Nos finais conturbados sempre sobram uma mancha de sujeira que não se tira com perdões em doses diárias, como em uma receita médica de um grande doutor,conversas ajudam,ficar em silêncio também, tudo que podemos fazer faremos para ficar bem,mas perdoar tudo lá no fundo eu sei que não perdoei,da boca pra fora está tudo bem,do coração para a alma aí já não sei.
Quanto mais solares nascemos, mais potente é a energia de quem tenta nos apagar. Grandes corações sempre têm de lidar com grandes fardos.
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A chave para nos livrarmos da carapuça de injustiçados, é entender que quem nasceu solar, nunca entenderia quem está passando por caminhos escuros, caso não tivesse passado também.
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Quem nasce com uma força radiante, pode se recuperar a qualquer tempo do que lhe fizeram. Basta lembrar a potência que sua força solar tinha antes de tudo acontecer, e então ir puxando o fio até chegar nela novamente.
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A falta de perdão impede que voltemos a enxergar o lado luminoso do mundo e isso inclui nosso próprio potencial.
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Perdoar fica mais fácil quando se entende o porquê as pessoas agiram de tal maneira. Nós temos nossos motivos particulares e de destino. E o resto das pessoas, também.
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Eu entendo que o fardo foi pesado porque eu era muito vibrante e precisava de combatente a altura. E reconheço, com gratidão, que prefiro mil vezes ter sido ferida e me curado sozinha, do que ter o encargo de ser a vilã do aprendizado de alguém.
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Eu entendo que o perdão não é o último estágio da cura. Ele é um anestésico para a dor. A cura vem quando reconhecemos a a força da doença, a importância dela pelos anticorpos trazidos, e a nossa força em superá-la.
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Eu reconheço a sua potência, mas hoje eu a vejo do centro do meu estado de domínio próprio, e concluo que mereço e sou mais do que o que fizeram comigo. Entendo que posso transcender as memórias estagnantes com a chegada das novas que minha força solar criará.
"Os homens medievais cravaram cilício na carne, espinhos pontiagudos para castigar o domínio corporal. Os homens contemporâneos correm em uma esteira até se esgotarem. Os homens morais comiam pouco para jejuarem e demonstrarem como amavam a Deus. Os contemporâneos comem pouco para reduzirem sua taxa de gordura. Os homens de outrora perdiam parte dos prazeres da vida para terem acesso ao almejado prazer da eternidade. Nós, agora, abrimos mão de muitos prazeres pelo prazer da disciplina, da admiração física e que exaltem nossa contínua capacidade de disciplina e empenho. Na Idade Média, todo esse sacrifício chamava-se fé. Hoje, é mais comum que denominemos autoestima, empreendedorismo e coaching. Mesmo sendo eu um não religioso, sou obrigado a questionar: a fé oferecia o Paraíso eterno em troca de toda essa renúncia. O que espera o empreendedor hoje após tudo isso?"
Leandro Karnal. Pecar e Perdoar: Deus e o Homem na História. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2014, p.114.
“We are not mad, we are human.
We want to love, and someone must forgive for the paths
we take to love, for the paths are many and dark, and we are ardent and cruel in our journey.”
~ Leonard Cohen, Poems and Songs
~ Born on this day, in 1934
A vida é seguir em frente. A vida não é viver seus erros, seus problemas, seus rancores, seus prejuízos. A vida é aprender com tudo e seguir em frente. Para isso você precisa perdoar. E você precisa perdoar a si mesmo, porque na maior parte das vezes as pessoas não perdoam a si mesmo.
Nós não somos perfeitos, nós erros, todo mundo erra. Se perdoa, perdoa os outros e siga em frente.
Somos tão preciosos para Deus,que ele nos perdoa tantas vezes na vida que chego a perder a conta das besteiras que fiz, faço e continuarei fazendo nessa minha passagem por aqui,já o ser humano não é capaz de perdoar um vez se quer o seu semelhante, isso mostra como um pai,uma mãe,um irmão e um amigo não significam nada para muitos de nós,mas ainda não é tarde,me perdoa por favor.