Tumgik
#fragmentos: meu caos diário
aguardenalinha · 18 days
Text
Querido Diário.
Apesar de não postar com frequência aqui desde meados do ano passado venho mantendo um ''diário'' com certa regularidade. Escrever nessa caderneta inicialmente tinha como motivo colocar para fora certos sentimentos que eu não conseguia externalizar de outro meio e pela escrita tornou uma forma de materializar isso de alguma forma.
O papel e a caneta se tornaram uma forma de trazer isso a vida, para o mundo real, mesmo que para um único espectador.
Escrever, reler isso depois de um certo tempo virou uma forma de assimilar um problema e também me enxergar em uma perspectiva em que o tempo consegue clarificar e colocar sentido nas coisas.
O caderno virou um espelho escrito da alma. Dia após dia ele passou a ser um retrato materializado da minha personalidade. Tornou-se uma forma de autoconhecimento, um registro de pequenos momentos que por puro egoísmo não quero compartilhar com o mundo. Com pequenos fragmentos do caos da vida cotidiana que que vão desde textos de comédia sobre a fila do açougue até resenhas sobre filmes e artistas que o senso comum ama e eu odeio (São vários).
Num mundo que você é cancelado por não gostar de pistache, algumas opiniões precisam ficar restritas a um público confiável. Talvez esse publico em certas ocasiões seja apenas eu mesmo.
PS: Vou trocar o tumblr por outra plataforma. Vi que essa rede está propagando algumas sugestões de conteúdo que para alguns públicos pode ser contra a moral e os bons costumes nos meus textos. Meu pequeno blog não precisa ser mais marginalizado do que já é.
0 notes
Text
Tumblr media
Só sigo...
30 notes · View notes
trindraquel · 5 years
Text
Sigo exausta e correndo.
16 notes · View notes
olhos-de-coruja · 4 years
Text
Diário de Bordo
Eu não sou difícil de bater papo, a questão é que geralmente não se interessam pelo que eu tenho pra dizer. Ou perdem o interesse antes do final da história. É que você sabe, eu tenho muitas. E além de ter muitas, me enrolo na hora de falar. E além de me enrolar, acabo enjoando do som da minha própria voz, então desanimo. Mas eu sou fácil quando sinto que me ouvem porque querem me ouvir. Quando o papo tá bom e não parece existir aquela tensão de “preciso acabar logo”. Ontem fui na terapeuta e falei como se não houvesse amanhã. Como se eu precisasse colocar todos os meus problemas pra fora antes que a entrevista terminasse [mas confesso que não gostei muito dos olhos dela, tinham uma expressão forçada de quem tá ouvindo porque não tem outra opção]. De qualquer modo, falei. E falar foi bom. Como quando a gente pressiona um ponto do corpo e descobre que tá dolorido e a gente nem sabia. Uma vez me disseram que os sintomas são importantes, pois eles nos mostram que algo não está certo. Então falei, na esperança que dentre esse punhado de palavras eu encontrasse algum tipo de solução ou a origem desse caos todo. Ou que pelo menos conseguisse pontuar esse mar de sintomas. Falei como quem joga todas as peças de um quebra-cabeça na mesa e quase implora por ajuda pra montá-lo. Coloquei o dedo em diversas feridas e me defrontei com alguns dos meus demônios. No final, saí mais mal do que bem.
Mas era só uma entrevista. Você sabe, né? A vida não é simples, nem fácil e ajuda nunca foi somente sobre querer. Às vezes a gente quer, é tudo o que queremos, mas ela parece fugir. Como se a porta do paraíso não fosse pra todos. Como se nem todo mundo merecesse desembolar esse monte de curvas e nós na cabeça. Ela terminou a sessão dizendo que levaria o meu caso pra uma reunião e que eu teria que esperar quase um mês pra uma resposta. Isso se alguém se interessar em me atender. E então me vi só. No Titanic. Com todas as minhas feridas expostas e afundando. Nesse momento, me vi afogando. Com o braço pra cima e uma plateia só assistindo. Como se tivessem tirado o meu chão. É que uma hora a gente cansa, sabe? De repetir várias e várias e várias vezes o que machuca. O que tá errado. Como ando só caos e fragmento. Sobre como nunca fui outra coisa além disso. Hoje não levantei. Fiquei abraçada com a solidão como se ela pesasse toneladas. Tentei levantar e tombei com o peso do meu corpo, como se, de uma hora pra outra, a gravidade tivesse se tornado minha inimiga. E eu aceitei. Mas então pensei em todo tipo de campanha sobre saúde psicológica e a importância de se buscar ajuda, como se fosse fácil. É como deixar alguém com fome e repetir diversas vezes que a pessoa precisa comer porque é importante. Depois colocar um prato de comida de um lado da sala e a pessoa em uma esteira. Ela fica correndo desesperada pra tentar chegar na comida e não consegue. Entende o que quero dizer?
É estranho esse soco na boca do meu estômago e esse peso em cada átomo do meu corpo. É a segunda vez que tento [fora as vezes que nem cheguei na fase da entrevista]. É a segunda vez que ouço que parece se tratar de um quadro grave de ansiedade. É a segunda vez que me dizem que “seria interessante uma avaliação clínica”. Tenho sentido como se eu estivesse colecionando uma porção de gente dizendo qual é o meu problema, na esperança que uma delas aceite segurar a minha mão e me mostrar o caminho pra uma solução. Na primeira vez, ela me disse que sentia que as pessoas ansiosas parecem estar sempre cansadas e tristes. Que parecem viver tentando equilibrar pratos e, quando conseguem equilibrar um, derrubam outros três. Ela também me falou sobre como pessoas ansiosas acolhem a ansiedade feito um animal de estimação ou uma parte de sua própria personalidade. Como se não fosse uma doença, mas uma inquietude normal. Lembro que saí triste, porque é verdade. Passei tantos anos sacudindo a perna incessantemente. Com dor no estômago e enjoada. Preocupada até com o jeito de sorrir. Que aceitei. Aceitei que sou caótica e que esse caos não é bonito. Que não existe poesia nele, mesmo que eu tente achar às vezes. E aceitar é perigoso, não é? Como diz aquele texto que eu tanto gosto, da Marina Colasanti. A gente se acostuma [mas não devia].
Então eu estou aqui. Quebrada mais uma vez. Com essa sensação angustiante de que o vazio vai me preencher uma hora ou outra. Com certa desconfiança de que o universo parece não ir muito com a minha cara. Me sentindo péssima comigo mesma por ser essa bagunça toda. Por sentir que por mais que eu imploda, sempre acabo ferindo alguém no processo. Sobretudo, triste. Triste por saber que amanhã vou conseguir levantar quando tudo que eu mais queria era ficar deitada, em silêncio, sozinha. Triste por saber que vou rir e que vão achar que estou bem. Triste por saber que o meu grito nunca tem som. Que a minha voz nunca reflete o que realmente estou sentindo. Triste por saber que vou sorrir, abraçar e ser amável, quando eu só queria distância. Triste com a minha facilidade em dizer que tá tudo bem, porque não me permito desmoronar. Triste por saber que me atropelo e que de tanto me atropelar, aceito só levantar e continuar. Mais triste ainda por saber que ignorar a queda não é ser forte e não é estar bem, é parcelar e adiar o estrago. E eu nunca fui boa nisso.
Apesar de tudo, tenho desmoronado.
[Eu tento, mas nunca fui boa em ser outra coisa além de caos. Sou mar aberto e agitado, em dias de tempestade. Só me perdoa por toda essa bagunça]
Olhos de Coruja
(21/11/2019)
108 notes · View notes
Text
Querido diário,
um dia eu quero ser alguém que as pessoas admirem.
Não pela minha beleza,
muito menos por me encaixar nos padrões
sociais,
mas pela minha força e natureza tempestuosa,
pela minha alma que quer lutar em meio ao
caos para que tudo, principalmente este
mundo, consiga viver bem um dia.
fragmentos-do-meu-diário
103 notes · View notes
Text
Fendas, Palavras e Misérias
CAPÍTULO I
   Um dia, talvez, o grande esquema das coisas se revele como os riscos aleatórios do chão quente sob o sol, ou como os erros ortográficos irreparáveis e ilegíveis escritos a caneta, abandonados nas folhas sujas do caderno do mundo. Se há um escritor é cabível presumir sua ignorância quanto às sutilezas da linguagem, afinal só se podem ler as palavras "caos" e "solidão", por isso as rachaduras no solo da existência me seduzem mais, o calor é insuportável mas pelo menos há luz.
  Mas se eu disser que essa luz me cega e que o chão queima meus pés, que o suor empapa minhas roupas fétidas, que minhas mãos feridas tremem, que minha pele imita as rachaduras do solo, tu, leitor, perceberás que perdeste precioso tempo - ó tempo, filho da morte, patrão das coisas vivas, inimigo ou cúmplice de Parmênides - ao ler devaneios insólitos de um operário. Sim, um operário, uma torpe mão-de-obra barata que caleja as mãos ao tentar manejar a variedade áspera e abjeta da existência. Um cativo das leis da natureza, uma marionete dos sentidos, ludibriado pelo abraço da vontade, morto de sede de respostas. Proletário sou porque vendo meus esforços pelas migalhas da compreensão. Se alguém já o disse, eu reitero: a vida é labuta.
  Não importa quão sofisticado é o discurso, estamos sempre sujeitos ao erro. Ora, talvez seja o Erro o pobre escritor, talvez a própria Morte... A cada desvario nos aproximamos mais da escassez metafísica, do puritanismo da eterna ignorância. Mas pensar é a razão primeira, é o clarão instantâneo que permite toda a expressão, é a preciosidade sublime da patologia a qual chamamos de consciência. E sob as secreções do Ser, encontramo-nos no único momento, um ínfimo tempo de Planck, no qual somos capazes realmente de ver beleza nessa doença. Abraçar esta filosofia é dar asas ao pensamento.
  E se tu aprecias esse falatório, então fomos capazes de entorpecer momentaneamente a solidão. Reflexões diriam, talvez, que é apenas isso que nos resta. O senso de completude que nos dirige à ação é o limiar do autoengano. O caos nos constrói para sermos vazios, e a ilusão da identidade é o paliativo remédio que mitiga os espasmos dolorosos de se perceber neste mundo.
  Mas a autopercepção é como contar uma história, instante a instante sendo escrita enquanto a vida flui na viscosidade do mar existencial. E já que estamos todos aqui, fortuitos, filhos de estrelas, sonhadores de futilidade, jogados num grão de rocha e metal, formados por grãos ainda menores, gravitando eternamente em direção a um fim desconhecido, vale a pena compartilhar tais histórias, unir-nos sob o laço comum da solidão.
CAPÍTULO II
   Embora tenha julgado necessária uma introdução presunçosa e dramática como esta, a história que contarei é uma história sobre o ódio. A fragilidade humana se alastra como um fungo no passado e no presente da civilização. Cada espécime humano que pôde experienciar o mundo de forma consciente contemplou a colisão assustadora entre a debilidade e a indiferença. O ódio a que me refiro é o ódio instantâneo, ódio pela existência, um estado pleno de repulsa ao absurdo de Ser. Porém, veja, não é ele o objeto frágil do espírito humano, mas sim a covardia em desprezá-lo mesmo sendo um elemento fundamental da vida, um propulsor de determinação.
  Talvez não seja sobre o ódio em si, mas a experiência de vivenciá-lo, de ser preenchido por ele. Essas palavras podem ser vistas como um manifesto antirreligioso, porquanto o amor é taxado como o edificador dos alicerces universais pela maioria dos doutrinadores clérigos, mas não é sobre isso que o texto se trata. Amor e ódio não são vistos aqui como contraditórios. Amar a morte não é o mesmo que odiar a vida.
  Somos de carne e a todo momento rejeitamos as extravagâncias heterogêneas que decorrem dessa proposição. Queremos o mundo mas o que temos é a corrupção do espírito, queremos plenitude mas o que temos são caixas vazias que preenchemos com o sofrimento. Nossa existência está condicionada a todos os elementos da realidade, e assim sendo, o futuro é tão digno de nós - nós em todas as nuances vazias - quanto o seria se nós não houvéssemos.
CAPÍTULO III
     Pressuponho que já seja hora de apresentar-te a certos aspectos do mundo. Do meu mundo. Vivo uma vida cínica, abundante em pensamentos, redundante em ações, oscilando entre a mediocridade e a megalomania, entre o silêncio e o martelo. Minha casa é simples, meu trabalho é penoso. O suor banha meu corpo todos os dias e o vento traz dos céus o alívio. Minha função é martelar pesadas placas de metal banhadas em óleo que, quando juntas, formam o molde das paredes internas e externas de um apartamento. O molde é preenchido com concreto e a habitação está pronta. Retiradas as placas o mundo volta a girar novamente. Tão simples, tão fugaz, um suposto lar no qual interesses serão materializados, futilidades serão discutidas, ânsias e fracassos morrerão no fluxo passageiro do esquecimento.
   Neste mundo giratório, tomado por florestas sólidas de concreto, metal e pessoas, não há fluidez ou ternura, apenas brutalidade, conformismo, passividade. O olfato capta apenas o cheiro acre do movimento constante, o céu não mais tem cor, a maleabilidade líquida só é vista no suor e nas lágrimas.
   Tenho sonhos todas as noites e, estranhamente, nunca os esqueço. Eles tem cores que nunca vi, formas surreais, superfícies infinitas que carregam uma tristeza que não é só minha, mas do mundo inteiro. Esses espetáculos sempre impressionam os meus sentidos a ponto de me sufocar, e com isso, acordo em desespero, no frio na noite, no calor do ódio. Escrevo todos os sonhos em detalhes num caderno negro, velho, com páginas amareladas. Não há uma razão específica que justifique esse registro diário, é apenas um impulso frágil, e como a vontade se tornou um objeto raro, escrever neste caderno se tornou um hábito obrigatório.
   Há muitos como eu que fazem do martelar constante uma trilha sonora, são meus colegas de faina. Eles gritam vulgaridades durante o expediente e insistem que o êxtase narcótico e a satisfação sexual são as verdadeiras razões pelas quais nos submetemos ao trabalho excessivo. Eu, na verdade, sempre repudiei essa necessidade de entorpecimento, que, frequentemente, se revelava como uma exposição cômica de fraquezas e em constrangimentos evitáveis. Mas uma reflexão pouco profunda mostraria que minha abjeção às distrações comuns era nada mais que um aspecto dos meus próprios vícios morais, especialmente o pedantismo e a hipocrisia.
   A principal diferença entre mim e meus colegas era a de que eles trabalhavam em função do dinheiro e dos produtos dele advindos. Eu, por outro lado, cresci nessa labuta, o som do martelo é a música da liberdade, o silêncio é opressor. Liberdade de pensamento essencialmente deliberada pelo hábito, que construiu a necessidade. Necessidade é prisão. Estou preso a esse devir sonoro por imprescindibilidade filosófica, isto é, só consigo pensar ouvindo a harmonia metálica do martelo. É como se minha consciência, minha mente impaciente estivesse no meu braço direito.
   Muito poderia ser dito sobre as minúcias dos meus dias mas já basta enganar a mim mesmo no que diz respeito ao meu infalível julgamento quanto às coisas mundanas, enganar os outros não é do meu feitio, apesar de encontrar certo júbilo nas tolices humanas. Porém, esse júbilo ocorre apenas num primeiro momento. Imediatamente depois um longo monólogo silencioso se desenvolve na minha cabeça e as mesmas amarguras e melancolias renascem das cinzas da minha disposição cognitiva. Observar de perto o que nós somos, cada fragmento arrogante de conjeturas sobre a vida e a morte, cada urgência programada biologicamente para sugerir significado, cada preconceito e intenção dúbia entranhados em patéticos caprichos sociais, contemplar esses detalhes sórdidos compilados revelam apenas fragilidade e tédio.
   O que posso dizer do meu passado senão uma mera interpretação de memórias maculadas pelo tempo e pelo cansaço, aglomeradas no fundo do meu cérebro juntas a tantas outras lembranças, prejudicadas pela subjetividade e perspectiva? O conhecimento da realidade só existe mediante memória e testemunho, e disso não demora a conclusão de que a incerteza é a única certeza. A dúvida é o devir do mundo e o legado a maior das ilusões. E se do passado temos as memórias, do futuro temos as expectativas, as traidoras da serenidade. O futuro é uma repercussão, uma teia acústica de ecos que se perdem para sempre.
   E desses dias que já se foram eu escolho um que foi, para o mundo, um representante da mediocridade, não fez mais calor ou ventou mais que o costume, as pessoas eram as mesmas, as mesmas dores, as mesmas alegrias, apenas, talvez, mais cicatrizes que no dia anterior... enfim, um dia. Nesse dia em que o martelo ressoava e cortava o ar com a força habitual, eu e meus companheiros ocupávamos o terceiro andar de um prédio em construção. Eu trabalhava nas placas das paredes internas, minha mente, como sempre, estava divagando sobre alguma frivolidade filosófica - a qual não consigo, no momento presente, lembrar-me de nenhum detalhe - quando subitamente, uma náusea perturbou meus reflexos de modo que uma vigorosa martelada atingiu o encaixe entre as placas, derrubando toda a estrutura sobre mim. Talvez o esforço excessivo, talvez o meu inconsciente buscando se desligar da realidade, talvez uma vontade absurda de assassinar a monotonia. Não se sabe a origem do equívoco, apenas os resultados dele.
   A placa mais pesada esmagou meu braço esquerdo, amputando-o ali mesmo. As outras me causaram ferimentos leves. Eu encarava minha vida se esvaindo pelo coto que um vez fora uma parte do meu corpo, num fluxo de sangue que era hipnotizador. A metáfora irrisória arranha a hermenêutica desse cenário angustiante, todavia, vestindo-me de poeta, ela se faz necessária aqui. Eu vi naquele momento que a extensão das minhas preocupações, que o acúmulo das dores não ditas, que o labor inseparável da vida, a totalidade do meu Ser, a ilusão, tudo confluía, como o sangue que escorria pelas fissuras do concreto e caía num mesmo solo, tudo convergia na mesma reação violenta e vívida dos meus instintos mortais: o ódio. Odiei a existência naquele ínfimo instante, não pela dor do ferimento, mas pela antiga ferida purulenta que, agora exposta, escondia-se antes na cadência seca e confortável da passividade. Odiei a fraqueza do medroso e a força do arrogante, odiei a honestidade do assassino e as mentiras do inocente, odiei o impulso dos idiotas e a lassidão dos sábios. O ódio fez de mim, apenas naquele instante, uma obra de arte tenebrosa e bela.
   O contraste entre a completude subjetiva de uma infinitesimal parcela do tempo e o vazio de tantas outras vidas tomadas por inteiro, mostra o poder ilusório das feições as quais nossas identidades se apoderam. Fui capaz de ser, por um átimo, o ser vivo mais verdadeiramente vivo de todos. Um grito separou esse instante eterno de meditação do grande lapso temporal no qual as consequências práticas do acidente tomavam forma. Nunca mais fui o mesmo e ao mesmo tempo nada mudei.
CAPÍTULO IV
   Como eu disse antes, tudo que posso oferecer é uma visão distorcida da realidade, ainda que esta fosse, para mim, naquele momento, o maior dos fardos, o que poderia implicar, talvez, que a minha percepção dos fatos era a mais precisa. Entretanto, muitos discordariam do meu relato taciturno sobre o evento. Especialmente os que se encontravam no terceiro andar. Todos querem certo crédito, todos querem narrar sua versão, todos querem o devido respeito por participarem da história do mundo. Inclusive eu, afinal não é o que estou fazendo? Contando uma história... E podemos dizer que esse ímpeto pela importância momentânea elaborou inteiramente o curso da humanidade. O que seria de cada civilização sem a vontade de poder? O que seria de cada sociedade sem a farsa do heroísmo e a sede de glória? Nesses termos definimos o caráter humano.
  No próximo instante, aquele após a incursão mágica que motivou este conto, tudo que me interessava era o alívio, era livrar-me do peso que residia na minha condição inexorável, tudo que me constituía parecia boiar num oceano negro de desolação. Irônico notar quão distante está a agonia física e o desespero mental da apatia sistemática que nos encerra nesse cotidiano frio, estático. O socorro veio, a dor foi cessada, a angústia nunca foi embora.
  Recuperar-me era o próximo passo, isso era óbvio. Porém, as trivialidades do entendimento haviam desaparecido há muito no meu jeito de pensar. Toda substância que atraía minhas faculdades cognitivas se estendia num continuum infinito, tudo era equacionado e analisado, tudo era razão para um esforço intelectual hiperbólico e silenciosamente escandaloso. Por isso raramente era ditas, por mim, quaisquer palavras. Tudo era dispendioso e exaustivo, exceto martelar. Por isso, essa convalescença foi longa, fastidiosa, deserta.
  Entretanto, apenas naquele momento o ódio se apoderou de mim. No fim, adaptei-me e voltei ao trabalho, voltei para a introspecção guiada pelo ritmo tonitruante da ferramenta. A brutalidade plangente da labuta braçal, a consciência de que meu único lar era o próprio ato de construir lares. Permaneci, até o presente momento, na ruminação diária dessas lembranças e nunca mais fui capaz de experimentar a vida com tamanha intensidade. Diga-me leitor, o que isso quer dizer sobre a vida? Por que o preço da realidade é tão alto? Claramente não tenho as respostas que procurei, mas suspeito que, no meu finito vagar solitário neste chão rachado, a decadência, mãe das formas, segreda-nos que o Fim é um péssimo escritor. Renan Vitor  
— Topologia da Decadência 
10 notes · View notes
kazooblog · 6 years
Text
Vida...
Eu sumi né?
Essa postagem é unica e exclusivamente pra falar de forma superficial sobre coisas que tenho passado.
Eu meio que já uso volta e meia esse blog como uma especie de “diário” então tá tudo ok fazer mais um tipo de postagem desse tipo.
Muitos notaram meu sumiço repentino de tudo.
Redes sociais em geral, diminuição de postagem de tudo, frequência desregulada pra atualizar tudo...
Em quase 4 anos postando a fanfic, é a primeira vez que fico 2 meses sem postar(e ainda com atrasos quando posto).
Em 1 ano de Planet boy, a mesma coisa.
Ambos são coisas das quais amo fazer e servem de terapia ocupacional pra mim.
Mas...Nem tudo são flores.
Aos poucos fui cortando coisa por coisa da minha vida, e não porque eu quero ou porque preciso de tempo pra outras coisas, na verdade, preciso de tempo pra mim sim, mas... Eles não estavam atrapalhando meu tempo, longe disso.
Comecei cortando a fic, depois o Planet boy e quando notei, eu estava vegetando todos os dias na cama depressiva...
Quando você passa por problemas seguidos sem parar, começa a desanimar uma hora ou outra.
Sempre fui conhecida por ser MUITO positiva mesmo nos piores momentos, e ultimamente...Minha mente tem se quebrado mais e mais.
Emprego está difícil em nosso paí (só quem procura sem ter ‘contatinhos’ sabe) a 3 anos ninguém aqui consegue NADA. (digo não só familiares mas amigos também)
Incontáveis vezes fiquei sem comer por falta de comida, ter uma refeição por dia no literal, dormi por dias e dias seguidos só pra não sentir fome.
Minha avó é quem sustenta a casa com a pensão dela e ela é debilitada com alzheimer e mais uma penca de problema de saúde, ela me criou como mãe inclusive.
Eu mal consigo me aproximar dela, eu tenho agonia de interagir e olhar pra ela, eu passo mal, eu sinto uma bola na garganta só de OLHAR pra minha avó.
Ela é uma casca que se parece minha avó e tem fragmentos de memórias da minha avó, não é ela mais, esse é o nível que ela chegou.
Não consigo ajudar minha mãe a cuidar da minha avó, que fica em um pico de estresse constante gritando o dia todo, e isso me deixa ainda mais perturbada, ela não tem psicológico pra cuidar da minha avó, e eu mal tenho psicológico pra ME cuidar.
Thiago, meu namorado, a mesma coisa, ele ta tentando segurar tudo mas está começando a cair também.
3 anos procurando emprego...3 anos passando fome com a gente.
Uma pessoa de quase 2 metros pesar menos de 60kg é algo preocupante não acham?
Tumblr media
Meu psicológico é destruído já por natureza e meus incontáveis transtornos, com a vida caótica que eu levo, sinceramente, me espanta eu ter começado a surtar SÓ AGORA.
Eu NUNCA tive uma vida estável
NUNCA.
Sempre tentei rir de coisas mas minha vida sempre foi assim, inserta.
Pra quem lê minha fic, posso me definir como Armin com o magnetismo da Boreal.
Armin é um espelho perfeito de meus pensamentos em muitos aspectos e a forma como ele lida com problemas é basicamente a mesma que a minha: com humor e tentando levar tudo de forma lógica e engraçada.
Mas pra quem lê também, sabe que ele tem problemas sérios não só de aceitação mas uma batalha interna constante com ele próprio  pra se manter vivo.
Ele é um dos personagens mais fáceis de escrever sobre, porque eu concordo com ele em muitos aspectos (diferente da Boreal).
Agora pense no peso que minha mente está carregando, eu consigo as vezes ficar tranquila e relaxar pra fazer as coisas.
Basta um estopim, uma fagulha pequena serve de estopim pra que eu caia completamente atualmente.
Um grito da minha mãe, um ronco na barriga, um PC travando, coisas muito pequenas estão enchendo meu copo de água que está trasbordando e eu to dentro.
Sempre me mantive altamente ocupada pra não pensar nos problemas, pra não pensar no dia de amanhã e pra não pensar em... “o que não devo”...
Além de ser uma forma de correr atrás de meus sonhos (viver pra contar historias, escritas e desenhadas)
Impulsos de fala sobre suicidio são coisas constantes ultimamente.
Baixa estima, desespero, e tudo isso tem me assombrado mais do que nunca.
E tudo que eu sempre amei, tem sido difícil de fazer.
O wattpad ter deletado os arquivos atualizados da fic foi um balde de água fria, aquele castelinho sendo segurado por um palito caiu completamente e foi ali que eu abracei a tristeza e fui pro meu declínio total. (até hoje não me reponderam inclusive)
Se eu já estava caindo, ali eu cai de vez.
Dali foi ladeira a baixo.
Ultimamente peguei o habito de desenhar durante picos de sentimentos intensos.
Felicidade, tristeza, pensamentos, etc.
Servem como desabafo pra mim.
Tumblr media
Esse por exemplo, desenhei quando estava me sentindo sufocada com o tanto de coisa que eu fazia.
Normalmente coloco características de algum período meu, roupas que uso e tenho coisas do gênero.
Já tive cabelo de muitas formas e cores como sabem, então eu só mudo de acordo com o sentimento da vez.
Eu comecei a me afastar de todos, pensar em desistir de meu sonho de viver de desenhos, pensar em muitas coisas horríveis e só ficar deitada esperando o dia em que “vou embora”.
Nesse pico eu desenhei esse aqui:
Tumblr media
Foi basicamente um consolo pra mim mesma de que eu não devia desistir.
Sonhos podem ser dificeis e grandes e precisamos da isca certa.
Mas... Eu to tão cansada até pra levantar e ir beber água.
Eu odeio pensar pois sou o tipo de pessoa que questiona em excesso.
Aquela ideia e “ignorância é uma benção” é verídica.
Tenho desenhos que ainda não postei...Que são dos meus momentos de tristeza e odio.
São um tanto quanto pesados na verdade...
Facas, mortes e coisas do tipo são elementos deles.
Mas acreditem, quando os faço, é como e eu passasse aquele sentimento pro papel, e não, não gatilha algo em mim, pelo contrario.
Tumblr media
O que gatilha algo em mim é ficar parada e não fazer fic, comics, etc.
Me sinto inútil.
Eu quero voltar.
Eu vou voltar.
Mas preciso respeitar meu tempo...
Eu agradeço a quem se preocupa e pergunta por mim e minhas obras, infelizmente tem sido dificil pra mim até respirar.
E infelizmente, não adianta eu cuidar do meu psicológico e voltar pra essa casa caótica e essa situação caótica em que vivo.
Eu preciso mudar minha vida, porque posso conseguir ficar bem, minha vida vai me por pra baixo de volta.
Eu comecei um novo comic com a intenção de divulgar meu trabalho e assim conseguir quem sabe dinheiro e trabalho de alguma forma alternativa.
Zombie Alive
Tumblr media
E estou postando de forma serializada o Weather Child, um oneshot que postei no inicio do ano de 2018.
Weather child
Tumblr media
Estou arriscando novas áreas, infelizmente PB e a fic não me geram lucro, e eu não quero nem vou parar eles,  na verdade, PRECISO voltar, isso me mantem sã, mas...eu to tendo que deixar isso de lado um pouco pra tentar sobreviver...sendo que eles são parte necessária também pra que eu viva, afinal, sem meu psicológico...não tem como eu continuar viva, não tem como um dia eles acabarem se eu não existir mais né?
E ai?
O que faço ?
Não sei.
Eu escrevi esse texto em dias e horas diferentes...E agora, supostamente estava calma e tranquila enquanto terminava, mas bastou minha avó falar e o gato bater na porta pra eu chorar, entende como estou instável?
Tudo eu acho que vai ter grito, tudo eu acho que vai piorar, e não tem como eu me tratar.
Por isso, se eu ler alguém falando “procure um psicologo” eu sei que a pessoa não leu nada do que foi dito.
Pois repito: tratar o psicológico e voltar pra esse caos é em vão.
É tipo uma pessoa estar feliz fora de casa onde apanha e quando volta pra casa ficar depressiva
Minha vida está um caos nesse estilo.
Eu começo a ler a fic pra revisar e não entendo o que está escrito muitas vezes.
Eu começo a desenhar e fico com sono instantaneamente.
Preciso da bosta do dinheiro pra viver e do psicológico pra me manter viva.
Sem dinheiro morro porque fico sem comer, sem o psicológico...eu mesma quero tirar minha vida.
Eu realmente estou em um dilema diário, e por isso to tentando seguir um ritmo menos frenético até eu conseguir estabilidade mental, financeira e na vida em geral.
E aqui se encerra esse “diario”.
Acho que ele resume bem minha progressão mental, e espero de coração que entendam.
Cada mensagem que leio me deixa esperançosa, e de verdade obrigada.
Vocês são minha fonte de vida.
Pode deixar que vou continuar tentando escalar esse poço e não vou desistir de nada das coisas que posto ou faço.
Isso tudo faz parte de mim.
Não precisam ter pena nem nada do tipo, só...enviar energia positiva o/~
Desculpa por tudo.
Obrigada por tudo.
Por serem os vagalumes me guiando no escuro com suas mensagens de motivação.
Tumblr media
6 notes · View notes
cronicasthay · 3 years
Text
Arte Naif – a Arte ingênua, espontânea e existencial.
Escrito em 05/12/2018 - jornal acidade
“O Amor e a Paz, o Ódio e a Carnificina, o que o homem Ama e o que o homem abomina”. Inicio esse texto com um fragmento do poema “Contrastes” de Augusto dos Anjos. Nota-se uma sobriedade sobre a existência, sobretudo os sentimentos que carregamos dentro de nós. O poeta espírito-santense, nascido na Paraíba, Augusto dos Anjos nos deixou um legado de poesias com cunho critico, referindo-se a sociedade e ao homem. Temos na literatura grandes nomes que retrata a inquietude do ser, a existência humana, o ócio, angustia e sentimentos ambíguos que temos que aprendemos a lidar durante o percurso da vida: amor, ódio, paz, caos, tristeza, felicidade e assim por diante. Se você não está acostumado a refletir sobre a leitura que faz, o filme que assiste, algum desenho que vê, o que fala e o que escuta, deveria começar esse exercício rico em ressignificar o mundo ao seu redor. A vida começa a ter outro sentido e mais cheia de pessoas com conteúdo a nossa volta. Como sabemos, essa é a função da Arte, dar vazão aos sentimentos, nos conhecer e compreender parte das perguntas que nos fazemos. Na pintura temos um movimento chamado Näif, palavra em francês que significa ingênuo, inocente, uma compreensão simplista. Grandes artistas autodidatas, sem uso de técnicas, iniciaram suas carreiras sendo considerados Naif. É uma Pintava de modo intuitivo, sem preocupações teóricas, técnicas, com o objetivo de reproduzir na tela a realidade do artista, seus sentimentos, sua vivência, ignorando a geometria das formas e a perspectiva real. Podemos dizer que é uma pintura espontânea, simplista no sentido prático, mas muito intimo e subjetivo. Eu, particularmente, me considero artista Naif, pois tenho em meus trabalhos a não exigência acadêmica de formatos e perspectivas, atribuindo em certas artes um aspecto simples e infantil. Quando realizamos algum trabalho sem apego técnico, acadêmico ou formal, não sentimos a cobrança do “politicamente correto”, de seguir padrões definidos e considerados “certos” para determinado assunto ou trabalho. Termos a consciência do que somos e gostamos, já é um grande passo para vivermos mais soltos, confiantes e felizes. Claro, saber quem somos é um exercício diário de autoconhecimento que não é fácil, mas também não é difícil. O existencialismo nos visita durante nossas vidas e é com ele que abrimos a porta dentro de nós mesmos e nos sentimos donos de nossa vida, como deve ser. Henri Rousseau, artista naif, é considerado o precursor desse movimento e podemos notar em suas obras muita natureza, paisagens, plantas , animais selvagens, cores vivas, múltiplos tons de verde e a presença do exótico em todas as suas pinturas. Ao observarmos uma pintura dele notamos certa magia, misticismo, alegria e inquietação. Personagens em sua maioria sozinhos, apenas com a presença de algum animal, core fortes e contrastantes. Alguns podem até arriscar dizer que foi pintado por alguma criança e que até poderia pintar, mas acredite querido leitor, é a simplicidade a tarefa mais difícil de se realizar. Tudo o que o homem considera belo escondido por detrás de um exotismo e misticismo que aquieta a mente e nos faz pensar resume as pintas desse artista. Gosto sempre de fazer uma comparação reflexiva sobre a Arte e nossa Vida, pois acredito que ambas se completam. Convido a você a refletir sobre o estilo Naif da pintura e seu estilo de vida. Como tem vivido a espontaneidade em sua vida, sem se prender aos padrões. Consegue me dizer as cores das casas vizinhas a sua? O que você pode me falar sobre a vida?
0 notes
diariogrego-blog1 · 7 years
Photo
Tumblr media
Cartas ao vento.
De: Diário Para: Grego.
Sorte
Sorte por não ter celular uma hora dessas da madrugada, porque é nessas horas que começo a escrever e você com certeza me interromperia, diria que eu te magoo e que está cansado disso tudo, e eu sei… você tem razão… eu sou o caos… mas você não sabe o que é ser eu, você não sabe o que é viver eu, sabe meu poeta, você me disse: que você era amor e que por isso escrevia, e eu? Eu sou solidão por isso escrevo também, mas olha como somos opostos, nota como a solidão e o amor não andam juntos, sabe querido poeta, sorte foi poder viver tudo o que vivemos, sorte foi ter você em poucos dias, sorte foi te reencontrar, sorte é reviver o passado na mente… sorte e poder voltar e me sentir segura nas lembranças… porém por alguns pequenos instantes isso faz parecer sorte, porque quando retomo a consciência vejo que sorte mesmo seria se eu quem fosse o amor… Diário
De: Grego Para: Diário
É minha pequena, nós crescemos mas ainda te vejo com aqueles olhos que me esperavam entre as grades dos portão. Lembro de cada plano feito. Dois adolescente descobrindo o amor. Mas eles não entendiam. Um amor verdadeiro podado por adultos. Como uma arvore que poderia um dia dar frutos. Acho que foi essa vida rancorosa que hoje vivemos. Hoje entendemos. Você disse que estaríamos juntos, tu lembra? Você prometeu. E hoje o que tenho são pequenos fragmentos de você. Como essa carta que acabo de ler. Carta ao vento. Perdemos nosso tempo. Na verdade não há mais tempo pra nós. Somos diferentes o bastante pra saber que nem mesmo o amor nos daria uma nova chance. Te observo a distância pois se me aproximo volto a ser criança. Como aquelas que não podem se ver frente a uma panela de brigadeiro. Faz lambança. Me leve contigo como uma bela lembrança. Hoje seu poeta fala de amor. Aquele que contigo aprendeu. Mesmo que não tenha dado certo. Tudo já valeu. Espero que todos nessa vida tenham a chance de viver um amor. Assim. Como foi o meu e o seu. Grego
1 note · View note
Text
0 notes
Quote
Seus milhares fragmentos formam a estrela mais cintilante da minha constelação
Tumblr “Fragmentos: Meu caos diário”.
0 notes
Text
Tumblr media
24 notes · View notes
Text
Tumblr media
32 notes · View notes
Text
Era uma vez o início do amor entre duas almas conectadas de forma absurda, e... fim.
9 notes · View notes
Text
Há uma ausência permanentemente presa em um anoitecer qualquer onde a brisa fria trinca as frágeis recordações utópicas. O corpo gélido já não reage ao toque sombrio dos eventos. Implacavelmente o tempo leva as complexas sensações. As luzes estão se apagando.
8 notes · View notes
Text
Ela cuspiu frases afiadas que penetraram minha alma vagarosamente. No ponto inicial fiquei anestesia e sem entender. Ouvi, reouvi, peguei uma folha de papel qualquer e reescrevi cada palavra dita. Leio e sangro, leio e sinto uma dor sufocante, angustiante. Lerei cada expressão até unir os estilhaços que irão cicatrizar meu coração.
13 notes · View notes