Tumgik
#eu num consegui pensar em nada melhor;-;
tecontos · 1 year
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Decidi dar o cu vendo a minha irmã dando para o seu marido
By; Regiane
Ola sou a Regiane, tenho 32 anos, adoro contos e sou muito fan aqui do TC. Eu sou morena tipo gostosa, tamanho médio, seios grandes e bunda bem feita de deixar qualquer cara babando, minha bunda deixa os machos olhando loucos para foderem meu cu, Tenho certeza.
Sou de uma família muito tradicional de Pernambuco, casei virgem seguindo a regra familiar. Após 5 anos de casada, nossa vida sexual estava virando rotina, pois era só papai-e-mamãe, eu nunca permitia qualquer ousadia, era muito puritana e não curti ser muito ousada na hora do sexo com meu marido.
Meus primeiros namorados foram muitos respeitosos comigo. Tudo mudou quando conheci meu atual marido, logo na segunda noite eu senti o que era uma pica dura. O maior desejo, dele era comer meu cuzinho, mesmo porque ele teve outra namorada que o vicio neste tipo de relação. Durante esse tempo todo, por vezes ele tentou lamber meu cuzinho, mas eu dava a maior bronca nele.
Às vezes, via que ele ficava puto. Nos sábados ele gostava de tomar caipirinha, enquanto fazia seus trabalhos e num desses cai na besteira de acompanhá-lo. Tomei uns copos, fiquei um pouco sonolenta e foi deitar. Cochilei com a bunda pra cima e quando acordei estava em uma posição de frango assado com os joelhos dobrados e a bunda empinada e a calcinha puxada pro lado, e ele lambendo o meu cu, tentado enfiar cabeça do seu pau, que aliás acho um pouco fora do normal de tão grande e grosso.
Pulei, gritei, briguei e disse:
- Porra você não me ama só pensa em comer meu cu. Não quero mais nada contigo vou embora!
Ficamos bronqueados, então e viajei pra casa de meus pais. Passei uns tempos lá, e acabei contando para minha irmã o que havia acontecido. Ela riu muito e disse que aquilo era normal entre casal e que eu tinha que refletir e procura descobrir as coisas gostosas do sexo.
Aceitando o convite dela, passei o final de semana em sua casa. Acho que de propósito ela me mandou dormir no quarto do lado do seu. Durante a noite, acordei com uns gemidos vindo do quarto dela. No escuro onde estava deitada notei focos de luzes. Era uma fresta na madeira, bem na direção da cabeceira de sua cama. A parede nos separava apenas um metro de distancia. Eu podia ouvir os gemidos, os sussurros, e ate sentir o cheiro de esperma. Eu virei uma expectadora privilegiada e então pude ver minha Irmã deitada com a bunda pra cima e seu esposo chupando justamente seu cuzinho. Confesso que aquilo me deixou curiosa e com tesão ao mesmo tempo. Ver minha irmã ali gemendo e mostrando sentir um tesão louco me fez querer provar isso com meu esposo.
Naquela noite rolou uma foda sensacional entre minha irmã e meu cunhado. Eu não imaginava que minha irmã era tão vadia assim na cama e aquilo me fez refletir e pensar em ser algo melhor para meu maridão.
No outro dia bem cedo arrumei as malas e voltei pra casa.
Quando cheguei peguei meu marido dormindo no sofá com cara de ressaca então resolvi não perder tempo. No caminho até minha casa fiquei imaginando várias coisas porém quando cheguei em casa a única coisa que consegui foi abraça-lo e convida-lo para um banho juntos. Ele aceitou e sem me perguntar nada veio pro banheiro atrás de mim.
Totalmente desinibida já fui logo tirando seu short e o mandei tomar um belo banho para tirar aquele cheiro de cachaça. Assim que ele estava já cheirosinho novamente eu não perdi tempo e cai de boca naquela pica dura. De tão grande mal cabia na minha boquinha porém mesmo assim a chupei toda e sempre olhando com cara de safada para meu marido. Eu notava a surpresa em seus olhar e ao mesmo tempo via que seu prazer era enorme.
Depois de uns 10 minutos só chupando aquele caralho virei pra ele e disse:
-Hoje vou realizar seu maior desejo amor, porém peço que seja paciente e carinhoso comigo.
Nesse mesmo momento empinei bem meu rabinho e o lambuzei todo com creme o mandando lambuzar seu caralho também. Ele um pouco surpreso me atendeu e logo estávamos bem lambuzados assim pedi pra que ele colocasse só a cabecinha do caralho na minha bundinha. Ele então colocou o pau duro na portinha do meu cú e foi forçando lentamente até que a cabecinha invadiu as pregas do meu cuzinho. Aquilo doeu pra cacete e pedi pra ele parasse porém que não tirasse pra fora. Depois de 1 ou 2 minutos com a cabecinha socada na minha bunda pedi pra que ele voltasse a me foder.
Quando dizem que se passar a cabeça o resto vai de boa foi aí que entendi esse ditado. Aquele caralho foi invadindo minha bunda e confesso que a dor deu lugar ao prazer e até que me vi pedindo pra ele socar com mais força.
A cada bombada aquilo me deixava louca de prazer. Não me segurei e fiquei de pernas bambas atingindo um orgasmo perfeito gozando pela primeira vez com caralho metido no meu cuzinho. Depois que gozei não tinha mais forças e então pedi para que meu marido gozasse pois agora era sua vez. Ele atendeu meu pedido prontamente e depois de mais algumas estocadas acabou jorrando toda sua porra quente na minha bundinha que agora estava toda esfolada pela surra de piroca que levei.
Foi a minha primeira vez dando o cuzinho, curti, tanto que passei a dar mais vezes e com mais frenquencia.
Enviado ao Te Contos por Regiane
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journaldemarina · 2 months
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Sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
Quanto tempo...
Janeiro foi tão intenso e único que é como se fosse um mundo separado na minha cabeça quando penso. Idealmente teria posto em palavras enquanto vivia mas no fim só senti e me agarro nisso. Será que um dia consigo escrever sobre? Acho que desaprendi a escrever sobre tudo num geral.
Em resumo. Acho que me apaixonei pela primeira vez na vida. Acho que senti prazer de verdade pela primeira vez na vida. Nunca antes havia me sentido tão à vontade com alguém e isso ser tão recíproco. O lado ruim disso é que a pessoa não mora aqui e há um oceano entre nós. Não é figura de linguagem, quem dera. Infelizmente a França não é logo aí. Eu não tenho como ir para lá e a vida dele por aquelas bandas tá boa demais para escolher o Brasil.
Enfim. Levei no aeroporto e tudo, aquela coisa bem romântica parecendo casal fofo mais de década juntos. Ele me deu um beijo de despedida e disse "até logo". Confesso que as vezes sou coitada das ideias, cheguei em casa e chorei horrores e mandei um textão bonito mas nas entrelinhas berrando pelo amor de deus não se esquece de mim. Não querendo ser dramática, mas tinha por mim que assim que pusesse os pés no velho continente iria esquecer meu nome e dali uma semana me bloquear das redes sociais.
Isso faz três semanas. Ontem ficamos duas horas em web chamada mais íntimos que nunca. Sabe deus o que vai sair disso. Não acho que vamos namorar, economicamente é inviável. Ele começou um novo emprego essa semana e vai ficar um ano sem poder sair do país. Fala em eu ir passar férias de verão lá, de frente pro mar mediterrâneo. Talvez eu não tenha sido tão honesta e à vontade a respeito do meu Serasa. De qualquer forma seria só uma visita e depois voltaríamos a mesma situação.
Me repetindo aqui, mas acho que não sai relação disso. Essa é a parte coitada do meu cérebro falando. Acho que logo mais ele fica de papo com alguma francesa ou volta com a russa e au revoir pra mim. O maluco transa absurdamente bem, impossível não se apaixonar. Logo que levei ele para o aeroporto mandei mensagem para minha melhor amiga dizendo que precisava de uma noite de fofoca & vinho. Falei do homem. Ela disse "amor de pica é assim mesmo". Foda. Fiquei resoluta com a ideia de que esse ano iria focar em mim, pensar nas minhas coisas, não me distrair com terceiros, já que a probabilidade de alguém me comer tão bem a ponto de eu descobrir ter sentimentos num futuro próximo é meio nula. Um celibatinho, assim, temporário. Mas que nada. Já saí com três pessoas desde então (e ninguém chega aos pés do francês).
Meu deus. O que tô fazendo da minha vida. Logo eu que tanto pensava em jamais cogitar qualquer coisa à distância novamente. Vou continuar não pensando e só seguir e ver no que vai dar.
* * *
Entre uma putaria e outra retomei um pouco o hábito da leitura. Esse ano já consegui ler três livros! Li A casa dos budas ditosos, terminei Cem anos de solidão e estou no finalzinho de Pachinko. Vi vários filmes, também. Ultimamente estou investida em assistir tudo da czech new wave. Sooo much cooler than the french one. Risos.
Será que tento aprender francês?
* * *
(A quem interessar, respondi no CuriousCat)
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yessbutterfly2020 · 1 month
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Ontem consegui fazer 22h de NF, petisquei 6 tirinhas de bucho frito ( me arrependi depois, mas não tinha como gorfar, o risco de engasgar era exorbitante), fiz um pão com dois ovos e depois disso não comi mais nada.
Foda que fui num show com o meu namorado e a gente sempre bebe pra C4RALH0, não quero pensar nas calorias, eu só fiz o possível pra não ingerir nada sólido.
O rolê foi massa, fizemos amizade com o pessoal da banda, chegamos em casa quase 5 da manhã e simplesmente capotamos. Sério foi tão bom, nem consegui pensar em comer, já estava tão cansada ahahahahhaha.
Ao acordar, minha ideia era pegar meus pertences e ir pra casa antes do almoço e conseguir iniciar um NF, não foi o que rolou ��.
Meu namorado ficou zoado com umas paradas que a mãe dele disse e pediu para que eu não voltasse pra casa antes do almoço que ele ia pedir algo para a gente. Eu disse que não estava com fome, e que era melhor eu voltar, mas ele ficou muito chateado. Então fiquei.
Resultado: marmita P e eu não comi inteira conscientemente.
Fiquei contente, pois acredito estar desenvolvendo um autocontrole que antes eu não tinha. Meses atrás, mataria o rango inteiro e os rebocos da parede. É muito importante ver que A COMIDA NÃO EXERCE CONTROLE dentro de você. O almoço foi às 12:00h (exatamente), agora se passaram 10h e eu não enfiei mais nada no estômago. Isso é libertador.
Claro, melhor ainda seria se eu não tivesse comido, mas amgs, a gente consome muita bebida alcoólica, sinceramente já teria tombado na quarta lata se não tivesse comido nada. Então estou feliz, comi igual passarinho e ainda consegui me divertir sem pesar a consciência 🛐.
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ninaescreve · 1 month
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este texto não é sobre a taylor swift
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em 2019, duas coisas aconteceram: eu voltei a ouvir a taylor (com o lover) e comecei a escrever "à luz do dia", meu romance lésbico.
o livro tem duas protagonistas: a sofia e a teodora. gosto de pensar que emprestei muito de mim a ambas. teodora é quem eu gostaria de ser (confiante, sociável) e sofia é o meu alter ego (sempre se sentindo insuficiente, sempre com muita bagagem emocional).
enquanto eu redescobria a discografia da taylor swift, sofia foi nascendo um pouco swiftie demais. tanto que, de repente, ela era swiftie.
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sofia em uma mensagem de texto para a teodora
sofia foi importante para eu me colocar como fã. como alguém que via renascer um amor que foi iniciado quando eu tinha 17 anos. não escrevi o livro pensando nos fãs — como eles poderiam ser meus futuros leitores —, ou nos haters — que, talvez, dissessem que um livro sobre uma menina swiftie era ridículo demais. escrevi pensando em mim.
porque a arte nasce por causa do artista, não é? apesar de existir uma demanda, o processo não será o mesmo caso eu decida escrever apenas o que o público quer. ser artista é, também, ser um pouquinho egoísta às vezes. é pensar na gente, no nosso processo, no que a gente, acima de tudo, quer.
e, enquanto escrevia "à luz do dia", pensei na nina de 17 anos, que queria muito ir a um show da taylor (a nina de 31 realizou esse sonho).
uma amiga recentemente postou um vídeo dizendo: "às vezes sinto falta de criar para mim mesma, sem depender da aprovação de ninguém", e isso ressoou em mim.
ano passado, fiz a decisão de me afastar de originais, por muitos motivos e alguns deles foram: 1) não receber reconhecimento; 2) me sentir ansiosa demais pensando no depois. em como a minha criação seria recebida. confesso que, no início do meu vem aí, eu estava um pouco paralisada de medo. o medo de errar, o medo de estar escrevendo coisas bobas, o medo de estar escrevendo as coisas erradas. e isso me fazia sentir muito insegura e insuficiente.
algo que reencontrei nas fanfics foi o alívio de escrever algo para mim que, apesar de tudo, não encontro quando escrevo originais.
porque um original é um produto literário. você precisa pensar na melhor capa, no melhor marketing, na melhor história. porque tudo isso significa vendas. e confesso que, a certo ponto, estava (e ainda estou) cansada de vender. eles dizem que, se você escolheu o mundo independente, é assim. mas só queria que fosse um pouquinho mais fácil, sabe? um pouquinho menos exaustivo, menos decepcionante.
queria ser um pouquinho mais lembrada. ter um pouquinho mais de crédito e confiança.
"à luz do dia" foi a última vez que me diverti escrevendo um original. (o vem aí está oscilando e não posso dizer que o processo dele me deixa feliz sempre, porque o overthinking me pega toda vez: essa cena é boa? essa frase parece boba demais? esse personagem é cativante? o que vão entender do meu livro? etc. etc. etc.).
por causa de algo que amo, consegui tornar o processo mais pessoal. mais meu. e isso é tão raro hoje em dia. num mundo capitalista que está voltado para a produtividade, criar para si parece tão bobo, né? parece ultrapassado, porque, afinal, ser artista é também um trabalho. mas eu quero ser artista todos os dias? eu quero produzir pensando nos outros todos os dias? eu quero pensar todos os dias quanto vou ter que desembolsar para publicar o meu livro? não, não quero.
às vezes, eu quero ser uma artista inútil. que guarda suas coisas para si, que não deixa o mundo roubar nada dela.
e, às vezes, eu apenas quero ser uma pessoa, para além da artista, fazendo coisas que pessoas fazem: cantam desafinado, dançam muito mal, amam de forma exagerada, escrevem para desatolar a mente, bebem com os amigos, vão a museus, passeiam com os cachorros (ou afofam seus gatos).
ser uma pessoa basta, porque a minha arte também se basta.
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dailyrememberofyou · 28 days
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01 | La bella vita in un mondo di merda
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Tudo até aqui havia sido exaustivo e nada pareceu sair como o planejado, exceto ele.
Mesmo em meio ao caos, conseguimos nos encontrar e naquele momento, no meio daquele aeroporto imenso, não existia mais nada no mundo além dos seus grandes braços abertos e seu sorriso gigante.
Era incrível como eu me sentia abrigo e casa ao mesmo tempo. Eu sabia que ele precisava daquilo tanto quanto eu.
Era verão na Europa e o mundo havia acabado de desabar em nossas cabeças em continentes opostos. Fomos descobertos por um bando de repórteres que são incapazes de pensar em algo além de dinheiro e por um punhado de pessoas que ainda não entendem que, quando se trata de alguém que amamos, pertencer não é ser dono.
Ninguém parecia estar ao nosso lado naquele momento. Os nossos amigos não nos entendiam e todo o resto do mundo - que você também pode chamar de stalkers -, não nos permitiam sequer tentar explicar, eles apenas esperavam um pedido vazio de desculpas, tão vazio quanto a vida que levávamos antes de nos conhecermos.
Você conseguiu se acomodar bem? - Ele me perguntou beijando minha cabeça enquanto olhava a redor, tentando reafirmar para si mesmo que ninguém ali ainda havia nos percebido.
Bem... não foi fácil, mas consegui um lugar para podermos colocar a mente no lugar e pensar nos próximos passos - Falei enquanto me desvencilhava dos braços dele e o puxava pela mão.
Apesar de sabermos que as coisas não estavam bem e que precisávamos pensar num plano infalível, naquele momento apenas queríamos parecer fortes um para o outro.
Já comeu alguma coisa? Sinto que morrerei nas próxima hora se não comer algo cheio de molho - Ele brincou, dando um leve sorriso e puxando o celular para procurar um bom restaurante
Não comi, mas passei em um lugar incrível no caminho pra cá, que tal darmos uma chance ao novo? - Depois de falar, percebi que pareceu um leve alfinetada devido a situação, mas ele apenas me olhou e sorriu, como se nada que fosse dito ou feito nesse espaço de tempo fosse sério ou real. Tudo parecia um sonho depois de três longos meses distantes.
No caminho para o Fidelio's, não podia deixar de pensar no tanto de coisa que vivemos em um breve espaço de tempo.
Nos conhecemos, saímos alguma vezes e vivemos tudo que o meu eu de 10 anos sonhava vendo os filmes de comédia românticas mas que meu eu de 17 decidiu que era apenas ficção. Depois de tudo, tivemos nosso mundo particular invadido por uma multidão que não havia sido convidada.
Eu sabia que um dia isso aconteceria, mas ainda estávamos construindo nossa história e descobrindo um ao outro, ninguém tinha o direito de tomar isso de nós. Uma mistura de sentimentos me tomavam como em ondas sempre que pensava no que estávamos passando.
Depois de satisfazer o desejo dele por uma autêntica pasta italiana, chegamos ao nosso quarto, algo completamente fora da realidade luxuosa e contemporânea que ele tinha vivido no último ano, era bem menor, mais simples e aconchegante.
Eu amei esse lugar! - Me falou com os olhos brilhando enquanto acomodava suas malas no chão.
Eu havia chegado dois dias antes, procurei um lugar em Trastevere para ficarmos. Ele era distante o suficiente do centro de Roma, já que não queríamos que tanta gente nos visse, porém próximo o suficiente para não nos privarmos de tudo que aquela viagem podia nos oferecer.
Foi intencionalmente pequeno. Queria que a gente sempre estivesse pertinho no tempo que temos - Falei olhando ao redor e reafirmando que essa foi sim a melhor escolha que eu poderia ter feito.
Esse é o começo da nossa pequena vida, você percebe? Tudo ao meu redor é sempre tão grandioso... parece que apenas lhes falta uma estátua minha para adorar, como se eu fosse um deus. Deuses não podem errar. Pra eles, eu não posso errar. - Seu olhar se tornou um pouco mais distante e vazio enquanto contemplava a nossa vista dos próximos dias, mas ele logo voltou seus olhos para mim e voltou a falar.
Eu sou humano e também estou propenso a errar, mas você... Você não foi um erro.
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Carta aberta a ti que te culpei por tudo:
Olhando-te nesta foto nem imaginas como será a nossa vida, como será doloroso crescer.
Tenho tanta vontade de te abraçar porque nesse momento era o que mais precisavas.
Todos os meus traumas começaram contigo, mas ao mesmo tempo tu és a minha cura.
És sonhadora, querias ser uma princesa mas já és uma, uma bem corajosa.
O teu mundo desmoronou quando quem mais querias a teu lado não queria estar contigo quando a obrigação era estar ao teu lado.
Ambas sabemos que esse foi o maior motivo da nossa depressão e ansiedade, até a uns tempos atrás, pois hoje nós estamos em paz com isso, ou talvez é o que queremos pensar.
Nesta tua foto eu vejo medo nos teus olhos, medo do abandono que virá, medo dos julgamentos que viram e medo da rejeição que virá.
É doloroso escrever sobre sonhos que nunca vivi, que tu nunca viveste.
Foram tantos sonhos deitados fora para teres o impacto da dura realidade que a vida é, tu eras apenas uma menina tentando ser feliz.
Sinto que ainda estás aí num quarto escuro e frio, mas eu estou aqui contigo e eu prometo que não te vou deixar aí sozinha. Prometo me conectar a ti e juntas vamos conseguir.
Desculpa por não ter proporcionado antes os teus sonhos, por ter vivido nessa fuga de mim mesma. Mas agora estou aqui, para te acolher e te amar. Eu vou te proteger e vou te mostrar as coisas lindas que eu conheci, porque embora aja dor, há muita cor e beleza nesse mundo!
Obrigada por me esperares tanto tempo! Tu és a minha maior vitória!
Obrigada pelo teu amor generoso e por não me abandonares!
Tu és mais forte do que eu imaginava e fizeste o melhor que conseguis-te para sobreviver. Vais passar pela fase mais difícil da tua vida que é admitir que precisas de ajuda, vais colapsar mas irás te levantar como sempre fizeste mas desta vez não estarás sozinha.
Não te culpe mais. Nada é culpa tua.
Hoje tens um príncipe tal e qual aqueles que sempre sonhaste e como te ama e tu o amas.
Já não sofres bullying meu anjo podes descansar. Tens tantas amigas das quais podes sempre contar, amigas de verdade como nunca tiveste. Moras num sítio bem diferente do que estas habituada.
Irás conhecer uma pessoas tão mas tão importante para ti que será como um pai na tua vida irá ser breve mas o breve para ti será para a vida toda.
Descansa meu amor, nós conseguimos finalmente ser feliz.
Amo-te!
Com amor, a tua Ana!
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fria-como-gelo · 6 months
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Não sei se um dia o Tumblr vai deixar de existir (muito provavelmente sim, aliás rs) mas meus textos mais icônicos ficaram eternizados aqui, e 1x ao ano volto para lê-los e refletir sobre mim mesma (até porque num mundo de 2023 só eu vou ler esse troço).
Escrevi um recentemente sobre alguém. Certamente não está bom, mas significa algo pra mim. Então vou eternizá-lo aqui também... enquanto o Tumblr durar:
Da 1ª vez que terminamos...
...tivemos o pacote completo: brigas, gritaria, lágrimas, drama e alguém saindo de casa revoltado, e dessa 1 ª vez fui eu. Depois de alguns dias você voltou, me pediu em casamento, se ajoelhou. Eu, que além de te amar muito também era muito dependente de você, te aceitei de volta. Para nossa casa, nossos planos... esperançosa e segura de nós.
Já da 2ª vez que terminamos — a definitiva — foi diferente. Sem sentimentos ou ressentimentos. Algumas frases trocadas em tom neutro, você pegou suas coisas e deu as costas. Não me lembro se disse adeus.
Um misto de alívio e medo tomaram conta de mim. Um torpor muto grande também, eu não consegui conceber que aquele era de fato o fim. Mas foi. No dia seguinte, além de uma forte ressaca por ter bebido depois da sua partida, tudo o que eu sabia sentir era dor. No corpo, no cérebro, no coração. Desespero, meu 1º dia sem aquilo de que me tornei tão dependente.
Tudo estava uma zona:
A casa, meu trabalho, a louça que você sempre lavava, o quintal que você limpava e minha mãe limpou no seu lugar quando veio ver como eu estava, mas sobretudo eu. Eu estava uma zona, ainda estou.
Me esforço pra ser forte, pra me lembrar que hoje sou adulta e que posso muito bem lidar com isso, tudo isso que ficou pela metade quando você fechou o portão. Evito pensar em seu rosto, na sua voz, você andando pela casa e da certeza que eu tinha de que, enquanto você estivesse bem, tudo também estaria.
Infelizmente vou a passos lentos, bem mais lentos do que um dia já fui, muito mais lentos do que eu gostaria. Tenho me esforçado muito para tentar dar à mim mesma toda dedicação e adoração que dava a você, em vão. Acho que não sei me amar nem me cuidar como fazia por você.
Não me sinto mais protegida ou segura sem ter seus braços em volta de mim, sem ouvir o barulho do seu carro voltando para nossa casa toda noite. Não me sinto mais bonita ou desejável sem você dizer e demonstrar isso pra mim. Não tenho forças o suficiente para fingir o tempo todo que você não me afetou profundamente, por mais que eu tente.
Veja:
Eu não lhe quero de volta. Sempre soubemos (lá no fundo) que não éramos feitos um pro outro, mas a menina romântica que mora em mim gostaria que você simplesmente nunca tivesse ido e nada disso fosse verdade. Seria mais fácil e menos doloroso, mesmo que não fosse a melhor opção para nenhum de nós dois.
Por mais que eu odeie admitir, sigo em luto e lutando para superar, para me redescobrir, para me amar como sempre quis que você me amasse. Para cuidar do que agora é Minha Casa, Meus Sonhos, Meus Planos. Para aceitar quem eu sou como você aceitou por um bom tempo, sem questionar nem julgar. Para não me odiar ou repudiar como imagino que fez depois que partiu. Afinal, todos sempre temos motivos para odiar nossos ex, mesmo que sejam motivos fracos.
Da 1ª vez que terminamos eu fiquei bem.
Não senti dor, nem perda ou ódio... só paz. Você fez questão de voltar só para você mesmo tomar a decisão de sair pouquíssimo tempo depois, imagino que para alimentar seu próprio ego ou apenas para fazer eu me sentir mal. Talvez ambos.
Bom, meus parabéns, surtiu o efeito que queria. Eu, a casa, minha vida... está tudo parado no tempo, exatamente como você deixou meses atrás. Estou tentando resolver isso, e por mais que eu queria não adianta apressar as coisas. Sei que tudo isso ficará para trás algum dia, na hora certa.
É engraçado, de todos os meus ex-namorados, você era com quem eu menos tinha em comum, de quem não consegui ser amiga, de fato, nem me conectar de verdade. Também não foi o pior deles, nem nenhum monstro. Tinha tudo para ser um término simples, indolor.
Porém, — diferente dos outros — você foi quem mais confiei e me entreguei de corpo, alma, espírito, sanidade mental rsrs... Foi com quem desejei mais que desse certo de alguma forma, a pessoa que mais levei a sério. Dessa forma, nossa ruptura (ainda mais considerando a forma fria como aconteceu) doeu muito mais.
Espero daqui uns anos poder reler essa carta nunca lida (melhor ainda se ainda for aqui no Tumblr) e poder sentir orgulho de mim, por ter superado tudo isso.
Até porque eu mereço sentir orgulho de mim. E mal vejo a hora.
— Incólume
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Capitulo 208
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Hoje foi o dia.
Armin do passado disse que nos levaria ao longo do túnel até onde deveríamos invadir o bunker.
Aparentemente Jade contou para ele algo que o ajudou a localizar a Boreal original.
“Se despeçam do local, na próxima noite invadiremos o bunker” ele disse na noite anterior a esse dia.
Então assim faríamos ao longo do dia.
Hoje era o dia em que Armin e eu nos despedimos antes de partir em uma jornada para encontrar a Boreal original e, talvez, destruir toda a realidade(ou consertar tudo). 
Não consigo evitar o sentimento de tristeza que se instala em meu coração ao pensar nisso.
Nós dois acordamos cedo, sabendo que tínhamos muito o que fazer antes de partirmos. Se bem que, qual o conceito de cedo nessa realidade estranha não é mesmo?
Eu olhei para Armin e percebi que ele estava me olhando de volta. 
Nós dois sabíamos que essa seria nossa última noite juntos antes de partir. 
Eu não consegui evitar um sorriso triste, mas ainda assim amoroso, quando ele me puxou para um abraço. 
"Eu te amo", ele murmura em meu ouvido. "Você sabe disso, não sabe?" 
"Eu sei", eu respondo, tentando não chorar. "Eu também te amo, Armin." 
É tão raro ouvir ele dizer isso, especialmente depois de tudo que temos vivido, aquilo me fez tremer, mas me segurei fortemente e me levantei.
Nós dois nos separamos e começamos a nos preparar para o dia. 
Enquanto nos vestíamos, Armin começou a falar sobre nossas últimas aventuras juntos, tentando me fazer rir com suas piadas sarcásticas. 
Eu ri, mas ainda assim senti o peso da despedida iminente. O clima fúnebre e de despedida estava ali presente em cada gesto nosso. O medo da noite que estava se aproximando, não tínhamos tempo a perder… Não mais.
"Nós vamos fazer isso, Boreal", ele disse, me olhando no olho. 
"Nós vamos encontrar a Boreal original e consertar tudo isso." Eu assinto, tentando acreditar em suas palavras. 
"Nós vamos fazer isso", eu concordo, evitando prolongar aquele assunto e mostrar o quanto eu não acreditava que isso de fato daria certo. 
Nós caminhamos para tomar café da manhã em uma pequena cafeteria abandonada que limparam do local, e lá encontramos Alexy e Rayan já sentados à mesa, conversando animadamente.
Rayan parecia estar se retirando e nos cumprimentava enquanto chegavamos.
Hoje foi um dia bastante agitado mesmo que desanimado, o clima era um misto de agitação devido aos preparativos e a ansiedade, e foi parado por ser… só isso sabe? É confuso, eu sei…
Eu ainda estava sonolenta e precisava de um bom café para me manter alerta. 
Eu cheguei na “cozinha” junto com o Armin e ele se sentou próximo dos dois que já estavam tomando café da manhã, reservando um lugar vago pra mim. 
Eu os cumprimentei e comecei a me servir na pequena bancada num canto afastado. 
Armin e Alexy começaram a conversar entre si enquanto tomavam café da manhã, notei que eles pareciam estar falando sobre algo importante, mas não entendia bem. 
"O que vocês estão conversando?" perguntei, tentando parecer casual. 
Armin olhou para Alexy, que assentiu com a cabeça, antes de responder: "Nós estávamos falando sobre nossos transtornos mentais." 
"Ah, entendi", eu respondi tentando parecer compreensiva, mas me perguntando se eu realmente sabia do que eles estavam falando. 
Esse assunto tem vindo a tona com grande frequência nos últimos meses, creio que pelo fato de que tenho vivido com sues colapsos referentes aos transtornos e por não compreender nada que acontece com eles, especialmente com Armin.
Eu nunca entendi a fundo sobre essas coisas, mesmo convivendo com eles dois e com mais milhares de amigos meus que dizem ter inúmeros problemas… E acho que ainda preciso discutir esse assunto muitas vezes até entender com clareza. 
E não me refiro somente ao Armin e Alexy, mas, em geral, eu não entendo o sentimento de ter esses… “sentimentos” sabe?
Quando tudo isso acabar, eu definitivamente buscarei ajuda pra compreender essas coisas melhor.
"Sei que já pedi isso inúmeras vezes mas…Vocês se incomodam de falar mais sobre isso pra mim?" 
"Claro, não tem problema", respondeu Alexy, enquanto Armin apenas concordou com a cabeça com aquele olhar apreensivo de sempre. 
"Então, Armin, você disse que tem borderline e autismo, certo?" perguntei, lembrando do que eles haviam dito antes. 
"Sim, isso mesmo", confirmou Armin. 
"Eu não sei muito sobre isso. Sei que me explicaram algumas vezes, mas talvez os dois em conjunto consigam em fazer entender melhor. Vocês podem me explicar o que é e como afeta vocês?" 
"Claro, a gente pode tentar explicar", disse Alexy sorridente. Ele parecia genuinamente feliz.
“O que vocês tem é a mesma coisa ne? Lembro de terem dito isso.” questionei genuinamente confusa e bem pensativa quanto a tudo, pois se lembro bem, o Rémy me falou que a depressão do Armin do futuro atrapalhou muito, eu preciso saber se o que eles dois tem existe uma forma de eu ajudar… ou pelo menos compreender né.
Alexy ria da minha confusão mental.
“Eu e ele falamos de ser a mesma coisa pra simplificar as explicações, mas, na verdade, tudo nosso é oposto demais até certo ponto. Talvez porque não somos gêmeos de verdade, alguma coisa deve ter mudado quando cada versão nossa nasceu. Vamos ser realistas, os próprios diagnósticos do meu irmão demoraram pra sair e erraram várias vezes antes de acertar mesmo. A gente sabe como você é burrinha com essas coisas e só simplificamos pra ti fofa. O Armin e eu temos transtornos e problemas ‘parecidos’ em certos pontos, mas não é a mesma coisa, entende Bore? Eu falei isso até mesmo por respeito ao meu irmãozinho lindo.” Alexy falava com deboche enquanto apertava a bochecha do Armin que batia nele como esperado.
"Eu tenho TDAH, que significa Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Isso afeta minha capacidade de me concentrar e focar em uma coisa por muito tempo. Também me deixa mais impulsivo e inquieto." ele falava calmamente e sorrindo.
"Ah, eu entendo. Tem sentido com muita atitude sua, na verdade…", eu falei, tentando mostrar empatia e me esforçando pra entender isso melhor, e de fato, estava entendendo de alguma forma. 
"E como você lida com isso?" 
"Bem, antes dessa confusão toda eu fazia terapia e tomava medicamentos para ajudar a controlar os sintomas. Agora só to rezando pra não surtar mesmo até porque é muita merda acontecendo ao mesmo tempo, né.", respondeu Alexy gargalhando. 
"Mas também tenho que fazer algumas mudanças no meu estilo de vida, como fazer exercícios e seguir uma rotina regular." 
"Isso parece difícil", comentei.
"É um desafio, todo dia eu aprendendo a lidar com isso cada vez mais. Sabe, geralmente é difícil manter um trabalho porque eu fico entediado facilmente e quero mudar para outra coisa. Também é difícil manter relacionamentos porque eu sou muito impulsivo e não penso antes de agir. E quando eu me movo muito, as pessoas podem achar que estou agitado ou ansioso, mas, na verdade, é só como eu sou. Nem tudo tem ligação direta com meu transtorno, mas meu transtorno tem ligação direta com quem eu sou, entende?", respondeu Alexy com um sorriso. 
"Armin, e o seu transtorno?", perguntei virando-me para o Armin. 
"Eu tenho borderline e autismo, como já falei", respondeu Armin de forma seca, deixando claro como ele odeia falar disso, diferente do Alexy que parece ser completamente aberto a respeito disso e fala sem parar a respeito se deixar. 
“E…?” eu perguntei esperando uma resposta sua, que respirou fundo, bufou e começou a falar.
"Borderline afeta minha capacidade de regular minhas emoções e me relacionar com outras pessoas. Já o autismo me faz ter dificuldade em entender e processar as emoções dos outros." ele falou não me olhando uma única vez, só encarando sua comida com cara de raiva. 
"Uau, eu nunca soube disso", falei impressionada com o fato dele ter respondido. 
"E como você lida com isso?" fiz a mesma pergunta que fiz pro Alexy, pro Armin.
"Você tinha noção sim sua ameba mentirosa. Enfim, assim como meu irmão, eu fazia terapia e tomava medicamentos para ajudar a controlar alguns sintomas, mas meu caso é mais complexo que o dele, então não existe um remédio magico que vai regular tudo. Dependo muito das coisas ao meu redor também…", respondeu Armin. 
"Mas também aprendi algumas técnicas para regular minhas emoções, como mindfulness e outras práticas de meditação. E tento me comunicar com as pessoas de forma clara e direta, para evitar mal-entendidos. Sei que é difícil para mim controlar minhas emoções e eu posso ficar muito chateado com coisas pequenas. Também é bem difícil para mim confiar nas pessoas e me sentir seguro em meus relacionamentos como já notou. Além dos meus traumas, com o autismo, é difícil para mim entender as emoções das pessoas e ler as sutilezas sociais. Eu posso parecer insensível ou desinteressado, como você mesma já falou inúmeras vezes desde que nos conhecemos antes mesmo de eu perder a memória, mas é só porque eu não sei como reagir. Eu simplesmente aprendi a aceitar que é isso. Não consigo mudar. Abracei a ironia e o sarcasmo como arma pra lidar com isso." 
“Mas você adora gerar mal entendidos maninho.” Alexy dizia.
“Mas aí é de propósito, é bem diferente!” Armin retrucava.
"Isso é muito interessante", eu falei tentando acompanhar. 
"E como eu posso ajudar vocês?" eu tentei me aprofundar ainda mais.
"Bom, acho que só o fato de você estar aberta a ouvir e tentar entender já é uma grande ajuda", respondeu Alexy com aquele sorriso gentil dele de sempre. Tão oposto do Armin…
“Parece ser difícil lidar com essas coisas sozinho. Vocês dois são fortes por estar enfrentando essas coisas todos os dias.” Armin sorriu bem discretamente pra mim quando falei isso. 
“Obrigado.” Armin disse. De uma forma gentil e muito rara na realidade.
Eu estava fazendo uma anotação mental sobre tudo que eles me diziam.
"Bem, eu tenho que admitir que algumas vezes me atrapalho quando estou prestando atenção a algo, mas nunca é por mal", disse Alexy. 
Armin concordou. "Eu sei, eu sei. Eu entendo completamente, Alexy. Mas vamos ser sinceros? Você não presta atenção por causa do seu fogo no cu com ficar ligando pra amigo, namorado e tudo mais. Você sempre prioriza essas interações a fazer qualquer coisa."
“E você meu querido que prioriza qualquer coisa que pessoas? Me poupe. Tenho pena da Boreal.” E assim eles iniciaram uma discussão… Como sempre.
Eu me senti um pouco sobrecarregada com a conversa, mas tentei acompanhar tudo com calma, afinal, eu quem perguntei muitas das coisas ali, e se eu não entendesse agora, quando entenderia? 
"Então Alexy é mais ativo e distraído e Armin mais concentrado, seria isso?” eu revisei cortando os dois.
“É. Se for simplificar é isso sim.” Alexy dava pequenas gargalhadas gentis, me fazendo corar achando que eu estava falando besteira.
“E como é ser borderline, Armin? Você já mencionou que tem esse diagnóstico antes, mas eu ainda não entendo muito bem o que isso significa. Você disse muito sobre a apatia de um, mas se o outro te faz sentir demais, me deixa confusa." Armin respirou fundo antes de responder. 
"É difícil de explicar. Eu sinto muitas emoções intensas e, às vezes, elas parecem fora de controle. Eu também tenho uma necessidade constante de atenção e aprovação dos outros, com certeza já notou isso ao longo de nossa convivência. Mas estou trabalhando nisso..." 
“Armin tem trabalhado muito duro e eu realmente admiro isso. Não é fácil lidar com essas coisas, mas ele está fazendo o que pode. E convenhamos, ele é uma menina gamer rara e diferente. Ter Border e Autismo no mesmo pacote é pra poucos." Alexy dizia sorrindo pro Armin que rosnava pro Alexy.
"E como isso afeta o relacionamento de vocês dois? Vocês sentem que precisam lidar com essas coisas juntos?" Armin olhou para Alexy e sorriu. 
"Absolutamente. Nós nos apoiamos mutuamente e estamos sempre lá um para o outro. É um trabalho em equipe constante, mas vale a pena. Sei lidar com as crises do traste do Armin já." Alexy concordou abraçando o Armin que rosnava mais, tava a um ponto de morder o Alexy. Confesso que eu ri. 
"Exatamente… Somos irmãos e melhores amigos, então isso faz parte da nossa dinâmica. E, claro, Boreal, você também é uma grande parte disso agora", Alexy acrescentou com um sorriso muito bonito. Eu me senti confortável e muito abraçada ali e sorri de volta, me sentindo grata pela inclusão. "Eu estou feliz em poder ajudar de alguma forma… Obrigada.” eu não me contive a abracei os dois.
Armin então respirou fundo, e sua expressão mudou pra melancolia repentinamente.
Foi a primeira vez que eu prestei realmente atenção e entendi melhor isso.
Não que eu não quisesse entender antes, mas pela primeira vez eu entendi DE VERDADE. Sabe? Essa conversa foi útil. Nossa última conversa sobre o assunto, talvez, espero que não, mas se for, foi didática e levarei pro coração o quanto os dois são unidos e lindos juntos.
Eu me senti grata por fazer parte de uma família que valorizava a comunicação aberta e o apoio mútuo.
"Não se preocupe, Boreal", disse Armin, segurando a minha mão. 
"No momento atual eu tenho você e o Alexy para me ajudar a lidar com esses desafios. E depois disso tudo, todos iremos descansar, né?" eu senti melancolia vindo dele aumentar… me machucou um bocado. Espero que o descansar dele não tenha a ver com… aquilo que ele tanto almeja…
“Vocês sempre podem contar comigo se precisarem de ajuda." Os irmãos sorriram em resposta. 
Depois disso, eles continuaram a tomar o café da manhã juntos, conversando sobre seus planos para o dia e coisas comuns do cotidiano. 
Eu me senti feliz por estar com eles e agradecida por aprender um pouco mais sobre seus transtornos.
Porém, logo a realidade bateu e a tristeza veio junto…
Por várias vezes, depois desse dialogo, voltei no quarto, me sentei com o diário aberto, mas não soube o que escrever nem por que escrever.
Eu fui até a estufa, algumas das plantas estavam com aparência de mais vivas, isso significava que não haviam morrido?
Eu me aproximei e passei a mão em suas folhas, quando Rémy surgiu de trás de uma delas.
“Eu fiz um milagre aí né?” ele falava sorridente.
”Sim, em um lugar morto desses, pensei que todas elas estivessem mortas.” respondi olhando seus lindos olhos verdes e em seguida encarando a pequena planta fraca novamente.
Rémy me olhou e segurou uma das plantas em suas mãos, observando-a com carinho. 
“Sabe, mãe, cuidar dessas plantas me fez pensar muito na nossa situação. Elas estavam morrendo, assim como o mundo parece estar morrendo aos poucos. Mas eu não queria deixá-las morrer. Eu queria ajudá-las a voltar a viver. E acho que é assim que devemos pensar sobre a realidade que estamos vivendo. Não podemos deixar que ela morra, precisamos fazer algo para ajudar a restaurá-la. Enquanto há vida, há esperança de restauração.” 
Eu olhei para Rémy, impressionada com sua sensibilidade. 
“Mas como podemos fazer isso, Rémy? Como podemos restaurar a realidade? A realidade não são como plantas na estufa…” 
“Mas funciona parecido. Assim como fiz com essas plantas, acho que devemos começar pequeno. Fazer mudanças positivas em nossas próprias vidas e ajudar os outros a fazer o mesmo. Estamos muito focados em resolver o mundo o tempo todo, deixar todos felizes ao mesmo tempo, mas se começarmos a resolver nossos problemas pessoais, aos poucos tudo ao nosso redor irá mudar. Devemos plantar sementes de bondade e amor. E com o tempo, essas pequenas mudanças podem crescer e se espalhar para o mundo todo. É como um jardim, mãe. Se você cuida bem dele, ele floresce e se torna um lugar bonito e acolhedor e ele cresce sozinho muitas vezes. Se eu estou conseguindo fazer algo agora foi porque você me tirou de um solo ruim e cuidou de mim, uma planta que havia crescido machucada, com carinho. Mesmo após anos você conseguiu ajudar uma panta já crescida a melhorar.” Eu sorri para Rémy, impressionada com sua sabedoria e com o olho cheio de água. 
“Você é muito sábio, Rémy. E eu tenho muito orgulho de você.” Ele sorriu de volta para mim corado. 
“O-obrigado, mãe. E obrigado por me tirar desse loop temporal que eu estava preso. Mesmo que tenha sido por pouco tempo, eu pude ver o mundo de uma maneira diferente e aprender muito com você.” Eu o abracei, sentindo meu coração se encher de amor por meu filho. 
“Eu sempre estarei aqui para te ajudar, Rémy. Sempre.” E assim, continuamos a cuidar das  plantas daquela estufa abandonada juntos, e iremos sim fazer o que ele disse, plantar sementes de bondade e amor em nossas próprias vidas, com a esperança de que elas possam florescer e se espalhar para o mundo todo. Eu… preciso ter fé nisso.
Rémy continuou a falar sobre suas plantas, explicando como cada uma delas precisava de um tipo diferente de cuidado, mas que todas elas tinham algo em comum: a necessidade de atenção e amor. 
"Eu acho que, assim como essas plantas, nós também precisamos de cuidado e amor para florescermos", disse ele. 
"Mas muitas vezes as pessoas nos deixam de lado ou nos tratam mal, e aí a gente começa a murchar, como essas plantas aqui. Mas você me ensinou que ainda há esperança, mãe.”
Nós continuamos cuidando das plantas juntos, e eu percebi que aquele pequeno jardim era uma metáfora da vida, pelo menos pro Rémy. Ele se manteve são cuidando desse pequeno jardim.
“Mesmo quando tudo parece estar morrendo ao nosso redor, ainda há esperança e possibilidade de restauração, desde que cuidemos uns dos outros com amor e atenção.
Às vezes, as coisas parecem tão perdidas que não há esperança de recuperação, mas se você colocar tempo e esforço suficientes, pode haver uma chance de restauração." Rémy assentiu, parecendo profundamente pensativo. 
"Sim, eu entendo. Eu acho que isso se aplica a muitas coisas em nossas vidas, não é?" respondi, sorrindo para ele. 
"Agora, vamos ver o que mais precisa de atenção por aqui." Ele dizia enquanto caminhávamos pelo jardim, Rémy começou a fazer mais analogias com suas plantas. 
Ele explicou como algumas delas precisavam ser podadas ou transplantadas para florescerem melhor, e como outras podiam crescer fortes apesar dos obstáculos em seu caminho. 
Suas observações eram perspicazes e eu ficava cada vez mais impressionada com a maneira como ele conseguia aplicar as coisas simples da vida a questões mais profundas. 
Finalmente, depois de passarmos um bom tempo cuidando das plantas juntos, Rémy se aproximou de mim e me abraçou, e mais uma vez ele repetiu. 
"Obrigado, mãe", ele disse, "por me ajudar a sair do loop temporal em que eu estava preso. Eu sei que foi difícil para você, mas estou feliz que você tenha me dado a chance de crescer." Fiquei emocionada com suas palavras e o abracei de volta com força. 
"Sempre estarei aqui para você, Rémy", eu disse. "E estou feliz em ver você florescer."
Quando me virei, vi que o Nathaniel nos observava.
“Pai…” Rémy dizia mais contido, porém, tão gentil quanto eu.
“Desculpe interromper vocês. Na verdade, estava passando pra outra sala, e acabei observando a conversa. Mil perdões mesmo.” Nathaniel dizia sem jeito.
“Não! Tá tudo bem, de verdade! Eu só tava cuidando as plantas com a mãe e já acabamos. Eu…” antes que o Rémy pudesse terminar sua frase, a voz de Violette chamou seu nome, que saiu apressadamente do local.
Ele parecia ser bem cauteloso com o Nathaniel, mas não por medo, mas realmente por receio, talvez pelo pouco convívio, já que ele sempre foi grudado em mim desde que o salvei do loop.
Nathaniel e eu estávamos em pé no fundo da estufa, nos encarando em silêncio.
“Rémy é bem inteligente né?” Nathaniel dizia.
“Sim… Puxou você nisso.” eu falei rindo e provocando ele que acabou rindo de volta.
“Como se você não fosse inteligente também, né Boreal?”
“Tenho memória eidética, Nath, não sou inteligente.” eu retruquei.
“Inteligencia nada mais é que conhecimento, você consegue armazenar qualquer conhecimento com precisão. Se quisesse substituiria o Armin e eu facilmente, sabe disso.” Nathaniel falava sereno me fazendo rir.
É triste que eu e ele tenhamos terminado da forma como terminamos. Sempre sinto que foi incompleto, que tudo foi incompleto. 
Parte de mim está muito feliz com o Armin, mas, por outro lado, sempre que tenho momentos assim, especialmente referentes ao Rémy, eu… sinto como queria uma família com o Nath.
Eu e Nathaniel ficamos em silêncio por um momento, olhando um para o outro. 
Eu podia sentir a tensão entre nós, como se houvesse algo ainda não resolvido entre nós.
“Sabe, Boreal, eu ainda me pego imaginando como teria sido se tivéssemos ficado juntos. Se tivéssemos criado o Rémy juntos, se tivéssemos construído uma vida juntos...” Nathaniel disse, desviando o olhar. Eu sabia exatamente o que ele queria dizer. 
Eu também me pegava pensando nisso às vezes. Como teria sido se tivéssemos dado uma segunda chance ao nosso relacionamento? 
“Eu também me pego imaginando isso às vezes, Nath. Mas acho que não podemos mudar o passado. E eu amo o Armin. Ele é o meu presente e o meu futuro.” eu disse, colocando a mão no ombro dele em um gesto reconfortante, porém, doloroso pra mim também. 
Nathaniel olhou para mim e seus olhos brilharam com a mesma saudade que eu sentia.
“Eu sei, Boreal. Eu respeito o que você tem com o Armin e não quero estragar isso. Eu só... às vezes, é difícil não pensar no que poderia ter sido.” Nathaniel disse, suspirando. 
Eu assenti, entendendo completamente o que ele queria dizer. 
Havia momentos em que eu sentia a mesma coisa. Mas eu sabia que tinha que seguir em frente e focar no presente. Infelizmente tudo já aconteceu.
 “Mas a vida não é assim, né? Temos que seguir em frente e viver com as escolhas que fizemos”. Nathaniel soltou um suspiro pesado, com certeza sabendo bem que ele foi o responsável pela nossa separação, foi uma escolha dele tentar esse caminho mais fácil, e tá tudo bem. 
“Eu sei, eu sei. Mas é difícil não se perguntar como seria se tivéssemos dado uma chance para nós mesmos. Depois de tudo isso…” 
Eu o abracei. “Eu sei, Nath. Eu sinto o mesmo. Mas precisamos lembrar que o importante é que o Rémy está feliz e saudável, e que estamos cuidando dele da melhor forma que podemos, mesmo que ele já esteja grande”. Nathaniel sorriu. 
“Sim, você está certa. De qualquer forma, você e o Armin formam uma boa equipe, não é mesmo?” Nath sorria daquela forma que só ele conseguia fazer.
“Sim, sim. Ele é maravilhoso e eu o amo muito, Nath. Eu não poderia imaginar minha vida sem ele agora, você sabe disso”. Nathaniel me olhou no olho e, por um momento, parecia que ia dizer algo, mas em vez disso, ele apenas sorriu. 
“Eu entendo, Boreal. Eu só quero que você seja feliz. E que o Rémy seja feliz também, e obviamente, o idiota do Armin”. Ele falava em tom de piada.
Eu sorri de volta para ele. “Obrigada, Nath. Eu quero o mesmo para você também”. Ficamos em silêncio por um tempo, apenas olhando para o jardim da estufa. Foi bom conversar com Nathaniel, mas no final das contas, eu sabia que meu coração pertencia ao Armin… As coisas seguiram em frente, infelizmente pra ele.
Nós conversamos mais um pouco e rimos juntos, o clima entre nós era agradável. 
Por um momento, eu me senti grata por ter alguém como Nathaniel em minha vida, mesmo que apenas como um amigo. 
Me sinto grata de saber que meu filho foi com uma pessoa maravilhosa feito o Nathaniel.
E eu me lembrei de que, no fim das contas, não importava onde a vida nos levasse, eu sempre teria um amor por ele, por tudo que passamos juntos e pelo filho maravilhoso que tivemos. Sou muito grata por tudo.
Mas eu também soube, sem nenhuma dúvida, que Armin era o meu presente e o meu futuro, e que eu o amava de todo o coração.
Eventualmente, eu percebi que precisava ir. 
O dia estava acabando. 
“Bom, acho que é hora de eu ir. Foi bom conversar com você, Nath.” eu disse, me despedindo.
“Também foi bom conversar com você, Boreal.” Nathaniel falou, me olhando com um sorriso. Eu sorri de volta, me afastando dele lentamente. 
Eu me afastei da estufa com o coração acelerado, sentindo-me culpada por ter deixado a conversa ir tão longe, mesmo que nada tivesse acontecido. 
Mas, ao mesmo tempo, sabia que nunca mais voltaria aos velhos tempos com Nathaniel. 
Ele era meu passado e o Armin era meu presente e futuro.
Eu então retornei para o “quarto” improvisado que arrumamos, pra pegar minhas coisas e esperar com o Armin até que o Armin do passado abrisse caminho pra gente.
Passei pelas pessoas, e todas estavam com clima fúnebre, confesso que um dos piores rostos que vi foi o da Sophie. 
Ela tem estado calada desde que o Nathaniel morreu.
Priya não desgrudava do Ariel. Deve ser horrível pensar que ele era o cara que o Castiel matou tempos atrás.
Enfim, eram nossas últimas horas ali.
Armin estava checando suas coisas em silêncio.
Eu estava no outro canto arrumando minhas coisas.
Aos poucos fui parando e me dando conta que… Aquela poderia ser nossa última noite juntos, o amanhã poderia não existir.
Eu sei que se eu morrer agora ou se tudo resetar vai ser como se nada nunca tivesse acontecido, não vai fazer diferença eu me despedir de todos ou não sabe? Mas, eu sentia que não queria esquecer meus amigos, tudo que vivi, mesmo os momentos ruins.
Isso tudo me fez evoluir… Isso tudo fez eu ser quem sou agora, essa Boreal que está escrevendo aqui.
Armin sempre foi o primeiro a falar que devíamos aproveitar tudo enquanto é tempo, por isso ele está sempre jogando, caçando coisas pra fazer e agindo como se estivesse despreocupado mesmo estando preocupadíssimo.
E essa noite, eu me deixei ser completamente feito ele e tudo que eu quis foi passar um tempo casual com todos os meus amigos e principalmente, com ele, o próprio que me ensinou isso tudo.
Eu não consegui passar o dia todo com todo mundo, mas… Pelo menos com alguns deles.
Poderia ser nossa última noite juntos pra sempre.
Nossa existência poderia se apagar depois de tudo que pretendíamos fazer.
Não sei os riscos disso tudo…
Eu puxei o Armin sem mais nem menos enquanto ele arrumava suas coisas e o beijei.
Eu chorava por conta dos meus pensamentos, mas não parava sequer pra respirar, eu me sentia sufocada e não era pelo beijo, mas sim, pela situação.
Eu só pensava em como tudo ia acabar…
Armin que me trouxe pra cá tinha razão, eu era a causa de tudo, ou melhor, minha eu original.
Talvez se simplesmente nos deixássemos de existir…
Meus amigos que me perdoem, mas se for necessário eu irei, sim, acabar com minha existência.
Como o Armin sempre falou: não tem como sentir falta de algo que nunca existiu.
Enquanto estou viva é natural que eu queira que tudo se preserve, mas se eu sumir, nunca vou tentar preservar nada, afinal, eu não vou existir.
Armin parecia confuso, mas ele dificilmente nega fogo, e me beijou de volta, mas o próprio parou ao notar meu choro.
“Boreal…?” Ele falou gentilmente me encarando.
“Por favor Armin… Não para…” eu tinha dificuldade pra falar, se eu tentasse falar naquele momento eu sei que eu ia desabar de vez, eu sei que toda insegurança que estou sentindo ia sair, eu sei que eu poderia desistir do meu plano… 
Armin parecia realmente preocupado.
Eu o puxava e beijava, mas ele não retribuía mais.
“Boreal…” ele voltou a falar.
“Armin… por favor…” eu sentia que estava quase impossível falar já, se eu falasse mais um pouco eu ia desabar.
“Você tem certeza disso…?” Ele perguntava muito preocupado me olhando”
Eu basicamente respondi já tirando minha blusa e voltando a beija-lo.
Eu não queria pensar em mais nada.
Acho que ele me entendeu, finalmente…
Armin parecia contido comparado a todas a vezes que ficamos juntos, e eu reclamei com ele sobre isso.
“Armin… Essa pode ser nossa última noite juntos pra sempre, por favor, justo hoje, não sinta remorso ou pena de mim, justo hoje, faça tudo que quiser comigo. Eu preciso disso agora…” eu pude sentir que o Armin hesitou.
Mas no fim, ele se soltou.
Era nossa última vez antes de tudo acabar pra sempre (ou se resolver)
Armin foi intenso, porem, algo estava diferente sabe? Havia um clima de melancolia, e ele me abraçava o tempo todo de uma forma que não era comum…. Era forte, como se eu fosse fugir dele e ele fizesse força contra.
Aquilo foi muito simbólico.
Diferente das outras vezes, ele não parava de falar que me amava, algo que não é comum vindo dele em nenhuma situação… 
Armin me apalpava por inteira, mas não era da mesma forma também, era como se… Quisesse decorar com as próprias mãos as minhas curvas.
Foi tudo completamente diferente, intenso e melancólico.
Por várias vezes ficamos apenas parados encarando um ao outro, abraçados, somente sentindo a pele do outro, o calor, sem nada mais que sentir o outro, sabe?
Eu notava que ele olhava pra todos os cantos do meu rosto sem parar, boca, olhos, cabelos.
“Será que… se eu decorar cada detalhe seu mesmo o neuralyzer vai falhar…? Armin falava serio.
“E minha memória eidética? Será que mesmo se eu desaparecer ainda vou lembrar de tudo…?” Respondi encarando ele.
“…você não vai desaparecer…” Armin então me abraçou mais forte e parou de me encarar, ele enterrou o rosto em meus cabelos enquanto eu estava sentada em seu colo.
Seu calor me dava conforto… Tudo ia muito além de um abraço.
“Se por qualquer motivo eu desaparecer e você lembrar de tudo, por favor….  Não desperdice a vida que levamos ou tudo que eu estou fazendo…”eu dizia puxando seu rosto e o encarando.
Vi os olhos do Armin encherem de água.
“Você não vai desaparecer…”
“Armin…”
“Você não vai desaparecer…” ele repetiu completamente encharcado e lágrimas já.
Assim como o ver gargalhando era raro, ver chorando era tão raro quanto.
“Armin… Não sabemos o que vai acontecer…” respondi encarando seu rosto. Ele parecia uma criança se despedindo de seus pais antes do primeiro dia de aula, ou até mesmo um filhote perdido.  
Pequeno, indefeso e desesperado sem saber o que ia acontecer.
Geralmente ele que me acamava em situações assim, mas agora…era impossível.
“Você planeja algo Boreal, e eu não se o que é. E se isso te fizer sumir e ficar qualquer resquício seu na minha memória, eu juro que vou destruir tudo de novo.”
“Armin… temos que aprender a deixar ir.”
Ficamos naquele projeto de quarto por horas. Conversamos, rimos, nos tocamos, nos beijamos. Foi uma noite incrível, a melhor de todas no quesito companhia, a pior de todas no quesito melancolia... 
Armin é um amante excepcional, ele conhece cada parte do meu corpo e sabe exatamente como me fazer sentir bem.
Ele conhece cada canto do meu humor pra me fazer rir.
Mas infelizmente, eu o conheço o suficiente também pra saber o quanto ele estava sofrendo…
As coisas começaram a mudar. Nós começamos a falar sobre o futuro e sobre a missão que teríamos que cumprir. 
Armin parecia preocupado e inquieto, e eu sabia que ele estava pensando no que estava por vir. 
“Você acha que estamos fazendo a coisa certa?” Ele perguntou, me olhando no olho. 
“Eu não sei.” Eu respondi, suspirando. 
“Mas é isso que temos que fazer, não é?” 
“Provavelmente.” Ele concordou. 
“Eu só queria ter certeza de que estamos fazendo a coisa certa.” 
Nós ficamos em silêncio por um tempo, pensando sobre tudo o que havia acontecido e sobre o que ainda estava por vir. 
Eu me sentia triste e confusa, mas, ao mesmo tempo grata por ter o Armin ao meu lado. 
“Eu te amo.” Ele disse de repente, me fazendo olhar para ele com surpresa. 
“Eu também te amo.” Eu respondi, sorrindo. 
Ele me beijou com paixão, me segurando com força. Eu podia sentir o amor e a tristeza em seu beijo, e eu sabia que ele estava se despedindo de mim de alguma forma, assim como eu dele…
Nós passamos esse restinho da noite juntos, aproveitando cada momento. 
Nós nos amamos como se fosse a última vez, e eu sabia que era exatamente isso que estava acontecendo. 
Quando os sons do Armin do passado chegando começaram a aumentar, nós nos abraçamos uma última vez antes de nos separarmos. 
Eu sabia que teria que me despedir dele em breve, mas eu não queria pensar nisso agora. 
'Eu te amo.' Ele disse mais uma vez antes de levantarmos pra partirmos com o Armin do passado.
Tudo que é bom dura pouco, e terminou que passamos a noite ficando ali, deitados na cama, olhando para o teto até o último segundo. Ambos estamos pensativos, sabendo que a nossa jornada estava prestes a terminar. 
Não sei o que nos espera, mas estou pronta para enfrentar qualquer coisa ao lado de Armin e dos meus amigos. 
Nós nos vestimos, pegamos nossas bolsas e caminhamos até a porta.
Ele suspirou e olhou para mim, seus olhos estavam brilhando com tristeza. 
"Eu estou com medo, Boreal. Eu não quero que nada de ruim aconteça com você. Eu não quero te perder." ele externizou algo que ele dificilmente faria.
"Eu também estou com medo, Armin", eu disse, segurando sua mão sem que ele tirasse a mão dessa vez. 
"Mas precisamos fazer isso. É a única maneira de salvar todo mundo." 
"Eu sei", ele respondeu, apertando minha mão. 
"Mas eu não quero que você se arrisque tanto. Você é a coisa mais importante para mim no mundo inteiro." Nós nos encaramos por um momento, e eu pude ver a sinceridade em seus olhos. 
Eu sabia que ele estava sendo completamente sincero comigo, e isso me fez sentir ainda mais próxima dele. 
"Você também é a coisa mais importante para mim, Armin", eu disse, me aproximando dele uma última vez antes de partirmos com o Armin do passado. 
"Eu te amo." 
"Eu te amo mais, Boreal", ele respondeu de uma forma que nunca vi, me beijando suavemente. 
Eu sabia que nunca esqueceria aquele momento, e que mesmo que algo acontecesse conosco, eu sempre teria essas lembranças para me confortar. 
E assim, finalmente fomos onde todos se encontravam.
Aos poucos todos apareciam.
"Hey, vocês dois", Alexy do passado nos cumprimentava, dando um sorriso largo. "Estão prontos para enfrentar a realidade hoje?"
"Sempre prontos", Armin respondeu tentando fingir animo enquanto se escorava no Nathaniel, que claramente, assim como eu, sabia o quanto de esforço ele estava fazendo.
Nós estamos dentro do bunker nesse exato momento.
Estou escrevendo um resumo do dia pra tentar me acalmar.
Ativaram as sirenes lá fora, estamos em um pequeno abrigo de animais escondidos, próximo à casa do Armin velho, indicação do Rémy que conhece bem o bunker.
Estou escrevendo este diário hoje, porque acho que este será o meu último dia. 
Quero registrar tudo…
Eu sei que parece loucura, mas é a única maneira de salvar todos que amamos e garantir que nunca mais ninguém sofra as consequências do nosso erro. Eu sou uma cópia, assim como Armin e Alexy, e a existência das nossas cópias gerou um paradoxo que ameaça a existência de todos.
Estou tentando manter a calma, mas meu coração está apertado e meu estômago dói. 
Armin também parece triste e preocupado. 
Ele tem tentado disfarçar com suas piadas, mas eu o conheço bem o suficiente para saber que ele está sofrendo tanto quanto eu.
O tempo todo ele pergunta se estou bem, mas sei que essa pergunta é pra se autopacificar…
Em uma dos milhares de vezes que ele perguntou como eu estava, eu acabei respondendo 
"Não, eu estou com medo, Armin. Eu não quero desaparecer." e foi o único momento que eu desabei na frente dele.
Ele me abraçou com força e repetia incansavelmente "Nós não vamos desaparecer. Nós vamos dar um jeito nisso, ok?"
Eu quero acreditar nele, mas não consigo. É difícil não pensar nas infinitas possibilidades do que pode dar errado. E se nós falharmos? E se tudo isso for um grande erro?
O futuro estava em minhas mãos, e eu estava pronta para enfrentar qualquer coisa que viesse pela frente. Eu sabia que essa seria a última vez que eu veria Armin antes de enfrentarmos o nosso destino, mas tinha que manter a esperança de que tudo daria certo. 
Eu sei que sera uma luta difícil, mas também sabia que temos uma chance de vencer… Pelo menos quero acreditar nisso…
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Capítulo 3
O dia que William sentiu que podia ser ele mesmo e não estava preocupado em ser nada diferente disso.
Chelsea, Londres
Não muito longe daquele que invadiu seus sonhos, Catherine acordou para mais um sábado de primavera.
Catherine dormiu tão bem que nem se importou de ter acordado tão cedo em um dia de folga, ainda deitada em sua cama ela repassava os acontecimentos da noite anterior. Ontem quando estava saindo do Museu, Catherine só queria chegar em casa e chorar até dormir, mas William apareceu e tudo mudou. William. Por algum motivo, depois de conversarem, Catherine não pensava mais nele como o Príncipe William. Só conseguia pensar no homem que foi até o seu trabalho para vê-la, aquele que lembrou de tudo que ela disse pra ele, aquele que com 10 minutos de conversa a fez esquecer totalmente toda confusão com John, aquele que tem os olhos mais lindos que ela já viu e que perguntou se ela sairia com ele. Tudo parecia um sonho.
Catherine tinha acabado de ligar a televisão, quando ouviu seu telefone tocar. Ao pegar o celular, ela notou um número diferente. Catherine imediatamente abriu um sorriso. Só podia ser ele.
― Alô? ― Catherine? Bom dia. ��� soou uma voz sorridente do outro lado da linha. ― É o William. ― Sim? Bom dia. ― Ela respondeu sorrindo.
― Você está com voz de sono, eu te acordei? ― Não, eu já estava acordada mas confesso que ainda estou deitada. E você, por que está acordado tão cedo?
― Eu acabei de acordar, tenho que sair daqui a pouco, mas antes de fazer qualquer coisa eu precisava falar com você. ― Catherine se derreteu ao ouvir isso. ― O que você tem a me dizer?
― Primeiro eu quero saber se você chegou bem ontem à noite, eu acabei te atrasando e sinto muito por não ter te levado para casa. ― Eu cheguei bem, não se preocupe com isso, eu não iria aceitar uma carona de moto, de qualquer maneira.
― Por que? ― Eu nunca nem subi numa moto. ― Pra tudo tem uma primeira vez, eu prometo a você que será divertido. ― Vou pensar no seu caso.
― Perfeito. Então... Kate? Posso te chamar assim, né? Afinal foi esse nome que você colocou no meu telefone. ― Ela riu ao ouvi-lo. Sua risada matinal, fez com que William se sentasse na cama.
― Sim, você pode me chamar de Kate, é como a maioria das pessoas que chamam. ― Certo, Kate. Falando sério, eu te liguei para que você saiba que eu queria te levar para jantar no melhor restaurante de Londres e fazer tudo do jeito certo, do jeito que você merece, mas eu não quero te expor. Não quero a imprensa atrás de você só por ter jantado comigo. Você entende? ― Catherine até aquele momento, não havia nem pensado na imprensa, nem em exposição, em nada relacionado a isso.
― A gente não precisa ir num restaurante. Eu não ligo para essas coisas, William. ― Que bom ouvir isso. ― Ele suspirou. ― A gente pode se encontrar em algum lugar mais privado, eu levo a comida e um vinho. O que acha?
― Por que a gente não se encontra no Museu? Eu conheço um lugar lá que pode nos dar privacidade. ― No momento não consigo pensar em nada mais perfeito. ― Nem eu, William.
― Segunda-feira, então? Que horas você está livre? ― Estarei livre às 20h. ― Às 20h estarei à sua espera. Na verdade, eu não vejo a hora de te ver de novo, Kate. ― Confessou William.
― Você me surpreendeu, sabia? ― Por que? ― Catherine ouviu um tom mais grave. ― Eu jamais imaginei que você fosse vir me procurar e do nada você apareceu.
― Eu queria ter ido no primeiro dia. Rob comentou comigo que eu não consegui disfarçar, desculpe se te deixei desconfortável. ― Ela riu.
― Você me deixou nervosa mas não desconfortável, por algum motivo é tão fácil conversar com você. ― Você acha? ― Sim. ― Então porque você fugiu? ― Eu não fugi. ― Fugiu sim. ― Não. ― Você é teimosa. ― E você é chato. ― Ele riu. ― Você é linda. ― Você também é. ― Kate. ― William. ― Então você me acha lindo? ― Você é muito convencido, sabia? ― Você não tem ideia. ― Ela gargalhou.
― Você é insuportável. ― Assim você machuca meu coração. ― Essa é a intenção, já que não posso te bater por telefone. ― Que delícia apanhar de mulher bonita. ― Idiota. Vou desligar. ― Não, espera. Já vou parar de te encher o saco. ― Ambos riram. ― Antes de desligar, posso te falar mais uma coisa? ― Sim?
― Eu tenho a impressão que a gente se conhece há anos, mas eu tenho quase certeza que nunca falei com você antes.
― Hum, não sei dizer. ― Catherine se sentou na cama e engoliu em seco. ― Kate? ― Hum? ― Você ficou estranha. ― Não fiquei, não. ― Ah. ― Segunda a gente se vê.
― Mulher, não faça isso comigo. ― Fazer o que? ― Você me faz querer sair correndo daqui e ir até sua casa, que eu não faço ideia de onde é. ― William pode ouvir uma risadinha.
― Você viria até a minha casa? ― Sim. Se você me quiser aí, é claro. ― Onde você está? ― Em Kensington. Onde você mora? ― Na verdade, eu estou bem pertinho de você.
― Sério? Onde? ― Moro num apartamento em Chelsea. ― Me manda seu endereço, se quiser que eu te faça uma visita.
― Mas a gente não ia se encontrar só na segunda? ― Seria um encontro antes do encontro. Eu vou no Villa Park hoje e depois posso passar te ver. Um encontro não oficial. O que você acha?
― Vou pensar no teu caso. ― Você pensa muito. ― Você não? ― Em você eu penso. ― Ele ouviu a risada dela. ― Tenho que desligar para não me atrasar. Kate, é tão bom falar com você. E por favor, pense sobre o endereço.
― Ok, William. Que bom que você me ligou, foi uma ótima forma de começar a manhã. ― William sorriu triunfante. ― Concordo com você. Espero que você tenha um bom dia. ― Bom dia pra você também.
― Tchau, Kate. ― Tchau, William.
Catherine desligou o telefone, e pulou da cama, a televisão ficou esquecida no quarto, enquanto ela foi até o banheiro encher a banheira. Catherine se sentia ainda mais motivada para começar seu dia. Pensar em William era viciante, e ela se sentia nas nuvens.
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Após desligar o telefone, William não conseguia parar de sorrir. Ele estava indo em direção ao banheiro quando escuta uma batida na porta.
― Um instante. ― Ele pega uma camisa que estava jogada em cima do sofá e a coloca, em seguida vai em direção a porta.
― Bom dia, flor do dia. ― Disse William, abrindo os braços. ― Meu Deus, você está tão feliz. Bom dia, William. ― Natalie abriu um sorriso.
― Hoje é um dia maravilhoso, Nat! ― William a puxou para um abraço. ― Oh Will, o que aconteceu? ― Ela perguntou em meio a risadas.
― Hoje tem Aston Villa, mulher! ― Ele exclamou.
― Só por isso? Pelo que Rob me contou você saiu ontem e falando nisso... ― Natalie ajeitou a postura, falando num tom mais sério. ― William, você precisa parar de sair sem segurança.
― Ah Natalie, não começa você também. ― Quem é ela? ― Ela?
― Sim. William, eu te conheço. Seu time é importante pra você, mas você não estaria assim só porque vai sair com seus amigos. E sem contar que pra te entender eu acompanho a tabela da Premier League. ― William gargalhou.
― Você acompanha a tabela? ― William se sentou no sofá rindo. ― Você não existe.
― O que eu não faço por você, não é mesmo? Mas Will, não mude de assunto, é a moça do Museu? ― William paralisou.
― Como é possível que todo mundo saiba disso?
― Não é todo mundo, somente Rob e eu. Ele me contou por que ficou preocupado, ele nunca te viu daquele jeito.
― Nat, não quero que mais ninguém saiba disso... ― Ele respirou fundo. ― Sim, é a Kate. Eu fui atrás dela e nós marcamos um encontro, não quero que ninguém saiba, não quero que aconteça com ela o que aconteceu com a minha mãe.
― William... ― Eu não sei explicar, parece que conheço ela há anos.
― Você está apaixonado. ― Ela riu. ― Eu vejo algo especial nela, quero explorar isso. ― Ele sorriu, seus olhos brilhavam ao pensar em Catherine. ― Preciso ser cauteloso, você tem que me ajudar a manter isso privado, pelo menos por enquanto. ― Ele olhou nos olhos de Natalie.
― Vai dar tudo certo! Agora vamos, eu vim te avisar que o café está pronto. Rob está vestido de Villa da cabeça aos pés. Parece um idiota. ― Ela tocou em seu ombro e sorriu.
― Você ainda vai casar com ele, Natalie. ― William falou zombeteiramente. ― Deus me livre! ― Natalie gritou, enquanto saia do quarto.
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Logo após seu banho relaxante, Catherine recebeu a visita de sua mãe e de sua irmã. As 3 Middletons fizeram um delicioso almoço caseiro e colocaram a conversa em dia. Catherine detalhou sobre a visita do príncipe ao Museu, mas omitiu seu pequeno envolvimento com ele, não porque escondesse coisas da sua família, mas ainda era tudo muito novo para eles.
No início da tarde, Catherine fotografou alguns produtos e cenários para a loja dos pais e no restante do tempo livre elas saíram para fazer aquilo que mais gostavam de fazer juntas: compras.
Na cafeteira próxima de sua casa, Catherine tira discretamente o celular da bolsa, localiza o contato que foi salvo hoje pela manhã e com um sorriso discreto digita uma mensagem rápida e logo voltou sua atenção para sua irmã que não parava de falar sobre o atual namorado.
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William passou seu dia de folga da forma que ele tanto amava. Após o café da manhã, acompanhado de Rob e Natalie, ele pilotou seu helicóptero até Birmingham. Voar era uma das coisas que William mais amava fazer. Se dependesse apenas dele, com certeza seguiria na profissão de piloto de helicóptero na Força de Busca e Resgate da Royal Air Force. Chegando em Birmingham, encontrou alguns amigos num Pub local, onde comeram, beberam e jogaram conversa fora. William se sentia como qualquer outro inglês e amava isso. Próximo do horário do jogo, foram todos ao Villa Park.
A emoção de acompanhar um jogo de futebol no estádio é o ápice da experiência de torcer para um time de futebol. Uma multidão na arquibancada ecoando os cantos da torcida, gritando, aplaudindo. Todos na mesma sintonia em uma motivação coletiva em torno de um único objetivo: a vitória do time. William se sentia em casa no Villa Park. Para William, o Aston Villa gera um sentimento inigualável de pertencimento, não foi William que escolheu torcer para o Aston Villa, mas sim o Aston Villa que o escolheu. Uma conexão.
Naquela tarde, o príncipe tirou folga dos títulos e pode ser como qualquer homem apaixonado por futebol. Cantou, gritou e se divertiu muito com seus amigos e de brinde ganhou a vitória de 2x0. No caminho de volta até o helicóptero, ele tirou o celular do bolso e notou que tinha uma mensagem daquela que poderia deixar seu dia ainda mais perfeito.
Kate:18 Old Church St Street, Chelsea.
William sorriu, guardou o celular e entrou no helicóptero. O caminho de volta nunca foi tão atraente.
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Catherine estava sentada no sofá da sala editando algumas fotos no computador, enquanto na televisão passava Downton Abbey quando ouviu um barulho alto de motor passando na rua, seu celular vibrava.
William: Estou aqui.
Catherine fecha o notebook e corre em direção a janela, espiando pela cortina da sala ela o vê, William estava de moto, parado na frente de sua casa, esperando por ela.
Catherine abre a janela, chamando a atenção de William. ― Você veio mesmo. ― Ela sorri e faz sinal para ele esperar.
Catherine se afasta da janela, e vai em direção ao quarto para calçar um par de tênis, ela se olha no espelho sorrindo como uma adolescente, tudo parecia mágico.
O céu estava limpo e estrelado, a temperatura estava agradável. Era realmente uma linda noite de primavera. Catherine praticamente corre para a rua, fechando a porta ao sair e com alguns passos a morena chega até ele.
― Olá, senhor motoqueiro. ― Ela fala quando se aproxima dele. William tira o capacete e sorri, fazendo Catherine quase suspirar.
― Olá, moça bonita. Vamos dar uma volta? ― Ele pergunta enquanto pega o segundo capacete e estica na direção dela.
― Eu nunca subi numa moto antes. ― Pra tudo tem uma primeira vez. Vem, ― ele deu um tapinha no banco atrás de si. ― Sobe aqui. Te prometo que será divertido.
― Aonde você vai me levar? ― Ela perguntou. ― É uma surpresa, relaxa eu vou cuidar de você. ― Ele a tranquilizou.
Colocando os dois capacetes no guidão, William tirou a jaqueta e entregou para ela. ― Veste isso. A temperatura está agradável mas o vento em alta velocidade está geladinho. ― Catherine colocou a jaqueta dele, e ficou enorme nela. ― Você não vai ficar com frio? Posso ir ali buscar a minha.
― De forma alguma... ― William a olhou hipnotizado. Catherine estava terminando de fechar o zíper e olhou para o símbolo do Aston Villa na jaqueta. Ela sorriu, mas não disse nada.
― Aqui o seu capacete. ― Ela pegou da mão dele e colocou. Catherine não conseguia fechar a cinta jugular do capacete e William prontamente a ajudou. Seus olhos brilhavam de uma forma inexplicável. Catherine agradeceu enquanto pousou as mãos delicadamente pelos ombros dele.
William também colocou seu capacete. Catherine se aproximou ainda mais, agora apertando os ombros dele montou atrás de William. Catherine envolveu a cintura dele com os braços e a distância entre eles desapareceu por completo.
― Tudo bem aí? ― William perguntou num tom mais alto por conta do capacete, e Catherine sentia a voz dele pulsando pelo corpo. Ela suspirou. A sensação era maravilhosa.
― Tudo! Vamos logo com isso! ― Sem pensar direito, Catherine envolveu seus braços ainda mais nele, apertando ainda mais as mãos envolta da sua cintura, foi a vez de William suspirar.
William virou a chave e Catherine colocou as mãos dentro do bolso do seu moletom cinza. O príncipe ligou o motor e saiu na direção sudeste na Old Church St em direção à Petyt Pl, virou à na Chelsea Embankment/A3212 e começou a acelerar, a sensação de liberdade surgindo de dentro para fora. Catherine fechou os olhos e se agarrou ainda mais a William, agora ela se sentia parte da paisagem, a rodovia estava praticamente vazia e ela podia sentir o ambiente a sua volta. William diminuiu um pouco a velocidade e virou à direita na Chelsea Brg/A 3216, estavam quase chegando no Battersea Park. William estava tão confortável tendo Catherine tão próximo de si, mas não tinha certeza de como ela estava se sentindo então resolveu parar no Parque. William desligou a moto e respirou fundo. Foi incrível.
Catherine desceu da moto e William lamentou por não ter mais os braços dela envolta de sua cintura, ele tirou o capacete e passou a mão pelo cabelo. Ela também tirou o capacete, olhou para William e sorriu. O sorriso mais lindo que William presenciou. A adrenalina ainda estava correndo em suas veias.
― O que achou? ― Ele disse descendo da moto e pegando o capacete das mãos dela. Ele carregava um no cotovelo e outro na mão.
― Ah William, foi incrível. Um turbilhão de sensações. ― O rosto de William se iluminou ao ouvir isso. ― Eu parei aqui porque queria ter certeza que você estava gostando. ― William falou olhando em seus olhos.
― Vamos aproveitar que estamos aqui e caminhar um pouquinho pela natureza. ― É uma ótima ideia. Você gosta de estar na natureza? ― Ela perguntou e os dois começaram a caminhar rumo à entrada do parque.
― Amo tudo que envolve natureza. Você gosta? ― William não estava com frio, mas colocou o capuz do moletom. ― Que incrível! Eu amo! ― Ela respondeu, dando o braço a ele.
Agora Catherine caminhava de braço dado com William, e ele se sentia como um bobo. Seguiram adiante no parque, jogando conversa fora, William contou sobre seus projetos ambientais e sentia que podia ser ele mesmo e não estava preocupado em ser nada diferente disso. Era uma sensação indescritível.
Quando chegaram próximo do Rio Tamisa, William sugeriu um sorvete, então foram até a Pear Tree Cafe. O local era tranquilo e não estava muito cheio. Havia uma música ambiente e algumas pessoas conversando sem prestar atenção em nada ao seu redor. Perfeito para a ocasião.
Catherine pediu um sorvete de baunilha e William de chocolate. Eles foram até os assentos externos com vista para o lago. William depositou os capacetes sobre a mesa.
― Então isso é um encontro antes do encontro? ― Catherine quebrou o silêncio confortável. Ele riu. Ela lambeu o sorvete e William ficou sem ar.
― É... ― Ele fingiu tossir. ― Podemos chamar de encontro não oficial. Você notou que tudo até agora foi no improviso? ― Ela o olhou. ― Notei e saiba que eu gosto de ser surpreendida. ― Catherine queria beijá-lo.
― Ah é? ― William se aproximou e colocou o cabelo dela atrás da orelha. ― Bom saber. ― Catherine engoliu em seco. William se afastou porque seu telefone tocou.
― Desculpa, é a minha secretária, vou ter que atender. ― Ele se levantou.
― Oi, Nat. ― William disse ao colocar o telefone no ouvido. ― Oi, William. Onde é que você está? ― Battersea Park. ― Você está sozinho? William você vai me colocar em problemas se sair sem segurança ao menos se tivesse me avisado. Eu me preocupo com você, Rob também. ― Estou com a Kate. ― Ele olhou na direção de Catherine, que agora estava terminando seu sorvete olhando para o lago. ― Daqui a pouco vou para casa, não se preocupe comigo. ― Você sai de moto, sem proteção nenhuma e não quer que eu me preocupe? Não é só um trabalho para mim, Will, mas ok. Se divirta e cuidado, por favor. ― Ta bom, chatona. Da próxima vez, eu te aviso. Me desculpe, ok? Até mais. Beijo. ― Ele desligou, e foi até Catherine novamente.
― Me desculpe por isso, a Natalie odeia que eu saia de moto. ― Ele murmurou. ― Adorei a forma que você trata seus funcionários.
― Eles são muito mais que apenas funcionários para mim. ― Catherine sorriu com o jeito que ele falou. ― Você é fofinho. ― Ele corou e ela gargalhou. ― Kate, por favor. ― O som da risada dela, preenchia algo dentro dele. Ela se aproximou pegando no braço dele.
― Vamos voltar? ― Ela assentiu e pegou o seu capacete, indo em direção a porta. William fez o mesmo.
Quando estavam quase chegando no estacionamento, Catherine se soltou dos braços dele e começou a correr.
― Quem chegar por último é mulher do padre! ― Ela gritou em meio a gargalhadas. ― Você é maluca! ― William gritou de volta e saiu em disparada.
Quando ela estava quase chegando na moto dele, Catherine sentiu as mãos de William rodeando sua cintura. O som de suas risadas preencheram o ambiente. William a girou em seus braços, aproximando-se de seu rosto, pode sentir quase instantemente sua fragrância floral. Era delicioso.
― Você quase ganhou! Quase. ― Ele sussurrou, e ela se arrepiou com o hálito dele tão próximo de seu rosto. ― Quase. ― Ela também sussurrou.
Eles pararam de rir e tudo pareceu ficar em câmera lenta. O azul no verde. O verde no azul. Uma conexão.
Catherine umedeceu os lábios, mas William cortou o clima subindo na moto.
― Preparada? ― Ele falou e sua voz soou rouca. Ela assentiu, montando na moto. William foi envolvido novamente pelos braços de Catherine e eles fizeram o caminho de volta.
William parou em frente ao apartamento de Catherine. Eles desceram e ficaram parados na calçada. William deixou o capacete em cima da moto, Catherine também.
― Will, foi incrível. Eu adorei passar esse tempo com você. ― Ela falou suspirando. ― Foi incrível. ― Ele segurou as mãos dela. ― Você é incrível. ― Ela sorriu e umedeceu os lábios.
William olhou diretamente para os lábios de Catherine. Suas mãos subiram pelas costas dela e pousaram delicadamente sobre os ombros aproximando-se de seu rosto, ele depositou um beijo em sua testa, afastando-se devagar. Ela estremeceu.
― Boa noite. ― Ele sussurrou. ― Boa noite, se cuida. ― Ela disse baixinho. ― Você foi meu primeiro e mais perfeito encontro antes do encontro. ― Ele alisou delicadamente a bochecha dela com o polegar. ― Linda.
William foi embora, deixando um capacete, uma jaqueta e uma Catherine com borboletas no estômago parada na calçada.
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imichaelcortez · 1 year
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O Hipócrita.
A sessão de ginástica intelectual do hipócrita começou, como de costume, com meia dúzia de birras, uma pequena auto-realização e uma confissão:
-Sou ignorante. Tenho tantas perguntas...Mas tantas perguntas, e quase todas elas, sem respostas....”
-Por isso desde pequeno aprendi a não confiar nos mais velhos. Eles parecem todos robôs. A mesma programação, as mesmas reacções e retortas lineares. Ninguém com respostas fora daquilo que posso encontrar no Google em menos de cinco minutos. Nem sequer alguém que diga: "sinceramente não sei, mas bora pesquisar e aprender juntos." Será tão difícil assim reconhecermos e admitirmos os nossos limites? Eu consegui aceitar que sou ignorante, e os outros?
-Então sozinho procurei. Procurei, procurei e procurei...Nada. Só algumas dicas encontrei. Dentre elas: como encontrar o amor da minha vida? Menos uma dor de cabeça, achar uma boa parceira foi complicado. Mas ser abençoado por outras respostas? Nem já. Quer dizer, o que po##as é que devo fazer para sair do cubico velha? Só de pensar nisso já imagino respostas programadas. Gostaria que deixassem lá desses hábitos, francamente.
-Contudo, sei que no fim do dia a culpa de ninguém é. Talvez, nem sequer minha (ou isso queria eu). Mas a única pessoa que pode mudar tudo isto sou eu. Só eu posso agir pelo meu bem.
-Então continuo a procurar. E ando bastante, também. Faça Sol, ou faça chuva. O mais complicado, sendo, as incertezas inerentes a um caminho que está fora das respostas “programadas” que tanto critico. Gosto de imaginar que sou um navegador com bússola quebrada. Ou melhor, um navegador à busca de estrelas numa cidade amaldiçoada com poluição luminosa. Gostaria é de sair da cidade para encontrar o campo, onde os montes são banhados pelo tapete luminoso das estrelas. E claro, sem esquecer que isto é Angola, onde a feitiçaria é mais comum que os costumes de higiene bocal diária. Quero ir para além do Ramiros, onde as estradas estão infestadas de piratas inscrupulosos. Não é um céu de estranhar que nem o da Aurora Borealis, com véu multicolor, mas po##a que as noites são mais lindas fora de Luanda. Tão lindas quanto perigosas, que nem os lábios carnudos de uma luandense casada. Essas é que fazem matar.
-Mas como sair da poeira luminosa (e sonora, pra ser sincero) de Luanda? Ou, ao menos, como ter o kumbú para morar num desses hotéis bem altos da Mutamba para ver as estrelas? Será que dá mesmo pra ver as estrelas de lá? Ou será que quando chegar ao topo dum desses prédios, as estrelas perdem a beleza? Quer dizer, nunca vi rico a falar das estrelas...
-Talvez eu nem seja navegador, mas sim, um fotógrafo! Meu sonho é algo ridículo tipo tirar uma longa exposição das estrelas que pairam acima do Kinaxixe (Ou Kinaxixi, estão sempre a mudar estas brincadeiras. Kwanza que do nada vira Quanza. É pá, eles que se decidam). Olha que nunca vi uma foto dessas. É que alguns artistas fotográficos da banda só sabem enaltecer as luzes da cidade para partilhar com os estrangeiros na internet. Como quem diz: Olha! Também somos civilizados! Também temos prédios e ar condicionado. O que lhes safa é que as fotos não vêm com o cheiro acompanhado, porque esta cidade cheira a rato morto. E bufos. É escusado repetir-me, mas ela só é linda quando vista das mais altas das alturas.
-Não é à toa. Não é à toa que fui ao Kilamba viver com uma tia enquanto terminava o ensino médio. Assim que voltei, todos os kambas tinham ido à Tuga. "Vem também", dizem eles. Pouco sabem que sou hipócrita (caso não o tenha feito evidente o suficiente). Critico tanto o país, mas sou o que acredita que um dia as coisas haverão de mudar. Sou eu quem diz que está cansado deste país todos os dias, porém, hesita sempre que a namorada vem com conversas de emigrar. O perito em desterrar um número incompreensível de desculpas. Ah porque: "Amor, tratar o passaporte anda difícil, o fulano só recebeu depois de um ano". Tudo coro.  Eu, que reclamo da falta de higiene da tia Bina, mas todas as sextas-feiras lá estou eu, à caminho da chapa, a pedir pincho de cinco paus e kikuanga de quatrocentos. Aquilo é contar as moedas ou quê! A minha relação com esta nação é tóxica. Ela magoa-me e choro, sair que é bom, nada.
-Mas, pensando bem, sou hipócrita coisa nenhuma. Sou sofredor, isso sim. Até, como os miúdos na net dizem agora: sou guerreiro, batalhador. Todos estão a fugir e eu aqui a lutar. Tenho permissão de criticar o meu país à vontade. Afinal de contas, quem ficou para discutir com Luanda fui eu. Se um dia melhorar, nem pensem só em voltar. Quem descartou a sua nacionalidade angolana, que nem se atreva a pedir.
-Eles é que matam o país. Os tais “quadros” que vão procurar “melhores condições de vida.” Não aguentaram mas é a pedalada. Angola está a sangrar, e por isso está sempre mal humorada. Por isso nos trata tão mal. Também o faria, se todo o sangue das minhas veias se escoassem. Se os meus filhos procurassem outros pais porque não possuo os meios de os sustentar. Não estou a dizer que tudo aqui está perfeito, muito longe disso. Mas como irá a obra se aproximar da perfeição se o escultor não tem aquele mambo de lapidar as pedras? (não sei o nome, já disse que sou ignorante). Angolanamente falando, como polir o diamante sem a Endiama, Catoca e outros? Como explorar o petróleo sem a Sonangol? Estas empresas, são perfeitas? Claro que não! Mas como explorar o que temos sem elas?
-Então fico mesmo na bandula. Se for pra sair, que seja para passear. O meu diamante bruto é o meu país. Para lá voltarei para trabalhar.
-Nunca me vi patriota, mas se for esse o título que me atribuírem, que assim o seja. As pessoas não conseguem olhar para os outros sem os baptizar com conceitos que já entendem de qualquer forma. E também não sou exceção à regra. Sou tão culpado de preconceito quanto todo mundo.
-Mas um dia quero ter o orgulho de dizer que sou um dos que contribuiu. Um dos que tornou o "havemos de voltar" em "havemos de seguir". Tornar o "I have a dream" em "I have a plan". Que um dos títulos a mim atribuídos seja resultado de acção, e não do estado de inércia perpétua em que vivemos neste país.
-Não sei qual é o caminho, mas certamente, este não é.
-Então, eu procuro. Incessantemente procuro.
O hipócrita procura mas é, com a bebida como fonte de inspiração, justificar a sua forma de ser e pensar.
Se tão iluminado fosse como quando sóbrio, talvez veria uma Luanda diferente.
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linhascurvas · 2 years
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AA (Ansiosos Anônimos) e o breve resumo de uma vida sem graça.
Quando eu era pequena (tipo uns 10 anos de idade), estava no recreio, na escola, e uma vizinha de prédio me viu lanchando sozinha. Ela veio até mim e me perguntou porque eu estava sozinha e eu não soube dizer o motivo, mas disse que estava tudo bem. Há alguns anos trás, meu irmão Samuel veio me contar que essa vizinha tinha falado com ele este fato e que anos depois ele entendeu que tinha alguma coisa ali, só não sabia o que era a época. Eu era quietinha, quase calada, não tinha amigos. Só brincava como carta branca com os colegas do prédio, porque num pique pega eu morria de medo de ser pega e na minha vez de pegar, não conseguir pegar ninguém. O medo sempre me paralisou em vários níveis, desde a brincadeira até nos momentos mais sérios. 
Meus primeiros sintomas mais sérios de ansiedade foram, aos 17 anos. Tinha começaram aquelas provas imitando vestibular, sabe? Meu coração batia forte, que parecia que ia sair rasgando o peito. Eu achava que era normal, que todo mundo ficava daquele jeito. Me lembro que em uma dessas provas, ao terminar, comecei a sentir um enjoo forte. Falei com a professora, que pediu pra uma colega me acompanhar até o banheiro, mas só deu tempo de sair da sala pra eu colocar os "bofes pra fora". No dia eu não entendi porque eu me senti daquele jeito tão estranho, do nada. 
Para o meu alívio, passei de primeira na única faculdade que me inscrevi. Mas foi ali que as coisas começaram a piorar. Com 2 meses de curso eu já sabia que não queria aquilo e foi quando me corpo começou a gritar socorro e eu sem entender nada. Eu entrava pra aula pra fazer uma prova simples de filosofia ou matemática 1, mas começava a passar mal, enjoar e tinha que sair correndo pro banheiro. Eu não sabia porque eu estava daquele jeito e morria de medo de saber, de ser alguma doença pesada. Falando nisso, eu perdi as contas de quantas vezes eu desejei que fosse uma dessas doenças, pra pelo menos ser algo mais palatável aos olhos dos outros. Foi 1 ano e meio fingindo fazer um curso que eu não aguentava nem pensar em por os olhos nas matérias. As únicas pessoas que sabiam disso era minha psicóloga e meu então namorado. Namorado este que conheci virtualmente, porque né, - calada, sem amigos, não saia de casa, só olhava pro chão - só na internet eu conseguia me comunicar e conhecer pessoas (obrigada por tudo, twitter). E, psicóloga esta, que comecei a frequentar depois de tentar tirar carteira e não conseguir chegar a prova de direção. Lembro-me de certo dia, o professor de direção pedir pra eu esticar as mãos, para eu mesma perceber que estava tremendo. Depois deste dia, eu não consegui mais ir as aulas... Eu chegava no meio de caminho e começava a ter ânsia de vômito. 
Estava em 2010 e depois te tomar coragem e decidir fazer vestibular para outro curso, a vida melhorou consideravelmente. Eu tive meus problemas na faculdade, envolvendo pessoas, claro, mas hoje estes problemas não me incomodam. O curso foi uma delícia de fazer de modo geral. Eu não me preocupava tanto com a vida. Até parei com a terapia. Tinha 1 (um) amigo, que era meu namorado na época e, por isso, eu não precisava nem olhar pro lado. Época tranquila pra cabeça. Pena que todo carnaval tem seu fim. 
No final da faculdade, eu terminei meu namoro e então fiquei sem nada para me apegar. Perdi aquela base sólida toda de uma vez e comecei a tentar entrar de fato na vida adulta. Claro que não consegui “nem um pouco direito”. Comecei a ter crises diárias de ansiedade. Acordava todo dia, as 7h, passando mal, tremendo, muito enjoada e pensando que eu deveria estar trabalhando, mas não estava, que eu deveria correr atrás, mas não sabia como, que eu devia ser uma pessoa diferente, mas não era. Arrumei uma pós para fazer, que me salvou em alguns sentidos. Eu tinha um motivo pra sair de casa e colegas para me levar “pra rua”. Um amigo de twitter virou um affair, que me ensinou muito sobre as relações interpessoais, sobre as variadas formas de amor, de amizade e de companheirismo. Nessa toada fiz amigos, alguns que estão comigo até hoje. 
Foi com 26 anos e meio ano após sair da faculdade, que comecei de fato a tratar o que sempre me fez diferente do resto e, ao mesmo tempo, como hoje vejo, é o que mais me faz parecer um ser humano. Fui a alguns psiquiatras, comecei a tomar remédio, procurei psicólogos e de uma crise em outra, procuro me adaptar a mim mesma todos os dias. 
Hoje, em 2022, aos 32 anos, me vejo caminhando. Ainda com aquela sensação (sei que muitos tbm tem) de que não sou o que eu esperava de mim, mas, ao menos, estou caminhando. Eu sei que reclamo muito da vida, e talvez seja por isso que estou escrevendo este texto, mas as vezes é a reclamação que me segura viva. Expor minhas angústias me ajuda de alguma forma. A intensidade das minhas emoções me faz uma pessoa “doente”. Uma doença nada palpável, subestimada, mas muito sentida por mim, na grande maioria das vezes de forma solitária. 
Sou uma mulher branca, de classe média e não precisei me esforçar muito na vida em sociedade, por causa dos vários privilégios que tenho. Também sou uma mulher que convive com TAG desde que se entende por gente, que tem sensações que transcendem a natureza do ser, percorrendo todos os orgãos e explodindo a cabeça, o estômago, a pele, os músculos, causando dores físicas e psicológicas. 
Ainda não sei porque sou assim e talvez nem saberei. Tomo três ansiolíticos diariamente, além do tarja preta, que, de vez em quando, uso para encontrar algum boy ou quando minha chefe entra na sala. Ainda acho que não me esforço o suficiente, que tenho capacidade pra ser muito melhor do que sou, que deveria ser grata pela vida maravilhosa que tenho, mesmo sabendo que dou meu máximo todo dia mesmo tremendo, sem vontade de comer direito e sem concentração alguma para qualquer atividade relevante.
A vida para mim é cansativa. Tiro de coisas simples como piadas ou conversas fiadas com amigos e conhecidos, a força para vencer mais 24h, vivendo assim meu próprio AA (ansiosos anônimos).
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tecontos · 9 months
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Perdi o meu cabacinho com o meu primo nessas ferias (julho-2023)
By; Caca (Carla)
Olá eu sou a Caca, tenho 17 anos (18 anos em Outubro) e era virgem ate esse mês de férias, aconteceu a duas semanas, tenho 1, 60 de altura, cabelos castanho claro, olhos mel, bumbum é seios médios bem redondinhos e durinhos…
Cada vez que me lembro minha bucetinha pulsa, mas enfim, tenho uma tara enoooooorme por militares, aquelas roupas marcando o bumbum, aqueles soldados com cara de durões, fico imaginando o quanto deve ser bom meter com ele me pegando com força… Mas vamos ao que interessa.
Nesse mês fomos para o interior, e mesmo sem querer acabei indo. Chegando lá era aquela chatice, cidadezinha silenciosa, e a casa que agente fica então… Piorou, quando estamos lá e recebemos visitas é até uma novidade.
Num dia de manhã ainda lá no sítio, recebemos um telefonema de minha tia avisando que iria até lá para fazer uma visita fiquei na esperança de que ela me levasse com ela, assim ela fez, ainda bem, pois já não aguentava mais aquela monotomia.
Chegando em sua casa, que era em outra cidade, minha prima estava em casa, como não me dou bem com ela preferi ficar na casa de outra tia na mesma cidade, peguei minhas coisas e fui…
Chegando lá, já tinha ouvido falar que meu primo Sérgio estava servindo o exército mas até então, a última vez que o vi eu nem me lembro. Quando cheguei e vi ele sentado não acreditei minhas pernas até amoleceram, sem brincadeira, olhei pra aquele homem com o peitoral todo definidinho, cabelo bem cortado… Loirinho, estava com roupas simples mas ele por sí só já é um deus maravilhoso com aqueles olhos esverdeados, um alemão com uma bunda tão durinha.. Rsrs.
Conversamos normalmente, respeitei até porque não sabia se ele tinha namorada, ou era casado. O dia foi passando… E a noite passei em claro, nem consegui dormir direito pensando no estrago que ele poderia fazer comigo virgem. Será que dói muito?
No dia seguinte, passei a manhã na casa de outros parentes para não ficar sozinha, minha tia que é mãe dele foi trabalhar cedo junto da minha prima e tio, ele foi o primeiro que acordou e saiu morava perto do quartel mas tinha que estar lá as 7: 00.
No finalzinho da tarde voltei para casa dele. Chegando lá minha tia havia saido novamente e meu tio estava no portão, entrei, para tomar um banho, depois de ter passado o dia todo na casa de parentes não tem nada melhor para relaxar.
Perguntei pro meu tio se minha tia havia saído, mas ele não respondeu porque não estava mais lá, eu fiquei sozinha, aproveitei e fui tomar banho.
Não parava de pensar no meu primo… Imaginava ele com aquela farda linda que ele chegava todos os dias, a qual fazia com que o verde de seus olhos se destacasse, rasgando ela com as mãos e lambendo aquele suor todo… Não aguentei tive que bater uma siririca pra ele no chuveiro, só mexi no grelinho porque eu tinha medo de colocar o dedo e machucar.
 Então sentei no chão com as pernas apoiadas nas paredes de frente pro chuveiro, deixava a água cair na bucetinha enquanto cheirava uma camiseta branca, que fazia parte do uniforme dele e que estava no cesto pra lavar. Aquele cheiro de macho me deixava arrepiada… Passava a camiseta na bucetinha, chupava aquele caldo salgadinho de suor dele, esfreguei ela no grelinho.. Não aguentei e gozei. Minhas pernas ficaram moles, lambi os dedos imaginado que fosse a porra dele, gemia bem baixinho chamando o nome dele, de repente… Um barulho de moto??? Como assim?? Ahhhhhh é.. Ele tem uma moto! Pensei rápido como que eu provocaria ele pra ver se ele topava. Antes de ir para casa, ele havia passado na casa da minha tia onde fiquei durante o dia.
Saí apressada enrolada só na toalha, e ele estava guardando a moto. Entrei no quarto da irmã dele e virei com a bunda para porta, acho que ele viu tudo, que bom era essa a intenção. De repente vi uma sombra atras de mim.. Hummm ele não perdeu tempo, passou a mão na minha bunda e já me puxou pela toalha, Pensei” agora vai ou racha rs”
Ele começou a me agarrar, tirando minha toalha, passando as mãos nos meus seios, pegou minha mão fez eu pegar no pau dele…. Hummmmmm como era grosso e grande, estava muito duro e pulsava na minha mão.
- Olha só como você me deixa, tá durinho só pra você..
Eu já estava com tanto tesão que não conseguia nem pensar direito. Ele foi me arrastando pro quarto dele, me jogou na cama brutamente , me mordia, me encochava, segurando meu braços que eu não conseguia nem me mexer, ai como ele era tarado e gostoso, passava o dedo na minha buceta.
- Quantos anos você tem??
- Respondi, 17. Ele olhou pra mim e falou:
- Ahhh.. Mas você é muito novinha ainda… Não posso, vou te machucar!
- Novinha mas já sei o que é bom e quero sua rola na minha bucetinha, esperei a noite toda por isso, você não quer estreiar ela ?
Na hora ele começou a chupar meus seios, passava a cara na minha buceta, parecia estar gostando muito, e eu então… Me sentia no céu, tirei a roupa dele e quando vi aquela rola já toda meladinha , não resisti, cai de boca, não sabia como fazia boquete, então apenas chupei, lambia todo o meladinho, ele tremia todo, e o pau dele mexia na minha boca.
- Agora deixa eu passar só a cabecinha nela, deixa?
- Fiz que sim com a cabeça… Bem dengosa
Quando ele colocou a cabecinha senti uma leve ardência, mas quando ela passou… Perdi o folego, sangrou um pouco, era desconfortável, uma dor gostosa que eu queria sentir mais, foi tão delirante que então entendi o porque as mulheres gemiam tanto, é de tesão.
Ele metia com força, as vezes dava até vontade de chorar, mas passei tanta vontade de meter com ele que eu queria aproveitar até a dor. Ele metia e parava.
- Porque você parou?
- Se não eu vou gozar.
- Continua por favor!
Ele meteu com força algumas vezes e respirou fundo.
- Vou gozar…
Ahhhhh que gozada…
– Isso… Goza na minha bucetinha.
Eu sentia aquele pau grosso latejando na minha bucetinha. Quando ele tirou a rola, aquele líquido quente escorria na minha bunda e no meu cuzinho, passei os dedos e lambia, passava nos seios, não perdi uma só gota de porra.
Todo suado e olhando pra mim, parecia desacreditado do que acontecera. Sem demora me vesti, ele foi para o banho, e os outros foram chegando conforme o tempo passava, tio, tia, prima. No dia seguinte ele me deu uma pílula para tomar e evitar uma possível gravidez.
Não tivemos tempo para outra transa, mas ainda deu tempo para eu chupar o pau dele na noite antes de voltarmos para casa. Agora quero transar outra vez !
Enviado ao Te Contos por Caca
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journaldemarina · 8 months
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Sábado, 19 de agosto de 2023
Estou ouvindo sem parar Bragolin - Into Those Woods.
Ah... sem muito o que falar, sem muito o que registrar. Nem o que sinto lá de vez em quando parece ter importância o suficiente para ser anotado. Fiquei em casa nessa sexta-feira, por um milagre. No início da semana o professor & baterista que fiquei tempos atrás respondeu meu story perguntando "oie, quando podemos nos ver de novo?", eu disse que tal sexta? e então sumiu. Sei lá. Nem estava esperando muito menos empolgada, mas transar com ele tinha sido bom. Só.
Ontem terminei de montar os móveis que chegaram faz mais de mês em casa e estavam encostados na parede esperando o quebra-cabeça ser organizado. No total foi uma estante que são três, tal qual a Divina Trindade, e uma torre quente vagabunda e baratíssima que comprei para colocar o cooktop + forno elétrico + micro-ondas. Engraçado, o novo acordo ortográfico entrou em vigência em 2009, um considerável tempo já, mas tive que pesquisar se micro-ondas tinha hífen ou não (agora tem).
Também ontem o agora ex-falecido AA mandou um "oii" como se não tivesse sumido por meses. Vou até me referenciar aqui e copiar o que escrevi dia 13, semana passada: "O falecido AA, que não dava as caras fazia meses, resolveu aparecer! Somente em forma de curtida, mas ainda assim. Não que eu me importe, deixo claro isso, só fiquei surpresa. Enfim, não vou divagar em curtida que curtida pode significar qualquer coisa." No fim a intenção da curtida era óbvia e minha pergunta inicial do texto foi respondida. Enfim. Maluco. Mas... sabe o que é pior? Se ele tivesse chamado para ir na casa dele eu iria.
Agora vou colocar o lixo para fora, tomar um banho, depois ir na depilação, depois trabalhar no café. O dia tá lindo e estou apática. Queria sentir coisas, qualquer coisa, investir numa ideia, me emocionar. Queria significar algo para alguém. Sei lá. Ao mesmo tempo me sinto patética só em pensar na ideia de querer atenção de alguém, é coisa de se acontecer naturalmente, não é? Ou tem ou não tem, sem essa de meio termo. Nem penso em relacionamentos, só queria estabelecer algum nível de relação, algum tipo de troca real. Daí vem aquela máxima repetida sempre "transar é bom mas...". Enfim. Mais tarde, depois do trabalho, vou ver meu amigo, me chamou para tomar uma loira, palavra dele.
Mudando de rumo. Esses dias vi Confess, Fletch, um filme de comédia bobinho com o Jon Hamm. Vi alguém uma vez comentar que a maior tristeza e sina do Hamm é ser alto e gostoso demais e por isso nunca é cotado para humor mesmo sendo bom demais nisso. O filme em si é dispensável, mas filmes dispensáveis são necessários demais, sempre bom não precisar pensar em nada.
Ontem fiquei tristíssima que não consegui ingresso para ver a pré-estreia do Retratos Fantasmas, do Kleber Mendonça Filho. O próprio diretor estaria (quer dizer, vai estar, eu que não vou) para um bate-papo após. Infelizmente tem muito cinéfilo desocupado nessa cidade para ficar em fila às 13h30 de uma sexta-feira. Tinha convidado uma menina para ir junto. Fuén.
Hoje descobri Look Around You, uma série britânica de duas temporadas que é paródia das séries de ciência de lá. Há todo um universo da TV britânica a ser descoberto.
* * *
Perdi a depilação, o café está cheio, a apatia deu lugar a uma agonia que não sei de onde vem. Talvez eu depile mais tarde. Mais cedo passei numa feira de antiguidades e comprei num sebo de livros Porno Chic da Hilda Hist e Dom Quixote do Cervantes. Eu tinha a versão em inglês desse segundo mas a erudição estava terrível (para mim). Ganhei de brinde A casa dos budas ditosos do João Ubaldo Ribeiro.
Espero que o dia melhore. Tanto faz.
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lettyfanfics · 1 year
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Fix me
Imagine: Imagina estares com depressão, tentando acabar com a tua vida quando és encontrada pelo Ian.
Avisos: Depressão, Tentativa de suicídio.
Famosos Masterlist
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A dor é demasiada para suportar, qualquer palavra parece-me criticar…É um inferno. Mais uma vez fui humilhada e a minha melhor amiga nem conseguiu me defender, o coração aperta-se de tal maneira que a única solução que encontro para me sentir melhor é me esconder num buraco qualquer com uma lâmina na mão.
Hoje fui a um parque para poder desenhar a paisagem sem esperar que alguém me reconhece-se. Há alguns meses atrás foi-me diagnosticada uma depressão e desenhar é a única coisa que me mantem assente na terra, fazendo sentir calma, mas isso tudo tornou-se mais difícil quando decidi partilhar os meus desenhos com outros e o ódio começou a surgir.  
Sento-me na relva assim que me canso de correr e encontro um lugar onde me posso esconder de olhos alheios. Ali não passam muitas pessoas o que é perfeito para a minha escolha final e quando se apercebessem da minha presença já estaria morta. Passo lentamente a lâmina pelos meus pulsos vendo aquele liquido vermelho escorrer pelas minhas mãos. Encosto-me silenciosamente deixando algumas lágrimas caírem enquanto me lembro da primeira vez que havia tentado aquilo.
Alguém me socorreu e logo a seguir de me recuperar fui mandada pelo hospital para um psicólogo que me aconselhou um programa de voluntários que trabalhava com suicídios e traumas usando os animais como terapeutas.
Foi ai que conheci o Ian Somerhalder, o famoso Damon Salvatore da série The Vampire diaries e também dono da empresa ISF onde eu estava a fazer terapia. Contei-lhe a minha história e acabamos ficando amigos, mas agora eu nunca mais o ia ver.
Os meus olhos vão pesando e cada sentido vai ficando mais fraco, mas antes de perder-me por completo ouço um latido perto de mim e através da minha já turva visão vejo uma silhueta familiar antes de tudo ficar completamente negro.
***
Sento-me a recuperar e a ser novamente puxada como se fosse acordar e finalmente os meus olhos abrem-se lentamente observando o ambiente ao meu redor deixando-me confusa com as paredes brancas e cheiro a esterilizado que apenas me lembra o hospital.  
Perdida nos meus pensamentos não me apercebo da pessoa que se aproxima de mim até estar bem perto de mim abraçando-me fortemente. Minutos depois essa pessoa separa-se de mim e reconheço logo o seu rosto. Os seus olhos estão húmidos e vermelhos, lágrimas frescas ainda lhe descem pelo rosto e o cabelo desnivelado indica falta de sono. Ignorando o ardor na minha garganta tento falar apavorada do que pode sair desta conversa.
- Ian, desculpa.- Digo tossindo.
- Sh! Toma, bebe isto.- Ele deu-me água levando o copo à minha boca.- Vai ficar tudo bem.
Após beber a água e esperar um pouco sem usar a minha voz, a minha garganta volta ao normal, mais ainda assim não tenho coragem de lhe falar. Eu deixo-me perder nos seus olhos, azuis como o oceano, e na maneira como segura na minha mão até conseguir falar.
- Porque me salvaste Ian, eu já não aguento mais viver. Eu não mereço viver.
- Para!- Ele quase grita comigo, mas mantem o controlo.- (T/N), não digas isso. A (T/N) que eu conheço merece viver sim, alias ela até merece mais.
- Mais?!- Pergunto curiosa e confusa.
- Sim, mais. Eu consegui-te uma audição para o “The Vampire diaries” e também mandei as demos que me deste das tuas canções e danças para uma editora que está interessada em te lançar.
- Tudo isso, porquê?!- Digo em voz baixa.
- Porque mereces e não são uns zé-ninguém cheios de inveja do teu talento que vão me fazer pensar de outra maneira.
- Obrigada Ian, por tudo.
- De nada. Apenas promete-me que não te magoas mais ou fazes mais alguma estupidez destas, ok?
- Prometido! Mas achas que vou conseguir fazer isso tudo?
- Sim acho e eu vou estar lá para te ajudar.
Eu assento silenciosamente, mais uma vez agradecendo e mostro-lhe o meu melhor sorriso. Olhamo-nos por uns minutos, mas de um momento para o outro deixo de ver os seus olhos azuis e sento algo macio se mover contra os meus lábios. Eu estou a ser beijada pelo Ian Somerhalder!
Antes que pudesse processar tudo o que está a acontecer, tudo acaba rapidamente tal como havia começado. O Ian afasta-se rapidamente da cama de hospital passando as mãos repetidamente pelo seu cabelo, visivelmente nervoso.
- Desculpa (T/N) e-eu n-não queria f-fazer isto, q-quer dizer, claro q-que queria, m-mas n-não sem o tem c-consentimento.- O Ian tentou explicar gaguejando nervosamente e corando.
- Tudo bem Ian.- Mostro-lhe um sorriso, mas ele permanece corado e sério.
- (T/N) eu amo-te! Eu não consigo imaginar um mundo sem ti. Eu fiquei tão assustado quando o médico disse que não sabia se ias acordar.
- Eu… Eu também te amo Ian. Era tão difícil esconde-lo quando estava ao teu lado que acabava por me enrolar toda com as palavras.
Ambos sorrimos aliviados por termos confessado e o Ian volta a se aproximar capturando os meus lábios em mais um dos seus doces beijos.
- Eu nunca mais quero te largar.- Ele diz uma vez que nos separamos.- (T/N) queres ser minha namorada?
- Claro que sim Ian!- Nós voltamos a nos beijar rapidamente.
- Eu vou chamar o médico.
- Quanto tempo é que fiquei em coma?
- Duas semanas e meia, eles queriam desligar as máquinas no final do mês se não acordasses.
- Hmm.- Olho-o nos olhos.- Eu não vou deixar-te nunca. Eu amo-te Ian.
- Também te amo (T/N).
Após esse dia cumpri com o prometido e nunca mais tentei algo parecido que pusesse por a minha vida em perigo. Eu fiz a audição acabando por conseguir o papel e vinguei com sucesso no mundo da musica, vivendo feliz com o Ian e ajudando na ISF sempre que podia.
Finalmente sentia-me feliz e o Ian havia me curado de todos os males que sofria dando-me uma família verdadeira com quem podia sempre contar.
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aylawitch · 2 years
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Magia, bruxaria e fofoca? ☕🐓🌙
Hoje vou ver se conto o resto do que ainda falta das semanas que ficou sem texto. O frio chegou a meu país Sergipe, friozinho de 24° kkkkkkkk mas já tá deixando meus pés gelados hoje a noite XD
Além de perceber uma evolução da parte de magia, descobri meu rolê com Saturno, que na verdade eu tenho que aprender com ele é a dar tempo ao tempo, deixar de ser agoniada (acho um pouco difícil, mas tamo aí tentando kkkkk) e com junto com essa descoberta me reencontrei dentro da bruxaria🔥
Percebi que esqueci de fazer uma oferenda para os duendes, sorte que não conversei com eles antes :v comecei minhas aulas de carro (perdi a segunda aula por esquecimento, mas já resolvi tudo kkkk). Testei algumas modos de tiragem e catei dois pra mim, um para decisões de caminhos e a cruz celta. Estava e estou num momento bem oracular, pensei em estudar runas, tô vendo esses estilos de jogos e meu amigo até me mandou dinheiro pra eu comprar um baralho cigano, achei muito louco da parte dele, eu poderia não ter comprado se eu fosse uma pessoa mal intencionada, mas como não é o meu caso isso fez eu me sentir pressionada a comprar o mais rápido possível kkkkkk
Fiquei planejando por um bom tempo o ritual da lua cheia pra Hécate e nem percebi que era o dia dos fogos sagrados, foi totalmente intuitivo. Fiz um talismã de sorte e acho que tá funcionando bem, o complicado é só eu conseguir visualizar a sorte acontecendo, hoje eu consegui fazer isso, eu poderia estar tomando um banho esses dias que tá chuvoso, mas eu tô saindo sem guarda-chuva de boinha.
Descobri que meu deus pai é Ganesha, me surpreendi, pois eu não sei de quase nada sobre ele passei um dia inteiro escutando coisas sobre ele e o mantra dele. Disso veio o problema de como cultuar dois deuses, pensei que precisaria achar outra vela, mas arranjei uma solução que é a vela continuar com Hécate e deixar o incenso pra Ganesha, separei os horários, antes de dormir (noite) é com Hécate e quando acordo (manhã) é o de Ganesha. Minha intuição estava falando sobre meu deus pai me passar a energia de júpiter e acho que é isso mesmo que Ganesha traz, desenhei tanto Hécate quanto Ganesha para pôr no altar ficaram muito fofos.
Uma história engraçada que aconteceu na aula de carro kkkkk tava lá dirigindo e o instrutor me pede pra virar a direita numa esquina, que tinha umas oferendas quase chegando no meio da pista da minha mão, eu desviei um pouco, mas eu não sei se tava bom ou não pois ainda não tenho a compreensão de espaço (e se a galera coloca uma oferenda quase no meio da rua já tá pedindo pra ser atropelado né) aí o instrutor pegou o volante e afastou mais ainda o carro, entrando até na contra mão, e perguntou se eu não tinha visto, ele falou até o nome da cumbuca de barro que eu não sei o nome, aí minha mente já tava se perguntando se ele seria de alguma religião afro. No final da aula ele pediu meu número pra remarcar uma aula que ele precisou faltar, mandou um oi pra eu salvar e quando olho a foto dele, ele é pastor aí eu comecei a pensar, já que ele é evangélico, ele quis desviar por um desses dois motivos, ou foi por medo ou por respeito (mais provável que por medo kkkkkkk) e essa foi a história.
Fiz mais um hino a Hécate agora para proteção, ofereci a Ganesha uma moeda como oráculo pra ele, ele resistiu na primeira vez que ofereci, perguntei uma vez usando a própria moeda, falei pra ele que iria usar melhor de 3 já contando com esse não no ritual tanto a Hécate quanto a ele, praticamente uma reunião em família XD
Tinha chegado o dia da tal cerimônia onde eu tinha feito uma programação do ritual, teve a consagração das ilustrações, oferendas de comida, encantamento de uma chave pra proteção (por isso fiz o hino), leituras e o batismo/iniciação a partir desse momento foi que assumi e incorporei o nome Ayla a mim, já que parecia um pouco desconexo de mim então senti que precisava fazer isso, assumir o nome mágicko.
Acho que já tá bom até aqui kkkkk hoje foi maior o texto, espero que gostem :3 fiquem com a fotinho do ritual da lua cheia/reunião de família XD
E é isso ai, bom dia pra galerinha do dia ☀️ e boa noite pra galera da noite 🌙✨
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entendivel · 2 years
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Hoje é meu segundo dia sem você e eu já não suporto acordar e saber que não terei o seu bom dia e que não poderei te mandar mil mensagens antes de você acordar. Eu não estava preparada pra te perder. Eu já sentia que você não precisava de mim, mas é péssimo te perder assim. Eu quero acreditar que é pra melhor, mas não consigo, porque eu só não estava preparada pra te perder, no fundo da minha alma eu poderia jurar que isso era algo que nunca iria acontecer. Até nisso o Shawn acertou, o amor é mesmo um sentimento fudido, né? Talvez por isso você tenha tanto medo dele.
Nem no lugar que não temos uma memória sequer juntos eu tenho paz, então onde terei? Eu odeio falar de como me sinto pra você. Você sempre cheio do seu "eu te entendo". Entende é o caralho. Sério que você tá me comparando com um amor adolescente? Eu também já tive desses, cheguei a pensar que tava mais que calejada e que superar as perdas tinha se tornado fácil com o tempo e com tantas partidas, mas eu quebrei a cara lindamente. Não se trata de quantos amores você teve, muito menos se você já soube como é sentir esse frio na barriga tão desejado por muitos - inclusive por mim, ou, no pior dos casos, conhecer profundamente o desprezo. Não se trata de nenhuma dessas merdas, então você não entende.
Te conhecer me fez abraçar uma vida que eu não sabia que existia. Te amar me fez ver que o amor é subestimado, porque o que eu achava conhecer de cabo a rabo e já estar preparada para suas artimanhas, me jogou contra a parede e foi arrebatador. Me deixou de quatro, jogou minhas cresças no ventilador e me fez melhor. E por mais que eu já tenha visto esse filme de novo e de novo, não é o mesmo filme, nunca é. Te conhecer foi tão revigorante, meu Deus. Você é como um furacão em uma manhã calma e ensolarada de junho, você me fez estar pronta pra aceitar o que Deus colocasse no meu caminho, porque com você eu me sentia mais forte. Mas você escorreu pelas pontas dos meus dedos. É impossível tocar a vida de alguém sem mudá-la, mas eu te mudei pra melhor? Sinto que quando você apareceu, tão cheio de vida, já não chega nem perto do que você é hoje.
Você é o meu primeiro amor da vida adulta. Eu sempre te falei isso, mas você sabe o que realmente significa? Significa que eu tava pronta pra crescer, viver e morrer do seu lado. Significa que eu aceitaria o que o universo mandasse e se fosse um pedacinho seu, eu o amaria mais do que qualquer coisa nessa vida e nas outras. Significa que, apesar de já amar até seus defeitos, eu os abraçaria e você saberia que nunca estaria sozinho, mesmo quando as coisas inevitáveis da vida acontecessem. A gente caminha em direção a morte, isso é normal e, com isso, a gente vai perder quem se ama e você ama muita gente, cabe tanto amor dentro de você. Eu estaria com você até o fim do mundo. Mesmo que você nunca tenha derramado uma lágrima nesse tempo todo, eu estaria do seu lado quando esse momento de escape chegasse.
Por que pra você é tão difícil ceder? Você não cede de jeito nenhum. Não aceita ver um filme que parece não gostar, não aceita ver um anime, ouvir uma música de um gênero que não é afim, ir num lugar novo. Você simplesmente não cede. É tão difícil assim confiar? Doar parte do seu tempo pra alguém? Mas eu deveria saber. Não estar pronto pra se doar 100% é exatamente isso, só que eu, por alguma razão, não consegui ver. Todas as suas negativas, todas as suas faltas de aberturas, tudo já tinha sido explicado. Você só não queria tentar e nem sabe o porquê, eu sei. A gente não sabe de tanta coisa, só que poderia tentar, né? E você nunca quis. Eu nem sei porque dói tanto, afinal, como você mesmo disse, faz quanto tempo que a gente terminou? 1 ano e 3 meses pra ser exata. E, por alguma razão, você estava certo, na minha mente é como se não tivesse acontecido, porque nada mudou entre a gente, pelo menos eu achava que não. A gente se afastou muito. Você me empurrou e eu deixei. Respeitei o seu tempo, o seu espaço. Sempre o seu momento, sempre com aquela maldita esperança de que você veria que no fundo eu sou a mulher da sua vida, assim como é tão claro que você é o homem da minha. Mas você ainda não é um homem, você é um garotinho.
A gente muda tão rápido, tudo em questão de segundos, como você acha que eu conseguiria voltar depois de meses longe de você? Eu tô dando o meu melhor pra expurgar todo esse sentimento, pra que eu ao menos pare de chorar toda vez que me lembrar de você. É óbvio que eu quero pegar um carro e ir até você, o mais rápido possível. Sentir o seu corpo colado no meu, a sua respiração quente no topo da minha cabeça e ouvir seu coração batendo, calmo. Caralho, que saudade da porra. Dois dias sem você, um mês sem te ver. Não deveria ser mais fácil? Acho que não é porque cada memória é vívida demais, até mesmo aquela que não aconteceu, você sabe bem qual. Aquele sonho, que talvez eu nunca entenda. Me diz, como viver depois disso? Depois de saber que nesse mundo existe você e que eu não posso mais te ter.
Já tava tudo tão difícil pra mim, sinceramente nem sei dizer porque, a vida em si sempre foi muito pesada de carregar e eu sempre senti que carregava sozinha a minha e a da minha família. Não dá pra parecer mal nessas horas. Quando é você quem sustenta algo, não existe isso de ficar mal. Mas eu vivo assim há um bom tempo e talvez o meu erro tenha sido ter depositado a saída em você. Além de ser uma puta responsabilidade, isso não se faz. Eu sei que sou problemática, uma pessoa que é completamente dependente emocional das outras e que não sabe viver sozinha, mas que raios é viver sozinha? Que raios é família? Que caralhos é amor? E que porra é liberdade? Eu vivi basicamente minha vida inteira buscando por isso. Amor, liberdade. Família? Isso eu só saberia quando finalmente achasse todo o resto, porque seria o que eu iria formar. Você sabe que minha vida inteira foi quase um Tom e Jessy ou um Piu-Piu e Frajola, em que eu, desesperadamente, desejava comer o amor. Sim, comer. Me preencher dele. Sufocar um vazio que está em mim, sem razão, sem início, que só me acompanha. E eu conquistei tanta coisa, engraçado isso. Eu não busquei por nada disso e essas mesmas coisas me fazem feliz, é óbvio, mas o que é a vida sem amor? É a mesma de sempre e eu não quero mais aquela mesmice.
Acho que eu tenho uma nova tatuagem favorita. Esse buraco em forma de coração no meu peito, porque nada transparece mais o vazio que eu tenho sentido do que a metáfora da ausência desse músculo tão essencial. "Eu preciso aprender a como prosseguir sem você". Éramos aliens sem amor...
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