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#Dia do Expedicionário
claudiosuenaga · 2 years
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Tatunca Nara e a Crônica de Akakor 
Parte 4 - A Expedição Nazista ao Tibet em 1938-39 e outras coisas esquecidas
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
Não obstante, esta não foi a única expedição alemã no período, pois sabe-se que entre 1920 (época em que se iniciou a ascensão do nazismo) e 1941, mais de vinte produções cinematográficas alemãs foram rodadas na Amazônia.
Em 1934, Heinrich Himmler (1900-1945) havia indicado Schulz-Kampfhenkel para integrar a equipe da primeira expedição alemã ao Tibet. Otto não pôde ir e escapou da morte, pois a maioria pereceu em Nanga Parbat, a nona montanha mais alta do mundo (com 8.125 m de altitude), na zona ocidental dos Himalaias, no Paquistão.[1]
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Heinrich Himmler e sua filha Gudrun assistem a uma exibição de esportiva em Berlim no dia 6 de março de 1938.
Himmler, filiado ao Partido Nazista desde a criação deste e chefe das SS (Schutzstaffel - Tropas de Defesa) e da Gestapo (acrônimo de Geheime Staatspolizei – Polícia Secreta do Estado), era um estudioso do budismo tibetano e praticante da magia negra que em 1º de julho de 1935, junto com Herman Wirth (1885-1981) e Richard Walther Oscar Darré (1895-1953), havia fundado a Sociedade de Estudos para a Antiga História do Espírito (Deutsche Ahnenerbe), mais conhecida como “A Herança dos Ancestrais”.
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Herman Wirth
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Richard Walther Oscar Darré
Em seus primórdios, ela funcionou como um Instituto de Investigações avançadas das SS para logo se tornar independente. Os interesses dessa confraria altamente seleta giravam em torno da Atlântida, dos mundos ou reinos subterrâneos, das culturas místicas do Tibet, da yoga, dos antigos cultos pagãos etc.
O grande líder dessa seção, depois de Himmler, foi Friederich Hielscher (1902-1990), um intelectual envolvido no Movimento Revolucionário Conservador (nome que por si mesmo evoca formidáveis estimulações contraditórias) durante a República de Weimar e na Resistência Alemã a partir do Nazismo.
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Friederich Hielscher
Ele fundou o movimento neopão e esotérico Unabhängige Freikirche (UFK), ou “Igreja Livre e Independente”, que liderou de 1933 até sua morte. Foi Hielscher quem impulsionou a famosa expedição nazista ao Tibet em 1938 e 39, comandada pelo zoólogo e antropólogo Ernst Schäfer (1910-1992) acompanhado por cinco sábios alemães e vinte membros das SS.
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Ernst Schäfer e os membros da expedição nazista ao Tibet.© Bundesarchiv
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Membros da expedição com Maharajah de Sikkim. © Bundesarchiv
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Da esquerda para a direita: o Ministro Raja von Taring, Schäfer, Beger, Krause (frente), Wienert e Geer (frente). © Bundesarchiv
Sob o lema “Encontro da suástica ocidental com a oriental”, conseguiram estabelecer contatos políticos de alto nível com o governo tibetano que se manifestaram, entre outros, na declaração oficial de amizade “Qutuqtu de Rva-sgren”.
Foram realizados estudos raciais e um documentário foi filmado. Entre os documentos que os expedicionários levaram a Berlim, conta-se o Kandschur, um conjunto de sagradas escrituras tibetanas em 108 volumes, além de um ritual de iniciação guerreira tântrica do Kalachakra.
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Estudos raciais antropométricos.
O objetivo – não declarado – da missão era o de estabelecer contatos com os habitantes do mítico reino subterrâneo de Agartha ou Shamballah.
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Reting Rinpoche, regente do Tibet. Bundesarchiv: foto 135-KA-08-077. Fotógrafo: Ernst Krause. Licença CC-BY-SA 3.0.
Se a alta cúpula nazista já vinha patrocinando uma série de expedições para os mais recônditos pontos do planeta a fim de encontrar relíquias sagradas – como a Arca da Aliança, o Santo Graal, a Lança do Destino (espada usada pelo centurião romano Longinus para perfurar o tórax de Cristo durante a crucificação), etc. – e vestígios da civilização atlante, o berço da “raça pura ariana” que presumia estar no Tibet ou na América do Sul, afigurava-se perfeitamente lógico e natural acreditar que uma expedição tivesse sido enviada à Amazônia, crença essa que foi espertamente explorada pelo alemão Tatunca para convencer sobretudo os esotéricos da existência de um “Povo Escolhido” vivendo em cidades subterrâneas no meio da selva.
Fatos históricos aceitáveis e suspeitas de expedições de maior envergadura não são o suficiente para provar o desembarque de um contingente de dois mil soldados alemães no Brasil. A maioria concorda que a invasão era tecnicamente impraticável e jamais foi seriamente planejada.
Brugger, inclinado a referendar Tatunca, compilou uma série de fatos que indicariam o contrário. Lembra ele que no começo de 1938, um submarino alemão explorou o Baixo Amazonas, tendo a sua tripulação feito uma inspeção geográfica, estabelecido contato com a colônia alemã em Manaus e rodado um documentário que ainda hoje está guardado nos arquivos de Berlim.
De acordo com o protocolo da Conferência de Munique de 29 de setembro de 1938, o primeiro-ministro britânico Arthur Neville Chamberlain (1869-1940), conhecido pela sua política externa de apaziguamento, sugeriu ao Führer que colonos alemães fossem enviados para a Amazônia. Com o receio de um desembarque alemão, houve quem pedisse a construção de grandes fortificações ao longo da costa leste.
Em 1939, na Conferência do Panamá, o Brasil declarou-se pronto a pôr à disposição dos Estados Unidos bases de apoio e aeroportos estratégicos para fins defensivos. Dentro de poucos meses, os primeiros bombardeiros americanos aterrissavam em João Pessoa e no Recife.
O general Wilhelm Bodewin Johann Gustav Keitel (1882-1946), marechal de campo do Exército, chefe do Comando Supremo das Forças Armadas e conselheiro militar de Adolf Hitler, considerava a futura invasão da América do Sul uma consequência natural da expansão do Terceiro Reich.
Alfred Rosenberg (1893-1946), o principal teórico do nacional-socialismo, conselheiro de Hitler e ministro encarregado dos territórios da Europa Oriental, sonhava com a ocupação do Brasil e com a tomada do poder por membros da colônia alemã.
Na Primavera de 1942, quando o marechal Erwin Johannes Eugen Rommel (1891-1944), a “Raposa do Deserto”, parecia estar prestes a conquistar o Norte da África na sua vitoriosa campanha, o Brasil foi o principal assunto de discussão numa reunião do Estado-Maior em Berlim. Keitel e Rosenberg sugeriram um ataque maciço ao Brasil, mas Hitler decidiu-se por um ataque punitivo a fim de “castigar o Brasil pela sua inclinação pelos Estados Unidos e para prevenir o país contra futuras ações hostis”.
A operação secreta começou no início de julho de 1942, em Bordéus. Uma frota de submarinos partiu para o Sul do Atlântico a fim de afundar o maior número possível de navios brasileiros em “manobras livres”. Em 15 de agosto, o submarino U-507 torpedeou o cargueiro brasileiro Baependi perto de Salvador, e 24 horas depois o cargueiro Araraquara.
Seis dias mais tarde, em 22 de agosto de 1942, o Brasil declarava guerra ao Terceiro Reich. A luta na frente brasileira se restringiu às costas do Norte, indo de Salvador, via Recife, até Belém, na foz do Amazonas. Submarinos que operavam nessa área tentaram impedir os fornecimentos aliados à África e Europa e evitar a construção de fortificações aliadas defensivas ao longo da costa, onde brasileiros e norte-americanos tinham estacionado esquadrões de bombardeiros e um exército de 55 mil homens.
A sua tarefa era “a defesa contra uma possível invasão alemã na região de João Pessoa e Natal”. O Alto Comando brasileiro estava tão firmemente convencido dos planos de invasão alemães que aumentou a força do Exército para 65 mil homens em 1943 e 1944. O ministro das Relações Exteriores Osvaldo Aranha (1894-1960), já havia expressado o mesmo temor numa discussão com o embaixador americano Jefferson Caffery (1886-1974), em 1941: “Estamos convencidos de que a Wehrmacht tentará ocupar a América Latina. Há planos para que a invasão comece no Brasil”.
Em seu livro Uma das Coisas Esquecidas: Getúlio Vargas e o Controle Social no Brasil - 1930-1954, lançado em 2001, o brasilianista norte-americano R. S. Rose (1943-) revelou que em 25 de agosto de 1942, três dias depois de declarar guerra contra o Eixo, o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) expediu ordens a todos os setores da mídia para que nada fosse mencionado sobre um campo de aviação alemão descoberto perto de Formosa, em Goiás. Muitos cidadãos originários de países do Eixo foram presos ali e nunca mais se ouviu falar deles. Era a mais cruenta ditadura da história brasileira em ação, que para Rose não começou em 1937, com o Estado Novo, e sim em 1930, quando centenas de pessoas passaram a ser presas, torturadas e assassinadas.
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Sobre o campo de pouso, o historiador deixou diversas perguntas no ar: “Por que os nazistas alemães teriam construído um aeroporto em Goiás, no coração do Brasil? Esse campo de pouso seria remanescente dos dias pró-Eixo do governo Vargas? Teria havido um outro acordo secreto com os nazistas? Ou ele teria feito parte de um planejamento nazista para o Brasil?” Pragmático, Rose especulou “que as linhas aéreas alemãs Condor, assim como as italianas Lati, foram pioneiras no tráfego aéreo europeu para a América do Sul, além de extremamente ativas na região, até seus bens no Brasil serem confiscados depois de agosto de 1942. Qualquer uma das duas poderia ter escolhido aquele lugar”.
A falta de respostas se devia em grande parte à censura que continuava pairando sobre o assunto, já que, conforme denunciou, os documentos sobre o campo de aviação de Formosa se encontravam vedados à consulta: “A confirmação de todo o caso Formosa poderia estar disponível nos cofres circunspectos do Itamaraty. Raramente examinados por estranhos, os Arquivos do Itamaraty foram abertos pelo presidente Fernando Collor de Mello antes do impeachment dele em 1992. Alguns documentos, de pelo menos trinta anos de existência, encontram-se agora à disposição dos pesquisadores. Todavia, os acordos secretos com os alemães antes e durante a Segunda Guerra Mundial estão entre os materiais ainda interditados ao público.”[2]
Em 8 de maio de 1945, um dia antes do general Alfred Jodl (1890-1946) assinar em Reims a rendição incondicional das forças alemãs, dois submarinos, o U-530 e o U-977, partiram do norte da Alemanha e rumaram para a América do Sul. Cerca de três meses depois, eles se renderam à Argentina, em momentos diferentes.
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Alfred Jodl
Notas:
[1] Füllgraff, Frederico. “Nazistas na Amazônia: a história dos alemães que desembarcaram no Jari em 1935 para uma confusa e misteriosa expedição científica”, in Revista Brasileiros, São Paulo, edição 21, abril de 2009. O produtor, diretor de cinema, documentarista, roteirista, jornalista e escritor Frederico Füllgraff retirou os dados sobre a Expedição Amazônia-Jari do livro de Otto Schulz-Kampfhenkel, Rätsel der Urwaldhölle. O episódio da gravidez da índia Macarrani, no entanto, não consta em nenhuma das duas edições do livro (1938 e 1953) e lhe foi contada pelo pesquisador Cristóvão Lins, autor da História do Jari, que por sua vez ouviu-o de José Pinheiro, líder dos caboclos da expedição de Schulz-Kampfhenkel. Destarte, o episódio pode ter se tratado de uma lenda.
[2] Rose, R. S. Uma das Coisas Esquecidas: Getúlio Vargas e o Controle Social no Brasil - 1930-1954, São Paulo, Companhia das Letras, 2001, p.285 e 287.
Leia todas as partes desta saga:
Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5 | Parte 6 | Parte 7 | Parte 8 | Parte 9
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antoniasegallaart · 2 years
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Museu Paulista e o poder da narrativa.
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Em 1890 era finalizada a obra do monumento que homenageava a independência do Brasil, que quando vira museu em 1894 seu acervo era de história natural com coleções de plantas, animais e pedras, mas com a chegada do Diretor Afonso Taunay em 1917 o museu mudou de rumo pois ele considerava o espaço um potente lugar para abrigar um museu histórico com o propósito de organizar uma exposição histórica brasileira, que abrangesse a colonização, o movimento dos bandeirantes e a independência. O que é apenas um recorte da história, mas na perspectiva do Diretor os paulistas foram agentes protagonistas na formação da nação brasileira.
Taunay tinha uma visão positivista dessa história e principalmente dos Bandeirantes, retratando eles como heróis da nação pelas suas expedições aventurosas ao interior do Brasil. Para a entrada do museu, Taunay encomenda imensas estátuas de Raposo Tavares e Fernando Dias Paes, para passar a mensagem de grandes homens que fizeram muito pela expansão do território brasileiro e os descobridores de riquezas, quase justificando as atrocidades que esses expedicionários fizeram a comunidades indígenas e quilombolas.
Na escadaria central há esferas com águas dos principais rios brasileiros que foram explorados durante as expedições, são as chamadas Ânforas. A ideia de Taunay era aproximar o visitante o máximo possível com a história que ele queria passar e pinturas desses rios não seriam suficiente, então trazer os as águas de cada rio foi a solução para a sua narrativa.
Aqui já podemos perceber o empenho que o Diretor da época tinha em afirmar a história brasileira na perspectiva dele e dos paulistas, durante essa transformação do museu ele encomendou inúmeros quadros para ilustrar cada passo dessa história, Benedito Calisto foi o pintor dos projetos de Taunay, digo isso pois o diretor interferia diretamente em como os quadros deveriam ser, baseando-se principalmente em documentos históricos. 
A exposição da história brasileira culmina no Salão  Nobre, onde está exposto o quadro "Independência ou Morte" de Pedro Américo, uma obra monumental que fecha brilhantemente a narrativa do museu.
Hoje em dia podemos ver com outros olhos essa história, não tão heroica e benfeitora, trazendo questionamentos pertinentes à nossa contemporâniedade e as lutas pela afirmação de narrativas mais diversas e inclusivas. Não há dúvidas que o projeto de Taunay para o Museu do Ipiranga glamurizava essa história e apagava tantas outras, acredito que é nosso papel como sociedade utilizar dessas mesmas ferramentas para afirmarmos o que achamos importante.
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camaradobomjardim · 2 years
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Dia Nacional do Expedicionário
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A data de 5 de maio homenageia os membros que formaram a Força Expedicionária Brasileira (FEB), uma força militar que lutou durante a Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e contra os fascistas e nazistas na Europa.
#camaradobomjardim
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sincroniahq · 2 months
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FRENZI
Eu tenho esse rostinho lindo, mas sério, a minha história não é nada bonitinha. Só que eu não gosto de focar no inferno que passei até chegar aqui, nem nas pessoas que perdi. O meu nome é... feio pra caramba. Você pode me chamar de Frenzi, ou Freddy, dependendo de quantos drinks estiver disposto a pagar mas não crie muitas expectativas... Eu curto uma boa diversão, mas o boy que eu gosto de verdade sumiu pelos mundos...
Hoje eu integro uma equipe de expedicionários do espaço/tempo chamada “SINCRONAUTAS” ...
E entre uma missão e outra, me pergunto se um dia vou reencontrar aquele cara...
***
Não percam as aventuras de FRENZI no especial SINCRONAUTAS: CONTORNANDO A REALIDADE em breve num Catarse perto de você!
Roteiro e criação de Henry Garrit (Sincronia)
Arte e cores de Emmanuel Merlotti de Oliveira (Redação Comics - Selo Autoral de Quadrinhos)
Edição e letras de José Amorim Neto (AMV Produções)
#sincronautas
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nosbastidoresdopier · 3 months
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Abertura do Natal de Penha será nesta quinta-feira, dia 14, na Praça da Igreja Matriz
O Papai Noel chega na cidade de Penha nesta quinta-feira (14), para a abertura do Natal 2023. O evento será na Praça Expedicionário Ignácio Ferreira Crispin, em frente à Igreja Matriz, no Centro, a partir das 19h30. A programação é uma idealização da Prefeitura de Penha, NUPHOPE, Acipen, CDL e Núcleo de Turismo, com apoio do Corpo de Bombeiros Militares de Penha. Por conta da previsão das chuvas…
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ocombatente · 4 months
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Brasileiros centenários: envelhecimento acelerado desafia o país
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A sexagenária Brasília tem exatos 300 habitantes com 100 anos ou mais, segundo o Censo Populacional de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 103 anos, um desses centenários é Ermando Armelindo Piveta, militar reformado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e pioneiro na capital federal. Nascido em Laranjal Paulista (SP) em 1920 – mesmo ano de nascimento do poeta João Cabral de Melo Neto, da escritora Clarice Lispector, do craque Heleno de Freitas e do ator Anselmo Duarte –, Piveta viveu ao menos duas grandes aventuras brasileiras do século 20: a participação na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e a construção da nova capital federal. Em setembro de 1942, um mês depois de o Brasil entrar na guerra, Ermano Piveta foi chamado para prestar serviço militar no 4º Regimento de Artilharia Montada do Exército, baseado em Itu (SP). “Naquele tempo não tinha sorteamento. Era convocado”, lembra, em vídeo gravado por sua filha Vivian Piveta e enviado à Agência Brasil. No ano seguinte, o expedicionário embarcou no navio de passageiro e carga Almirante Alexandrino, que navegou do Rio de Janeiro até Dakar (Senegal), para fazer treinamento no continente africano. Ele atuou na guarda do litoral brasileiro em Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe (Alagoas), Natal e no Recife. Já reformado como segundo-tenente do Exército, Piveta trabalhou em 1958 na construção de Brasília fazendo transporte de areia e cascalho. “Todo mundo falava: ‘Brasília, capital da esperança’. Botei aquilo na cabeça e vim.” Em 1968, ele voltou para morar definitivamente na cidade. Em abril de 2020, o expedicionário e pioneiro candango, então com 99 anos, ganhou as primeiras páginas dos jornais após receber alta de uma internação de oito dias no Hospital das Forças Armadas (HFA) por causa da covid-19. A receita dele para a boa saúde e longevidade é simples: “Não beber e não fumar. alimento bom e sadio. boa amizade com todo mundo e ganhar a alegria de todos.” Ermando Piveta recebe alta do Hospital das Forças Armadas (HFA) após tratamento de covid-19 - Cb Estevam/Arquivo/CCOMSEx Longevidade Centenários como Ermano Piveta representam 0,018% da população brasileira, ou 37.814 pessoas (27.244 mulheres e 10.570 homens) que cruzaram a linha de um século de vida. Os números na casa do milhar parecem modestos diante do total de 203.080.756 habitantes, mas, comparando as somas do Censo de 2010 e a contagem do Censo de 2022, o número de “superidosos” cresceu 66,7% (15.138 pessoas a mais). O dado é indicador da longevidade ascendente da população. De acordo com o demógrafo Marcio Minamiguchi, do IBGE, esses números podem parecer “curiosidades estatísticas”, uma vez que “a probabilidade de chegar nessas idades extremas é pequena”. Mas, na sua avaliação, o que é mais interessante é que “o fato de ter mais centenários está associado à possibilidade de ter um número maior de pessoas com seus 60, 70, 80 e 90 anos”. Raciocínio semelhante faz o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva. “A gente deve comemorar é que nós temos mais pessoas chegando aos 100 anos. Isso quer dizer, indiretamente, que tem mais pessoas chegando aos 95, aos 90, aos 85, aos 80. Ou seja, a longevidade cada vez mais é uma constatação mais presente no nosso cotidiano.” Para a pesquisadora Daniella Jinkings, mestre pela London School of Economics and Political Science (LSE) com dissertação sobre o cuidado dos idosos pelas famílias, os dados revelados são positivos, mas “não estamos preparados para o envelhecimento. Nem a sociedade brasileira, nem o Estado”, pondera em entrevista à Agência Brasil. “Ainda cultuamos muito a juventude. As pessoas se recusam a envelhecer, ou tratam o idosos de forma pejorativa, colocam o idoso de escanteio como se a partir dos 60 anos fosse uma pessoa completamente inútil. Temos que vencer essa questão cultural, temos que vencer o desafio de integração, temos que reconhecer os idosos como sujeitos de direito, como pessoas que têm condições de decidir sobre a sua própria vida. As pessoas não querem envelhecer porque têm medo de se tornarem inúteis, serem pessoas dependentes.” Ainda no papel Quanto à atuação do Estado e às políticas públicas, o país avançou no reconhecimento legal de direitos, reconhece Daniella Jinkings. No entanto, ela assinala que “vários serviços que estão na Política Nacional da Pessoa Idosa, reiterados no Estatuto da Pessoa Idosa, ainda não saíram do papel". "Não temos serviços de cuidado domiciliar, temos uma rede muito pequena de centros dia para pessoas idosas ou de instituições de longa permanência. A integração entre as políticas intersetorialmente ainda é difícil”, avalia. A pesquisadora também destaca que o envelhecimento populacional no Brasil é “bastante desigual". "As pessoas com mais poder aquisitivo têm expectativa de vida maior do que as pessoas em situação de vulnerabilidade”, diz Daniella Jinkings. O livro A Pessoa Idosa na Cidade de São Paulo: Subsídios para a Defesa de Direitos e Controle Social aponta que, na maior cidade do país, por exemplo, “observa-se que quanto mais precária a condição socioterritorial menor a proporção de idosos com idade acima de 75 anos.” A publicação acrescenta que “quanto mais vulnerável a população, maior sua concentração em territórios cujas condições são mais precárias”. Publicado com apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o livro está disponível na internet. No livro, a análise sobre as desigualdades territoriais apresenta as grandes diferenças de condição de vida entre os idosos que residem em distritos centrais, como Moema e Jardim Paulista, “bem mais providos de infraestrutura urbana e serviços”, e os que habitam a periferia, como Brasilândia e Capão Redondo, “de urbanização mais precária.” População menor A média da expectativa de vida projetada em 2021 era de 77 anos – de 80,5 anos para mulheres e 73,6 anos para homens. Esses resultados serão atualizados com as estatísticas do Censo 2022, que deverão confirmar a tendência de envelhecimento, notada nas últimas décadas quando além do aumento da longevidade ainda se observou a diminuição do nascimento de bebês. A taxa de fecundidade (também em 2021) era de 1,76 filho por mulher. A previsão é que no futuro o Brasil terá mais velhos do que crianças. Projeção publicada pelo Ministério da Fazenda - feita pela analista técnica de políticas sociais Avelina Alves Lima Neta – calcula que, em 2060, “para cada 100 pessoas entre 0 e 14 anos teremos 206,2 idosos acima de 65 anos, ou seja, dois idosos nessa faixa etária para cada uma criança ou adolescente (0-14).” Bem antes disso, a população brasileira começará a diminuir de tamanho por causa da redução da fecundidade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), assinado pela técnica de planejamento e pesquisa Ana Amélia Camarano, prevê que a população brasileira crescerá até 2030, quando atingirá seu máximo em “aproximadamente 215 milhões.” A partir daí, o desenho da curva se inverte, deixa de ser de crescimento populacional, pois o número de brasileiros começa a diminuir e em 2040 chegará a cerca de 209 milhões, 6 milhões a menos do que na década anterior. O mercado de trabalho e a Previdência Social serão bastante impactados pelo envelhecimento e pela diminuição da população durante a formação desses cenários. É possível que as pessoas permaneçam trabalhando por mais tempo e que tenham que se tornar mais produtivas – gerar mais valor naquilo que fazem, com menos recurso e/ou em menos tempo. A análise do Ipea alerta que “aumentar a produtividade do trabalho é condição fundamental para diminuir os efeitos da redução populacional na competitividade da indústria e, por isso, ela deveria ser um dos objetivos centrais das políticas que visem a aumentar a competitividade e criar empregos". "O aumento da produtividade poderia, também, minimizar a redução da massa salarial, que é resultado da diminuição da força de trabalho, e melhorar a relação contribuinte/beneficiário e as condições atuariais atuais do sistema previdenciário”, acrescenta. O estudo evidencia que cuidar dos idosos vai além da assistência social: “A manutenção do trabalhador na atividade econômica por mais tempo requer políticas de inclusão digital, capacitação continuada, saúde ocupacional, adaptações no local de trabalho, como cargos e horários flexíveis, redução de preconceitos com relação ao trabalho do idoso, melhoria no transporte público, entre outras.” Fonte: EBC GERAL Read the full article
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portalg37 · 6 months
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PM PRENDE TRÊS FORAGIDOS DA JUSTIÇA NOS ÚLTIMOS DOIS DIAS EM FORMIGA
Durante o patrulhamento na tarde do último domingo (24), uma guarnição que fazia o policiamento pela Rua Expedicionários, Vila Ferreira, em Formiga-MG, fez uma vistoria em um ônibus da linha Formiga/Boa Esperança, onde os Policiais Militares efetuaram a abordagem do veículo e lograram êxito na prisão do autor 31 anos de idade, pois aos consultar o sistema informatizado foi visto a existência de…
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umapalavraqueajude · 11 months
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05/05 na história 🌎
Internacional
Festa do Dragão, em que também era celebrada a artemísia, erva sagrada - China
Dia das crianças - Japão
Dia da Imigração Indiana - Guiana
Dia do Trânsito e da Cortesia ao Volante
Dia da Higiene das Mãos
Dia da Parteira
Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona
🇧🇷
Dia do Líder Comunitário
Dia das Comunicações
Dia do Expedicionário
Dia do Marechal Rondon
Aniversário de fundação de:
Alto Paraná PR
Aparecida PB
Assunção PB
Biritiba-Mirim SP
Capim PB
Cuité de Mamanguape PB
Curral de Cima PB
Garça SP
Goiana PE
Ibicuitinga CE
Lajeado TO
Marcação PB
Maruim SE
Montenegro RS
Pedras de Fogo PB
Riachão do Poço PB
São João do Cariri PB
Segredo RS
Uraí PR
553 Início do Segundo Concílio de Constantinopla.
1866 Memorial Day é comemorado pela primeira vez nos Estados Unidos em Waterloo, Nova Iorque.
1925 O governo da África do Sul oficializa o africâner como língua oficial do país.
1949 É criado o Conselho da Europa em Estrasburgo como a primeira instituição da Europa a trabalhar para a integração europeia.
1961 Programa Mercury: Mercury-Redstone 3: Alan Shepard torna-se o primeiro americano a viajar para o espaço sideral, num voo suborbital.
1964 Conselho da Europa declara o dia 5 de maio como o Dia da Europa.
2011 Supremo Tribunal Federal do Brasil decide que casais homossexuais também podem firmar contratos de união estável assim como casais heterossexuais.
2016 Inaugurada Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior usina 100% brasileira e a 3a maior do mundo.
🌟Nasceram…
Søren Kierkegaard (1813-1865)
Karl Marx (1818-1883)
Dalva de Oliveira (1916-1972)
😓Morreram…
Napoleão Bonaparte (1769-1821)
August Wilhelm von Hofmann (1818-1892)
Mikhail Botvinnik (1911-1995)
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BY @dracmore1 ( 👈 Follow 🦎)
IMAGEM: Getwallpapers
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ambientalmercantil · 1 year
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suzanoagora · 2 years
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'Suzanime' reúne mais de 1,5 mil pessoas em dois dias e evento
‘Suzanime’ reúne mais de 1,5 mil pessoas em dois dias e evento
Evento geek teve shows musicais e desfile de cosplayers ao longo do final de semana A primeira edição do festival de cultura geek “Suzanime” ocorreu no último final de semana, em Suzano, com múltiplos convidados e a participação de mais de 1,5 mil pessoas. Com atividades realizadas no sábado (20/08), no Casarão das Artes, e no domingo (21/08), na Praça dos Expedicionários, o evento promovido pela…
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fundacaojerichohq · 2 years
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INFORMAÇÕES BÁSICAS
Nome: River Yoo, ou Yoo Hansol.
Codinome: Sephiroth.
Aniversário: 24/12/1993.
Nacionalidade: Irlandês.
Espécie: Legado de anjo.
Identidade de gênero e pronomes: Homem cisgênero. (ele/dele).
Moradia: 5º andar
Ocupação: Atua apenas como caçador.
FC: Lee Minhyuk (Monsta X).
Plots de interesse: Todos.
Twitter: @FJ93RY
DESENVOLVIMENTO
QUALIDADES
Espirituoso. Focado. Benevolente.  
DEFEITOS
Esfíngico. Ordeiro. Dissimulado.
HEADCANONS
Sentado no trono, Deus assistia uma de suas obras sucumbirem à queda. E esquematizava o fim dos Nephilins.
Entregue a função de guardar a segurança de uma mulher por Ele, o anjo Haziel não resistiu à tentação do pecado. Antes das suas asas enegrecer como o céu da noite e o seu espírito dissolver em uma cortina de poeira, ele deixou uma semente para trás.
River nasceu de uma relação nada convencional. Um fruto do infortúnio — de longe, não o primeiro e possivelmente não seria o último —, filho do mensageiro do paraíso com uma suposta humana qualquer. Um Nephilim. Meio homem, meio anjo.
Cresceu na capital da Irlanda, dentro do território do Reino Unido em meados dos anos 90. Sua mãe já residia nas terras longínquas da Coréia do Sul há anos, graças a uma oportunidade de emprego.
A progenitora, Hayoon, encontrou a paz dentro da religião, levando o filho pelo mesmo caminho. Na época, River percebia determinados e suspeitos olhares sobre si, mas nunca deu muita importância.
Tornou-se uma criança ativa com as atividades da Igreja Cristã, especialmente nas apresentações, onde mostrava a vocação nata para o canto. Sem exceções, todos se emocionavam ao escutar o cântico do coro de anjos, partindo das cordas vocais dele.
O primeiro contato com o sobrenatural foi cedo, especificamente quando já tinha uma década completa. Todavia, os maus intencionados o tentaram e tentaram contra ele. Indivíduos mais velhos, tomados pela inveja da atenção que River atraía, o espancaram. Tiraram suas máscaras de carne falsa e se mostraram verdadeiros — verdadeiramente assustadores.
Perfuraram a jugular com garras e presas, além de outros machucados menores. E nessa situação de morte, conheceu também um grupo expedicionário a mando de Jericho. Um curandeiro o ajudou, embora parte da regeneração se deu por conta das habilidades angelicais do menino, que não se mostravam até então. Por algum tempo, o garoto perdeu a fala, mas eventualmente recuperou, diferente do dom do canto.
A musicalidade, apesar dos pesares, mostrava-se nele ainda. Aprendeu e conheceu alguns instrumentos, mas se familiarizando com os de sopro. Tocava magistralmente a flauta. Entretanto, os ouvintes, dessa vez, eram tomados pelo choro de desespero. A melodia soava agradável aos ouvidos, mas espectralmente uma agonia preenchia os corações, sussurrando o inevitável apocalipse.
Exatamente, por 3 anos, esteve sob a vigília de caçadores. Quiseram enganá-lo, contando mentiras do que presenciou naquele entardecer de um domingo. E nesses três anos, o paranormal planejava mais um golpe. Atraídos pelo doce cheiro da cria angelical, atacaram e fizeram incontáveis vítimas dentro da Igreja. Poucos se salvaram, incluindo Hayoon e River que se esconderam no por dias, longe da luz do Sol e sem mantimentos.
Até o contra-ataque das forças armadas da fundação, River e Hayoon esconderam-se por semanas nos destroços do porão. Quando achados, encontravam-se em condições deploráveis de desnutrição e desidratação. O garoto até resistiu, já sua mãe, não.
Começou a seguir os passos do silenciador, o membro alheio ao grupo. A contragosto, foi apadrinhado por esse em questão. Como o véu se abriu para o Yoo, Erwin — o nome desse silenciador — resolveu estimulá-lo. E, enfim, o treinou. Por fim, já na maioridade, recebeu o convite para ingressar em Jericho oficialmente.
ARQUIVO JERICHO
CLASSE E PODERES
Silenciador
Mestre ilusionista  
Canção sanguinária
Natureza peçonhenta
RANKING
Vigilante
ARMA PREFERIDA
Neph — De fato, uma arma enigmática. Uma lâmina estreita, pontiaguda, semelhante a um espeto alongado. Os detalhes de madeira talhados na base e bainha da espada. No entanto, certamente o que mais chama a atenção é a presença de cavidades minúsculas em todo o corpo da bainha, pois ela funciona como uma flauta esperando para tocar uma canção.
ATRIBUTOS
FÍSICO
Força: 1
Destreza: 1
Vigor: 1
SOCIAL
Carisma: 2
Aparência: 3
Manipulação: 1
MENTAL
Percepção: 2
Inteligência: 3
Raciocínio: 4
SINGULARIDADE
Seu nascimento é um sacrilégio. Sua existência é uma heresia. Tirá-lo a habilidade de cantar não foi o bastante, o destino o concedeu outra maldição. O fez negar suas raízes paradisíacas. Ele é impossibilitado de adentrar ambientes com a presença de Deus, portanto, igrejas. Objetos usados contra demônios, como água benta e crucifixo, o fazem recuar.
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tmotomagazine · 2 years
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A Fronteira, quarto episódio de "EXPEDICIONÁRIOS DO BRASIL", conclui minha investigação sobre as raízes culturais, sociais e o impacto ambiental das ocupações e como tudo isso reflete nos dias de hoje. Personagens das mais diversas origens e etnias revelam a resistência dos índios e afro-americanos desde o tempo das Bandeiras, originando a diversidade do nosso povo. Não percam! @YamahaBrasil @alpinestarsbr @ciaathleticamorumbi @casadepedra @expfilms @vilafilmes @imesp_espeleologiamt @boiacrossdutodoquebonobres #ExpBR #ExpedicionáriosBR #Yamaha #YamahaBrasil #YamahaRacingBrasil #bLUcRU #CanalOFF #alpinestarsbr #bellcapacetes #ciaathleticamorumbi #casadepedra #expfilms #SP #MG #MT #RJ #ExpBR4 #aventura #expedicao #espeleologia #povobororo #quilombos #RenatoCastanho #ExpedicaoFilmes #vilafilmes https://www.instagram.com/p/CfIleoaMKFe/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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jornaldopovao · 2 years
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Corpo de Bombeiros resgatam criança de 11 meses que ficou presa no interior de um veículo O fato aconteceu em Conselheiro Lafaiete, no bairro Expedicionário O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais atende várias ocorrências e de diferentes naturezas, e hoje foi o dia de resgatar um bebê de apenas 11 meses que ficou preso no interior de um automóvel. A solicitação foi através do telefone de emergência 193, no início da manhã desde sábado (18), onde desesperados os pais pediam ajuda para resgatar seu filho de dentro do veículo. O pai relata que estava com a criança dentro do carro, quando resolveu ao verificar as condições do automóvel. Ao abrir a parte traseira, em um momento de descuido deixou a chave dentro do capô, trancando- a em seu interior, momento este que, ele lembrou que a chave reserva estava no porta luvas, e não lhe restou outra saída a não ser pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros. Ao chegar no local a guarnição realizou o estudo da situação e em constante observação e monitoramento da criança, tanto física quanto emocional começaram a colocar em prática as técnicas e táticas adequada para resgatar a criança de forma segura. Após a abertura da porta os pais e a criança foram tranquilizados pelos militares. (em Conselheiro Lafaiete) https://www.instagram.com/p/Ce9TrzWFtoN/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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sincroniahq · 2 months
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DOUTOR MORRICE
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O meu nome é… impronunciável pela fisiologia humana. Eu vim de outra dimensão onde fui um cientista brilhante que usava suas habilidades para o lado errado da história. Demorei para perceber o meu erro mas me revoltei contra meus antigos comandantes. Fugi com meu marido para a Terra, onde nos tornamos refugiados. Conheci um humano generoso que antes de morrer permitiu que eu usasse seu nome e seu rosto. Hoje eu sou conhecido como Doutor Morrice e integro uma equipe de expedicionários do espaço/tempo chamada “SINCRONAUTAS” …
E espero um dia ser capaz de me redimir pelos meus erros. …
Não percam as aventuras do DR. MORRICE no especial SINCRONAUTAS: CONTORNANDO A REALIDADE em breve num Catarse perto de você!
Roteiro e criação de Henry Garrit (Sincronia)
Arte e cores de Emmanuel Merlotti de Oliveira (Redação Comics - Selo Autoral de Quadrinhos)
Edição e letras de José Amorim Neto (AMV Produções)
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nosbastidoresdopier · 4 months
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Abertura do Natal de Penha será nesta quinta-feira, dia 14, na Praça da Igreja Matriz
O Papai Noel chega na cidade de Penha nesta quinta-feira (14), para a abertura do Natal 2023. O evento será na Praça Expedicionário Ignácio Ferreira Crispin, em frente à Igreja Matriz, no Centro, a partir das 19h30. A programação é uma idealização da Prefeitura de Penha, NUPHOPE, Acipen, CDL e Núcleo de Turismo, com apoio do Corpo de Bombeiros Militares de Penha. Por conta da previsão das chuvas…
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ocombatente · 4 months
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Brasileiros centenários: envelhecimento acelerado desafia o país
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A sexagenária Brasília tem exatos 300 habitantes com 100 anos ou mais, segundo o Censo Populacional de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 103 anos, um desses centenários é Ermando Armelindo Piveta, militar reformado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e pioneiro na capital federal. Nascido em Laranjal Paulista (SP) em 1920 – mesmo ano de nascimento do poeta João Cabral de Melo Neto, da escritora Clarice Lispector, do craque Heleno de Freitas e do ator Anselmo Duarte –, Piveta viveu ao menos duas grandes aventuras brasileiras do século 20: a participação na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e a construção da nova capital federal. Em setembro de 1942, um mês depois de o Brasil entrar na guerra, Ermano Piveta foi chamado para prestar serviço militar no 4º Regimento de Artilharia Montada do Exército, baseado em Itu (SP). “Naquele tempo não tinha sorteamento. Era convocado”, lembra, em vídeo gravado por sua filha Vivian Piveta e enviado à Agência Brasil. No ano seguinte, o expedicionário embarcou no navio de passageiro e carga Almirante Alexandrino, que navegou do Rio de Janeiro até Dakar (Senegal), para fazer treinamento no continente africano. Ele atuou na guarda do litoral brasileiro em Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe (Alagoas), Natal e no Recife. Já reformado como segundo-tenente do Exército, Piveta trabalhou em 1958 na construção de Brasília fazendo transporte de areia e cascalho. “Todo mundo falava: ‘Brasília, capital da esperança’. Botei aquilo na cabeça e vim.” Em 1968, ele voltou para morar definitivamente na cidade. Em abril de 2020, o expedicionário e pioneiro candango, então com 99 anos, ganhou as primeiras páginas dos jornais após receber alta de uma internação de oito dias no Hospital das Forças Armadas (HFA) por causa da covid-19. A receita dele para a boa saúde e longevidade é simples: “Não beber e não fumar. alimento bom e sadio. boa amizade com todo mundo e ganhar a alegria de todos.” Ermando Piveta recebe alta do Hospital das Forças Armadas (HFA) após tratamento de covid-19 - Cb Estevam/Arquivo/CCOMSEx Longevidade Centenários como Ermano Piveta representam 0,018% da população brasileira, ou 37.814 pessoas (27.244 mulheres e 10.570 homens) que cruzaram a linha de um século de vida. Os números na casa do milhar parecem modestos diante do total de 203.080.756 habitantes, mas, comparando as somas do Censo de 2010 e a contagem do Censo de 2022, o número de “superidosos” cresceu 66,7% (15.138 pessoas a mais). O dado é indicador da longevidade ascendente da população. De acordo com o demógrafo Marcio Minamiguchi, do IBGE, esses números podem parecer “curiosidades estatísticas”, uma vez que “a probabilidade de chegar nessas idades extremas é pequena”. Mas, na sua avaliação, o que é mais interessante é que “o fato de ter mais centenários está associado à possibilidade de ter um número maior de pessoas com seus 60, 70, 80 e 90 anos”. Raciocínio semelhante faz o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva. “A gente deve comemorar é que nós temos mais pessoas chegando aos 100 anos. Isso quer dizer, indiretamente, que tem mais pessoas chegando aos 95, aos 90, aos 85, aos 80. Ou seja, a longevidade cada vez mais é uma constatação mais presente no nosso cotidiano.” Para a pesquisadora Daniella Jinkings, mestre pela London School of Economics and Political Science (LSE) com dissertação sobre o cuidado dos idosos pelas famílias, os dados revelados são positivos, mas “não estamos preparados para o envelhecimento. Nem a sociedade brasileira, nem o Estado”, pondera em entrevista à Agência Brasil. “Ainda cultuamos muito a juventude. As pessoas se recusam a envelhecer, ou tratam o idosos de forma pejorativa, colocam o idoso de escanteio como se a partir dos 60 anos fosse uma pessoa completamente inútil. Temos que vencer essa questão cultural, temos que vencer o desafio de integração, temos que reconhecer os idosos como sujeitos de direito, como pessoas que têm condições de decidir sobre a sua própria vida. As pessoas não querem envelhecer porque têm medo de se tornarem inúteis, serem pessoas dependentes.” Ainda no papel Quanto à atuação do Estado e às políticas públicas, o país avançou no reconhecimento legal de direitos, reconhece Daniella Jinkings. No entanto, ela assinala que “vários serviços que estão na Política Nacional da Pessoa Idosa, reiterados no Estatuto da Pessoa Idosa, ainda não saíram do papel". "Não temos serviços de cuidado domiciliar, temos uma rede muito pequena de centros dia para pessoas idosas ou de instituições de longa permanência. A integração entre as políticas intersetorialmente ainda é difícil”, avalia. A pesquisadora também destaca que o envelhecimento populacional no Brasil é “bastante desigual". "As pessoas com mais poder aquisitivo têm expectativa de vida maior do que as pessoas em situação de vulnerabilidade”, diz Daniella Jinkings. O livro A Pessoa Idosa na Cidade de São Paulo: Subsídios para a Defesa de Direitos e Controle Social aponta que, na maior cidade do país, por exemplo, “observa-se que quanto mais precária a condição socioterritorial menor a proporção de idosos com idade acima de 75 anos.” A publicação acrescenta que “quanto mais vulnerável a população, maior sua concentração em territórios cujas condições são mais precárias”. Publicado com apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o livro está disponível na internet. No livro, a análise sobre as desigualdades territoriais apresenta as grandes diferenças de condição de vida entre os idosos que residem em distritos centrais, como Moema e Jardim Paulista, “bem mais providos de infraestrutura urbana e serviços”, e os que habitam a periferia, como Brasilândia e Capão Redondo, “de urbanização mais precária.” População menor A média da expectativa de vida projetada em 2021 era de 77 anos – de 80,5 anos para mulheres e 73,6 anos para homens. Esses resultados serão atualizados com as estatísticas do Censo 2022, que deverão confirmar a tendência de envelhecimento, notada nas últimas décadas quando além do aumento da longevidade ainda se observou a diminuição do nascimento de bebês. A taxa de fecundidade (também em 2021) era de 1,76 filho por mulher. A previsão é que no futuro o Brasil terá mais velhos do que crianças. Projeção publicada pelo Ministério da Fazenda - feita pela analista técnica de políticas sociais Avelina Alves Lima Neta – calcula que, em 2060, “para cada 100 pessoas entre 0 e 14 anos teremos 206,2 idosos acima de 65 anos, ou seja, dois idosos nessa faixa etária para cada uma criança ou adolescente (0-14).” Bem antes disso, a população brasileira começará a diminuir de tamanho por causa da redução da fecundidade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), assinado pela técnica de planejamento e pesquisa Ana Amélia Camarano, prevê que a população brasileira crescerá até 2030, quando atingirá seu máximo em “aproximadamente 215 milhões.” A partir daí, o desenho da curva se inverte, deixa de ser de crescimento populacional, pois o número de brasileiros começa a diminuir e em 2040 chegará a cerca de 209 milhões, 6 milhões a menos do que na década anterior. O mercado de trabalho e a Previdência Social serão bastante impactados pelo envelhecimento e pela diminuição da população durante a formação desses cenários. É possível que as pessoas permaneçam trabalhando por mais tempo e que tenham que se tornar mais produtivas – gerar mais valor naquilo que fazem, com menos recurso e/ou em menos tempo. A análise do Ipea alerta que “aumentar a produtividade do trabalho é condição fundamental para diminuir os efeitos da redução populacional na competitividade da indústria e, por isso, ela deveria ser um dos objetivos centrais das políticas que visem a aumentar a competitividade e criar empregos". "O aumento da produtividade poderia, também, minimizar a redução da massa salarial, que é resultado da diminuição da força de trabalho, e melhorar a relação contribuinte/beneficiário e as condições atuariais atuais do sistema previdenciário”, acrescenta. O estudo evidencia que cuidar dos idosos vai além da assistência social: “A manutenção do trabalhador na atividade econômica por mais tempo requer políticas de inclusão digital, capacitação continuada, saúde ocupacional, adaptações no local de trabalho, como cargos e horários flexíveis, redução de preconceitos com relação ao trabalho do idoso, melhoria no transporte público, entre outras.” Fonte: EBC GERAL Read the full article
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