significativos desse reconhecimento foi o discurso do já mítico secretário-geral do PCE Santiago Carrillo efectuado na tribuna da Câmara dos Deputados na primeira sessão plenária realizada após o frustrado golpe. Aliás, o líder comunista, ao longo da sua vida demonstrou sempre grande apreço e consideração por Don Juan Carlos I, chegando a afirmar numa das suas últimas entrevistas televisivas que, sendo comunista era republicano mas, como homem e espanhol, era “juancarlista”.
Ironicamente, quando Espanha comemora os 40 anos sobre o “23-F” e a consolidação da Monarquia constitucional democrática, pluralista e parlamentar, turbas de desordeiros, saqueadores de lojas de marcas de luxo e vândalos de património público assim agem em defesa de um “rapper” condenado três vezes pelos tribunais espanhóis: a última a prisão efectiva de 9 meses, por reiterada reincidência na prática de crimes de injúrias contra a Coroa e toda a Família Real, desde o Rei Emérito Don Juan Carlos I a seu Filho e Rei Don Felipe VI, ignorando que se hoje se podem criticar livremente as instituições políticas espanholas e seus titulares, o devem ao Rei que ora é insultado.
A título de epílogo, refira-se não se poder estranhar que injúrias proferidas contra o Rei em Espanha sejam consideradas crime, como o é qualquer injúria dirigida a um espanhol comum; e em Portugal também a injúria é crime previsto e punido pelo artigo 181º do Código Penal com pena de prisão até 3 meses ou multa até 120 dias, sendo a pena agravada ou elevada em metade nos seus limites mínimo e máximo, isto é, até 4 meses e 15 dias de prisão ou multa até 180 dias se a pessoa injuriada for, entre outros, o Presidente da República, tudo nos termos do artigo 184º e alínea l) do nº 2 do artigo 132º do mesmo Código.
Portanto, é tão aceitável, compreensível e justificável ser criminalizada e punida a injúria dirigida ao Rei em Espanha, como o é em Portugal quando dirigida ao Presidente da República Portuguesa, pois ambos são chefes de Estado.
Face à notícia de que em Portugal houve umas quantas pessoas a assinar um documento de indignação e solidariedade para com o rapper espanhol por ter sido vítima de um “atentado” à liberdade de expressão, tal só pode ter mesmo saído de “cabeças iluminadas” dos “costumeiros pseudo-intelectualoides” cá do burgo, sempre lestos, em Terras Lusas, ou a partir delas, a acusar de delito de opinião, até perante a Justiça, quem expressa ideias diferentes das suas.
Francisco Garcia dos Santos In O Notícias de Almeirim
Bibliografia: Juan Carlos Biografia, de Paul Preston, Quetzal Editores; Anatomia de um Instante, de Javier Cercas, D. Quixote (investigação exaustiva e considerada a melhor obra sobre o “23-F”), entre outros.
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musealizando · 4 years
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Hoje falaremos sobre Deyrolle, uma importante instituição parisiense, concebida pela família Deyrolle, que durante o século XX desenvolveu, produziu e comercializou um sistema de ensino que aborda as ciências naturais de forma pedagógica. 
Jean-Baptiste Deyrolle teve seu início profissional marcado pelo desenvolvimento do seu interesse em taxidermia. Em 1831 fundou a Deyrolle, loja baseada inicialmente na venda de insetos e equipamentos de caça para as coleções de História Natural da França. Logo após o estabelecimento da empresa, seu filho, Achille assumiu a direção, e posteriormente, em 1866, Émile Deyrolle, neto de Jean-Baptiste, tornou-se responsável pela casa. 
Émile, assim como seu pai e seu avô, trabalhou como taxidermista e desenvolveu a venda de equipamentos de caça e coleções de insetos. Em 1871 deu um impulso muito importante à empresa ao desenvolver tudo o que se refere a equipamentos didáticos. Ele dedicou grande parte da sua atividade à publicação e comercialização de obras especializadas em fauna e flora com intuito pedagógico. Além de equipamento científico, peças de taxidermia e osteologia, mobiliário escolar e painéis de parede fornecidos a todas as escolas e universidades na França, muitos livros especializados são publicados pela Deyrolle. Estas publicações contribuíram imensamente no desenvolvimento educacional mundial. A Deyrolle se torna uma instituição reconhecida mundialmente como referência de produção de instrumentos pedagógicos e tem seu material traduzido para diversas línguas e seu conteúdo divulgado amplamente. Cerca de 120 países foram alcançados pela distribuição de material educacional para escolas, faculdades, centros técnicos e científicos. Além disso,  a loja também fabricava todo tipo de material didático para as aulas, desde placas de vidro fotográfico até móveis escolares e instrumentos de física.
O atual responsável por Deyrolle é Louis Albert de Broglie, que mostra seu desejo de perpetuar o espírito deste lugar através do reforço da abordagem educativa.  Broglie promoveu a reedição e comercialização das placas antigas de autoria de Émile e reconstituiu as coleções da butique. Atualmente a Deyrolle é uma loja e um gabinete de curiosidades aberto ao público, uma referência na área da taxidermia, entomologia e ciências naturais.
É importante salientar que em Deyrolle nenhum animal foi morto para ser naturalizado: animais de espécies não domésticas vêm de zoológicos, circos ou fazendas onde morreram de velhice ou doença. Eles são rastreáveis ​​e as espécies protegidas são mantidas e entregues de acordo com a Convenção de Washington.
Dica: O site é lindo e possui uma página para compras que é muito interessante. Lá há todo tipo de peça da loja a venda. Estão a venda quadros, placas, livros, fotografias, broches, jogos, minerais e até animais taxidermizados, uma mistura só!! Vale a pena dar uma olhada…  Pode clicar aqui para ir direto pra lá.
Para ilustrar o post anexei três imagens de placas lindíssimas desenvolvidas por Émile. 
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77rodrigogarcia · 4 years
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・・・ #GabrielNaudé foi um pensador e #bibliotecário francês, influenciado pelos ideais do #Iluminismo. Ele foi bibliotecário do cardeal Mazzarini na corte francesa de Luís XIII e Luís XIV, entre 1642 e 1653. Naquele tempo, se tornou cada vez mais comum colecionar livros, o que impulsionou o surgimento de bibliotecas particulares nas elites. A biblioteca era considerada um espaço de retiro, uma espécie de gabinete de curiosidades. Naudé foi o precursor da formação e desenvolvimento de coleções, a partir da publicação do seu livro Advis pour dresser une bibliotheque, que molda os princípios da biblioteca moderna. Conhecido como o primeiro manual relativo à área de #biblioteconomia, o livro ganhou relevância em toda a Europa, com edições em diferentes países. Na obra, ensina como montar uma #biblioteca, dedicando uma especial atenção para formação de acervos, com a lista de livros de que estariam em uma biblioteca ideal. O acervo descrito deveria ser formado por livros, mas também por documentos, instrumentos matemáticos, globos e mapas, assim como animais, pinturas, pedras e enciclopédias. A palavra biblioteconomia foi usada pela primeira vez por #GabrielNaude, em 1633, em sua Bibliografia Política. Em 1643, Gabriel Naudé reconheceu a importância de encontrar os assuntos desejados identificando-os #bibliograficamente. Ele estabeleceu em sua obra Bibliotheca Cordesianae Catalogus um esquema de classificação com a seguinte divisão: teologia, medicina, bibliografia, cronologia, geografia, história, arte militar, jurisprudência, direito canônico, filosofia, política e literatura. Naudé foi o bibliotecário da primeira biblioteca pública da França. Ele também inovou ao trazer um ideal humanista. Para ele, a biblioteca é uma instituição pública, ou seja, aberta a todos. É o início da ideia de biblioteca como espaço de difusão de conhecimentos. Esses conceitos podem ser considerados as primeiras ideias do que hoje discutimos como #acessoaberto à informação. #ibict #series #pioneirosdainformacao #gabrielnaude https://www.instagram.com/p/CEwmHrBgwwm/?igshid=yq6ap5b5h2ye
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