Tumgik
#Sempre me trataram como um filho
girlblogging9 · 1 year
Text
Caso Daniella Perez
Sinceramente,até hoje eu não consigo entender como existem pessoas que defendem esses dois, Guilherme faleceu recentemente (graças a Deus) foi tarde,mas a ex-esposa dele da qual participou do crime ainda está viva,infelizmente. Para estudar esse caso você precisa ter estômago.
A assassina sempre nutriu muita inveja e ciúmes de Daniella e por mais absurdo que possa parecer ele se formou na mesma faculdade que a Daniella fez direito por alguns anos, inclusive o mais cabuloso em tudo isso é que ela escolheu como orientador o promotor que a condenou,uma verdadeira psicopata fria,manipuladora,calculista e cínica.
Ela casou-se e teve filhos (tem louco para tudo neste mundo) a filha tem o mesmo nome da personagem que a Daniella fazia na novela, é nítido a raiva e obsessão que ela manteve e mantém pela Daniella, inclusive nunca respeitaram o luto da família da vítima e sempre trataram toda a gravidade do caso com irrelevância,tanto que Guilherme era pastor e tinha uma legião de fãs,isso me gera náuseas.
Existe uma frase que diz "A inveja mata" nesse caso aplicou-se literalmente e de forma brutal,por isso eu sempre digo a qualquer um se há alguém entre você com essas características fique bem longe,ela pode não matar você usando às mãos delas de forma brutal como esse caso,mas pode arruinar a sua vida em vários aspectos.
Me impressiona o cinismo dessas pessoas é algo tão repugnante que deixa qualquer um sem palavras e ação,eu sempre digo que pessoas cínicas e dissimuladas são perigosas e frias,elas derramam o seu sangue,bebem e depois dançam sobre ele e em seguida dizem que são vítimas o que o caso dela e de Guilherme.
Daniella foi vítima de uma grande injustiça,não apenas ela mas todos que faziam parte da vida dela, às sequelas causadas são irreparáveis assim como os danos. E o mais triste em tudo isso é observamos o quanto a justiça daquele tempo até os tempos de hoje é inútil e frágil.
A luz e a felicidade dessa jovem que foi assassinada incomodava e infelizmente seu destino cruzou com dois psicopatas, Descanse em paz Daniella e que toda a sua família possa encontrar a paz um dia e com você em algum lugar da espiritualidade.
Realmente,essas coisas deixam meu coração partido e sem esperança alguma na humanidade, principalmente quando essas pessoas usam a religião para canonizar demônios e escondendo-se atrás de uma bíblia, tratando questões tão sérias e imperdoáveis de forma clichê e irrelevante,defendendo o indefensável
3 notes · View notes
estados-deserticos · 18 days
Text
Abri o bloco de notas do celular e tentei escrever em parágrafos firmes o que eu sentia mas tudo que me tomou foi uma sensação presente de vazio.
Fiquei pensando nas milhões de coisas que eu sinto e queria conseguir de alguma forma transcrever mas meu coração está sufocado e minha fala muda, não consigo falar, não consigo expressar, meu peito aperta mas as lágrimas não saem. É um peso que não encontra conforto, que não consegue desafogar.
Todos os dias eu sinto uma sensação ambígua entre o amor e a morte, a vontade de ver a vida e a certeza de que nada disso vale a pena, acho que talvez não ter sido um filho amado tenha me deixado algumas marcas. Ando nas ruas e vejo famílias afetuosas e me pergunto porque foi tão difícil minha mãe durante toda minha vida não ter me visto como objeto merecedor de afeto e carinho, e quando recebo isso do mundo externo me sinto uma completa impostora - se o meu seio gerador não viu valor em mim, porque você vê?
Os dias são lotados de "talvez", talvez se eu tivesse recebido um mínimo de cuidado eu não seria tão fodida da cabeça, talvez se meu pai tivesse me visto como uma princesa que precise de cuidado eu não achasse tão natural hoje em dia aos meus 22 anos um completo desconhecido deitar na minha cama e no outro dia não lembrar do meu nome, do meu trejeito, da minha essência.
Me venderam por toda a minha vida de que toda dor um dia viraria uma força imensa de superar, imensa de continuar, imensa de ver afeto e valor no caos, mas sendo bem sincera, eu não queria que lutar fosse a minha única forma de sobreviver, quero me sentir bem como se sentem os filhos de pessoas normais, quero me sentir grata, quero me sentir como se fosse digna de coisas boas.
Mas eu não sinto.
Tem um escritor que diz "o caminho de volta é sempre o mais pesado, mas de volta pra onde?" e é exatamente o que eu sinto. Ando sempre em frente sem olhar pra trás porque o passado não tem espaço, porque minha gênese não tem conforto.
Todas as coisas do conceito normal de pré-criação de uma família patriarcal comum me parecem distantes. Não consigo me imaginar ganhando flores e nenhum dos meus namorados me trataram bem. As pessoas sentem em faro a desgraça e talvez meu cheiro seja tão forte que não dê nem pra manipular e enganar alguém.
0 notes
anatomyx · 8 months
Text
Sábado, 15 de julho de 1944.
Querida Kitty,
Recebemos da biblioteca um livro com o título polêmico: O que você acha da jovem moderna? Gostaria de tratar desse assunto hoje. A escritora critica a "juventude atual" da cabeça aos pés, ainda que não condene a todos como "casos sem esperança". Pelo contrario, ela acredita acredita que o jovem têm o poder de construir um mundo maior, melhor mais belo, mas que se ocupam com coisas superficiais, sem pensar na beleza verdadeira.
Em algumas passagens, tive a sensação de que ela dirigia sua crítica a mim, e é por isso que finalmente quero desnudar minha alma para você e me defender dessa agressão.
Tenho uma característica notável que pode ser obvia para qualquer pessoa que conviva comigo há algum tempo: eu me conheço bastante. Em tudo que eu faço, posso me ver como se fosse uma estranha. Posso me fastar da Anne de todos os dias e, sem preconceitos ou sem me desculpar, ver o que ela está fazendo, tanto as coisas boas quanto as rins. Essa autoconsciência nunca me abandona, e, sempre que abro a boca, penso: "Você deveria ter dito isso de modo diferente", ou "Está ótimo assim". Eu me condeno de tantas maneiras que estou começando a perceber a verdade no ditado de papai: "Todo filho tem de se criar." Os pais só podem aconselhar os filhos ou apontar a direção certa. Em última análise, a própria pessoa forma seu caráter, Além disso, enfrento a vida com uma reserva extraordinária de coragem. Sinto-me forte e capaz de suportar fardos, jovem e livre! Quando percebi isso pela primeira vez fiquei satisfeita, porque significa que posso enfrentar com mais facilidade os golpes da vida.
Mas já falei muito sobre esse tipo de coisa. Agora gostaria de passar ao capítulo: "Papai e mamãe não me entendem". Meus pais sempre me mimaram demais, me trataram com gentileza, me defenderam dos van Daan e fizeram o máximo que os pais podem fazer. E mesmo assim, na maior parte do tempo, me senti extremamente sozinha, abandonada, ignorada e mal compreendida. papai fazia todo o possível para curvar meu espírito rebelde, mas não adiantava. Eu me curei observando meu comportamento e olhando o que fiz de errado.
Porque será que papai não apoiou minha luta? Porque falhou quando tentou me oferecer auxílio? A resposta é: ele usou os métodos errados. Ele sempre falou comigo como se eu fosse uma criança passando por uma fase difícil. Parece maluquice, já que papai é a única pessoa que me deu sentimento de confiança e fez com que eu me sentisse de confiança e fez com que eu me sentisse como uma pessoa sensível. Mas deixou de enxergar uma coisa: não conseguiu ver que essa luta para triunfar sobre minhas dificuldades era mais importante para mim do que qualquer outra coisa. Eu não queria ouvir de "problemas típicos de adolescência", de "outras garotas", ou de "você vai superar isso". Não queria ser tratada como todas-as-outras-garotas, mas como Anne-com-seus-méritos-próprios, e Pim não entendeu isso. Além do mais, não consigo confiar em alguém que não me conte muita coisa sobre si próprio, e como sei muito pouco sobre ele, não consigo me sentir mais intima. Pim sempre age como um pai idoso que já teve os mesmos impulsos passageiros, que não consegue mais se relacionar comigo como se fosse um amigo, apesar de tentar muito. Por isso, nunca contei a ninguém minha visão de vida ou minhas teorias longamente pensadas, a não se ao meu diário e, de vez em quando, a Margot. Escondi de papai tudo que tivesse a ver comigo, nunca compartilhei meus ideais com ele, me afastei deliberadamente. Não poderia ser de outro modo. Eu me deixei ser guiada totalmente pelos meus sentimentos. Foi uma atitude egoísta, mas fiz o que era melhor para minha paz interior. Eu perderia essa paz e perderia também a autoconfiança em que investi tanto tempo de trabalho, se me sujeitasse ás críticas durante esse trabalho. Pode parecer dureza de coração, mas não posso aceitar as críticas de Pim, porque não apenas deixei de compartilhar como ele meus pensamentos mais íntimos, como o afastei ainda mais ao me mostrar irritada.
Está é uma coisa em que costumo pensar: por que será que algumas vezes Pim me incomoda tanto? Mal suporto quando ele me ensina alguma matéria, e seu afeto parece forçado. Quero ficar só, e preferiria que Pim me ignorasse durante algum tempo, até que eu tivesse certeza do que quero quando falo com ele! Ainda morro de culpa por causa daquela carta horrível para ele quando me sentia tão mal. Ah, é difícil ser forte e corajosa em todos os sentidos!
Mesmo assim, essa não foi minha maior decepção. Não, eu penso em Peter muito mais do que em papai. Sei muito bem que ele foi uma conquista minha, e não contrário. Criei na mente uma imagem dele, pintei-o como um rapaz calmo, deliciado e sensível, necessitando de amizade e amor! Eu precisava abria a alma para uma pessoa viva. Queria um amigo que me ajudasse a reencontrar o caminho. Consegui o que pretendia e o atraí em minha direção, devagar, mas com firmeza. Quando finalmente consegui que ficasse meu amigo, as coisas automaticamente se transformou numa intimidade que, quando penso nela, parece revoltante. Nós falamos sobre as coisas mais particulares, mas ainda não tocamos nas que estão mas próximas de meu coração. Ainda não consigo entender Peter. Será que ele é superficial ou será que, é a timidez que o puxa para trás, mesmo com relação a mim? Mas, além disso, cometi um erro: usei intimidade para me aproximar dele, e ao fazer isso afastei outras formas de amizade. Ele quer ser amado, e posso ver que começa a gostar de mim a cada dia. O tempo que passamos juntos deixa-o satisfeito, mas só me faz querer começar tudo de novo. Nunca toco nos assuntos que quero esclarecer. Forcei Peter, mais do que ele imagina, a se aproximar de mim, e agora ele está agarrado como se eu fosse um salva-vidas. Sinceramente, não vejo um modo eficaz de sacudi-lo e trazê-lo de volta sobre os próprios pés. Logo percebi que ele jamais seria uma alma gêmea, mas, mesmo assim, tentei ajuda-lo a romper seu mundo estreito e expandir seus horizontes adolescentes.
"Bem no fundo, os jovens são mais solitários que os adultos." Li isso em algum livro, e ficou na minha mente. Pelo que posso dizer, é verdade.
Então, se você está se perguntando se ficar aqui é mais difícil para os adultos do que para os jovens, a resposta é não, com certeza. Os mais velhos têm uma opinião formada sobre tudo, são seguros de si e de seus atos. Para nós, jovens, é duas vezes mais difícil sustentar nossas opiniões numa época em que os ideais são estilhaçados e destruídos, quando o pior lado da natureza humana predomina, quando todo mundo duvida da verdade, da justiça e de Deus.
Qualquer pessoa que afirme que os mais velhos passam por maiores dificuldades do Anexo não perceve que o problema tem um impacto muito maior sobre nós. Somos muitos jovens para enfrentar esses problemas, mas eles vivem nos afligindo até que, finalmente, somos forçados a imaginar uma solução, embora na maior parte das vezes nossas soluções desmoronem diante dos fatos. Numa época assim fica tudo mais difícil; ideais, sonhos e esperanças crescem em nós, e depois são esmagados pela dura realidade. É incrível que eu não tenha abandonado todos os meus ideais, já que parecem tão absurdos e pouco práticos. Mas me agarro a eles porque ainda acredito, a despeito de tudo, que no fundo as pessoas são boas.
Para mim, é praticamente impossível construir a vida sobre um alicerce de caos, sofrimento e morte. Vejo o mundo ser transformado aos poucos numa selva, ouço o trovão que se aproxima e que, um dia, irá nos destruir também, sinto o sofrimento de milhões. E, mesmo assim, quando olho para o céu, sinto de algum modo que tudo mudará para melhor, que a crueldade também terminara, que a paz e a tranquilidade voltarão. Enquanto isso, devo me agarrar aos meus ideais. Talvez chegue um dia que eu possa realiza-los. Sua Anne M. Frank
0 notes
radiorealnews · 1 year
Link
0 notes
icerehe · 1 year
Photo
Tumblr media
todo mundo conhece a música: it's time to see what i can do to test the limits and break through, no right, no wrong, no rules for me, i'm free, let it go e ainda que elsa tentasse deixar aquela parte dela no passado, limpando sua imagem em arthurian e apresentando uma versão perfeita de si mesma, aquela era a parte favorita de ice snaer que carrega o mesmo temperamento de ansiar pela liberdade em seus vinte e três anos de idade, quem o culparia? afinal ele jurou seguir o legado da mãe não é mesmo? mas digamos que isso gerou alguns boatos por aí sobre mãe e filho não se darem muito bem, anyway, você já deve ter o visto ou ao menos ter ouvido falar dele, ele é um dos famosos atletas no dojo ranging fire e o queridinho do shang, é alguém com extrema dedicação e bom em tudo que faz, mas como sempre existe dois lados de uma moeda, seu maior defeito é a autocobrança, até porque um fruto não cai muito longe da árvore, mas ele tem trabalhado melhor nisso esse ano enquanto conclui o módulo ii na academia dos legados. por sinal você viu que ele se parece muito com nonmaj jeon jungkook? sendo bonito desse jeito é obvio que seria modelo da revista princess life! e fiquei sabendo de uma fofoca quente sobre ele e o stripper mascarado alex do bordel soul serem a mesma pessoa! você acredita?
habilidade: criocinese animal consiste em criar e controlar criaturas de gelo e neve, as suas criações tendem a agir com o mesmo senso animal real da espécie sendo de difícil manipulação como se tivessem viva própria e sua única função é proteger o seu criador. ice tende a ter uma preferencia por dar vida a cobras porque ele se identifica com as mesmas, cobras representam renascimento ou renovação e era exatamente assim como ice se sentia após receber os poderes, ele mudou tanto nos últimos anos que parece ter trocado de pele, além de que cobras não são classificadas como bem ou mal como se estivessem perdidas em um meio tempo e ice sempre se sentiu assim sobre arthurian e o castigo. ele não tem controle sobre a habilidade e está é ativada através das suas emoções mais afloradas. em níveis mais leves é capaz de fazer surgir flocos de neve em sua bochecha ou cabelo ou fazer nevar em um raio de um metro ao redor do mesmo. - após o baile da lua de sangue - devido a seus poderes apresentarem uma versão mais forte ele atingiu um estado de mudança da própria aparência fazendo como que suas madeixas escuras tomassem um tom de branco neve e suas pupilas se tornarem verticais assim como o animal que ele deseja. aparentemente com o controle e estudo certo, criação e criador se tornam um, se assemelhando a um hibrido, isso juntos das características de gelo e neve, sem o controle certo é extremamente prejudicial ao seu corpo danificando os órgãos e o congelando de dentro pra fora aos poucos.
dormitório: las vegas, xx.
Tumblr media
as pessoas sempre os abandonavam, apesar de nunca saber os motivos. o menino nunca lidou muito bem com isso, fugindo todos os dias junto do irmão gêmeo até acabar trombando com elsa que por alguma razão quis adota-los. daquele dia em diante eles passaram a ser ice snaer e winter snaer. ice por medo dela o abandonar como seus pais biológicos colocou na cabeça que precisava ser o filho perfeito, deixando para trás ou ao menos escondendo qualquer coisa que o lembrasse sobre seu passado para que sua nova mãe ficasse triste. infelizmente suas origens teve um grande impacto em sua vida, mesmo que ele carregasse o sobrenome snaer ainda era uma criança vinda de lá e as pessoas em arthurian nunca os trataram tão bem quanto travam as outras crianças. foi quando começou os ataques de bullying e ice até conseguia lidar com eles, mas winter não. foi aí que pediu a elsa pra coloca-lo no dojo raging fire, ele não deixaria ninguém mais encostar um dedo em winter sem levar uma surra.
infelizmente ainda que pudesse lidar com os ataques físicos, os comentários maldosos atingiam ice como nunca, ele não podia desviar deles ou revidar e com o tempo as inseguranças pareceram consumi-lo de dentro para fora ao ponto de não aguentar mais. ele era digno da sorte que teve? ou era só um troféu a ser exibido da boa vontade de uma mocinha? sua mente gritava o que todos diziam. ingrato. talvez essa fosse a palavra que mais o definisse aos olhos de terceiros quando começou a se importo e mostrar sua verdadeira personalidade. ice sempre teve tudo que o criança poderia querer e muito mais, mas quem disse que todo o dinheiro do mundo conseguiria trazer felicidade? elsa parecia tentar compensar sua ausência com presentes que apenas tornou a relação deles vazia, poderia ser o bastante pra winter mas não era pra ele. anna e kristoff tentavam cuidar dos meninos tentando ser os tios perfeitos naquele castelo de gelo que começava a se formar em volta. sua mente gritava constantemente que ele jamais seria suficiente e aos poucos aquele sentimento foi o consumindo, o sufocando.
em meio ao caos em seu interior foi que passou a tentar extravasar se dedicando mais aos esportes, os mais violentos ou perigosos porque era assim que ele conseguia se sentir vivo, talvez um dos poucos sentimentos bons que tinha era a da adrenalina correndo por todo seu corpo. era uma forma de se expressar, conter e lidar com todos os sentimentos de frustação e raiva, ninguém sabe o real motivo por trás da motivação do mesmo de se tornar o prodígio do dojo raging fire. de qualquer forma aquele lugar se tornou seu ponto de paz e o dojo a sua paixão. quem ele era? quem ele queria ser? ainda não tinha certeza e por isso passou a tentar se descobrir, voltando de onde veio, as idas até o castigo se tornaram frente, ele se sentia mais livre lá e chegava a levar o irmão junto, eles sempre faziam tudo juntos não é mesmo? as noites de luxuria o fizeram querer viver daquele jeito sempre. foi nesse momento que acabou se afastando de muitas amizades arthurianas porque estes pareciam não gostar de quem ele estava se tornando e aqui foi quando precisou criar uma dupla identidade para poder viver do jeito que queria. em arthurian ele era ice, o príncipe quase perfeito e no castigo ele era alex, um stripper mascarado do bordel soul.
com o passar do tempo ele perdeu o interesse em manter as aparências ou qualquer coisa que o impedisse de ser ele mesmo, a liberdade poderia ser muito tentadora. passou a fazer tatuagens ao ponto de fechar um braço e colocar piercings. era visível que quanto mais ice se sentia bem consigo mesmo, mais ele se afastava de elsa que sempre tentava abafar os rumores do filho e em uma noite, após dizer todas as verdades entaladas em sua garganta, o lanço que tinha entre ele e elsa foi rompido, saindo de casa e passando a morar na academia, para a sorte de elsa o ano seguinte ice era obrigado a ficar por lá e isso abafaria as fofocas. ela só se importava com a maldita imagem da família? esse ano foi um pouco conturbado para ice, talvez até tenha se tornado mais inconsequente do que deveria, dizem por ai que é só uma fase e que talvez seja um efeito colateral do contato com as aulas de magia das trevas, quem sabe? a questão é que ice parece mais feliz, mesmo com todas as questões não resolvidas, que ele insiste em fingir não existir através de uma imagem de muita autoconfiança e superficialidade o tempo todo afinal ele nunca foi bom em lidar com os próprios sentimentos.
as mudanças tanto na personalidade quanto nas vestes poderia assustar alguns e outros ser mais um um até quem fim! o menino reservado e tímido agora diz o que pensa e faz o que quer, não que tivesse deixado de ser uma boa pessoa ou um bom aluno só parou de se cobrar tanto e perceber que haviam coisas mais importantes na vida. de uma forma até engraçada o contraste atual entre elsa e ice na verdade só ressalta o quanto eles são parecidos, ele é quase uma versão dela mais nova, não vou dizer que ela seja uma mãe ruim, talvez por não ter tido contato em sua infância ou pais presentes ela acabou refletindo o mesmo com os próprios filhos, a questão é que ele só queria que ela o amasse e ele não conseguia sentir esse sentimento vindo dela. de qualquer forma ele não precisava dela, ele não precisava de ninguém, só de winter, ele precisava de winter, o irmão gêmeo era a única pessoa no mundo que não podia perder ou decepcionar e a única que ice sempre conseguiu se sentir confortável pra ser ele mesmo, não importava o quão diferente eles eram, sempre teriam um ao outro, não era?
Tumblr media
1 note · View note
Text
Eu nao gosto de ser lgbt, eu não gosto de ser chamada de lesbica, porque parece que é uma necessidade das pessoas te chamarem por esse título. Grande parte de ti parece que tá pintada de neon escrito LÉSBICA. Agora eu vou ter que apoiar algo que eu não gosto? Que eu acho feio e que EU não quero fazer parte? Agora eu vou ter que viver minha vida sendo obrigada ha tá sempre armada pra defender algo que eu não me considero? EU não quero me preocupar com isso. Eu realmente não quero ter que em qualquer coisa que tiver divisão de sexualidade ter que me rotular e me juntar a eles. Não. Eu nao quero isso. EU NAO SOU ISSO. ok, posso sim, e to, praticando uma relação homossexual. Posso até: beleza, eu sou homossexual, mas acabou. Eu nao me tornei isso. NÃO.
Não gosto nem um pouco da ideia de não poder ter filhos, eu não gosto de como as pessoas ao meu redor me trataram diferente enquanto eu sempre vi outras pessoas sendo acolhidas, eu não gosto de como eu imagino o futuro em questão a saber que eu sempre vou ser chamada de lesbica, e que sim, eu não sou mais uma pessoa naturalmente normal, e eu entendo, e eu sei que por não ser mais normal, passei a ser uma pessoa discriminada. Uma pessoa isolada. Porque eu namoro uma mulher. Eu entendo, antes eu sempre tive o pensamento: o natural é HOMEM e MULHER. As pessoas foram acostumadas a milênios a verem heteros. E eu realmente não julgo quem não entende os relacionamentos homossexuais, nem eu não entendo. E meus pais vao reagir como? Imagine a guerra que isso iria causar? Imagina saber que meus pais nunca iriam estar puramente bem comigo? Eles poderiam até aceitar, e depois de muita guerra psicológica, mas nunca iria existir algo totalmente "limpo" entre a gente. Eu acho que nem reclamar do meu casamento seria normal. EU NAO IRIA ter filhos, e se tivesse NAO SERIA dela.
E Deus?
Isso é errado. Não tem como não ser. Eu passaria a minha vida vivendo no pecado? Fazendo algo que é errado pra Deus? Não é sociedade, é Deus. Como que eu viveria plenamente em paz?
Desde que tudo isso aconteceu eu senti Deus longe de mim. Eu sinto algo dentro de mim dizendo > para, isso não tá certo. Isso não é pra ti. E outro lado diz > e se eu estiver errada? E se for porque eu devo me aceitar?
De qualquer forma, eu acredito que seria bom eu dar um tempo. Talvez até um bom tempo. Se ela for minha, se eu quiser isso na minha vida, se isso for pra mim, ELA VOLTA. E dessa vez ELA FICA.
0 notes
saviochristi · 3 years
Text
Professoras que ficam na eternidade!
Professoras que ficam na eternidade!
Minhas duas melhores professoras foram (daqui, de Vitória [Espírito Santo], também por extensão…), sem dúvidas, Laurany Márcia Matiello Redins (quem me deu aulas de Língua Portuguesa, lá, na Escola Monteiro [anteriormente, Sociedade Cultural Monteiro Lobato CEMS, junção das antigas Escola Monteiro Lobato e CEMS (Centro Educacional Marcondes de Souza, nome do avô materno da fundadora…), tendo me…
View On WordPress
1 note · View note
aulascria · 3 years
Photo
Tumblr media
               ◟     ،      𝐙𝐄𝐑𝐎 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐑𝐎 𝒋𝒖𝒔𝒕 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒕𝒉𝒂𝒕 ! 
Sabe, eu não deveria estar falando com estranhos, mas sinto que já te conheço! Foi você o sonho bonito que eu sonhei, certo? Você costumava ser conhecido como HÉRCULES, do conto HÉRCULES antes da maldição atingir o seu mundo SUBMUNDO e o seu reino FLORESTA ENCANTADA. Agora, em Storybrooke, você é conhecido como HARVEY MIRANDA WINNICK, um PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA de 35 ANOS anos de idade. Você me lembra um pouco CHRIS EVANS, mas deve ser só a névoa da maldição me confundindo…
Nome: Harvey Miranda Winnick.
Idade: 35 anos. 
Cargo: prof de ed. física e instrutor de academia. 
Eneagrama: tipo 2.
MBTI: ESTJ. 
Zodíaco: Leão. 
Alinhamento: neutro e caótico. 
MUSAS INSPIRADORAS:
Arthur ( BBB 21 ), Dean Winchester ( Supernatural ), Robb Stark ( Game of Thrones ), Jamie Fraser ( Outlander ), Jacob Black ( Crepúsculo ), Emma Swan ( Once Upon a Time ), Gale Hawthorn ( Jogos Vorazes ). 
Vindo de uma família de classe média baixa, Harvey sempre teve como sua prioridade, antes de qualquer coisa, a sua independência. Por mais que o casal que o criou não seja de fato seus pais biológicos ( afinal, quando bebê, Harvey foi deixado na porta deles sem nenhum sinal de quem poderia ser os verdadeiros pais ) sempre trataram o loiro como se seu filho fosse ––– o grande problema é que ele nunca soubera efetivamente disso, visto que os mais velhos nunca tiveram coragem de contar, por medo de perder a confiança do mais jovem.
Sempre foi muito incentivado a ajudar em casa, trabalhar desde cedo e ter seu próprio dinheiro; e o loiro sempre levou aquilo a sério, visto que era possível para a vizinhança observar a figura diminuta de Harvey vendendo sua limonada aguada no jardim, a fim de arrecadas algumas suadas moedas. Quando ficou mais velho, descobriu seu gosto por atividades físicas, e logo começou a dar aulas de crossfit, até se formar em Educação Física e poder dar aulas em escolas para crianças e adolescentes.
                               WANTED CONNECTIONS:
Banana e Projócolis ( m / m ): Desde que bateram o olho um no outro, Harvey e MUSE se tornaram uma dupla inseparável. Mas apesar de se acharem o máximo a última bolacha do pacote de Storybrooke, não é bem assim que eles são de verdade. Tá mais pra Pinky e Cérebro mesmo, mas não deixa de ser uma amizade verdadeira.
Treta com o filho do Fábio Jr ( m / m ): Que que cê falou? Isso mesmo que tu ouviu! Ai ai, os dois cães que latem, mas se abrir o portão, nenhum deles avança. Harvey e MUSE vivem se bicando por N motivos, se detestam, brigam, mas na hora de resolver as coisas de vez... Arregões que fala.
Carla, aulas, cria, tá ligado? ( m / f ): Harvey e MUSE vem flertando desde que se conheceram, mas é um slowburn que só por Deus. Ele demonstra bastante interesse, já ela, não sabemos muito bem, mas a esperança é a última que morre, certo?? Contudo, nada é empecilho para umas flechadas, e umas cantadas no nível de 'aulas, cria, tá ligado?'. Boa sorte pra camarada kkkk
Te adoro mas voto em você ( m / m ): Harvey e MUSE já tiveram inúmeros desentendimentos no passado, e apesar de hoje serem bem mais amigos, e até trocarem uns flertes, nada impede que a treta do passado interfira na relação deles, podendo ir de bons amigos até se decepcionarem de uma forma que nenhum dos dois imaginaria.
Alunos presentes que ganham medalha ( m / f ou m ): O Harvey dá aula de educação física nas escolas, e cá entre nós, ele adora os moleques. Porém tem ideia que a matéria dele é daquelas que ninguém leva muito a sério, e como não quer os alunos faltando, sempre tá dando tudo de si para todas as aulas serem as melhores possíveis. Essa cnn pode ser a relação que ele tem com os alunos dele, ou mesmo ex alunos ( ele começou a dar aula tem uns 10 anos, então até uma galera mais velha pode entrar aqui ksjdk )
Não me chama de meu bem ( m / m ou f ): Ai ai, as DRs né Brasil. Harvey e MUSE são aqueles ex namorados que penam pra ficar em bons termos. O relacionamento deles terminou há algum tempo, mas quem disse que eles tão de boa? Toda vez que se esbarram prometem que vão se ignorar, mas sempre acaba sendo aquela treta. 
Dilma? Braba ( m / m ou f ): Quem diria que o crossfiteiro era engajado?? Há um tempo ele vem ajudando nos trabalhos sociais da cidade, e vez ou outra comenta de política. Nessa cnn eu tô aceitando colegas de trabalho dele, que ele conheceu nas escolas ou nos asilos, se identificaram e tão aí até hoje com uma relação firme e forte.
Ô Juliette, o que tu quer de mim? ( m / f ) No início, Harvey e MUSE criaram uma simpatia gratuita um pelo outro, e ele chegou a defender ela mais de uma vez. Contudo, é nítido que são beem diferentes, e as vezes essas diferença de personalidade causa choque ( como ele chamando ela de chata, e ela dizendo que ele não segura bo rs ). Eles ficam naquele vai e vem, num dia tão bem, brincando, indo pras festas juntos, e no outro tão se bicando. 
Prazer, eu sou o BraSIIIIIIL ( m / m ou f ): Harvey, MUSE 1 e MUSE 2 se conheceram na situação mais improvável possível, onde os três estavam passando por um baita perrengue. Pode ter sido na fila do banco para pedir empréstimo pra pagar o aluguel, ou mesmo no ensino médio, quando pegaram alguma detenção juntos. A questão é que desde aquele dia, eles nutrem uma relação muito boa, saem juntos constantemente, confiam uns nos outros e são bem amigos até hoje. 
mais em breve!
15 notes · View notes
Text
minha última carta.
(rascunho até que o dia chegue)
Se você está lendo isso é porque eu me matei, ou algo ruim aconteceu antes disso.
tenho muito a dizer, e as pessoas vão realmente se importar quando eu morrer além do mais ninguém ouve o que os jovens dizem; é triste.
Mãe se você está lendo isso, espero que tenha se dado conta que você coloca tudo como prioridade menos seus filhos, espero que viva feliz mas sempre quis que você tivesse me ajudado, eu sei que vou morrer sem ir no the roots novamente, espero falar com o Kurt Cobain da onde estou.
Pai, Você devia fazer terapia, tem problemas com raiva e desconta em todos a sua volta. Sinto muito pelo que você vai passar, felizmente me deu um teto para morar mas nunca deixou eu realmente me tratar psicológicamente , não se culpe se aconteceu eu que não aguentei mais a minha mente.
Irmã, você devia ter me ajudado mais nas tarefas, é difícil brincar de mãe tão nova por não ter mãe. Crie responsabilidade e não é culpa sua, não mesmo.
As garotas que infernizaram a minha vida existência , eu até que entendo... Sempre acreditei que bullying vem de frustrações próprias, problemas familiares.
Vocês não sabiam mas quando fizeram aquela merda meus pais estavam em divórcio, eu já estava mal e acabada o suficiente, juro por Deus se alguém tirou meu brilho de viver foram vocês.
Eu tentei suicídio tantas vezes, não de brincadeirinha como vocês
tylenois, lorazepam, exitalozopram e amato e muito álcool quem me mataram?
Maisa, eu mudei bastante, tanto de assustar você, seus atos pesam você? antes eu podia ser um pouco fingida, era transtorno mesmo... boderline queria que gostasse de mim, tanto faz agora eu tô morta
eu realmente gosto do cobain, sofreu o que eu sofri, teve divórcio, problemas com suicídio e drogas , somos auto-destrutivos e rebeldes, mas cara...tem que tá muito mal para estourar a cara, será que eu fiz isso?
Gabriela, acreditei em você, gostei de você, hoje odeio tudo em você, "sou totalmente contra a sua existência" suas palavras sobre mim, você me quer morta e eu sei disso, ironicamente você conseguiu isso, como se sente?
Suicídio suicídio suicídio
Maria Eduarda, eu acolhi você para o grupo de meninas e você literalmente me excluiu muito dele, ironicamente o diferente que não aceita o diferente, eu te achei legal, tivemos boas conversas mas você traiu minha confiança e tudo bem, eu sei que você não liga e vai comemorar meu suicídio com suas amigas, viva bem e corra do karma.
Sabrina, você me faz ver que nunca dei motivos para me odiarem, eu apenas era diferente e me trataram muito muito mal, eu sei que não fui a única, vocês gostam de jogar com os indefesos... é repugnante ver de garotas tão exemplares um perfil tão baixo, é o desabafo, eu mereço, eu morri e me livrei desse peso dizendo tudo.
Sempre eu vou passar por isso sozinha, não tenho amigos como a *** que correram depois dela tentar besteira, por isso estou morta, escondo minha dor porque não tenho mais o que fazer.
As outras que me magoaram muito também, tudo bem, tô acostumada talvez você tenha colaborado nisso mas melhore!
Ao meu namorado, desculpas imensas mas você já sabia, eu te amo e desculpe eu tinha um pouco de medo de você, acho que é lance paterno.
dominique
jovial, po��tica triste
se alimenta mal, adora filmes
principalmente de : wongkarwai
tem inúmeras poesias, músicas ruins
postadas no violão, guitarra e voz
tão melancólica, adora coca-cola
textos inúteis
o ar, a grama e o céu
mas mesmo assim
morreu.
2 notes · View notes
mazeinthemirrorff · 3 years
Text
Cap. 15
Tiele conta a respeito de como Woobin recebera a notícia da demissão das duas e Thais não se surpreende em saber que ele não vai sentir muita falta delas, afinal, confusão sempre fora o sobrenome de ambas.
Ela conta a Tiele a respeito do encontro com SanHa e JinJin e a forma com que o maknae reagira quando descobrira que ele era seu bias.
-Eu disse para o Jungkook que ele era o meu.
-E ele te deu as costas e foi embora?
-Não, na verdade ele pareceu bem ansioso com esse fato.
-Pois é, eu não entendi nada. O que eu fiz de errado para aquele bebê gigante reagir da forma que reagiu? Ele bebe?
-Acho que isso você só vai saber quando encontrar com ele novamente e perguntar. Enfim, acho melhor a gente ir logo, antes que nos atrasemos no nosso primeiro dia na mansão Richthofen. – Tiele fala e Thais abre um sorriso.
-Vamos.
No instante em que chegam a BigHit recebem seus crachás, no de Thais está escrito agente/professora e no de Tiele maquiadora assistente.
-Mano até aqui eu tenho que ter dois empregos? Achei que tinha deixado isso no Brasil.
Recebem as primeiras instruções e o que fazer. Tiele é levada até a sala de maquiagens por duas outras assistentes que parecem felizes em tê-la na equipe, já Thais é carregada até uma reunião. Ótimo, boa forma de começar.
Na reunião discutem algumas propostas recebidas por ambas as bandas, quais valem a pena aceitar e quais não. Ela fica encarregada de tomar nota das decisões e pegar café para os executivos.
-Seis expressos, três americanos e dois lattes. Queríamos cuspir em alguns copos? Queríamos sim.
-Me lembre de não te pedir para pegar café pra mim. – a voz a assusta e mais uma vez ela quase deixa um copo cair.
-Hueningkai!
-Desculpe. – ele fala com um sorriso. – é que achei engraçada a forma com que você estava falando sozinha.
-Eu odeio o fato de você falar português, sabia?
-Sabia. E aí? Como está sendo o primeiro dia?
Ela mostra as duas bandejas de café que tem em mãos.
-A moça do café?
-A moça do café.
-Que bad einh.
-Nem me fale.
-E a Tiele?
-Tá com as maquiadoras em algum lugar do prédio ou dentro de um saco preto, acho que só saberemos mais tarde.
Ele ri alto.
-Preciso ir, estamos em maratona de ensaio, a gente se esbarra por aí.
-Tá certo. Até mais.
Quando Hueningkai segue caminho, ela pega os cafés e segue em direção a sala de reuniões.
-Geralmente a gente tenta fazer com que o rosto dos Idols se destaque mais do que as roupas, isso é uma tarefa extremamente difícil já que nossa estilista é maravilhosa.
Tiele anota cada palavra em uma pequena caderneta.
-geralmente é um trabalho árduo.
-Não com Choi Yeonjun. – uma das assistentes dispara, as outra começam a rir.
-Foco!
-Desculpe.
Tiele as encara e de certa forma o comentário a incomoda, não quer ouvir outras pessoas falando dessa forma de Yeonjun como se ele fosse alguma espécie de mercadoria e não uma pessoa.
-Aí elas disseram que com ele não era difícil e ficaram rindo feito bestas. – ela começa no instante em que se reúne com a amiga no refeitório na hora do almoço.
-E isso te incomodou por que mesmo?
-Porque elas trataram o Yeonjun como se ele fosse algum tipo de mercadoria.
-E ele não é?
Ela encara a amiga, Thais não esboça reação nenhuma enquanto dispara aquilo.
-Eu achei que ele fosse uma pessoa.
-Sério?
-Você não acha?
-Não de onde eu vejo.
-Você mais do que eu deveria vê-lo de forma diferente.
-Por que?
-Vocês têm uma relação.
-Nós temos o que?
-Uma relação.
-Que eu saiba a minha relação é com o Beomgyu, quer dizer, foi o que saiu na Dispach e me obrigou a ficar pegando café pra um monte de velho filho da puta, não foi?
-Eu estou falando sério. Achei que depois do dia na cafeteria, no fanmeeting, as conversas de vocês, você tinha começado a vê-lo como um ser humano.
-Que conversa? A que ele estava drogado? Ou a que ele disse que eu era descompensada e que deveria ficar calada para não te prejudicar, ou prejudicar Beomgyu e Jungkook?
Tiele apenas a encara, Thais olha ao redor.
-Está vendo isso aqui? – ela fala voltando a encarar a amiga. – as PESSOAS estão aqui. Os seres humanos estão aqui. Está vendo Choi Yeonjun em algum lugar ou algum outro?
Tiele faz um gesto negativo com a cabeça.
-Isso mesmo, eles não estão aqui. Agora para de escrever qualquer fanfic que seja na sua cabeça e se concentra no que está fazendo. Você veio aqui para trabalhar, você é uma dessas pessoas aqui que provavelmente nenhum dos doze sabe sequer o nome, então para de fantasiar e volta para o mundo real, ok? E chega dessa conversa, está acabando com meu apetite.
Após o almoço chega a sala que lhe disseram ser a sala de estudos e não se espanta ao ver que nenhum dos seus “alunos” chegou ainda.
-Ótimo, começamos bem. Amo atrasos.
A porta se abre e quem ela vê entrar pela porta faz com que ela respire fundo, é Yeonjun, mas ele não está sozinho, está acompanhado por ninguém mais, ninguém menos que Min Yoongi.
-Já vou avisando que o meu inglês é uma merda. – é o que Yoongi diz no instante em que se senta.
-Não é por isso que você está aqui? – Thais dispara de imediato, Yoongi a encara e abre um pequeno sorriso.
-Acho que vamos nos dar bem.
-Eu não teria tanta certeza. – é o que Yeonjun diz. – ela pode ser bem grossa quando quer hyung.
-Seu rabo. – ela responde em inglês e Yeonjun abre um sorriso.
-O que ela disse? – Yoongi pergunta e Yeonjun abre um sorriso.
-Ela me xingou.
-Imaginei.
A aula começa. Os níveis são completamente diferentes, Yeonjun é fluente, já Yoongi realmente está dando os primeiros passos no idioma, mas é um ótimo aluno, talvez seja por ser músico, mas a memória dele é maravilhosa e todas as frases que ela usa na aula, ele memoriza rapidamente de forma magistral.
-Até que não foi tão ruim. – ele fala ao final de uma hora de aula. – você é uma ótima professora senhorita Thais.
-Obrigada Min Yoongi. – ela fala lhe fazendo uma pequena reverência.
-Que boninitinha. – ela escuta Yeonjun falar em inglês.
-O que você disse? – ela pergunta no mesmo instante.
-Disse que você é bonitinha, você realmente não consegue aceitar um elogio, consegue?
-Isso foi um elogio? Porque pra mim não pareceu.
-Por que não?
-Porque tudo o que vem de você não me parece bom.
-Isso já foi algo que você construiu na sua cabeça, porque eu realmente estou te elogiando.
Tumblr media
-Ok então, você também é bonitinho.
-Ah, ISSO não foi um elogio.
-Por que não?
-Pelo seu tom.
-Meu tom? Isso já foi algo que você construiu na sua cabeça, porque eu realmente estou te elogiando.
-Ridícula.
-Nós dois.
-Ok, aparentemente vocês dois tem coisas a resolver e como não estou entendendo nada do que estão falando, me retirarei.
Nenhum dos dois diz nada, na verdade nenhum dos dois sequer encara Yoongi enquanto ele segue sala afora.
-Por que você é assim? – Yeonjun dispara, encarando-a.
-Assim como?
-Sempre na defensiva, sempre que falo com você parece que está armada ou sei lá.
-O que você esperava? Que eu me derretesse toda vez que você fala comigo porque você é Choi Yeonjun, o diamante da quarta geração do kpop?
-Não, eu esperava que você baixasse a guarda porque sou um ser humano que está repetidamente tentando ser legal com você e até agora não recebeu nada além de patada em retorno.
-Se você sabe que não recebeu nada além de patada em retorno, por que ainda tenta?
-Essa é uma boa pergunta. – ele fala ficando de pé e seguindo até a porta. – talvez eu não tente mais, é isso o que você quer?
-Sim.
-Ótimo então PROFESSORA, nos vemos na próxima aula.
Yeonjun segue porta afora e Thais respira fundo. Primeiro SanHa, depois ele, o que está acontecendo?
2 notes · View notes
Text
Best Birthday Ever - w/ Zayn Malik
Tumblr media
“Chego aí em vinte minutos”
Foi a última coisa que Zayn me mandou antes de sumir completamente do planeta.
Tínhamos combinado de sair para jantar hoje à noite para comemorarmos nosso aniversário de namoro, às 20h em ponto. Entretanto, já se passaram duas horas e não havia tido nenhum sinal de vida dele.
“Sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens..” - Droga! - disse brava, desligando a chamada pela quinta vez e sentei-me na banqueta da cozinha. Zayn nunca se atrasou em três anos de relacionamento e estava começando a desconfiar que algo ruim havia acontecido.
Peguei meu celular novamente e disquei o número da minha sogra. Com certeza ela saberia de primeira mão alguma notícia em relação ao paradeiro de seu filho.
*Ligação*
- Alô?
- Oi, Trish.. É a S/A, tudo bem?
- Oi, querida. Tudo ótimo e com você? - suspirei aliviada em saber que estava tudo em ordem.
- Estou bem! Liguei apenas para saber do Zayn. Ele falou com você hoje?
- Falou sim. Agora a pouco na verdade. Ele disse que vocês iriam jantar fora para comemorar o aniversário de namoro.
- Pois é, mas ele sumiu, acredita? Não atende minhas ligações, não recebe mensagens. Zayn nunca foi de se atrasar, por isso estou preocupada.
- Calma, S/A. Ele deve estar com o celular descarregado ou aconteceu algum imprevisto com o carro. Notícia ruim chega rápido, e se até agora não soubemos de nada, é porque está tudo bem.
- É, tem razão. - suspirei fundo tentando me livrar de pensamentos ruins, e segundos depois ouço a porta de minha casa se abrir, revelando meu moreno. - Ele acabou de chegar, sogrinha. Obrigada por me acalmar.
- De nada, norinha. Precisando é só me chamar, tudo bem?
- Pode deixar. Beijos!
- Se cuidem e bom jantar! - sorri fraco ao escutar a despedida fofa e desliguei a ligação. Somente depois de bloquear o aparelho que olhei para Zayn, o qual trancava a porta delicadamente, talvez por não querer arrumar confusão comigo.
- Amor, mil desculpas. - falou arrependido vindo até mim. - Você sabe que não sou de me atrasar, mas acabei cochilando depois que te mandei a mensagem. - explicou fazendo careta ao final da fala. - Acordei num pulo, tomei um banho e vim correndo para cá. Porém o trânsito também não colaborou, e para ajudar meu celular acabou a bateria. - Zayn tirou o smartphone do bolso, mostrando-o para mim, para que eu conferisse o que ele havia dito.
- Pensei que alguma coisa tinha acontecido com você. - falei me levantando do assento e acabando com a pequena distância entre nós.
Ao chegar próxima dele, o abracei forte e pude sentir o aroma de seu perfume, sendo o responsável por relaxar-me e perceber a sensação de alívio percorrer meu corpo.
- Eu estou bem, babe. Fica tranquila. - meu namorado depositou um beijo em minha cabeça e suas mãos acariciaram minhas costas de forma reconfortante. - Você ligou para minha mãe? - perguntou rindo e eu o encarei com um sorriso envergonhado.
- Fiquei preocupada.. - disse baixinho e Zayn me selou após sorrir com a língua entre os dentes.
- Você me ama tanto assim?
- Mais é claro! Você é o amor da minha vida.
- Eu não te mereço. - comentou sorrindo e me abraçou com força. - Vamos comemorar? - a preocupação havia cedido o lugar para a animação e fomos em direção a reserva que fiz em nosso restaurante preferido, de frente para o parque da cidade, onde Zayn me pediu em namoro há alguns anos.
O local ficou em reforma por um tempo e não íamos nele desde a inauguração. Em sua nova arquitetura, no último andar, havia um deck, que era possível observar todo o parque, tendo uma visão linda dele iluminado. E hoje eu não perderia esta vista por nada.
O jantar ocorreu perfeitamente bem e Zayn fez com que a ocasião fosse super romântica. Havia velas em nossa mesa, fomos servidos muito bem e a sobremesa foi por conta da casa.
- Parece que reformaram até os funcionários daqui. - disse rindo fraco e tomei um pouco de vinho em minha taça.
- Você viu? Nunca nos trataram com tanto cuidado e atenção.
- Estou louca para ir ao terraço. As fotos do site me deixaram ansiosa! - comentei animada, fazendo Zayn rir.
- Vamos lá então. - ele bebeu o último gole de sua bebida e levantou-se da cadeira, ficando ao meu lado, digno de um cavalheiro. - Me acompanha, milady? - meu namorado estendeu a mão direita para mim e eu sorri apaixonada, dando minha mão para ele, que me ajudou a levantar e abraçou-me de lado, como sempre faz.
Pedimos permissão à recepcionista para subirmos ao último andar, que assentiu e fez questão de nos levar até lá em cima.
- Vocês deram sorte, normalmente esse lugar está lotado. - constatou assim que o elevador abriu no terceiro andar. - Fiquem à vontade! - sorriu gentilmente e nós agradecemos sua atenção.
O lugar era todo sofisticado mas ao mesmo tempo aconchegante. Havia poltronas por toda parte, alguns postes enfeitados com luzes de natal e uma mesa com champanhe no centro do salão á céu aberto.
- Meu Deus, que lugar lindo! - falei deslumbrada enquanto caminhávamos de mãos dadas até a parapeito.
- Ficou bonito mesmo.
Quando finalmente conseguimos ter a visão completa do parque, me assustei ao ver centenas de pessoas lá em baixo, segurando várias placas, juntas umas às outras, formando a frase “ S/N, quer casar comigo?”
- Amor, o que é isso? - perguntei rindo nervosa.
- Alguma S/N está sendo pedida em casamento. - respondeu como se fosse óbvio e eu o empurrei devagar.
- Bobão. - Zayn deu um riso fraco e segurou minhas mãos na intenção de nos aproximarmos.
- Entendeu o porquê de eu ter sumido?- fiquei totalmente de frente para o moreno, prestando atenção em cada palavra que sairia de sua boca. - Demorou um pouco para que tudo ficasse perfeito como eu queria, porque você não merece nada que não chegue aos seus pés. Todas as vezes que eu disse que trabalharia até mais tarde, que adiei nossos programas te deixando irritada e inventava cada desculpa sem sentido, foram para uma boa causa. - explicou-se ao dar uma risadinha. - Faz alguns meses que essa ideia passou pela minha cabeça e você sabe, quando eu coloco algo em mente eu preciso botar em prática. - concordei com a cabeça e já expressava minha felicidade antes mesmo da próxima sequência linda de palavras. - Decidi que a partir de agora não quero mais acordar sem você ao meu lado. Não quero te ver só três dias por semana. Não quero mais ter que ir embora da sua casa ou você da minha por termos vidas relativamente independentes. Não quero mais namorar com você. Eu quero me casar com você, S/N! Eu quero construir a nossa tão amada família daqui há alguns anos. Eu quero envelhecer ao seu lado, porque só assim, eu serei o homem mais feliz desse mundo. - a emoção tomou conta de mim e eu apenas o agarrei forte. - Sabe que meu amor por você é maior que tudo, não sabe? - cochichou em meu ouvido enquanto eu chorava. - Eu me importo tanto com você, babe. Sabia que esse seria o melhor lugar para te pedir em casamento, justamente por termos iniciado nossa história nesse local. E aqui estou eu. - Zayn saiu do abraço devagar e pegou minhas mãos, segurando-as delicadamente. - Esperando a sua resposta que definirá o resto dessa história, que começou há exatos três anos, lá embaixo, perto do banquinho branco logo ali na frente. - ele sorriu ao final do discurso e levou minhas mãos até seus lábios, dando um beijo leve e carinhoso nelas. - Você aceita casar comigo? - ouvir aquela pergunta com certeza fazia parte dos meus sonhos e o sorriso enorme dado por mim não escondeu a alegria por estar conquistando mais um desejo de vida. Sem demora, o abraçei novamente, mas dessa vez, dizendo mil vezes “sim”.
- Você é totalmente maluco! - ri enquanto limpava minhas lágrimas. - Essa foi a coisa mais linda que eu já presenciei, amor. Obrigada por tornar esse lugar mais especial do que ele já é. E obrigada por ser meu, para sempre! - dei um beijo demorado nele, aproveitando aquele momento único, que só ficou perfeito porque Zayn estava comigo. - Se hoje você é o homem mais feliz do mundo, eu já sou a mulher mais feliz do mundo há muito tempo. Mas só hoje eu me tornei a mulher mais realizada do mundo, apenas por te ter comigo para o resto da vida.
- Te amarei para todo sempre, minha noiva! De todo o meu coração.
______________________________
xoxo
Ju
47 notes · View notes
Text
O PIOR MOMENTO DA MINHA VIDA
Quando tento puxar na memória o que aconteceu há pouco tempo, tenho a sensação de que ocorreu a décadas! Ou até mesmo séculos! Ainda sim, parece só um sonho, dentro de um tempo antigo, ainda muito doloroso.
Em mais uma das minhas muitas noites agitadas, eu sentia o desespero e a agonia que tomavam conta do meu corpo e da minha mente. Como posso explicar o que sentia?
Certas sensações, poucas pessoas são capazes de entender, e é preciso muita empatia para se colocar no lugar do outro e tentar experimentar sua dor; sem julgamentos, sem pensar como se fosse você alí e o que você faria.
Posso comparar meu desespero a um infarto fulminante. Pois, eu jurava que estava com dor e que essa dor ia me matar. Só que a dor era na mente e na alma.
Chega a ser muito similar a um ataque de Pânico, porém, vem acompanhada de um impulso, e esse impulso é a morte.
Nesse momento, muita gente vai pensar: "Então, você quer morrer! É isso?"
A resposta é NÃO! E eu posso provar...
Busquei na internet, no meio da madrugada, logo após conversar com a atendendo do CVV (da postagem anterior a essa), hospitais onde alguém que, "aparentemente não doente" como eu, pudesse ser atendida.
Sem sucesso! Todos muito distantes e eu não tinha sozinha, discernimento e orientação suficientes, no momento, para chegar até eles. Além de estar no meio da madrugada, não ter carro e nem ônibus... Nem ao menos um Uber na localidade onde me encontro atualmente.
Eu não conseguia respirar, nem pensar com clareza. Tinha a sensação de estar sendo perseguida e vigiada e uma dor! Uma dor... Uma dor daquelas que sentimos quando recebemos a notícia da perda de um filho ou de uma mãe. Um sofrimento atroz mesmo! Indescritível!
No meio dessa agonia, vêm, como um tapa na cara, as lembranças de todas as pessoas que já me fizeram algum mal. E, na minha tela metal, a cena, colorida, de todos os acontecimentos; superficialmente resumidos nas piores partes. Aqueles que mais machucaram e ainda machucam. Aqueles que marcaram: As piores são as de abusos, humilhações, desprezo, desvalorização e escárnio.
E é aí que entram as vozes a dizer: " Está vendo? Você pode ver muito bem, na sua cabeça, o quanto você é insignificante. O quanto você é derrotada e o quanto as pessoas te odeiam. Você pode até querer viver, mas vai ser uma vida medíocre, infeliz e solitária. Porque é isso que você plantou. E é isso que você merece!"
Nessa hora, eu só quero que elas vão embora! Eu só quero que tudo isso passe! Eu só quero ficar em paz!
Não! Eu ainda não posso me entregar assim... Preciso tentar algo!
Bom... O CVV não deu certo. Que tal um amigo?
Olho os contatos do celular e só encontro números de familiares que me diriam se tratar do Diabo, e que eu preciso orar muito! Entretanto, eu oro todos os dias, estudo espiritualidade com frequência e sempre procuro fazer caridade e reforma íntima! Pelo visto, não devo estar me saindo muito bem! Pois, claramente, não estou sendo perdoada pelos que me perseguem.
Olho novamente meus contatos e agora só há colegas de trabalho. 😕
Ou seja, não há ninguém a quem eu possa pedir ajuda.
Espera! Eu tenho uma mãe que mora comigo! Não existe amor maior do que o de uma mãe pôr um filho, não é verdade?
Então, eu acordo minha mãe em um pulo e imploro por socorro! Peço para me levar ao médico, ou chamar uma ambulância... Eu digo a ela que se não me ajudar, eu vou tirar minha vida, porque não tenho forças para suportar essa situação, embora eu queira viver!
Ela, atordoada, confusa e irritada por ter sido acordada abruptamente, me repreende ríspida. Diz que não têm como me levar a lugar algum, porque minha avó adoentada e bem idosa depende dela e não pode ficar sozinha em casa. Diz também que, ambulância atende quem está ferido e não quem têm problemas de cabeça. Recomendou-me muita oração, fé e força como cura.
E assim, voltou a dormir.
Dormir o sono, interrompido por um velho problema que ela já está cansada de tentar resolver, porém, sem obter sucesso.
Com o sono dela, adormeceu junto minha última esperança de conseguir ajuda.
Em fim, as vozes têm razão... Eu não tenho nada e nem ninguém. Estou completamente sozinha e desamparada e o futuro não me reserva nada de bom, assim como o presente.
Enfiei goela abaixo os mais de 40 comprimidos dos remédios psiquiátricos mais fortes prescritos para mim mesma.
Eu dizia q os tomava, mas, na verdade, estava juntando-os para esse momento: quando eu já não pudesse suportar a vida.
Muitos irão se perguntar: "Por que você não tomou os medicamentos afim de melhorar?"
Aí vai a resposta: Eu os tomo há mais de 5 anos religiosamente. Entretanto, eles nunca me trouxeram nenhum benefício significativo. As crises do transtorno esquizoafetivo permanecem sem cessar, embora as doses tenham sido mexidas inúmeras vezes e a medicação também.
Além disso, há vários efeitos colaterais péssimos para a autoestima como o aumento de peso, que, para alguém como eu que chegou a pesar 130 kg com apenas 1,56 de altura e teve de se submeter a uma cirurgia bariátrica, é terrível! Além, da sonolência, confusão mental, dores no estômago... Que tornam impossível ser ativo e produtivo em um emprego com um chefe exigente, onde você precisa estar atenta o tempo todo.
Eu deitei na cama e fiquei de olhos fechados no escuro esperando minha morte.
Daí, senti meu corpo começar a ficar dormente do rosto até às pontas dos pés. Meu coração acelerou e comecei a ficar zonza.
Neste momento, comecei a rezar a Ave Maria. Pois, me veio na memória, uma história de que Maria, mãe de Jesus, trabalhava em prol dos suicídas no umbral.
Quando terminei de orar, o que pensei ser minha última oração da vida, eu pulei da cama e dei um grito bem alto de desespero.
Com esse grito, acordei até a minha mãe, que veio me acudir sem pressa, achando que eu estava apenas surtando de novo.
Nesse instante, eu corri para o banheiro e tentei por os comprimidos pra fora, mas não tive sucesso. Foi quando minha mãe percebeu o que estava acontecendo e ficou aterrorizada. Ela não sabia se chorava ou se me acudia.
Quando terminei minha oração pela última vez, senti minha mente dar um estalo. Eu até pude escutar o barulho!
Foi então que as vozes desapareceram, a dor se transformou em pavor! Mas, um pavor de lutar pela minha vida! Nasceu em mim, graças a Mãe Maria, o extinto de sobrevivência e a vontade de me manter viva!
Fomos andando até um postinho que ficava dez minutos de casa.
Eu fui cambaleando, apoiada na minha mãe, tonta, suando e achando que não conseguiria chegar lá antes de desmaiar, porém, conseguimos.
Lá, eu fui colocada direto em uma maca, com soro e aparelho que escuta os batimentos.
Tentavam me perguntar o que eu tinha tomado e porque eu tinha feito aquilo. Eu só olhava para os enfermeiros e não conseguia responder, porque estava muito chapada.
Logo, não conseguia mais abrir os olhos, porém ouvia e sentia tudo.
Meu peito começou a afundar e parecia que eu estava na lua, sem a gravidade da Terra. Pois, a pressão que me empurrava contra o leito do hospital era mais forte do que a pressão do avião, quando decola e nos empurra contra a poltrona.
Eu já não reagia e não podia mexer meu corpo nesse momento. Eu ouvia os enfermeiros falando entre si e movimentando meu corpo.
Ouvia também, o barulhinho do medidor das batidas do coração, batendo muito lento... E cada vez mais lento...
Eu achei mesmo nesse momento que eu ia morrer.
Fiz um esforço enorme para dizer: "Me ajuda..."Mas, não sei se puderam me ouvir.
Eu batia meu dedo indicador com força para saberem que eu ainda estava ali.
Em seguida, enfiaram um tubo enorme no meu nariz e outro pela minha garganta. No mesmo instante, eu tive ânsia de vômito enquanto enfiavam o tubo pela minha garganta.
Quando terminou, lembro de poder abrir os olhos e contemplar o rosto da enfermeira que enfiava o tubo em mim: Ela me olhou e perguntou: "Por que você fez isso? Por que você não comeu um chocolate ou tomou uma cerveja?" E outro enfermeiro atrás dela disse: "A mãe é quem sofre..." Ainda bem que não me recordo dos seus rostos com clareza.
Nesse momento, eu senti novamente toda a tristeza de antes; a solidão, o desprezo e a humilhação do passado e do presente. Tão bem lembradas pelas vozes, quando eu ainda estava em casa, antes de tomar os remédios.
Por isso, tive a sensação de que elas, mais uma vez, estavam com a razão. Foi quando senti que seria melhor se eu tivesse ficado quieta e morrido em casa, na minha cama e no meu quarto, que eu tanto amo.
Mesmo assim, naquele momento, eu soube que não tentaria mais o suicídio, para nunca mais passar por aquela situação de novo.
Uma enfermeira diferente apareceu após a lavagem. Me ajudou a tomar banho e até conseguiu uma roupa do meu tamanho para eu usar, (o que é difícil, pois sou gordinha). Eu sou grata pela ajuda dessa enfermeira. Eu não esqueci o rosto dela, e a agradeci várias vezes antes de ir embora.
Eu fui embora poucas horas depois do acontecido. Estava super fraca, cambaleante, sem poder respirar direito. Não lembrava o caminho de volta, que só levava dez minutos até em casa, e a cabeça toda embaralhada. Porém, eu não quis ficar lá nem mais um minuto. Tive medo de reencontrar os outros enfermeiros que me trataram, e ouvir algo negativo. Eu ainda estava muito fragilizada.
Agarrada na minha mãe, sentando em calçadas e segurando em árvores, eu consegui descer o morro do posto e subir o morro da minha casa.
Não preciso nem dizer que ainda tive problemas por alguns dias.
Mas, agora, estou recuperada desse episódio.
Quanto a minha mente? Bom! Esse episódio eu ainda não sei quando terá fim. Eu espero que o mais breve possível!
Agora, além do Pai Nosso, eu oro minha Ave Maria todos os dias e sempre que necessito. Sou grata a Ela por ter me ajudado quando mais precisei.
Eu não sou católica. Tenho minha religião. Mas, acima de tudo, acredito no amor e na compaixão. E, naquele dia, Maria teve amor e compaixão de mim... Sou eternamente grata. 🙏
Dependendo dos acontecimentos... Eu volto e conto mais coisas.
Até a próxima! ✋
2 notes · View notes
kerentalassi · 3 years
Text
Chorei muito, estive por muito tempo mal por você, hoje em dia faz falta porém não consigo chorar, não consigo me entristecer, apenas espero que o tempo possa me curar por completo e que a sua companhia nem me faça mais diferença.
Por muito tempo achei que estava em um sonho, achei que o que vivíamos era apenas um filme que eu estava ali para contemplar mas ao final era só “desligar a TV e ir deitar”, porém isso foi se tornando tão intenso que se parecia mais uma saga e não um único filme, eu já não sabia lidar com os meus próprios sentimentos, eu já não sabia controlá-los.
Meus sentimentos eram tão intensos, mal sabia demonstrar, se falava que amava demais, se te abraçava se te beijava, passei a me perder em tanto amor e em tanto sentimento de carinho, eu só queria você, mais e mais, me entregando ao máximo em seus braços.
Algumas vezes chorei, chorei de saudade, de insegurança, por conta de uma discussão, por conta de uma decisão errada, mas nunca chorei por te odiar, sempre chorei por medo de te perder, por te amar! Não queria agora chorar por não te ter mais aqui, comigo, ao meu lado, no meu colo.
Aqueles momentos em que assistíamos filme juntos e você quase me matava por comentar em certo momento do filme e ter que voltar tudo novamente, era muito engraçada sua cara, mas no fim estava tudo bem, no fim íamos dormir abraçados, não passava um fio de vento, como em casulo.
E quando íamos pescar? Você todo concentrado, você em seu mundinho estressado por não conseguir pegar um único peixe, como eu morria de rir! Eu toda insegurança por não saber pescar, mas você ali, sempre me incentivando a pescar, me ensinando e mostrando como pegar direito na vara -_- .
E quando viajamos com a sua família, eu nunca me senti tão feliz, a minha família tão pequena e a sua imensa, grande e acolhedora, todos me trataram tão bem, eu me sentia em casa, eu nunca tinha sentido tanto amor!
Quando nadamos no rio juntos, era tão bom que mesmo com aquela água gelada eu nem estava ligando.
E quando falávamos de que nomes daríamos para os nossos filhos? Você gosta de Victoria, e eu de Lua… queria poder fazê-los reais, um dia na vida.
Gostaria de te ver no altar me esperando para que eu possa colocar a aliança em sua mão, que eu nem me lembro qual rs.
Quando nos vimos pela primeira vez, somente eu e você, sem ninguém para nos atrapalhar, foi a primeira vez que te beijei de verdade, que tive um momento único com você.
Quando conheci sua mãe eu quase morri, eu nem consegui comer de tanto nervosismo estava morrendo de medo de não ser o que ela esperava, mas no fim ela é a pessoa mais incrível da minha vida, uma segunda mãe, sempre peço para que você de valor nela, pois ela é um anjo em terra.
1 note · View note
nosfetaru · 4 years
Text
O PRIMEIRO DIA DE AULA
Link da música do capítulo, clique AQUI.
Elena estava incrivelmente animada e emotiva dentro do carro, enquanto encarava as duas crianças sentadas nas cadeirinhas do banco detrás, através do retrovisor. Hoje seria o primeiro dia de aula dos seus gêmeos e ela mal pôde dormir noite passada, apenas pensando em como seria.
Com quase cinco anos, seus bebezinhos iniciariam a pré-escola, mas, obviamente, uma escola especial para criaturas místicas. Para Elena, era tão surpreendente como os vampiros pareciam ter uma sociedade secreta apenas deles. De fato, haviam os Drácus que se misturavam com humanos, mas, em grande parte do tempo, eles preferiam levar suas parceiras humanas em médicos vampiros, ou seus filhos em escolas especiais, pois, assim, seria muito mais fácil e eles não precisariam lidar com os humanos desconfiando.
Sinceramente, o mais surpreendente de tudo isso, é saber que eles escondem todas essas coisas tão bem, ao ponto de ninguém imaginar que existem essas comunidades vampíricas mescladas as humanas.
Discretamente, enquanto dirigia, Taehyung espia de canto de olho, a esposa. Ele quase tem vontade de rir pela ansiedade que ela emanava ao ver as mochilas coloridas que também estavam no banco detrás.
Devido a vida que levou e as escolhas torpes de seu pai, Taehyung e seus irmãos foram ensinados em casa, a princípio, pela mãe e depois por professores particulares na mansão em Upiór. Por isso, ele não conseguia entender essa animação toda que Elena sentia agora.
Depois de um tempo, quando estaciona na frente da enorme e elegante escola, Elena é a primeira a sair do carro, logo indo abrir a porta do carona para retirar seus gêmeos das cadeirinhas.
Enquanto colocava os filhos no chão, fora do carro, todos que transitavam pelo lugar ficam um pouco tensos e com suas atenções completamente atraídas por Taehyung, quando ele sai do carro. Todos os vampiros ali sabiam, aquele era o Conde Drácula, portanto, saber que seus filhos estudariam com os filhos do vampiro mais importante, que, por sinal, era casado com uma Van Helsing, os deixava complemente intimidados e receosos. Quando souberam das notícias, logos os vampiros trataram de conversar com seus filhos “não arrume confusão com os filhos do Drácula", “faça amizade com eles”, essa eram as instruções para os pequeninhos que mal tinham noção do que estavam fazendo naquele lugar.
Não se sabia o que era mais chamativo, o belo Drácula de cabelos longos e sua esposa Van Helsing, ou os mestiços, a junção de uma rara espécie, os Dracul-Helsing.
— Parece que vocês estão prontos. — Agachada na frente dos filhos, Elena sorri para eles.
Com alguns dedinhos dentro da boca, Evan observava aquele tanto de pessoas espalhadas em frente à entrada da escola. Já Emily, segurava um pequeno coelho de pelúcia pela orelha, enquanto olhava para a mãe, sem entender.
Uma mulher vestindo um avental colorido, surge na entrada, chamando todas as crianças para entrarem. Ela sorria largamente.
— Vocês precisam ir agora, tudo bem? Não se esqueçam do que a mamãe disse mais cedo. — Elena faz um leve afago nos filhos e dá-lhes beijos de despedida. — Sejam bonzinhos.
Eles assentem.
Elena funga e se levanta.
— Você pode levar eles? — Ela pergunta para Taehyung, que observava tudo.
Ela funga novamente e Taehyung quase ri dessa vez, mas se contenta em assentir também. E assim, ele pega os filhos no colo e os leva até a professora, enquanto todos abrem caminho para que ele passe. Quando coloca os filhos no chão, Evan segura a mão de Emily, antes que eles comecem a entrar com a professora, enquanto acenam sem parar para o pai, que fica para trás.
Quando volta para perto da esposa, Taehyung nota os olhos dela brilhando.
— Você vai chorar? Você sabe que é só o primeiro dia de aula deles, Elena. — Ele caçoa e ela o ignora, antes de voltarem para o carro. E caminho todo de volta, foi sobre Elena mandando mensagens e fotos dos gêmeos para os seus amigos, contando como foi difícil deixá-los na escola.
Quando voltaram para casa, Elena parecia mais agitada que antes, olhando o relógio a cada hora, resmungando em como o tempo nunca passava. Ela não via a hora de buscar os filhos.
Taehyung já estava começando a ficar irritado, porque a esposa parecia um furacão de um lado para o outro, barulhenta demais. Ele já havia pedido que ela se acalmasse um pouco, e quase cogitou trancá-la no quarto até que desse o horário, mas sabendo que isso só a deixaria mais nervosa, Taehyung resolveu levá-la para um passeio no bosque perto de casa, com o intuito de distrai-la um pouco. O que, aparentemente, deu certo. As flores, os pássaros, o lago, tudo foi capaz de trazer um pouco de calma para Elena, sendo assim, como um casal apaixonado, eles aproveitaram um tempo ao ar livre, antes de voltarem e passarem o restante da tarde na sala de música, tocando juntos no piano.
Mesmo que fosse um vampiro com longos anos de vida, Taehyung tinha uma aparência extremamente jovial e sabia muito bem que havia se casado com uma humana igualmente jovem, Elena estava apenas com vinte e oito anos, portanto, ele sabia que ambos deveriam fazer coisas que agradassem a idade da esposa, mesmo que já tivessem uma vida de casados e de pais. Então, foi em meio à tarde calma, que Taehyung disse que se Elena parasse de ficar tão nervosa quando os filhos fossem para a escola, eles poderiam aproveitar muito bem suas tardes, sem se importar em fazer barulho, já que estariam sozinhos. E apesar de envergonhada, Elena riu da solução indecente do marido, ficando cada vez mais distraída.
Desse jeito, para sua felicidade, com a ajuda do maravilhoso marido que arranjou, o tempo passou mais rápido e eles já estavam indo buscar os filhos na escola. E após pegá-los, Elena tentou se conter o caminho todo, deixando para conversar com os filhos em casa, que voltaram cheios de desenhos e doces.
— Parece que vocês se divertiram muito. — Com os olhos brilhando, Elena encarava os filhos sentados no tapete da sala, em volta de desenhos e contando tudo que fizeram.
— Sim, mamãe. — Evan acena com a cabeça e ela sorri. Ele estava com as perninhas esticadas e abertas, olhando para Elena.
Ela quase suspira de amores, antes de olhar para sua filha, ao lado de Evan. Emily estava sentada sobre as pernas e segurava seu coelhinho e uma cartinha.
— E esse desenho, meu amor, vai deixar a mamãe ver? — Ela pergunta para Emily, que assente e entrega a cartinha com um adesivo de coração, para a mãe.
— Não é desenho, mamãe. — Evan se apressa, arregalando os olhos. — Foi o namorado da Lily que deu pra ela hoje. — Ele explica e Elena levanta as sobrancelhas.
Taehyung, que estava na entrada da sala, instantaneamente, se atenta a conversa.
Elena abre o desenho e enxergar um grande coração desenhado de forma tremida e vários rabiscos em volta. Ela ri, achando uma graça.
— O que é isso? — Sem percebê-lo se aproximar, Taehyung pega o papel das mãos de Elena. Ele observa o desenho por alguns segundos e seu semblante fica sério. — Quem te deu isso? — Ele encara Emily, que balança os pezinhos, despreocupada.
— Papai, foi o Capes. — Evan respondi pela irmã, que continua em silêncio, apenas segurando seu coelho de pelúcia.
— Capes? — Elena franze o cenho e pensa por alguns segundos. — Você quis dizer, Casper, meu amor? — Ela pergunta e Evan assente. Não importa o quão enrolado fosse a fala dos filhos, ela sempre tinha o dom de adivinhar.
— É o filho do Nancy. — Taehyung diz baixo, com um olhar longe.
Elena o encara.
Nancy era um dos vampiros que seguiam Taehyung. Nesses anos casada com o Drácula, ela conheceu muitos.
— Vou ligar para ele. — Taehyung avisa e se vira.
Elena olha os filhos, que estavam ocupados mexendo em tudo que trouxeram da escola. Então, ela se levanta e vai atrás do marido, que foi até à cozinha pegar o celular que estava no balcão.
— Por que você vai ligar para o Nancy? — Elena se aproxima e ele a encara sério, quase a fazendo revirar os olhos. — Eles são crianças, Taehyung, nem sabem o que significa “namorado”. Com certeza, o Evan escutou isso das baboseiras que a Wendy e a Lilu falam.
Enquanto procurava pelo contato em sua agente, Taehyung responde:
— Ele deu isso para ela, Elena. — O vampiro ergue o papel em sua mão, que Elena pega e dobra com cuidado.
— Pelos céus! Isso é um desenho e eles só têm quatro anos. Além do mais, �� Ela pega o celular do marido quando ele o leva até à orelha. Já estava chamando, mas Elena encerra a chamada. — ela vai crescer um dia e encontrará alguém e você não vai poder fazer nada, Taehyung.
Se Elena estava tentando convencê-lo de que isso era bobeira, apenas conseguiu deixá-lo mais irritado somente por imaginar Emily com alguém.
Percebendo a expressão do marido, Elena suspira sem paciência e cruza os braços.
— Você sabe bem quantos anos tem. — Ela começa a falar novamente e ele a olho. — Mas se lembra quantos anos eu tinha quando ficamos pela primeira vez? — Elena arqueia uma sobrancelha e o marido estreita os olhos. — Dezoito, Taehyung. Eu mal havia entrado na vida adulta, e você, um vampiro de trezentos anos, me arrastou para o seu quarto. — Elena ri sem humor.
Taehyung precisa se conter, porque sente vontade de sorrir apenas por lembrar da primeira vez que teve Elena em sua cama.
— Portanto, você não está em posição alguma de reclamar, ainda mais de um desenho. Um desenho, Taehyung. — Elena dá ênfase e nega com a cabeça, antes de se virar e sair da cozinha, mas tudo que Taehyung conseguir fazer, é encarar sua bunda se afastando, enquanto lembra daquela noite em Upiór.
Quando o corpo de Elena some do seu campo de visão, Taehyung faz um som de desdém com a boca e encara o celular, vendo algumas ligações perdidas de Nancy, já que, quando o Drácula te liga, você não o deixa esperando. Desistindo da chamada, Taehyung apenas envia uma mensagem, dizendo que falaria com ele amanhã.
***
Noite passada, após arrastar sua mulher para o quarto a fim de reviver as memórias de Upiór - depois que os filhos dormiram, Taehyung estava tenso atrás do volante do carro, enquanto dirigia para a escola. Facilmente, ele poderia pedir que um motorista levasse e buscasse seus filhos, mas por serem os primeiros dias e depois do que aconteceu, ele fazia questão de acompanhar os gêmeos.
Quando estacionou na entrada do lugar e Elena retirou os filhos da cadeirinha, Taehyung se abaixou na frente de Evan.
— Se mais alguém tentar entregar alguma coisa para sua irmã, não se esqueça do que eu disse. — Seriamente, como se passasse uma missão, ele diz para o filho, que assente.
— Tá bom, papai. — Evan sorri e abraça o pai, que é incapaz de não sorrir de volta, enquanto retribuiu o gesto.
— Não escute o seu pai, ele é um bobão. — Elena fala para Evan, que também assente.
— Vamos, mamãe. Presentinho. — Segurando a mão de Elena, Emily a encara, enquanto mostrava para a mãe a cartinha que segurava. Sem que Taehyung interferisse, no dia anterior, Elena ajudou Emily a fazer um desenho para que ela entregasse para Casper. Foi ideia da garotinha.
Taehyung encara a carta e depois a esposa, logo entendendo do que se tratava. Elena o encara de volta, de forma desafiadora como se dissesse “vai fazer alguma coisa?”, mas Taehyung apenas bufa, enquanto os dois caminham com os filhos até a professora.
Enquanto os gêmeos entravam, Taehyung olhou atentamente ao redor, mas não encontrou Nancy, por isso, ficou bastante irritado quando voltou para o carro e fechou a porta com força. Elena o olhava com descrença, o achando um tremendo idiota por estar enciumado desse jeito
Como foi com Elena, Taehyung foi quem ficou inquieto durante tarde, extremamente ansioso para ir buscar a filha, e Elena precisou lidar muito bem com isso, o acalmando antes que perdesse a paciência.
Eles se distraíram pelo resto da tarde, mas no momento em que entraram no carro, foi como se o nervosismo de Taehyung nunca tivesse desaparecido.
O vampiro estava com os longos fios de cabelos, presos, de forma desajeitada e muito atrativa, então, Elena conseguia ver com perfeição sua mandíbula tensa e os olhos centrados. Taehyung estava incrivelmente sexy desse jeito, um pai ciumentamente idiota e incrivelmente bonito.
Dessa vez, quem saiu primeiro do carro foi Taehyung, que ficou encostado no veículo, apenas observando com atenção as crianças irem de encontro aos seus pais. E não demora até que as duas criaturinhas pequenas e de mãos dadas, saiam da escola, indo adoravelmente para perto dele.
Elena sorri para os filhos e estava pronta para recebê-los, quando um casal e seu pequeno filho, se aproximaram ao mesmo tempo. Era Nancy, sua esposa e Casper.
— Boa tarde. — Nancy cumprimenta, sorrindo educadamente.
— Boa tarde. — Elena sorri de volta, quando Emily se coloca entre suas pernas, abraçando uma, enquanto encara Casper, que estava de mãos dadas com sua mãe.
Nancy espera uma responde de Taehyung, que não diz nada e apenas pega Evan no colo.
— Hm, bem, o senhor disse que gostaria de conversar comigo hoje. — Nancy revela, e Elena encara Taehyung, desacreditada. Ele não olha a esposa de volta, porque sabia muito bem o que iria encontrar.
Na realidade, seus olhos estavam ocupados demais encarando o pequeno garotinho de cabelos quase cobrindo os olhos, que sorria para Emily. Taehyung o olhava quase como se estivesse vendo um lobo.
Nancy percebe e sorri sem graça.
— Soube que o Casper entregou um desenho para sua filha. Espero que isso não seja um problema. — Ele diz, entre um riso nervoso.
— Não é. — Elena diz antes que Taehyung abra a boca. — Na verdade, o que queríamos, era agradecer. Casper é o primeiro amiguinho da nossa filha, e ela ficou tão feliz que fez uma cartinha para ele também, não é, meu amor? — Elena passa as mãos pelos cabelos da filha, que assente timidamente.
— Sério? E onde está? — A mãe de Casper sorri e olha para o filho.
— Na minha mochila. — Ele responde e a mãe sorri novamente.
Mesmo com as palavras de Elena, Nancy não conseguia parar de olhar para Taehyung, percebendo que, nitidamente, ele não concordava com a esposa.
Evan no colo do pai, parecia alheio a tudo, acenando para algumas crianças que passavam.
— Venham jantar na nossa casa qualquer dia desses. Poderíamos deixar as crianças brincando, enquanto tomamos um vinho. — Elena sugere e a mãe de Casper sorri animada com a ideia, enquanto Taehyung encara seriamente a esposa e Nancy falta desmaiar de nervosismo.
— Claro. Nós vamos adorar. — A mulher responde, antes que Nancy pudesse recusar educadamente.
— Ah, que ótimo! Então te ligarei para combinarmos um dia. — Elena sorri e a mulher também, antes que todos se despeçam.
— Tchau, Lily. — Casper acena para Emily, enquanto Nancy se vira e se afasta sem olhar para trás, receoso demais.
— Tchau. — Emily sorri e acena de volta para o garotinho, que vai embora.
Achando uma graça a cena, Elena só para de sorrir quando sente que um par olhos a encarava fervorosamente.
— Vamos conversar quando chegarmos em casa. — Taehyung avisa ela, seriamente.
— Claro que vemos, precisamos escolher um dia para o jantar. Que tal uma torta de maçã para a sobremesa? — Elena volta a sorrir e Taehyung estreita o olhar, sabendo que ela estava fazendo de propósito.
Elena ri do marido, antes que Emily aponte para Evan, no colo de Taehyung. O garotinho segurava duas cartinhas.
— O que é isso? Mais desenhos? — Elena pergunta e Evan entrega as cartinhas para ela.
“Marco” e “Hani” estavam escritos nos papéis. Esses pareciam os nomes das crianças que fizeram os desenhos.
— Os seus amiguinhos fizeram isso para você? — Elena pergunta, enquanto observa os rabiscos.
Evan assente.
Elena desvia seu olhar dos desenhos e espia Taehyung, que estava com uma feição quase assombrada. Ele encara Evan, que encara o pai de volta. E sem entender, o garotinho apenas dá um beijo no pai, que permanece estático.
Elena suspira e dá as coisas, caminhando tranquilamente até o carro, sabendo que Taehyung teria mais um ataque quando chegasse em casa. Ele podia ser o Drácula, mas não conseguia lidar com o simples fato de “perder” os filhos para outros, mesmo que fossem crianças. Definitivamente, Elena teria muito o que fazer para acalmar esse vampiro.
Quando voltaram para casa, Taehyung não largou os filhos nem por um segundo, como se eles fossem sumir a qualquer momento, por isso, nesse momento, ele estava sentado no sofá, rodeados por desenhos e com os braços todos riscados de canetas coloridas. Evan e Emily estavam dormindo, cada uma com a cabeça em uma das suas pernas. Eles brincaram até dormir.
Rindo baixo, Elena entrou na sala e observou aquelas duas bolinhas encolhidas e agarradas as pernas de Taehyung. Emily ainda segurava uma das canetas.
Taehyung, que até então observava os filhos, desviou o olhar para a esposa quando ela se sentou do seu lado, tomando cuidado para não acordar Evan, que também estava desse lado.
Ela olhou ao redor e pegou um dos desenhos, entregando para Taehyung. Ele segura o papel e observa as tentativas de palitinhos que deveriam ser a família, e sempre havia um mais alto que os outros e esse era ele.
— Está vendo. Você está em todos os desenhos. — Elena diz. — Taehyung, você sempre vai ser a pessoa favorita dos seus filhos, por isso, não precisa ficar preocupado com bobeiras. — Ela sorri para o marido, que também olha ao redor, observando os desenhos nos papéis e os corações e rabiscos feitos em seus braços.
Taehyung sorri pequeno.
— Acho que posso me segurar até que eles completem os cem primeiros anos. — Ele responde e o sorriso de Elena some.
— Você está querendo me tirar a paciência? — Ela pergunta séria e ele ri baixo, antes de se inclinar cuidadosamente para roubar um beijo.
— Estou apenas brincando, Eleninha. — Ele a encara descaradamente, inclinando sutilmente os cabelos presos.
Elena aperta os olhos, tentando ficar séria, mas não consegue conter o sorriso, portanto, o beija de volta.
Um baixo resmungo os separa segunda depois. Emily havia soltado a caneta e se remexia lentamente.
— Papai... — Ela resmunga de olhos fechados.
Elena ri baixo e se levanta, pegando cuidadosamente Evan no colo.
— Vamos levá-los para cima. — Elena segura delicadamente seu garotinho, que enterra a cabeça em seu seio e segura sua blusa.
Taehyung também ajeita Emily e seus braços, e, juntos, eles levam os gêmeos para o quarto, enquanto se sentem os pais mais sortudos do mundo por cuidarem desses adoráveis vampirinhos.
2 notes · View notes
caroldarcie · 3 years
Text
Para Helena ler um dia
Helena, 
Após minha mãe, sua avó Eliene, falecer esse ano, fiquei muito triste de pensar que quase todas as minhas memórias tinham ido embora com ela. Isso me fez pensar que pode ser que ninguém soubesse contar a história das pessoas, no caso, a nossa história. Temi que, um dia, sua história morresse comigo.
Então, resolvi escrever. Não só a sua, como a de suas irmãs. Dessa forma, acabo escrevendo também a minha, não é mesmo?
Suas história começa com a história de 3 perdas. 
A primeira, o casamento desfeito de seu pai. Outra, um bebê perdido antes de você. A outra, seu gêmeo perdido também. 
Era o ano de 2010, e eu estava morando com seu pai há um ano, no bairro Jd Paulistano, em Sorocaba, quando engravidei de você. Nós havíamos nos conhecemos no Depois Bar, um tradicional bar de boa música e dança, que íamos muito naquele inverno de 2009 e acabamos juntos após muitas danças e cervejas. Sim, foi simples assim. Era muito tranquilo estar com seu pai, era um relacionamento fácil e calmo. Ele sempre bem-humorado, gostava de conversar, andar pelas ruas, ouvir samba, dançava uns passos. Era leve nossa vida, apesar da falta de dinheiro e preocupações de vida adulta normal.
Íamos a muitos bares e andávamos muito pela cidade conversando. Fomos morar junto em apenas 3 meses, ambos sem muito lugar pra ir. Sim, foi simples assim. Nada de muito namoro, enrolação, noivado, casa, nada. Simplesmente, alugamos uma casinha amarela e fomos para lá juntos, após apenas esse tempo juntos. A casa era na rua Antonio Soares, ao lado de um bar bonito. 
Seu pai havia tido um casamento de quase 7 anos, e dessa relação tinha uma filha, sua irmã Malu. Eu falo que o ex-casamento dele contribuiu para que você existisse, pois eu passei a gostar de crianças quando conheci a Malu. Ela tinha apenas 5 anos...e logo se acostumou com a ideia do pai ter se casado de novo. Ela sempre foi tranquila. E também sempre me pedia um irmão ou irmã, já que a mãe não queria mais filhos. A ideia me parecia normal, e boa. Simples, mas eu não estava planejando ter filhos naquele momento.
Acontece que tomei um remédio errado, e engravidei. Essa gestação meio de susto, estranha, mal tinha me acostumado com a ideia... já perdi. Foi na Copa de 2010. Enquanto eu e seu pai esperávamos o médico atender a gente, com vovó e vovô na recepção, vimos um jogo do Brasil no hospital. 
Após essa perda, chegamos em casa, e papai me abraçou e chorou. Esse detalhe é importante, pois estou com ele há 11 anos e jamais o vi chorar novamente. Foi a primeira e única vez.
Sei que no mês seguinte seu pai olhou pra mim e disse: vamos ter um filho. Já íamos ter de qualquer jeito...se for pra ser, que seja!
E veio você no primeiro mês após essa perda. 
Não veio só, veja bem. No primeiro ultrassom, haviam dois sacos amnióticos, porém, só o seu coração batia. Não tivemos gêmeos por um triz. Foi um susto bom e engraçado. Mas, como havíamos perdido o primeiro, perdemos esse também. Você ficou.
Não sabíamos se era menina ou menino, tínhamos uns nomes na cabeça. Mas, dirigindo um dia em Sorocaba, falando nomes, seu pai sugeriu Helena. É o nome da sua tia, Maria Helena, e eu achei bonito. Assim ficou. Nosso primeiro bebê, Helena. Minha gravidez foi muito tranquila, eu tinha apenas 29 anos. Descobri a gravidez no meu aniversário, 22 de agosto. 
Você nasceu dia 4 de maio de 2011, num parto meio complicado que prefiro dizer assim: a médica fez o que sabia fazer, mas você não nasceu muito bem. Não pude ficar com você, aquele hospital maluco mandava as crianças para vacinar, pesar, dar banho...ficar no berçário...enfim, não gostei da forma como te trataram. Uma coisa que precisa saber: essa experiência de parto não muito boa, com essa violência institucional naturalizada por todos, me fez mudar a vida de muita gente depois. Por muitos anos escrevi sobre violência obstétrica e criei projetos que ajudaram centenas de mulheres a não mais sofrer esse tipo de violência. Então, mesmo que não tenha sido bom, eu me senti muito vitoriosa de ter parido em um hospital com taxa de 96% de cesáreas. Lembro de ficar brigando na enfermaria porque não me traziam você logo. 
Quando te vi, a primeira coisa que reparei: meu deus, é a cara do pai. O rodamoinho, a testa, os olhos. Branquela, 3,3kg, carequinha. Eu fiquei muito feliz e corajosa de te levar pra casa. Fomos, eu, seu pai e a Malu com você pra casa dessa rua Antonio Soares, onde moramos por um tempo ainda. 
Eu te fiz um quarto lindo, amarelinho, com passarinhos na parede. Eu e sua avó decoramos, fizemos seu pai pintar paredes e armários. Coitado. Você jamais dormiu lá, devo dizer. JAMAIS. Você ficou anos na minha cama. Uns 5 anos, acredito.
<3
Tumblr media
2 notes · View notes
loveforgaia · 4 years
Text
por que às vezes eu fico mal e não sei dizer o por que? perco energia e fico triste >do nada< e não sei lidar com isso :(
Tumblr media
um texto de autorreflexão. te convido a vir pensar sobre as razões de coisas que te chateiam, dos motivos que te colocam para baixo no dia a dia e por que afinal tu não consegue identificar essas razões e permanece com o sentimento de vazio ou "sentimento ruim não explicado".
vou falar pensando em complexos da psicologia analítica e na ideia da falta de reflexão e de ter consciência sobre traumas passados, medos e fragilidades que no fundo estão guardadas em alguma parte de ti só esperando para serem ativadas novamente. 
quantas vezes você do nada se sente chateada(o), aqueles momentos em que você se sente mal porém não consegue identificar exatamente o que te fez ficar dessa forma. aquela sensação de algo ter acontecido mas você não consegue dar nome e determinar o tempo exato em que começou a ficar mal. 
estamos aqui para aprender um pouco mais a refletir sobre nós, a identificar as possíveis causas desse mal-estar repentino. pois isso realmente nos traz sensações ruins e faz a gente se sentir sem rumo, sem saber identificar ao certo o que se passa do lado de dentro.
1. traumas de infância, ferid(inhas) emocionais; 
desde que somos jovens, nossas experiências vão marcando quem somos. mesmo que você não se lembre, desde que começou à ir a pré-escola ou berçário/creche, e começou a ter o primeiro contato com o mundo externo, aquelas coisas que "deram certo" bem como as que "deram errado" ficaram marcadas em ti como aprendizados.  além disso, temos os nossos pais. o mundo externo e os nossos pais [que são a nossa maior fonte de aprendizado e nutrição desde novos], juntos formam na nossa mente o “núcleo de informações” do que entendemos que podemos fazer ou não ao nos relacionar com as pessoas. 
e, somado a isso, é claro que temos diversas experiências que vão acontecendo conforme o tempo de vida. raro é quem que se encontra completamente separado das expectativas dos outros nas relações, das coisas que "aprendeu a fazer/não fazer" desde nova(o). com você admitindo ou não, a forma que você vive seus relacionamentos é influenciada pela forma que seus pais te criaram e criam, pelas suas experiências com a sociedade e com seus relacionamentos
por que estou falando disso tudo? pois bem. falando especificamente do lado ruim, essas relações podem ter gerado traumas ou ter te colocado para baixo naquela época em que você era nova(o) ou em algum outro momento, e mesmo que você não se lembre [e faz sentido não se lembrar, explicarei no próx. ponto o porquê], quando a situação se repetir você vai se sentir mal de novo.
nesses casos, esses traumas e momentos que ficam marcados contigo basicamente criaram complexos, que dentro da psicologia analítica são um conjunto de imagens, certezas, ideias, cheinhas de carga emotiva e que muitas vezes estão ali escondidos no seu inconsciente. e o que basta para eles serem ativados? apenas um estímulo, algo que pode acontecer à sua volta. 
2. complexos negativos; 
repetindo então, os complexos se organizam a partir de experiências emocionais importantes para uma pessoa, aquilo que marca ela [por isso mencionei infância e feridas emocionais]. e basta algo acontecer à sua volta para aquela "certeza" ser ativada dentro de ti e a sensação ruim vir à tona de novo. 
logo acima eu mencionei que eles podem estar escondidos no seu inconsciente, e quando eles estão lá é muito pior, pois o contato com sua consciência é raso demais, você vai ter dificuldade em identificar a razão de estar mal assim
às vezes você não nota os complexos que existem em torno do seu ego, seu senso de identidade.
por outro lado, eles também podem ser mais conscientes, perturbando demais o teu dia a dia. e apesar disso parecer pior, na real é uma forma de você aprender a lidar com essa carga emocional que ele carrega diariamente e então pegar "o gancho" nisso para entender os seus motivos.
vou dar uns exemplos aqui pra ficar bem ilustrado.
1. por exemplo, você tem uma certa fragilidade com o assunto "corpo". se você for uma pessoa que reflete sobre si, vive sua vida interna de forma saudável, talvez você saiba identificar a razão desse assunto te incomodar tanto [nesse caso, o complexo tá mais próximo da tua consciência].
e, seguindo com o exemplo, você sabe bem que isso tem a ver com a forma que especificamente dois relacionamentos seus te trataram anos atrás, depois que você passou por umas mudanças corporais, ter ganho mais peso. você passou por um choque de ter sido largada(o), isso duas vezes, e esse momento te trouxe uma forte sensação de "não ser boa/bom" para alguém. depois disso, passou a acreditar que perdeu algo que antes era uma "garantia" para ti com os outros, um corpo "mais bonito". isso é um trauma adquirido durante a sua vida, e isso te marca muito. é uma ferida emocional.
e em qualquer momento que você passar por situação parecida relacionada a corpo, aquela ideia de como você é uma pessoa "inadequada" e não tem mais o que oferecer, a sensação daquela primeira vez, de quando você se sentiu mal e insuficiente, frágil... tudo isso voltará.
porque o seu complexo [um conjunto de imagens e ideias ruins sobre si mesma(o)] foram novamente ativados por um estímulo, uma pessoa, uma situação... e às vezes você nem consegue enxergar que essa é a razão. por que?!
porque nunca enxergamos a nossa vida toda como um compilado, o conjunto de acontecimentos que ela é. nos esquecemos que somos o nosso hoje e o ontem recente, mas também somos o passado de 10, 15 anos atrás ou mais e que somos influenciados por tudo isso, em maior ou menor escala, dependendo da importância que aquilo possui a nós.
a nossa vida é como um filme. para você entende-lo muito bem, precisa ter assistido o início e o que aconteceu em praticamente todas as cenas anteriores. uma coisa leva a outra. tenha isso em mente
e não, você não tem que esquecer um trauma "porque já passou", "porque você 'deve' superar". não se tapa o sol com a peneira. se ele tá queimando a ponto de arder a sua pele, você então deve tapa-lo com algo inteligente, e entender por que afinal queima tanto assim. não negligencie a sua história de vida. 
2. ou, dando outro exemplo: você não consegue gostar da forma que os seus dentes têm. para qualquer um isso soaria bobo, um nada, mas para ti... só você sabe o quanto isso te incomoda. os seus dentes são grandes. quando você era pequena [foco: autoestima e senso de 'eu' ainda sendo construídos], ouvia muito das pessoas "dentão" ou qualquer outro tipo de palavra que eles usavam para te ofender, comparações, coisas que te chateavam e muito
certo dia você vê algo relacionado a dentes grandes, algo com caráter ofensivo, negativo. para qualquer um isso é besteira, ignorável, mas sem perceber, você se vê ofendida e em instantes teu humor muda, você se sente para baixo. é como se tivessem falado diretamente com você, mesmo que não tenha sido o caso. você sabe como te falta confiança para sorrir e você até já cogitou mudar seus dentes no futuro por faltar aceitação com quem você é.
mais uma vez: algo completamente pessoal, construído através de experiências antigas. mas que seguiu ali contigo, e que possui uma influência fortíssima em quem você é e em como você vive o seu dia a dia.
3. autorreflexão, compreender as suas razões
parece difícil olhar para a sua própria história de vida, enxergando as raízes de cada mal-estar, raízes essas às vezes mais profundas e intensas, e outras mais recentes e menos dolorosas. eu sei bem o quanto é difícil se enxergar de forma completa - sem negligenciar tudo que tu guarda dentro de ti.
buscar o autoconhecimento e mergulhar na sua própria história são as melhores formas de lidar com essas dores. precisamos de uma vez aprender que assim como existe a expectativa de aos 17 ter terminado o ensino médio, aos 20 estarmos numa faculdade, depois casar, ter filhos e etc... deve existir também uma prioridade de se conhecer. precisamos entender que chega uma certa fase da nossa vida em que simplesmente não vamos mais conseguir fugir das influências daquilo que já vivemos. nossa história pessoal é como a nossa sombra: sempre está ali. você nem precisa notar, e às vezes até a ignora..mas ela segue ali. 
então, compreender os seus motivos para agir de certa forma é algo que eu vejo como uma tarefa difícil para as pessoas. refletimos pouco sobre nós mesmos, pensamos mais em tirar notas incríveis todo o semestre/bimestre, em ser bons no trabalho, em fazer isso e aquilo da nossa rotina, cumprir essas tarefas rotineiras feito robôs, tudo em repetição, em um loop infinito... mas esquecemos de desenvolver o nosso interno. desenvolver o interno que TAMBÉM é algo do cotidiano, de semear, plantar e regar para depois colher. não sabemos praticamente nada de saúde mental e de como lidar com as nossas emoções. e isso é preocupante sim. pessoas adoecem o tempo todo e todos fingimos ser normal! isso não é normal. 
será que temos vivido bem assim? os números, as metas e objetivos "coletivos" importam mais do que a forma que você tem vivido aí dentro de você?!
4. autorreflexão, buscar evoluir em cima dessas faltas e fragilidades suas
o problema de LIDAR com isso tudo está no fato de que pouco refletimos sobre nós e raramente as pessoas pensarão "isso tem a ver com um outro fato da minha vida, por causa de n e y acontecimento/pessoa do meu passado. isso ainda vive comigo e me marca". raramente isso acontecerá.
ao invés, as pessoas se sentirão sem rumo e com aquela sensação ruim indescritível. aquela vontade de desabafar mas não saber o que falar. um sentimento de vazio, de não definir o que sente. porque parece complexo demais.
sabe por que é complexo? porque vivemos errado e não sabemos nos autoavaliar emocionalmente. nos negligenciamos TANTO, temos tantos conceitos errados do que é "ser adulto" e/ou do que é "ser maduro", ou simplesmente do que é ser humano que acreditamos e ensinamos nossas crianças desde cedo, que quando crescemos precisamos ser "fortes".
o que é ser forte para você?
para a nossa sociedade, ser forte é viver a vida de adulto sem cair, deixando pra trás acontecimentos de quando você era novo. eu enxergo isso claramente em váaaarias pessoas por aí. e isso é triste... e preocupante. pois uma hora a conta chega. é como se a vida adulta do ser humano naturalmente fosse desprendida, separada da vida durante a infância, a adolescência, a pré-adolescência, a idade jovem adulta... e muita coisa pode (e às vezes deve) ficar pra trás sim, como forma de seguir a vida. mas nunca sem haver assimilação, entendimento. sem enterrar, mas sim encarando e compreendendo.
o pior para mim tem sido ver os adolescentes sendo tratados com essa ideia rígida e dura de "vida adulta" desde cedo. toda a ideia que vamos aprendendo desde cedo de nos habituar a uma vida mecanizada.
"seja maduro, não tenha problemas"
enquanto não nos tratarmos como um filme com começo, meio e fim [fim = o agora, o presente, que depois vai virar passado], não vamos saber lidar com as nossas próprias emoções. sempre vamos acreditar e viver gritando para nós mesmos que temos a obrigação de sempre estarmos bem.
conselho: busquem autoconhecimento. busquem validar o que sentem. estudem a sua história de vida. e acreditem que tudo pode ser superado [ou melhor lidado].
te desejo o bem! ^^
18 notes · View notes