Times passes
It tells us nothing
We grow old
Let’s learn, almost
Maliciously
To feel ourselves going.
Fernando Pessoa
as Ricardo Reis poetry
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Sereno espera el fin que poco tarda.
¿Qué es cualquier vida? Breves soles y sueño.
Cuanto piensas empléalo
en no mucho pensar.
.
Al nauta el mar oscuro es la ruta clara.
Tú, en la confusa soledad de la vida,
elígete a ti mismo
(no sabes de otro) el puerto.
31-7-1932
_ Odas de Ricardo Reis, Fernando Pessoa. Traducción de Mario Bojórquez.
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14-2-1933
― Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994).
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Ricardo Reis
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Lélia Parreira — Fernando Pessoa and His Heteronyms (acrylic on canvas, 2010)
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cada vez que leio aquele poema do Ricardo Reis À la manière de A. Caeiro, só consigo imaginar o quão chateado o Caeiro ficaria se o lesse
1. « “A mão invisível do vento roça por cima das ervas” ??? o vento não tem mãos, o vento é o vento! se tivesse mãos não seria o vento » — Alberto Caeiro, provavelmente
2. dizer que as flores saltam, ele daria em doido. como é que queres escrever algo “À la manière de A. Caeiro” e dizer que as flores fazem alguma coisa senão serem flores?
3. só porque o tema é a natureza não quer dizer que estejas a escrever à la manière do Caeiro, Ricardo!!
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Remember, with quick steps, on the white beach
Darkened by the foam, the ancient rhythm
That bare feet know,
That rhythm repeated
By nymphs when they tap the sound of the dance
In the shade of the trees; you, children
Not yet concerned
With concerns, revive
That noisy circle while Apollo bends,
Like a high branch, the blue curve he gilds,
And the tide, high or low,
Flows without ceasing.
-Fernando Pessoa, "Remember, with quick steps"
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I feel sorry for the stars...
I feel sorry for the stars
shining for so long,
so long ago...
I feel sorry for the stars
Won't there be a weariness
of the things
of all the things,
like the legs or an arm?
A weariness of existing
of being,
just of being,
being sad to shine or smile...
Will there not be, in the end
for the things that are,
not death, but yes
another lucky end
or a great reason—
anything like that
like a pardon?
-Fernando Pessoa
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Ricardo Reis
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Purple mouths of wine
White foreheads under roses,
Naked, white forearms
Left on the table
…
― Fernando Pessoa, Odes by Ricardo Reis, 1946
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A realidade será sempre mais ou menos do que queremos. Só nós somos sempre espelhos de nós próprios.
Nobre é viver simplesmente, deixar secando no varal as angústias, feito um voto obsoleto aos deuses.
Observa de do alto a vida. Não a questione em demasia. Serenamente imita o Olimpo em teu coração.
Os Deuses são deuses porque não se pensam
Fernando
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Não quero as oferendas
Não quero as oferendas
Com que fingis, sinceros,
Dar-me os dons que me dais.
Dais-me o que perderei,
Chorando-o, duas vezes,
Por vosso e meu, perdido.
Antes mo prometais
Sem mo dardes, que a perda
Será mais na esperança
Que na recordação.
Não terei mais desgosto
Que o contínuo da vida,
Vendo que com os dias
Tarda o que espera, e é nada.
2-9-1923
• Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994).
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Fernando Pessoa contemplating travels by Ricardo Reis. © 2022 Irina Urumova
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QUIERE poco: tendrás todo.
Quiere nada: serás libre.
El mismo amor que nos tengan,
al querer, nos oprime.
NO SOLO quien nos odia o nos envidia
nos limita y oprime; quien nos ama
no menos nos limita.
Que los dioses me concedan que, libre,
de afectos, tenga la fría libertad
de los montes sin nada.
Quien quiere poco, tiene todo; quien nada quiere
es libre; quien no tiene y no desea,
hombre, es igual a los Dioses.
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