Tumgik
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06/08/2021
Ainda estou pensando sobre desdobramentos que posso seguir. Por um tempo fiquei meio indeciso, me perguntando até que ponto estou investigando o que quero e até que ponto estou modificando o que me instiga para que caiba em um determinado modelo. Os projetos sempre mudam e, em se tratando de diários, só o tempo pode dizer mesmo.
Atualmente já me encontro com os pés (um pouco) mais firmados naquilo que pretendo. Muita coisa aconteceu desde a entrega do TCC e quando dei por mim já era Agosto de 2021. No momento penso em estudar os diários íntimos para compreender sua morfologia enquanto artefato, a fim de experimentá-los como produção narrativa e gesto documental.
Onde acaba o 'fato' e começa a 'narração'? O que é traduzido quando documentado? Por quê? Quais são os rastros e vestígios?
Ao mesmo tempo em que se colocam como conglomerado de rastros, é dos próprios rastros que diários são feitos. Me perguntei como isso se relaciona com o ‘Gesto inacabado’ de Cecília Salles. Se parte do processo de criação artística reside em perceber o gesto criativo nos rastros construídos ao longo do processo, como se dá essa relação na construção de diários? Meta-rastros? Entremeio entre produção literária e objeto de arte.
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atualizações...
08/06/2021
A última vez que escrevi em um diário de projeto foi com o TCC, então acho que finalmente consigo colocar minhas ideias anotadas em algum lugar. Não acho que valha mais a pena continuar publicando aqui parte do diário de projeto do TCC. 
Este diário já está anexado no próprio arquivo do repositório, já disponível para qualquer pessoa interessada. Acredito que agora é mais pertinente pensar a quais novos desdobramentos os caminhos dessa pesquisa vão me levar… 
Estou aqui não-pensando, mas ainda em pane porque… por que sou assim, eu acho. As coisas que eu escrevo na tela desse computador são diferentes das coisas que escrevo nos meus papéis. Quem escreve os meus papéis é que eu queria saber quem é.
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“Some people are afraid of what they might find if they try to analyze themselves too much, but you have to crawl into your wounds to discover where your fears are. Once the bleeding starts, the cleansing can begin.”
— Tori Amos
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momentonia · 3 years
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18/09/2020
Certo, tive uma orientação com a C........... que me deixou bastante apreensivo kkkk. Foi sugerido por ela um caminho mais projetual do que eu deveria fazer. Fiquei meio sem reação pois não sei se era bem isso que eu esperava pro trabalho. Por um lado faz sentido, pois ela coloca que, como o que nós fazemos no curso é projeto, então o normal é que os TCCs também sejam um projeto…
Eu to meio cansado de fazer projeto, sabe? Não acredito que meu tcc vai ser um PG5 (Projeto Gráfico) mesmo… acho isso bem pouco instigante. No entanto, algumas ideias dela me instigaram também. Ao que parece, eu e M........ detalhamos muito nossas propostas, e para que possamos fazer a discussão de uma maneira melhor e mais rápida, nós devemos encapsular nossos questionamentos em conceitos. Isto é, devemos encontrar autores que articulem aquilo que nós queremos de uma maneira mais próxima com nossa abordagem.
Dentre as sugestões de conteúdo está a discussão sobre como o designer funciona como autor também dentro da publicação de um livro. A ideia do trabalho então seria inventar uma estratégia de projeto junto ao autor, como designer e como indivíduo. Por isso é que chega-se à forma: Estou estudando a escrita confessional de diários íntimos para compreender o projeto de   design como experimentação poética formal para o desenvolvimento de produtos editoriais.
A ideia então seria um projeto que é uma poética/escrita de conversar junto à Carolina.
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momentonia · 3 years
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16/09/2020
Estou com tantas dúvidas. Ando desenvolvendo mais o caminho possível 1 pois acho que ele é o que está melhor ajustado e mais organizado. Mas já há um tempo que venho me questionando se é isso mesmo que devo fazer.  Apesar de achar a temática interessante, não sei se é algo bom o bastante. Acho que cai numa pesquisa muito comum e nada inovadora. Além disso, não sei como casar o que tenho com a parte mais voltadas à Comunicação. Andei usando Semiótica na estrutura dos tópicos mas acho que ainda está muito superficial. Talvez na parte de falar em imprensa eu use Walter Benjamin e na caracterização dos livros eu traga Julio Plaza.
Conversei com a A...... e andei pensando na decisão dela de ter um pouco mais de tempo para fazr o tcc. Assim teria como abordar os assuntos que tanto gosta com mais propriedade. Andei pensando nessa possibilidade e me questionando muito mesmo se devo fazer isso. Por um lado acho que a pressa em entregar isso vai só me causar mais pressão e mais dor, só que por outro lado estamos vivendo um momento tão incerto. Não sei nem como vai ficar a situação da universidade no futuro… To muito apreensivo com tudo pra falar a verdade.  E não posso nem ir pra um bar desabafar com meus amigos…
Oh vontade de ver um filme e ler mangáaaaaa. Quero desenhar, ler meus romances…. Tem isso também, acho que meu trabalho começou movido por isso então talvez fosse nisso que eu devesse focar [isso, isso, nisso]. Trazer poesia pro trabalho.
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momentonia · 3 years
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13/09/20
Foquei tanto em desenvolver os caminhos possíveis que acabei por nem refletir comigo mesmo sobre o que quero fazer. As propostas se cruzam e se complementam em vários aspectos e, sendo bem sincero, eu gostaria de estudar todos eles. Porém, isso não é possível agora… As minhas dúvidas sobre qual caminho seguir não encontram o maior obstáculo nesse aspecto. Eu poderia desenvolver os três e adoraria ver quais outras coisas iria estudar e aprender no processo. A maior dúvida no entanto está em como encaixar meu trabalho com a visão e pesquisa da minha orientadora e também se conseguirei usá-lo como meu ‘’cartão de visita’’ no processo de tentar um mestrado.
Me questiono se não acabei podando muito o trabalho a ponto de perder todo o lado mais artístico que acho legal de estudar e que é uma área de grande familiaridade por parte da minha orientadora. Nesse sentido, tenho medo de ter reduzido muito meu trabalho a algo que não é tão interessante a ser apresentado a algum orientador de fora do meu departamento, no caso a professora G....... São esses questionamentos que estão me rondando no momento.
Por um lado, tenho que levar em consideração que ao ter um trabalho mais costurado e bem delimitado dá uma maturidade maior àquilo que estou pesquisando. Não preciso escrever uma tese, não agora. Sei lá, só quero que fique um trabalho bom no final. Sempre que alguém me dá um ponto de vista, algo novo se transforma junto com o trabalho. Isso é muito interessante parando pra pensar, por que ele ta sempre se modificando…
Andei me questionando se isso de fazer todos os exercícios para todos os caminhos não é apenas desperdício de tempo e energia. Porém sinto que isso pode me ajudar a colocar mais delimitações e entender melhor os níveis do que quero… Além disso, em se tratando de diários e escritas, não seria isso uma espécie de ‘’pista’’ ou ‘’caminho’’ que estou traçando? Digo isso por que a temática não está excluída daquilo que escrevo aqui. Acho que misturar minhas perspectivas mais pessoais e entender aquilo que ‘’não entra’’ ou ‘’entra’’ dentro do produto final é também uma maneira de estudá-lo. A imitação para Aristóteles.
Outra coisa, estou sinto falta de imagens e hiperlinks nesse arquivo… Ando só escrevendo, escrevendo, escrevendo.  Tenho desenhado umas besteirinhas aqui e outras ali no meu caderno físico mesmo. Acho que esse é o problema, ficar trancado em casa e só ter o computador como o local em que socializo e faço meus afazeres já é o bastante. Quando quero me divertir/distrair procuro pelo papel mesmo, e desenhar algo que não seja digital… Ando ouvindo as mesmas músicas de sempre. Sou uma doida da cabeça.
youtube
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momentonia · 3 years
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A vida pode ser comparada a um bordado que no começo da vida vemos pelo lado direito e, no final, pelo avesso. O avesso não é tão bonito, mas é mais esclarecedor, pois deixa ver como são dados os pontos.
Arthur Schonpenhauer
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momentonia · 3 years
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11-12/09/20
A seguir está um dos exercícios realizados na disciplina de ATCD I (Atelier de Trabalho de Conclusão em Design)
CAMINHO POSSÍVEL 1 
Estou estudando a escrita confessional de diários íntimos para compreender como a autodocumentação e criação poética [subjetividade?] destes objetos é vista dentro de projetos de design a fim de investigar os processos de transformação de diários íntimos em produtos editoriais.
Pergunta-problema: 
Que transformações qualitativas, materiais e discursivas podem ser identificadas na constituição de diários íntimos como produtos editoriais a partir da obra ‘Quarto de despejo’?
Acredito que essa especificação [da obra ‘Quarto de despejo’] não entraria necessariamente na pergunta-problema mas ao colocá-la aqui e observar como ela se conforma com esta pergunta talvez seja mais interessante trazer mais de uma obra a ser analizada(???) Não sei, me ocorreu pela abrangência boa mas melhor delimitada da pergunta
Objetivo geral: Investigar quais modificações qualitativas, materiais e discursivas ocorrem em projetos editoriais de publicações de diários íntimos e como elas se relacionam com projetos de design e à atuação do designer em sua produção. 
Investigar como estas diferentes transformações se relacionam a projetos de design e à atuação do designer em projetos que tratem da produção deste tipo de publicação.
Gosto mais dessa, sem mencionar a pergunta-problema indiretamente
Investigar como estas diferentes transformações ocorrem quando a subjetividade e o íntimos dos diários tornam-se um produto mercadológico editorial.
Objetivos específicos: 
Contextualizar qual entendimento de íntimo e subjetivo é tomado pelo trabalho;
Caracterizar o diário íntimo e elencar quais seriam suas qualidades natas;
Explicitar a importância dos diários íntimos tanto sob o viés artístico quanto sob o viés histórico;
Expor o processo de surgimento da importância do diário íntimo ao ramo editorial;
Explicar a importância do ramo editorial à execução de projetos de design e ao exercício profissional de designer;
Contribuir para o início de uma discussão acerca de modos mais críticos de se fazer projetos de design que lidam com a publicização de subjetividades.
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CAMINHO POSSÍVEL 2
Estou estudando a escrita confessional de diários íntimos e de relatos de experiências para compreender como a autodocumentação e a subjetividade individual se conformam quando sua intenção é ser publicizada a fim de investigar as transformações nos modos de se fazer narrativas íntimas sob a ótica dos diferentes meios de comunicação em que estas são inseridas.
Pergunta-problema: 
Que transformações qualitativas, materiais e discursivas podem ser identificadas na constituição de narrativas íntimas quando intencionalmente há a intenção destas serem publicizadas?
Objetivo geral: Investigar como essas diferentes modificações dão vazão à atuação do design em diversos projetos onde a subjetividade supostamente se torna mercadoria de valor.
Objetivos específicos: 
Contextualizar qual entendimento de íntimo e subjetivo é tomado pelo trabalho;
Caracterizar o diário íntimo e elencar quais seriam suas qualidades natas;
Caracterizar os blogs virtuais e redes sociais elencando quais seriam suas qualidades natas;
Explicar modificações nos relatos íntimos e experiências individuais quando estes são produzidos para o ambiente virtual;
Expor o processo de surgimento de interesse ao subjetivo de forma mercadológica;
Explicar como o subjetivo se tornou um elemento aos projetos de design;
Contribuir para o início de uma discussão acerca de modos mais críticos de se fazer projetos de design que lidam com a subjetividade enquanto elemento de composição do processo de projeto.
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CAMINHO POSSÍVEL 3 
Estou estudando a escrita confessional de diários íntimos e de relatos de experiências para compreender como a autodocumentação e a subjetividade individual se conformam contemporaneamente quando sua intenção é ser publicizada a fim de investigar os diferentes modos em que esta subjetividade se torna um elemento no processo de projetos de design
Pergunta-problema: 
Que transformações podem ser identificadas no papel da subjetividade enquanto elemento de projeto de design?
Objetivo geral: Investigar de quais formas a subjetividade é tida como elemento de projeto de design sob uma perspectiva histórica, social e econômica de funcionamento da área.
Objetivos específicos: 
Contextualizar qual entendimento de íntimo e subjetivo é tomado pelo trabalho;
Caracterizar o diário íntimo, a escrita confessional e elencar quais seriam suas qualidades natas;
Caracterizar os blogs virtuais e redes sociais elencando quais seriam suas qualidades natas;
Explicar modificações nos relatos íntimos e experiências individuais quando estes são produzidos para o ambiente virtual e publicizado;
Explicar como o subjetivo se tornou um elemento aos projetos de design e quais foram suas diferentes conotações;
Relacionar as diferentes conotações da subjetividade como elemento de composição de projetos de design ao funcionamento sócio-econômico sob o qual o design atua;
Contribuir para o início de uma discussão acerca de modos mais críticos de se fazer projetos de design que lidam com a subjetividade enquanto elemento de composição do processo de projeto.
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momentonia · 3 years
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10/09/20
Estou bastante preocupado com o tempo e prazo pro final do semestre. Ainda tenho pouca coisa estruturada e a última orientação em que tive algumas dicas da professora C........ me deixaram meio :SSS das ideias. Minha pergunta ainda está muuuuito abrangente e talvez advenha disso o fato de eu achar que tenho tanta coisa assim para escrever. Apesar disso, quando falei com um pouco mais de detalhes sobre o que eu estava pensando ela conseguiu compreender melhor. Apesar disso, ela me deu sugestões que podem ser interessantes e que em alguns aspectos eu já vinha pensado.
Uma delas foi estudar o processo de tornar diários íntimos em publicações editoriais, como a materialidade da “matéria-prima bruta” é lapidada até o produto final. Dentro disso eu poderia trazer um exemplo de maneira bastante direcionada e focada, ou então trazer mais de um exemplo e abordá-los de maneira mais geral.
Uma outra sugestão dela foi que eu me detivesse a pensar justamente na transformação das maneiras de externalizar as subjetividades do indivíduo e como estas se formam quando sua intenção é ser publicizada. De início ela não havia entendido muito bem por que eu estava empregando o termo ‘publicizar’ e devo me atentar a isso pois essa palavra se relaciona bem apenas sob a ótica virtual que penso em incluir.
De maneira geral, esses foram os direcionamentos que a C....... me sugeriu. E acho que é uma ótima maneira de me organizar melhor pois, quando fecho mais o meu objeto de pesquisa, me sinto mais calmo e direcionado a fazer aquilo que me proponho.
No entanto, acredito que ainda há mais um viés que tenho muito interesse e que poderia ser uma forma de também abordar o assunto: O pensamento da subjetividade como um todo. (Importante que eu defina conceitualmente o que é subjetividade pra mim). Essa abordagem me parece ser bem legal também e encontrei com bibliografias que poderiam me ajudar. No entanto, a subjetividade quando vista sob a ótica do Design está muito ligada à usabilidade, Interação Homem Computador (IHC) e design de experiência. Este último é o que mais tenho repugnância pessoal, e a tese de doutorado que encontrei que poderia me ajudar é totalmente contra (AMEI). Esta abordagem me daria muito espaço para relacionar com aspectos socio-econômicos pois é também de meu interesse estudar mais a fundo o funcionamento do capitalismo. O problema é que a literatura que eu teria para desenvolver esse pensamento é bem voltado para uma perspectiva pós-industrial e que eu JAMAIS alimentaria…
Sendo assim, meu plano agora é organizar melhor essas três perspectivas, observar as modificações que ocorrem entre cada uma para definir de maneira mais objetiva qual será a minha abordagem nesse trabalho. Não sou uma pessoa que trabalha com cronogramas pois quando vejo o tamanho das tarefas todas me vem uma aflição gigante. Porém, defini para mim mesmo o prazo para que eu tenha todos os três caminhos melhor organizados até o dia 15/09. Até lá terei mais uma orientação com a Claudia que será bem útil para fechar minhas ideias (ou não). Tendo esta ideia fechada eu poderei aí sim começar a modificar meu docs com o “Definitivo” do trabalho.
Ando me questionando se a publicação do meu próprio trabalho poderia ter uma provocação a instigar melhor a temática. Já venho escrevendo tanta coisa aleatória aqui que de certa maneira poderiam integrar mais o objeto final ‘TCC’ já que a proposta discursiva é justamente sobre o que torna determinada subjetividade interessante a se publicar. A princípio eu penso nisso num intuito muito mais estético/poético, mas agora que parei para pensar ele é de certa forma metodológico também.
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momentonia · 3 years
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09/09/2020
Criei outros docs para colocar citações e fichamentos de maneira mais organizada e foquei neles nesse meio tempo. Não vou me deter muito agora às minhas indagações subjetivas, elas foram colocadas no meu caderno físico (e por falta de tempo mesmo). Vou agora rever o exercício de objetivos e pergunta-problema e tentar melhorá-los.
Que transformações podem ser identificadas na publicização de subjetividades desde os diários íntimos às postagens virtuais sob a ótica do Campo do Design?
Que transformações podem ser identificadas na publicização do íntimo e das subjetividades em diferentes meios sob a ótica do Campo do Design?
Objetivo geral: Investigar quais modificações discursivas ocorrem em projetos de Design tendo em vista as transformações de publicização íntima ao longo do tempo.
Objetivos específicos: 
Buscar contextualizar o que é um diário íntimo, suas qualidades e características.
Buscar contextualizar qual conceito de íntimo e subjetivo é tomado pelo trabalho.
Analisar o processo de surgimento da importância do diário íntimo ao ramo editorial.
Buscar compreender de que forma as escritas íntimas se transformaram com o advento de novos meios de comunicação escrito, por exemplo os blogs.
Investigar como o Design se modificou em relação aos meios de comunicação e produtos que tratavam da publicização íntima.
Contribuir para o início de uma discussão acerca de modos mais críticos de se fazer projetos de design.
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momentonia · 3 years
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03/09/2020
Ironias do Universo ou não, estou um pouco melhor hoje. A lua está decrescendo agora, então acho que meu choro e sofrimento nas últimas noites foram necessários para que hoje eu entre num estado mais concentrado e reflexivo daquilo que já tenho.
Tive uma pequena orientação com a Claudia mas que foi muito elucidativa (para que eu soubesse que não estou ficando louco) e por incrível que pareça ela gostou daquilo que to pesquisando. Fico feliz com isso, ta sendo muito doido o processo mas legal ainda assim ???? Vou refletir um pouco a seguir sobre pontos que ela trouxe e que já tive até alguns contatos sobre:
Claudia mencionou sobre a evolução do suporte dos diários íntimos. O quanto eles vieram desse lugar ao fundo da gaveta, algo só do autor para de repente uma página na internet. Existe uma escrita para publicizar os diários, algo que se relaciona bastante com a forma de operação do design: a publicidade da subjetivação.
Isso se relaciona também com o capitalismo artista pois, para além de publicizar o subjetivo, o capitalismo artista torna a exposição do íntimo a própria experiência. Porém, vou me deter neste tópico só mais à frente. Esquematizando rapidamente eu teria esses dois grandes tópicos para abordar:
1-Aos fundos da gaveta (Diário íntimo de maneira histórica; como surgiu, o que é? para quem? por que?) ~~> O que é um diário íntimo?
2-Gaveta vitrine - Quando e como o design opera nessa modalidade de publicizar a subjetividade. Ele é um regulador, o design desbasta as singularidades possíveis daquilo que se projeta, principalmente o design mais clássico moderno e capitalista pra crlh, nao que hoje em dia ainda não seja, mas só pra deixar mais claro mesmo pra mim. ~~>Por que e como publicá-los?
Outra questão pertinente à área para situar melhor aquilo que quero abordar: 
Como o design lida com as singularidades e subjetividades? (tanto do ponto de vista autoral quanto do ponto de vista para com seu público/usuário).
3-O indivíduo enquanto vitrine para a gaveta (Entender e refletir sobre o capitalismo transestético e como essa visão se relaciona com as experiências publicizadas do íntimo. Existe dentro dele [capitalismo artista] uma protocolação de como aquela subjetivação é exposta, interpretada e monitorada; porém, as experiências são diversificadas. ~~> Como essa relação se dá no contemporâneo?
Esse último questionamento me saiu agora, os outros dois vieram como provocações da Claudia. Ainda não acho que seja essa pergunta, está muito geral mas é como vejo por agora a situação do trabalho. Deixando apenas claro que isso está passível de mudanças (como se o trabalho inteiro não estivesse kkk, laughs in gay panic)
Fora isso, as minhas reflexões tomarão o ‘Quarto de despejo’ como objeto de estudo mesmo. Foi uma recomendação da Claudia eu continuar com ele como objeto e particularmente gosto da ideia também. Sempre que tento pesquisar ou definir meus pensamentos a partir desse objeto melhor delimitado eu sinto que o trabalho se configura melhor. Apesar de que existe essa relação entre fechar-se para uma temática e abrir-se totalmente ao explorá-la, não é à toa que eu estava em pânico dois dias atrás.
Devido a isso, tenho que refazer os exercícios de ATCD sob essa ótica nova do trabalho. Pelo que estou pensando, após escrever tudo isso eu não terei que modificar coisas extremamente gigantes, como o meu estado da arte. Apenas terei que rever e reestruturar aquilo que já foi feito, acredito até que alguns questionamentos que a Claudia trouxe se encaixam bem na área meio difusa do livro enquanto objeto de arte, livro de artista etc. Porém, quero me focar mais no momento em literaturas sobre design e feita por designers pois acho que isso pode me dar mais assentamento sobre meu próprio trabalho e sobre a própria área mesmo. Quero conversar com outras áreas sem necessariamente me intrometer nelas…
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momentonia · 3 years
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Some people are afraid of what they might find if they try to analyze themselves too much, but you have to crawl into your wounds to discover where your fears are. Once the bleeding starts, the cleansing can begin.
Tori Amos
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momentonia · 3 years
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02/09/2020
Não sei como é que consegui ir a tantos extremos tão rapidamente. Hoje é noite de lua cheia. Mudei os móveis do meu quarto de posição e agora a cama fica sempre sob a luz do sol e da lua. Faz sentido agora que paro pra pensar. A lua crescente que culmina na lua cheia.
Entrei em crise. 
Não acho que tenha feito nada certo nessa pesquisa. Vejo ela dentro de um paradoxo sem fim. Vejo o que eu digo agora dentro dela e vejo o que disse nas primeiras páginas dentro dela também. Um monte de nexos desconexos. Sem início e sem fim, só com meio.
Pra mim isso faz parte do processo de diário, do processo confessional. Sinto que ele não tem necessidade alguma de chegar a conclusões. É um estado imparável de completude e perdição. É quando me transformo numa fenda, num portal tão grande que caio dentro de mim mesmo. Acho que escrevi algo parecido no meu caderno tempos atrás.
Talvez eu nem seja uma fenda tão grande. Por que também sou aquele que está caindo dentro dela, dentro de si. Sou o minúsculo naquilo que me parece escuridão, mas é só porque é grande o bastante para que eu não consiga distinguir nada.
Pensei em voltar e analisar esse arquivo inteiro de novo. Como pode eu ter tudo para extrair dele e ainda assim não ter extraído nada? Nada, isso não me serviu de nada. Quando uma vez parei pra pensar sobre o Tudo das minhas filosofias eu nunca 
sei lá
não sei nem como terminar essa frase. Por que não se termina. Não tenho conclusão em minhas confissões, em meus expurgos. Tenho um monte de vícios de linguagem. Eu me sinto entorpecido quando aprendo alguma coisa nova. Posso ficar nisso pra sempre e tenho certeza que já escrevi sobre isso nesse diário também. Isso é um diário? É o que? Isso não é o meu TCC, e também não é o meu diário. Ou é? Parece que não estou mais conectado a mundo nenhum trancado em casa ao mesmo tempo que estou conectado a algumas artes tão fortemente. Eu não sei se eu to enlouquecendo.
Às vezes acho que é um comportamento punitivo que aplico a mim mesmo. Como uma autoflagelação católica em busca de uma realidade pura, tendo a podridão da carne e da moléstia como a única certeza daquilo que me compõe. Eu não sei, não sei mesmo. To desencontrado.
Queria beber um espelho, sentir aquele Outro dentro de mim. Depois queria ser consumido por Ele. Desaparecer e reconhecer qual é o outro lado, o avesso. Acho que o meu problema foi ter trazido todas as minhas indagações de vida pra isso. Não funciona, eu não to preparado pra isso. Serve de que?
‘’O tempo andou mexendo com a gente sim’’ Talvez eu só esteja ansioso. Talvez talvez talvez talvez talvez zevlat zevlat zevlat zevlaT. Não sei tocar nenhum instrumento. Não me sinto preparado pra nada. Na minha arte e no meu trabalho tento fugir de mim. Queria rasgar o meu peito pra ver o que tem dentro, mas na verdade nem isso adiantaria. Essa sina artística fica pra sempre.
Não é nem que fique, é que é. Nó na garganta. Parece um vômito. Não parece nem com um nó. Parece uma ampola, sabe? Aquelas ampolas médicas pra injeção. Quando você puxa e ela se enche de ar ou quando você empurra e ela expele aquele mesmo ar. É isso, é um puxar-empurrar de si em si. Como se eu me forçasse e engolisse.
Não era nem isso que eu ia escrever de início. E se isso for o meu trabalho? Essa confissão poderia estar costurada em mim. Corpo.
Eu estou sim interessado em muitas teorias, e em muitas fantasias. Não tenho nem coragem de reler as coisas que eu escrevo. Não sei se é coragem ou vergonha mesmo. Impotência de saber que meus textos já nascem mortos.
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momentonia · 3 years
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31/08/2020
Estou organizando visualmente melhor o que já tenho pesquisado dentro do estado da arte e me surgiu uma dúvida forte: Será que não estou abrangendo demais o assunto mais uma vez? Pois ao procurar relações entre os assuntos e ver que não encontro pesquisas do design que se relacionem direta ou indiretamente com aquilo que quero investigar, acabo tendo que abrir e abranger mais os assuntos e fico me deparando com um campo enorme de áreas e leituras.
O que estou fazendo é reunindo bibliografia de cunho histórico para entender melhor como os diários íntimos se estabeleceram enquanto gênero literário. Essa parte tem um viés histórico e qualitativo, o objetivo deste tipo de análise é observar quais características são natas a esse gênero literário. Comumente encontro Mikhail Bakhtin como o autor da grande teoria da Comunicação para abarcar esse tipo de pensamento.
Definidos aspectos dos diários enquanto gênero literário, seria possível analisá-los sobre meus dois outros caminhos: 
1-Quando este se aproxima como objeto para arte 
e 2-Quando este se aproxima enquanto objeto para o design. 
Do ponto de vista artístico, o objetivo é investigar como o diário íntimo se coloca como uma maneira do autor refletir sobre si mesmo de maneira filosófica e poética. Para além disso, o diário íntimo em alguns casos é também usado como método de criação para vários artistas.
Já do ponto de vista de design, o objetivo é analisá-lo como um objeto que possui sua linguagem própria. Aquém disso, como o diário se coloca enquanto um objeto que cria a si mesmo. 
Até o presente momento, para mim é impossível se projetar um diário. E isso se coloca como um contraponto interessante à metodologias e pensamentos de design diversas que se colocam como maneiras de proposições baseadas no conhecimento íntimo para com seus usuários. O diário íntimo sob essa ótica se configura como a fonte e o meio perfeito para conquistar públicos e mercados. Porém, para minha felicidade, é um objeto que foge à isso pois não pode ser projetado.
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momentonia · 3 years
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29/08/2020
Houveram muitas mudanças no meu pensamento e naquilo que quero propor para o TCC. Após ter um atendimento com a C...... [professora da disciplina de TCC], ela me informou que o que eu estava lendo e pesquisando não tinha a ver com o estado da arte e sim com a fundamentação teórica. Venho desde então revendo isso.
Devido a todas essas mudanças, achei melhor refazer o primeiro exercício visualizando correções que fiz do exercício 2 para assim poder pensar o exercício 3 de pergunta-problema. Segue abaixo como ficaria a estrutura do exercício 1 com os pensamentos que agora estão na minha cabeça:
Estou estudando: o ato de escrever diários para compreender: como se dá a documentação e criação poética por meio deste objeto a fim de pensá-los como: objetos compostos pelo próprio autor.
Comentário de 30/08/2020:
O diário de palavras, de memórias escritas ao meu ver coloca-se em uma posição única de autoria, considerando que um diário só vira diário quando as memórias são postas nele, independente de ser através de desenhos ou palavras, aquele diário só passa a ser diário quando o autor se apropria do objeto e o coloca como tal.
Essa composição fica muuuuito voltada para uma pesquisa do curso de Letras. Isso provavelmente ocorre pelo fato de que muita pesquisa feita sobre isso só consigo encontrar em cursos da área de linguística. Outro fato interessante é a criação poética desse objeto onde estou linkando com a Arte. No entanto, como direcionar mais esse tipo de escopo ao Design?
“Na base deste trabalho se encontram também as questões que o motivaram e o estruturaram: existe uma fronteira capaz de delimitar arte e design e separá-las por completo? Qual o espaço existente entre essas duas áreas de conhecimento? Quais semelhanças e paridades? Onde residem as diferenças e separações? “ - Henry Costa Jr.
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Comentário de 30/08/2020:
Vejo o diário muito nesse lugar quando o penso junto à Arte e ao Design. Acredito que fronteira não seja o melhor termo pois me traz uma conotação muito próxima à delimitação de espaços. O que eu acredito é que o diário, constituído enquanto objeto/obra, expande esses espaços em vez delimitá-los. O diário não é uma fronteira, é uma ponte, uma fenda, um portal entre estes mundos...
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“Devir-arte, devir-design que indicam uma zona de vizinhança, aquilo que Deleuze e Guattari chamam de copresença de partículas. Arte não se torna design e tampouco design se torna arte, mas ambos entram em uma relação de movimento e repouso em uma zona de indiscernibilidade. Devires que não têm começo nem fim, saída ou chegada, origem ou destino, mas apenas um meio, uma média, uma relação entre arte e design.
Esse é que é o portal: Devir...
diário > obra
obra > livro
livro > objeto
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momentonia · 3 years
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Registro dos registros de 22/08/2020
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momentonia · 3 years
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26/08/2020
Entrando em contato com alguns trabalhos que analisam o trabalho de Carolina e o Quarto de Despejo, comecei a criar algumas relações baseado nos conteúdos que tenho interesse. Criei alguns esboços e vou colocar aqui o primeiro resultado visual que obtive:
Tumblr media
Após essa primeira estruturação, comecei a relacionar quais seriam as áreas do conhecimento que eu pretendia estudar para desenvolver o trabalho.
Tumblr media
1.Arte
1.1
1.2.Diário
1.3.
2.Semiótica
2.1.Favelada
2.2.Carolina
2.3.Autora
3.Design
3.1
3.2 Papel
3.3
Algo que vi de comum nos estudos da obra de Carolina foram seus questionamentos identitários. A condição de favelada é tida pela autora como uma condição de repulsa. Carolina descreveu em boa parte de sua obra que queria se ver livre daquele lugar devido a terrível condição social na qual se encontrava.
Apesar disso, a mesma se agarra na vontade de ser escritora para lutar contra a realidade em que vivia. Para Carolina, a arte de escrever era seu sonho e refúgio. Tomada como uma arte superior pela escritora, a escrita era onde mais se sentia dignificada.
Essa dualidade identitária comumente aparece nos próprios manuscritos de Carolina. Em alguns momentos ela sente a repulsa de se encontrar na situação de favelada, em outros ela coloca a favela e seus moradores como uma força social potente que entende como funciona a realidade dura da fome, do desemprego e da vulnerabilidade. Junto à repulsa, Carolina demonstra ter a noção da favela como força política.
Tais dualidades também se encontram quando Carolina é colocada, ou quando se coloca, como autora. A escritora abriu questionamentos entre todos aqueles que a rodeavam, desde os moradores da favela, passando pela imprensa e chegando até à comunidade de artistas consagrados dos anos 60. A editoração do material bruto de suas anotações que um dia se tornaram o conteúdo de ‘Quarto de despejo’ suprimiu boa parte de suas contradições como poeta, o que em muitas partes apagou diferentes pensamentos e contradições da autora. Fora isso, Carolina demonstra em alguns trechos não ter vontade de continuar seus diários, pois seu encantamento estava na poesia e no romance.
Via-se dividida entre dois mundos, sejam eles de estereótipos, de sonhos, de miséria ou de riqueza. Em virtude disso, o ser Carolina era a fenda, a ponte, o portal entre estes dois mundos. Seus diários são a forma de vê-la engolida por estas contradições de si. Ao mesmo tempo que pertencia a todos estes mundos, de alguma forma não pertencia a nenhum também.  
Será que seria possível Carolina fugir dessas estigmatizações por meio de seus diários?
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